AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A IMPORTÂNCIA DO AFETO PARA O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Diante dessa relevância acabe ao principal mediador do processo ensino-aprendizagem, o professor, está atento a essa influência, de modo a utilizá-la em prol da efetivação da aprendizagem. O presente projeto tem como linha de pesquisa a relevância da Afetividade na Educação Infantil, e, terá como tema “Afetividade na Educação Infantil: a importância do afeto para o processo de aprendizagem”. Partindo de uma breve revisão bibliográfica, tendo como foco três relevantes teóricos que se dedicaram ao estudo do tema, Jean Piaget, Lev Vygotsky e Henri Wallon. A princípio destaca o estudo desses teóricos, em seguida estabelece a relação professor-aluno visando evidenciar sua relevância e finaliza trazendo esse enfoque para a Educação Infantil. Tendo como objetivo geral, contribuir para a promoção da afetividade na relação professor-aluno durante o processo ensino-aprendizagem em turmas da Educação Infantil, e como objetivos específicos, desenvolver a autoestima, favorecer o desenvolvimento intelectual e promover o desenvolvimento emocional do aluno.

Justificativa. Problematização. Objetivos. Objetivo Geral. Objetivos Específicos. Já no âmbito educacional, a afetividade assume um papel relevante, principalmente, partindo do pressuposto que está presente em todas as áreas da vida do ser humano, e influência significativamente o crescimento cognitivo. A Educação Infantil, por atender educandos com uma faixa etária que reclama maior atenção e cuidado, precisa da afetividade presente em seu contexto, para que o educando possa se sentir acolhido e protegido. Para tanto, cabe ao professor agir com paciência, de modo a despertar no educando o interesse em aprender e a lidar com as pessoas que se encontram ao seu redor. Essa relação afetiva entre educador e educando favorece o desenvolvimento de sujeitos responsáveis, honestos e críticos, capazes de desenvolver suas competências cognitivas e comportamentais.

Assim sendo, o aspecto afetivo merece atenção, ênfase, uma vez que, pode auxiliar na promoção de uma aprendizagem eficiente. Trata-se de fazer bom uso da sua capacidade intelectual, mas, para que isso ocorra, o homem precisa ser estimulado desde cedo de forma eficiente. Segundo Wallon, a inteligência não é o elemento mais importante do desenvolvimento humano, pois, o desenvolvimento depende de três vertentes: a motora, a afetiva e a cognitiva. Para ele a dimensão biológica é intrínseca da social, pois se complementam de forma mútua, isto é, a evolução de um indivíduo não depende somente de sua capacidade intelectual garantida pelo seu caráter biológico, mas também do meio em que ele se encontra. A influência do meio pode permitir ou impedir que determinadas potencialidades se desenvolvam.

Para ele a afetividade, é fundamental no desenvolvimento da personalidade, e, inclusive, nasce antes da inteligência. Em uma primeira interpretação, a essência da inteligência é a formação progressiva das estruturas operacionais e pré-operacionais, e nessa relação o afeto faz ou pode causar a formação das estruturas cognitivas, isto é, a construção de conhecimento ocorre devido às relações afetivas da criança com o objeto ou pessoa envolvida no processo, sendo responsáveis pela formação da estrutura cognitiva. E,a segunda, o afeto esclarece a aceleração ou retardamento das formações das estruturas, ou seja, pode acelerar quando há interesse e necessidade, e retardar quando a situação afetiva apresenta-se como um obstáculo para o desenvolvimento intelectual. Já Vygotsky destaca em seus estudos o papel da ação mediada.

Segundo ele, a criança pensa, sente e se emociona com base em conceitos que são estabelecidos por uma determinada forma de pensar e de se emocionar apresentada pelo meio que a rodeia. Consiste na emocionalidade cultural, onde o modo de reagir de um indivíduo faz parte de suas práticas sociais, e, é criador de suas relações. E, essas relações envolvidas na promoção da aprendizagem podem influenciar positiva ou negativamente o processo ensino-aprendizagem.   De acordo com as perspectivas teóricas apresentadas anteriormente é incontestável a importância da afetividade no processo ensino-aprendizagem, sobretudo, também é fundamental a ação do principal mediador desse processo: o professor. Partindo da teoria fundamentalmente social apresentada por Vygotsky, a afetividade precisa ser manifestada na relação professor-aluno para aumentar a eficiência do processo de construção do conhecimento, uma vez que, a natureza qualitativa dessa interação pedagógica exprime um sentido afetivo para o objeto de conhecimento, que por sua vez, é influenciado pelas experiências vivenciadas por ambos durante o processo.

Nessa perspectiva, as ideias de Vygotsky inferem uma visão essencialmente social para o processo de aprendizagem. As emoções estão presentes quando se busca conhecer, quando se estabelece relações com objetos físicos, concepções de outros indivíduos. É por este motivo que é impossível pensar, mesmo em matemáticas puras, sem experimentar alguns sentimentos, e que, inversamente, não existem fenômenos afetivos sem um mínimo de compreensão ou de discriminação.     A base da relação entre o professor e o aluno deve ser a cumplicidade do aprender com o ensinar, e, pautada na experiência, na vivência, no reconhecimento e principalmente, no respeito ao outro construído a partir da afetividade manifestada pelas emoções vivenciadas em sala em aula.       Sentir e viver a afetividade na educação, [.

suscita que nosso eu adentre a sala de aula, inteiro, para desvelar, dês-cobrir e sentir as manifestações presentes nas interações, relações e reações que os sujeitos estabelecem/manifestam na ação de educar. É ampliar o olhar e a escuta na tentativa de captar da expressão/comunicação destes seres o revelar do seu eu, sua inquietude, dificuldade e possibilidade que expressa na ação de aprender e de ensinar. A emoção faz parte da afetividade, e, se encontra vinculada diretamente ao meio social em que o aluno se encontra inserido, “as emoções, assim como os sentimentos e os desejos, são manifestações da vida afetiva” (WALLON, 1999). Dentro do âmbito escolar, surge uma relação afetiva e produtiva com o intuito de construir conhecimento, uma vez que, a aprendizagem do aluno é o eixo que norteia o trabalho da escola e do professor, sendo assim, vem acompanhada de atitudes e comportamentos que exprimem os sentimentos tanto do aluno quanto do professor.

Compete ao mediador dessa relação, o professor, saber lidar com essas emoções, e, com a postura do conflito eu-outro, que ocorre na infância, identificando causas e buscando estratégias eficientes para compreender o comportamento do aluno e aliar suas emoções ao processo de aprendizagem. Portanto, o ambiente escolar deve ser planejado e organizado para oportunizar interações sociais e oportunidades de aprendizagem para os alunos (WALLON, 1999), ou seja, deve ser um ambiente propício e acolhedor, visando envolver o aluno de modo a promover a segurança, e ainda, a afetividade que cativa, que motiva, e consequentemente, promove uma aprendizagem significativa. E, para tanto, a adoção de atitudes simples pode acarretar em grandes resultados, uma vez que, elogios, reconhecimento do esforço e palavras encorajadoras são capazes de desenvolver vínculos afetivos capazes de conduzir a bons resultados.

acerca dos serviços de socialização, de natureza principalmente afetuosa, pode-se, ainda, acrescer que: As tarefas das crianças pequenas nas creches e pré-escolas são muitas e de grande importância para o seu desenvolvimento cognitivo e emocional, e o central órgão de que usam são as brincadeiras. Nesses locais, elas têm de aprender a brincar com as outras, respeitarem limites, controlar a agressividade, relacionar-se com adultos e aprender sobre si mesmas e seus amigos, ocupações estas de natureza emocional. O essencial para as crianças menores de seis anos é que elas se sintam admiráveis, livres e queridas. p. De acordo com outros autores, tal como Andrade (2005), a inteligência não se define, e sim se constrói, não sendo fixa e permanente durante toda a vida.

Arantes (2009, p. mencionou em seus trabalhos, a importância da afetividade, com base na teoria de Vygotsky (2003) e assim destacou que o ser humano, da mesma forma que aprende a atuar, a raciocinar e a falar, por meio do legado de sua cultura e da influência mútua com os outros, aprende da mesma forma a sentir. “O longo aprendizado sobre emoções e afetos se principia nas primeiras horas de vida de uma criança e se espaça por toda sua vida” (ARANTES, 2009, p. Wallon (1975 apud FONTOURA, 2011 p. deixa claro em seus escritos que, cada dia mais é preciso que: A escola não esqueça que toda prática verdadeiramente pedagógica tem por finalidade o desenvolvimento da pessoa e o fortalecimento do eu. O método de institucionalização da infância (por meio da escola, das creches, pré-escolas etc.

ocupando-se dos cuidados físicos e morais das crianças pequenas, é uma precisão que avaliza sua separação do contexto social de procedência para transformá-las e fazer a base integrada de um novo sistema político e econômico constituindo-se em uma exata obra de engenharia social. Com o pretexto de resguardar sua inocência a criança é controlada disciplinada e desenvolvida dentro dos novos valores sociais dominantes. A cordialidade do professor é algo imprescindível na relação com seus aprendizes. Mostrando-se humano e compreensivo, ele pode atrair os alunos e reger a atenção destes para o aprendizado aguardado. Justificativa Uma relação interpessoal bem estabelecida pode promover um ambiente mais agradável em sala de aula, de modo a possibilitar um processo ensino-aprendizagem mais eficaz. Por isso, suscitar a afetividade na relação professor-aluno em turmas da Educação Infantil é necessário, pois, um indivíduo que é tratado com afeto tem mais chances de se desenvolver emocionalmente e intelectualmente.

E, para tanto, o relacionamento entre professor e aluno, deve ser pautado no respeito e no carinho, de modo a favorecer a mediação entre eles. Sendo assim, ao professor não cabe apenas transmitir conhecimentos, mas também estabelecer uma boa relação afetiva com seus alunos, para favorecer o processo ensino-aprendizagem. Problematização O Projeto de Ensino terá como problematização norteadora o quão relevante é a influência da afetividade durante o processo de ensino-aprendizagem na Educação Infantil, e como sua manifestação pode minar ou contribuir para esse processo. E, no encerramento de cada bimestre e semestre, serão realizadas reuniões com o Coordenador Pedagógico e Gestor para avaliar a evolução dos alunos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto a relevância da afetividade é inegável, desde que seja utilizada corretamente por aqueles que são fundamentais para a efetivação do processo ensino-aprendizagem na Educação Infantil.

Sem afetividade, a relação professor-aluno se torna fria e improdutiva, o que pode ocasionar um ambiente escolar pouco atraente para o educando, que durante a Educação Infantil precisa estabelecer laços afetivos, muitas vezes, inexistentes dentro do âmbito familiar. Partindo do pressuposto que o adulto é uma extensão do que ele vivenciou na infância, o trato com as crianças da Educação Infantil deve ser bem elaborado para que a sociedade possa dispor de adultos mais centrados e comprometidos. Capazes de estabelecerem mudanças no meio social em que se encontram inseridos, com facilidade de se comunicar e expressar seus sentimentos e desejos, com autoestima e autoconfiança, fortes em seus vínculos afetivos, e tantos outros benefícios que foram citados no decorrer deste trabalho. Ambiente Familiar e Desenvolvimento cognitivo infantil: uma abordagem epidemiológica.

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