Analisar a sazonalidade climática dos atendimentos por doenças respiratórias nas Unidades Básicas de Saude DOI

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Geografia

Documento 1

Resultados:tanto a queda quanto a alta umidade relativa do ar nos períodos cíclicos de seca/chuva pode implicar na saúde dos indivíduos, devido às partículas que entram em suspensão no ar e que dependendo do diâmetros aerodinâmicos (0 ~ 100 µm) são consideradas as mais perigosas,logo as partículas inaláveis (<10 µm) representam a maior porcentagem das partículas encontradas nos pulmões das pessoas hospitalizadas. Conclusão: constatou-se que os casos de internação sofrem uma elevação considerável em períodos secos, mostrando que as doenças respiratórias têm seu período sazonal entre 11 de janeiro, com condições abafadas durante 90% do tempo e o período mais abafado de 21 de setembro a 17 de maio, no qual o nível de conforto é abafado, opressivo ou extremamente úmido pelo menos em 25% do tempo.

Em virtude dos fatos mencionados conclui-se que os atendimentos ambulatoriais por doenças respiratórias, especialmente as de menor gravidade, estão relacionados ao período de seca. Palavras-chave: doenças respiratórias; sazonalidade climática;atendimento ambulatorial. Summary Objective: to analyze the climatic seasonality of care for respiratory diseases (DR) in the basic health units of Marcos Freire, Manoel Alves, Dois Irmãos do Buriti and Vila Nova. salienta que grande parte das doenças é causada ou influenciada por fatores ambientais, dentre eles as condições climáticas que vêm ganhando espaço em estudos epidemiológicos. A pesquisa fará o cruzamento dos dados meteorológicos com os dados sobre óbitos disponíveis no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), que tenham como causa básica:Infecção respiratória aguda e todos os tipos de Gripe,ocorridos no município e distribuídas em seus meses de ocorrência.

Estudos de autores como Haddad (2016), Jakubaszko (2019) e Ynoue (2017), relacionam especificamente estas doenças ao clima,onde afirmam que os fatores climáticos podem influenciar diretamente nas defesas do organismo,principalmente quando tais fatores atingem valores extremos e/ou frequentes. Além desta introdução, este trabalho contará com outras quatro seções,considerações finais e referências bibliográficas. Na primeira seção deste estudo,“Bases Conceituais” são apresentados os principais aspectos teóricos relativas ao sistema do clima. É importante ressaltar que o SCU lida diretamente com as trocas energéticas do próprio ambiente. Partindo da demografia,Queiroz (2012) ressalta a necessidade de construir políticas públicas e regionais relacionadas aos possíveis impactos das mudanças climáticas, que foquem esses setores como espaços articulados, superando essa simples divisão espacial.

O clima urbano é, portanto, resultado da interferência de todos os fatores atuantes sobre a atmosfera urbana e que agem no sentido de alterar o clima local. Haddad (2016) aponta que foi a partir do emprego da teoria geral dos sistemas, a noção de dinâmica da atmosfera e das preocupações de alguns estudiosos da climatologia com a interação estabelecida entre a atmosfera, o sítio e o fato urbano, que tiveram início as abordagens do clima da cidade com caráter mais holístico e numa dimensão evolutiva, conforme se observa nos estudos atuais. Entretanto para Magalhães Jr. Figura 1 - Resumo meteorológico Além disso, o Brasil recebe insolação durante o ano todo, as temperaturas são maiores nas baixas latitudes e a variação sazonal é menor.

Campo Grande tem variação sazonal extrema na sensação de umidade. O período mais abafado do ano dura 7,9 meses, de 21 de setembro a 17 de maio, no qual o nível de conforto é abafado, opressivo ou extremamente úmido pelo menos em 25% do tempo. O dia mais abafado do ano é 11 de janeiro, com condições abafadas durante 90% do tempo. Sendo o dia menos abafado do ano é 26 de julho, com condições abafadas durante 4% do tempo (Figura 2). assistidas pelos 4. agentes comunitários de saúde, representando uma cobertura populacional de 94,28% [Tabela 1]. Tabela 1: Situação dos ACS, ESF, ESB e NASF, MS, 2015. Perfil Epidemiológico O Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022 foi elaborado objetivando o enfrentamento da magnitude que essas doenças se constituem no país.

De acordo com o Plano, cerca de 70% das causas de mortes, atingem fortemente camadas pobres da população. Gráfico 1 Casos notificados de SRAG por semana epidemiológica, Mato Grosso Do Sul, 2019 – 2020 Tendo em vista os aspectos econômicos,com base nos dados coletados por meio do Instrumento de Identificação de Municípios de Risco (IIMR) pode-se afirmar que o Mato Grosso do Sul possui 353 indústrias que são consideradas relevantes para a poluição do ar. Divididas em indústrias de extração (carvão mineral; petróleo e gás natural; minerais metálicos e minerais não metálicos) e indústrias de transformação (produção de óleos e gorduras vegetais e animais; torrefação e moagem de café; preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados; fabricação de celulose, papel e produtos de papel; fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis; fabricação de produtos químicos;fabricação de cimento; fabricação de cal virgem e hidratada e gesso; metalurgia; fabricação de produtos cerâmicos e olaria).

A poluição atmosférica associada às atividades de mineração podem durar anos, ou seja, uma vez que a vida útil de uma mina é dezenas de anos os problemas relativos a esta também se estendem por anos. Segundo o IIMR em 2014 foram registrados 8 municípios com risco crítico referente à quantidade de indústrias de extração de minerais não metálicos em Mato Grosso do Sul (Figura 4). Figura 4 - Mapa de risco referente à quantidade de indústrias de extração de minerais não metálicos, Mato Grosso do Sul, 2014. De acordo com o geógrafo português Andrade (2005), o clima urbano pode afetar diretamente a saúde e bem-estar, sendo possível distinguir, nessa influência, diferentes fatores tais como: qualidade do ar, radiação, vento, ruídos e o que o autor descreve como complexo térmico Elementos esses,que corroboram com as discussões que se pretende realizar neste estudo.

As informações de saúde englobam as taxas de mortalidade e internações por doenças do aparelho respiratório (Capítulo J, CID 10) dos municípios em Mato Grosso do Sul. Em 2014 os indicadores de saúde, as taxas de mortalidade por doenças respiratórias indicaram que 17 municípios tinham alto risco e 18 municípios são risco crítico. As informações sobre óbitos por agravos respiratórios, segundo faixa etária mostrou que este risco está mais associado aos adultos a partir de 60 anos (Figura 4). Figura 4 - Mapa de risco referente à quantidade de óbitos por agravos respiratórios, Mato Grosso do Sul, 2014. No Estado de Mato Grosso do Sul existem vários municípios pequenos onde ainda são precários os serviços de assistência à saúde, e grande parte deles não possui hospital.

Esse indicador da quantidade de atendimentos permitiu uma melhor representação da demanda em relação ao período atual. No Brasil, todos os trabalhos que avaliaram a relação entre o clima e doenças respiratórias utilizaram análises retrospectivas. Os estudos verificaram que não havia influência da temperatura sobre aumento do número de atendimentos ambulatoriais. Observou-se maior número de internações no período seco onde 2,2% dos pacientes eram hospitalizados no período de seca, contra 1,6% no período chuvoso. ANDRADE, H. O clima urbano: natureza, escalas de análises e aplicabilidade. Finisterra – Revista Portuguesa de Geografia, v. n. p. Cesar. ed. São Paulo, Santos, p. COSTA, J. S. Tecnologias de geoinformação para representar e planejar o território urbano. Editora Interciência, Rio de Janeiro, p.

IBGE Dois Irmãos de Buriti [acessado em 1 jun. Disponível em: https://www. ibge. CO2. Aquecimento e Mudanças Climáticas. Estão nos Enganando? DBO 2019 p. MENDONÇA, F. O estudo do clima urbano no Brasil: evolução, tendências e alguns desafios. O Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte. In. Saúde urbana em Belo Horizonte. Belo Horizonte: Editora UFMG, p. il, 2015. Secretaria de Estado de Saúde. Plano Estadual de Saúde 2016-2019 Mato Grosso do Sul CONASS. p. Boletim influenza Acesso 06 jun. Disponível em:<https://www. Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde Boletim Epidemiológico Volume 47 N° 19 - 2016 [acessado em 16 mai. Disponível em:http://www. saude. gov. br/images/pdf/2016/maio/06/2015-026-doencas-respiratorias-cronicas. Silva,G. A. M. Meteorologia: Noções Básicas.

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