ANALISAR A RELAÇÃO ENTRE A RENDA E A CONSTRUÇÃO CIVIL

br/estatisticas/economicas/contas-nacionais/9052-sistema-de-contas-nacionais-brasil. html?=&t=resultados Selecionar a tabelas 5 e 8 Comparar ano a ano (sugiro de 2009 até 2014) o crescimento da construção de residências (tabela 8) com o crescimento do consumo das familias da tabela 5. PRODUTO / RESULTADO  A que conclusões você chegou? A construção de residências acompanha o crescimento do consumo? Será que cresce defasado, por exemplo, o crescimento do consumo em um ano reflete no crescimento da construção no ano seguinte (ou vice-versa)? Avalie a relação entre a variação do consumo e a da construção de moradias. Avalie, por fim, a relação dessas duas variáveis com a renda como um todo. ANALISAR A RELAÇÃO ENTRE A RENDA E A CONSTRUÇÃO CIVIL INTRODUÇÃO A macroeconomia é o ramo da economia que buscar estudar os fenômenos econômicos a partir da análise das variáveis agregadas, como a renda nacional, o nível dos preços, a taxa de juros, o nível de investimentos e de consumo, etc.

Tabela 1: Dados Brutos do Sistema Nacional de Contas (IBGE, 2019) Despesa de consumo das famílias Renda Total Construção de Residências 2009 1. As figuras a seguir apresentam a visualização gráfica dos dados da tabela, demonstrando que as variáveis possuem um indicativo de comportamento em comum. Figura 1: Despesa de consumo das famílias, 2009-2015 Figura 2: Renda total nacional, 2009-2015 Figura 3: Construção de residências, 2010-2015 A despesa de consumo das famílias é uma das principais componentes da renda nacional total. As outras são as despesas de consumo do governo, despesas de consumo das instituições sem fins de lucro, a formação bruta de capital, e o saldo entre exportações e importações de bens e serviços. Essa relação fica evidente ao se desenhar as curvas da despesa de consumo das famílias e da renda total nacional em um mesmo gráfico, como é feito na figura abaixo.

O valor R-Quadrado é a proporção da variabilidade na variável resposta explicada pela variável explanatória. Com valor numérico de 0,9558 significa que 95,58% do comportamento da variável construção de residências pode ser explicado pelo comportamento da variável despesa de consumo das famílias. A relação encontrada nessa regressão linear é igual a: Construção_Residências = 0,0844*Consumo_Famílias - 14664,044 A seguir é realizada a regressão linear entre a despesa de consumo das famílias (variável x) e a construção residencial (variável y), utilizando um ano de defasagem. Assim, a despesa de consumo das famílias de 2009 influenciará a construção residencial de 2010. Os resultados seguem na tabela a seguir. Com valor numérico de 0,9962 significa que 99,62% do comportamento da variável renda nacional total pode ser explicado pelo comportamento da variável despesa de consumo das famílias.

A relação encontrada nessa regressão linear é igual a: Renda_Nacional = 1,5717*Consumo_Famílias +219653,4 Finalmente, também é feita a regressão linear entre a renda nacional total (explicativa) e a construção de residências (explicada), sem qualquer defasagem. A partir de sete observações utilizadas, de 2010 a 2015, nota-se que a estatística de regressão apresenta valores próximos de um em seus diversos parâmetros (R múltiplo, R-quadrado e R-quadrado ajustado), demonstrando que as duas variáveis tem um comportamento com uma correção forte, ou seja, o aumento em uma variável (renda nacional total) é acompanhado diretamente por um aumento na outra variável (construção de residências). Tabela 5: Resultados da regressão linear Renda Nacional Total e Construção de Residências (sem defasagem).

Nota-se que o fator “F de significação” e o “valor-P” da variável X1, despesa de consumo das famílias, apresentam valores praticamente desprezíveis, mostrando que o teste de regressão tem significância estatística global e individual para esta variável. Pela semelhança entre o comportamento da despesa de consumo das famílias e da renda nacional total, é praticamente equivalente utilizar o consumo das famílias ou a renda nacional para explicar a construção residencial. Os dois modelos apresentaram resultados semelhantes, indicando uma provável relação de causalidade. No entanto, esse trata-se de um modelo bastante simples. Para resultados mais robustos, deve-se utilizar um modelo econométrico mais completo, a partir de uma base de dados histórica mais extensa e tentando-se incluir mais variáveis explicativas como, por exemplo, o estoque de imóveis, o nível de endividamento das famílias, a disponibilidade de crédito habitacional, etc.

REFERÊNCIAS IBGE.