Analise do gerenciamento de residuos solidos urbanos do municipio de Camacan bahia

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Geografia

Documento 1

Estas ações ainda, proporcionam diversos desperdícios, uma vez que, muitas vezes, estes resíduos podem ser reaproveitados, servindo como matéria-prima para a fabricação de novos produtos ou sendo empregados em novas funções (BORANGA, 2005). Por esta questão, para o manejo efetivo dos RSU é necessária a implantação de métodos de coleta, tratamento e disposição apropriados, assim como requisitos básicos de conscientização, que visem reduzir, reutilizar e reciclar. A fim de alcançar benefícios ambientais, otimização econômica e bem como aumento da qualidade de vida populacional de uma determinada região ou cidade (POLAZ, 2008). Entretanto, a gestão dos RSU representa um desafio contínuo para os governos e seus municípios, devido a presença de inúmeras dificuldades, falta de recursos e conflitos, que caracterizam planos falhos de coleta e destinação de resíduos (LOPES, 2003).

O que contribui para a precarização das condições de vida de boa parte da população, principalmente, em relação ao saneamento (GOBBI, 2017). Os resíduos, de forma geral, podem ser classificados em cinco categorias, de acordo com o tipo de fonte geradora, no caso: agrícola, industrial, construção, hospitalar e urbano (NEVES, 2013). Resíduos Sólidos Urbanos Os RSU correspondem aos resíduos resultantes de atividades de consumo cotidiano, de limpeza de espaços públicos e/ou privados (varrição), e de podas de árvores e parques. Desta forma, podem ser definidos como os materiais gerados em áreas de aglomerações humanas (zona urbana), originados do setor comercial e residencial, bem como de estabelecimentos e logradouros públicos (NASCIMENTO, 2007). Sendo assim, geralmente, os RSU são compostos por: resíduos residenciais, comerciais, varrição, feiras livres e, capinação e poda.

Os resíduos residenciais correspondem a aqueles provenientes das atividades domésticas e são constituídos, geralmente, por uma porção orgânica (restos de alimentos, frutas e sobras de podas, folhas ou gramas) e por uma porção inorgânica (papel, jornais, plástico, vidros, garrafas e outros) (AZAMBUJA, 2002). Este termo remete significado ao resíduo ou material que não possui ou se encontra passível à tratamento e que, geralmente, é disposto diretamente ao aterro, sem passar por triagem (ZANETTI, 2003). Política Nacional de Resíduos Sólidos Em agosto de 2010, visando a criação de um instrumento jurídico que possibilitasse a regulação dos resíduos sólidos urbanos, que passaram a representar um grande problemal ambiental e de saúde pública, surgiu a proposta de Lei n° 12305, que através do Decreto n° 7404/2010, estabeleceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS (ZANETTI, 2003).

A PNRS é considerada a ferramenta responsável por permitir o desenvolvimento do País, possui 57 artigos voltados a princípios, instrumentos, objetivos e diretrizes para a gestão dos resíduos sólidos. Responsabiliza empresas pelo recolhimento de produtos descartáveis (logística reversa), estabelece a integração de municípios no gerenciamento de resíduos e atribui responsabilidade a sociedade pela geração dos resíduos sólidos urbanos (SILVA, 2014). Esta ferramenta busca mudar os paradigmas de responsabilidade, norteando a conduta, principalmente, das autoridades públicas (SILVA, 2014). Os consumidores passam a ser obrigados a acondicionar e disponibilizar os resíduos gerados de forma diferenciada para coleta, por meio de um plano municipal de gestão integrada, responsável por estabelecer um sistema de coleta seletiva (CORNIERI, 2011). Gerenciamento de Resíduos Urbanos O gerenciamento de resíduos urbanos compreende as ações operacionais associadas ao controle da geração, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição dos materiais descartados, de modo a assegurar princípios de saúde pública, economia, e conservação dos recursos naturais, de insumos, de energia e minimização da poluição ambiental (JESUS, 2014).

Desta forma, o gerenciamento corresponde as ações que visam garantir a execução de todas as atividades que envolvem a disposição adequada, de modo a estabelecer medidas de correção ou prevenção de problemas, com o objetivo de contribuir para a preservação ambiental e econômica de recursos naturais, insumos e energia (PONTES, 2016). Por esta questão, as atividades gerenciais são agrupadas em quatro elementos funcionais: acondicionamento, coleta e transporte, tratamento (processamento e recuperação) e disposição final (PONTES, 2016). A primeira etapa do gerenciamento de resíduos (responsabilidade do gerador), representa a atividade de acondicionamento, responsável por armazenar o material descartado em um recipiente adequado para sua coleta, e assim, evitar o aparecimento de vetores de doença e índices de contaminação, bem como garantir a qualidade daqueles passiveis de reciclagem, melhorando sua possibilidade de reaproveitamento (PONTES, 2016).

A disposição final constitui o local em que o resíduo é encaminhado após esgotada suas possibilidades de tratamento, ou seja, quando não apresentam outra alternativa que não a destinação final (MEDEIROS, 2012). Normalmente, são adotadas três formas básicas de disposição, sendo: os aterros sanitários, aterros controlados e os vazadouros a céu aberto (lixões). Os aterros sanitários constituem a melhor alternativa para armazenar e dispor os resíduos urbanos, sendo estabelecidos por meio de critérios e normas operacionais específicas. Já os aterros controlados não são recomendados devido o seu método construtivo não apresentar práticas de impermeabilização e drenagem, já os lixões, representam uma forma inadequada e ilegal de disposição final, constituindo focos de poluição e riscos (MEDEIROS, 2012).

Uma vez que, representam um destino a céu aberto, sem organização quanto a área de disposição, ao chorume, a liberação de gases para a atmosfera e a proliferação de doenças (MEDEIROS, 2012). O princípio de funcionamento da coleta seletiva pode ser resumido em: separação, coleta, análise, classificação e destinação adequada a determinado resíduo. Sendo assim, quando o resíduo é coletado, é submetido a análise para ser classificado e encaminhado ao seu destino correto, geralmente, a industrias recicladoras (SCHALCH et al. A coleta seletiva deve representar um método baseado na tecnologia (separação, coleta e reciclagem), na informação (sensibilizar e motivar o público) e no mercado (absorção do material recuperado) (SCHALCH et al. Esta ferramenta estabelece diretrizes e exigências como, por exemplo, o acondicionamento distinto para cada material componente dos resíduos (FREIRE, 2010).

A principal vantagem deste mecanismo é a minimização de resíduos, sendo extremamente importante nos dias atuais, principalmente, por proporcionar o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida no planeta. A. K. Proposta de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos – Análise do Caso de Palhoça/SC. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). jan. BORANGA, J. A. Resíduos sólidos. Editorial. BRASIL. Lei n° 12. de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei n° 9. de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. CALDERONI, S. Os Bilhões Perdidos no Lixo. ed. São Paulo: Humanitas, 1998. p. infosaj. com. br/mobile/index/noticias/id-109019/ba_251__lixao_as_margens_de_rodovia_invade_parte_de_pista_em_camacan>.

Acesso em: 19 de abril de 2018. FREIRE, E. Ciência e Sustentabilidade, v. n. p. jul. dez. RIOS, F. MACHADO, S. Impactos socioambientais do lixão no município de Camacan, Bahia. Disponível em: <https://conservacaouesc. wordpress. LIMA, G. F. C. A. O gerenciamento de resíduos sólidos urbanos em Rio Pomba – MG na visão de atores sociais que participaram do processo. H. D. Gestão dos Resíduos Sólidos para Municípios de Pequeno e Médio Porte à Luz da Política Nacional de Resíduos Sólidos. f. Monografia (Graduação em Ciência e Tecnologia). Comportamento mecânico de resíduos sólidos urbanos. f. Dissertação (Mestrado em Geotecnia). Universidade de São Paulo - Escola de Engenharia de São Carlos. São Carlos, 2007.

Indicadores de Sustentabilidade para Gestão de Resíduos Sólidos. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Urbana). Universidade Federal de São Carlos – Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia. São Carlos. Avalição da Política Nacional dos Resíduos sólido em Jaú-SP: Institucionalidades, atores e recursos de poder. f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente). Centro Universitário de Araraquara. Araraquara, 2016. Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos. f. Tese (Doutorado em Engenharia). Universidade de São Paulo – Escola de Engenharia de São Carlos. São Paulo, 2002. Gestão e Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Domiciliares no Município de Fortaleza – CE. f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente). Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, 2004. I.

A educação ambiental como instrumento de mudança na concepção de gestão dos resíduos sólidos domiciliares e na preservação do meio ambiente. Disponível em: <http://web-resol. org/textos/texto_zaneti. pdf> Acesso em: 10 de março 2018.

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