AFETIVIDADE COMO ARTICULADORA DAS RELAÇÕES PROFESSOR ALUNO NA EJA- EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Tipo de documento:Monografia

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Pela lição de coragem que me deram ao encontrarem forças para enfrentar grandes desafios em busca do saber. AGRADECIMENTOS EXEMPLO DE AGRADECIMENTO: Primeiramente а Deus qυе permitiu tudo isso acontecesse, ао longo da minha vida, е não somente nestes anos como universitária, mas que em todos os momentos é o maior mestre qυе alguém pode conhecer. A esta universidade, sеυ corpo docente, direção е administração qυе oportunizaram а janela qυе hoje vislumbro υm horizonte superior, eivado pеlа acendrada confiança nо mérito е ética aqui presentes. Agradeço а todos оs professores pоr mе proporcionar о conhecimento nãо apenas racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо processo dе formação profissional, pоr tanto qυе sе dedicaram а mim, nãо somente pоr terem mе ensinado, mаs por terem mе feito aprender.

А palavra mestre, nunca fará justiça аоs professores dedicados аоs quais sеm nominar terão оs meus eternos agradecimentos. Faced with the material collected, there is a tendency to consider that the teacher-student relationship is of fundamental importance in the process of acquisition of knowledge, where the teacher plays the role of mediator, guiding. Key words: Affectivity; EJA- Youth and Adult Education; Teaching learning; Teacher-student relationship Sumário INTRODUÇÂO 1 Capítulo I. EJA – eDUCAção de jovens e adultos 4 1. Aspectos Históricos da Educação de Jovens e Adultos 4 2. Conceituando o EJA. A Educação de Jovens e Adultos é definida pelo artigo 37 da LDB (lei n. como a modalidade de ensino que “será destinada àqueles que não tiveram acesso ou à continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.

” A principal tarefa da Educação de Jovens e Adultos é fazer valer o previsto no artigo 208, inciso I da Constituição Federal de 1988, que garante o acesso e a permanência ao ensino fundamental a todos. Tal política vem sendo incentivada pelo poder público, que abrangeu, além do ensino fundamental, o ensino médio, adequando esta modalidade de ensino às características dos jovens e adultos brasileiros. A união entre professor e aluno acontece quando o diálogo estabelecido entre eles é saudável e de qualidade, assim, eles criam um laço de "amizade", que beneficia todo o processo de aquisição do saber, visto que, é óbvia a capacidade que o professor tem de conquistar a atenção do aluno e despertar seu interesse para as discussões que serão feitas na sala de aula.

Esta relação é feita também pelo analfabeto, mas geralmente de uma forma desapropriada e mágica. Então, faz-se necessário utilizar essa captação mágica do analfabeto, mas transformada em crítica, fazendo o homem sentir-se capaz de superar a via dominantemente reflexa e renunciar ao papel de simples objeto, exigindo ser o que é por natureza: sujeito histórico. Esse processo pode ser facilitado através de um projeto pedagógico que supõe o aluno ativo, dialógico e crítico. Portanto, atividades bem planejadas, práticas pedagógicas coerentes e bem desenvolvidas, além de um bom domínio do conhecimento por parte do professor, constituem condições necessárias para que os alunos desenvolvam um bom nível de envolvimento com os objetos de estudos e uma motivação para participação ativa na construção de conhecimentos.

A qualidade dessas interações constitui o diferencial que poderá transformar a experiência de aprender em uma interação de sucesso ou de fracasso. Como se observa que neste período, os jesuítas acreditavam que não seria possível converter os índios sem que eles soubessem ler e escrever. Até aqui, verifica-se a importância da alfabetização (catequização) na vida dos adultos para que as pessoas não-infantil, não só servissem para igreja, como também para o trabalho. SOUZA, 2007). O histórico da EJA no Brasil perpassa a trajetória do próprio desenvolvimento da educação e vem institucionalizando-se desde a catequização dos indígenas, a alfabetização e a transmissão da língua portuguesa servindo como elemento de aculturação dos nativos (PAIVA, 1973).

A trajetória da Educação de Jovens e Adultos no Brasil inicia-se bem antes do império, o ensino do EJA começa a se desenvolver no período colonial, momento em que os missionários religiosos exerciam uma ação educativa, com adultos, destinados aos brancos e indígenas, estudos estes que eram baseados no estudo clássico, nas primeiras noções da religião católica. A educação do Período colonial estava, durante dois séculos, sendo desenvolvida em poder dos jesuítas que estenderam seus domínios por toda a colônia, fundando colégios nos quais era desenvolvida uma educação clássica, humanística e acadêmica. Neste período a educação era considerada tarefa da Igreja e não do Estado.

Moura (2004) comenta que: A educação de adultos teve início com a chegada dos jesuítas em 1549. Essa educação esteve, durante séculos, em poder dos jesuítas que fundaram colégios nos quais era desenvolvida uma educação cujo objetivo inicial era formar uma elite religiosa (p. Refletindo a EJA no período colonial, Moura (2004) esclarece que: “Com a expulsão dos jesuítas de Portugal e das colônias em 1759, pelo marquês de pombal toda a estrutura organizacional da educação passou por transformações. Segundo Freire apud Gadotti (1979, p. nos anos 40 do século passado, a Educação de Adultos era entendida como uma extensão da escola formal, principalmente para a zona rural. Já na década de 50, a Educação de Adultos era entendida como uma educação de base, com desenvolvimento comunitário.

Com isso, surgem, no final dos anos 50, duas tendências significativas na Educação de Adultos: a Educação de Adultos entendida como uma educação libertadora (conscientizadora) pontificada por Paulo Freire e a Educação de Adultos entendida como educação funcional (profissional). Com o final da 2ª Guerra Mundial e do Estado Novo, o Brasil se abriu novamente para a democracia e buscou, pela primeira vez, organizar uma campanha nacional de alfabetização de adultos, que tinha ainda um caráter assistencialista e emergencial, pois buscava a erradicação do analfabetismo em um curto prazo e não à garantia de direitos à educação (SOARES e GALVÃO, 2004). Ainda segundo Ribeiro (1997), nos anos de 1960 os programas de EJA passam a ser inspirados pelo pensamento pedagógico de Paulo Freire e empreendidos por intelectuais, estudantes e católicos que realizavam um trabalho com ação política.

Surge um novo paradigma onde o analfabetismo era efeito da situação econômica. “Em janeiro de 1964, foi aprovado o Plano Nacional de Alfabetização, que previa a disseminação por todo o Brasil de programas de alfabetização orientados pela proposta de Paulo Freire”. Ribeiro, 1997, p. De acordo com Moura (2011) a educação de pessoas jovens e adultas acontecia aos moldes da catequização; A Educação básica de pessoas jovens e adultos no Brasil teve início no Brasil Colônia pela ação dos jesuítas apoiada pela sociedade civil e pela política, os jesuítas começaram suas atividades docentes em solo brasileiro alfabetizando adolescentes e adultos mais do que crianças sob forte influência do proselitismo religioso. atribui um capítulo para o ensino supletivo e recomenda aos Estados atender jovens e adultos.

BRASIL. MEC, LDB, 1974). Do ensino supletivo – Cap. IV da LDB Art. §3 – Os exames supletivos poderão ser unificados na jurisdição de todo um sistema de ensino ou parte deste, de acordo com normas especiais baixadas pelo respectivo Conselho de Educação. Art. – Desenvolver-se-ão, ao nível de uma ou mais das quatro últimas séries do ensino de 1º grau, cursos de aprendizagem, ministrados a alunos de 14 a 18 anos, em complementação da escolarização regular, e, a esse nível ou de 2º grau, cursos intensivos de qualificação profissional. Parágrafo único – Os cursos de aprendizagem e os de qualificação darão direito a prosseguimento de estudos quando incluírem disciplinas, áreas de estudos e atividades que os tornem equivalentes ao ensino regular, conforme estabeleçam as normas dos vários sistemas.

Art. compartilhar o coração. É preciso educar para o entendimento. Educar é também desequilibrar, duvidar, suspeitar, lutar, tomar partido, estar presente no mundo. Significa tornar os jovens e adultos cada vez mais conscientes de seu papel na sociedade enquanto sujeitos transformadores (FREIRE, 2006). Ainda ara Freire (2001, p. Oliveira 1999, p. Segundo (SOARES e GALVÃO, 2004) a educação de adultos existe desde o período colonial. Pode-se dizer que a mesma ocorria juntamente com a educação e catequese das crianças indígenas, sendo assim realizada com índios adultos e por parte dos jesuítas que apreendeu a língua desse grupo para catequiza-los e educa-los. A Educação de Jovens e Adultos deve ser sempre uma educação multicultural, uma educação que desenvolva o conhecimento e a integração na diversidade cultural, como afirma Gadotti (1979), uma educação para a compreensão mútua, contra a exclusão por motivos de raça, sexo, cultura ou outras formas de discriminação e, para isso, o educador deve conhecer bem o próprio meio do educando, pois somente conhecendo a realidade desses jovens e adultos é que haverá uma educação de qualidade.

Como afirma CURY (2000): A EJA contém uma função reparadora e está significa não só o ingresso no circuito dos direitos civis pela restauração de um direito negado: o direito a uma escola de qualidade, mas também o reconhecimento daquela igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista à aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV. o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. O ensino médio, conforme a LDB, tem como finalidades: I.

a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II. O patriarca do EJA é o educador Freire, que elabora uma forma de educação interdisciplinar, com o grande objetivo da libertação dos oprimidos, ou seja, a humanização do mundo por meio da ação cultural libertadora, evitando a lógica mecanicista que considera a consciência como criadora da realidade, e o mecanismo objetivista, que considera a consciência como cópia da realidade. Ainda, destaca a necessidade de os educadores criarem as possibilidades concretas para que a produção do conhecimento se torne uma realidade. Tal colocação, remete-nos a um outro raciocínio, o de que somos seres inacabados e que nos tornamos sujeitos e não somos apenas objetos da nossa própria aprendizagem Freire (1996) coloca a questão de que ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar a possibilidade de sua própria produção.

Isso implica em ter consciência de que o conhecimento é algo inacabado e que é definitivo, e que o educador não deve visualizar a prática educativa como algo sem importância, já que lhe compete estimular a curiosidade, o debate e a pesquisa entre os educandos. Dá ênfase as dimensões e relações essencialmente humanas, que estão implicadas na educação e nos processos educacionais ao afirmar que “não há docência sem discência” (FREIRE, 2003, p. Segundo o autor: “A conscientização convida-nos a assumir uma posição utópica perante o mundo, posição que converte o conscientizado em fator utópico” (FREIRE, 1971, p. O autor entende utopia como compromisso histórico que o homem deve assumir: cumpre a ela denunciar a estrutura desumanizante e anunciar a estrutura humanizante, sendo a própria utopia o caminho a ser seguindo.

E ela exige conhecimento crítico em sua busca – é ato de conhecimento. Toda a proposta de Freire (1975) para a Educação de Adultos parte do princípio da participação livre e crítica dos educandos. Para tal efetivação, sua concepção parte do método de círculos de cultura, que constituem uma unidade de ensino que substitui a escola tradicional e congrega um coordenador (educador) com alguns alunos – homens do povo – num trabalho comum de conquista de linguagem. Na condição de estar sendo, o ser humano compara, valoriza, intervém, escolhe, decide, fazendo-se ser ético. O aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas. VYGOTSKY, 2008, p. Para se produzir uma aprendizagem significativa torna-se imprescindível a dupla "mediador-mediado" que, ao desenvolver os critérios de mediação, possibilita a interação e a modificabilidade, já que é somente por meio da interação do sujeito com outros sujeitos capazes de mediar informações necessárias, estando estes sujeitos integrados a um meio ambiente favorável e estimulante, que o desenvolvimento cognitivo acontece.

  A aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. Assim, ele participa da transformação do mundo. Aprendizagem é fenômeno do dia-a-dia que ocorre desde o início da vida. A aprendizagem é um processo fundamental, pois todo indivíduo aprende e, por meio deste aprendizado, desenvolve comportamentos que possibilitam viver. Todas as atividades e realizações humanas exibem os resultados da aprendizagem.  (PORTO, 2009, p. as classifica respectivamente de aprendizagem casual e aprendizagem organizada. A primeira “[. é quase sempre espontânea, surge naturalmente da interação entre as pessoas e com o ambiente em que vivem”. Já a segunda [. é aquela que tem por finalidade específica aprender determinados conhecimentos, habilidades, normas de convivência social. Esta visão encontra ressonância no pensamento de Paulo Freire, que nos assinala a importância do compartilhamento das experiências entre os alunos jovens e adultos Esse ser independente, autodirecionável, deseja um aprendizado voltado para os seus interesses, o que inclui o aluno adulto estar bem consigo mesmo, conhecer e acreditar em seu potencial intelectual.

Precisa ser elogiado para ter auto-confiança e otimismo. Precisa ter a sua sede de saber estimulada, pois exercita o raciocínio lógico e a reflexão. O sentido da aprendizagem para o aluno adulto está em ter alguém para valorizar seus conhecimentos anteriores, usá-los e alcançar novos conhecimentos que sejam úteis para sua vida e façam com que o adulto conquiste seus objetivos. Respeitando os sonhos, as frustrações, as dúvidas, os medos, os desejos dos educandos, crianças, jovens ou adultos, os educadores e educadoras populares têm neles um ponto de partida para a sua ação.  (CUNHA, 2008, p. CAPÍTULO II – afetividade na relações entre professor-aluno no EJA 4. Conceituando Afetividade Segundo o Minidicionário Luft (2010, p. afetividade é a “qualidade de afetiv[o], sentiment[o]; afeição profunda, o objeto dessa afeição, zelo, cuidado”.

A palavra afeto vem do latim affectur (afetar, tocar) e é o elemento básico da afetividade. Mahoney (2003) desenvolve importantes considerações sobre a teoria de Wallon que: Facilita compreender o indivíduo em sua totalidade, que indica as relações que dão origem a essa totalidade, mostrando uma visão integrada da pessoa do aluno. Ver o aluno dessa perspectiva põe o processo ensino-aprendizagem em outro patamar porque dá ao conteúdo desse processo – que é a ferramenta do professor – outro significado, expondo sua relevância para o desenvolvimento concomitante do cognitivo, do motor e do afetivo (p. A valorização e integração de todos os aspectos que constituem o ser humano são fundamentais para que o professor relacione todos os elementos em sua própria constituição e, consequentemente, possa visualizar no aluno todos esses elementos, também, indissociados.

La Taille (1992, p. reflete sobre o mesmo assunto, concluindo que A afetividade é comumente interpretada como uma energia, portanto como algo que impulsiona as ações. Como salienta Dantas (1993), conforme a criança vai se desenvolvendo, as trocas afetivas vão ganhando complexidade. As manifestações epidérmicas da "afetividade da lambida" se fazem substituir por out as, de natureza cognitiva, tais como respeito e reciprocidade"(p. Adequar a tarefa às possibilidades do aluno, fornece meios para que realize a atividade confiando em sua capacidade, demonstrar atenção às suas dificuldades e problemas, são maneiras bastante refinadas de comunicação afetiva. Dantas (1992, 1993) refere-se a essas formas de interação como "cognitivização" da afetividade. A teoria de Piaget reconhece a afetividade como motivação para a atividade cognitiva e enfatiza que a afetividade e a razão são termos que se complementam.

Afetividade nas Relações Professor-Aluno O papel do professor é de mediador do conhecimento. Queira ou não, ele é um modelo na sua forma de expressar valores, resolver conflitos, comunicar-se; na forma de ouvir, falar e de relacionar-se com os outros professores e com os alunos. E a forma como o professor se relaciona com o aluno se reflete nas relações do aluno com o conhecimento e na relação aluno-aluno. Nessa relação há um antagonismo entre emoção e atividade intelectual que Wallon chama de antagonismo de bloqueio, ele também diz que quando não são satisfeitas as necessidades afetivas, estas resultam em barreiras para o processo ensino-aprendizagem e, portanto, para o desenvolvimento, tanto do aluno como do professor e que esses conflitos são essenciais ao desenvolvimento da personalidade (WALLON, 1995).

Paciência, insistência, persistência, determinação, mudança de atitude pedagógica, essas características sinalizam para a abertura de espaço dialógico mediador entre as necessidades, os desejos do (a) aluno (a) em aprender e do (a) professor (a) em ensinar. as relações de mediação feitas pelo professor, durante as atividades pedagógicas, devem ser sempre permeadas por sentimentos de acolhimento, simpatia, respeito e apreciação, além de compreensão, aceitação e valorização do outro; tais sentimentos não só marcam a relação do aluno com o objeto de conhecimento, como também afetam sua auto-imagem, favorecendo a autonomia e fortalecendo a confiança em suas capacidades e decisões. p. LEITE (2002) destaca cinco decisões assumidas pelo professor no planejamento e desenvolvimento de ensino, que articula relações afetivas, determinando relações entre o aluno e o objeto de conhecimento.

São elas: 1-) Para onde ir – a escolha dos objetivos de ensino. Para Leite (2002), esta é, para além de uma decisão técnica, uma escolha que necessariamente reflete valores, crenças e concepções de quem decide. Como Avaliar – uma decisão contra ou a favor do aluno? A avaliação configura-se como algo extremamente aversivo quando o aluno percebe que as consequências do processo se direcionam contra ele. Segundo Leite (2002), esta é, na maioria das vezes, a lógica do modelo tradicional de avaliação: o professor ensina e depois avalia; se o aluno for bem, o processo teve sucesso; se o aluno for mal, ele próprio é responsabilizado pelo fracasso, podendo ser reprovado. A partir deste ponto de vista, o ensino e a aprendizagem são vistos e entendidos como processos independentes, dissociados: o ensino é tarefa do professor e a aprendizagem é tarefa do aluno.

Piaget (1971, p. diz o seguinte: A vida afetiva, como a vida intelectual é uma adaptação contínua e as duas adaptações são, não somente paralelas, mas interdependentes, pois os sentimentos exprimem os interesses e os valores das ações, das quais a inteligência constitui a estrutura. diz que o professor precisa conquistar o aluno, utilizar a transmissão de conhecimento de forma positiva, a fim de envolvê-lo, motivá-lo com palavras de incentivo e expressões positivas, pois o grau de envolvimento afetivo e emocional do professor interfere positiva ou negativamente no processo de aprendizagem do aluno. Assim, Antunes reafirma que a afetividade e as relações sociais estão intimamente ligadas, pois, o trabalho pedagógico se torna difícil, maçante e por vezes infrutífero, se o professor e o aluno não tiverem um envolvimento emocional satisfatório.

Isso acontece porque o aluno precisa estar envolvido emocionalmente, não só com o professor, mas com os colegas de turma e com o ambiente, para se sentir motivado e para que o processo ensino-aprendizagem flua de forma proveitosa: Os laços entre alunos e professores se estreitam e, na imensa proximidade desse imprescindível afeto, tornou-se importante descobrir ações, estratégias, procedimentos sistêmicos e reflexões integradoras que estabeleçam vínculos fortes entre o aluno, o professor e o aprendizado (ANTUNES, 2007, p. O professor é o responsável em favorecer um ambiente que valorize o ser humano em suas potencialidades, um ambiente respeitador às diversidades, que seja propício a aprendizagem, onde o aluno perceba a relevância dos conteúdos, à medida que o professor faz a relação destes conteúdos com suas histórias de vida.

“Para tanto, é preciso transgredir em atos e ações educativas, repensar a prática pedagógica e revelar ideários de uma educação respeitadora da pessoa humana em toda a vida” (ANTUNES, 2006, p.   Programa re-aprender 1995 apud SCHWINN, Marilene 2010 A educação e inclusão de jovens e adultos tornam-se mais que um direito, e sim um exercício de cidadania, como condição plena para uma vida em sociedade, além do que, possibilita o desenvolvimento da democracia, da igualdade, da justiça, modelando a identidade do cidadão, dando sentido para a sua vida. É importante entender essas relações em vários níveis de ensino e principalmente na EJA onde sentimentos, emoções e aprendizagens são mais complexos, por se tratarem de jovens, adultos e idosos, como afirma Arantes (2003, p.

Seres humanos adultos, pertinentes a diferentes grupos culturais, têm os caminhos de seu desenvolvimento psicológico fortemente marcados por essa pertinência. Os processos cognitivos e afetivos, os modos de pensar e sentir, são carregados de conceitos, relações e práticas sociais que os constituem como fenômenos históricos e culturais. Mais uma vez trata-se, aqui, da importância central, dada por Vygotsky, aos instrumentos e signos, mediadores dos processos psicológicos. aspectos afetivos são tratados na Educação de Jovens e Adultos: Ela possibilita ao indivíduo jovem e adulto retomar seu potencial, desenvolver suas habilidades, confirmar competências adquiridas na educação extraescolar e na própria vida, possibilitar um nível técnico e profissional mais qualificado. Nesta linha, a educação de jovens e adultos apresenta uma promessa de efetivar um caminho de desenvolvimento de todas as pessoas, de todas as idades.

Nela, adolescentes, jovens, adultos e idosos poderão atualizar conhecimentos, mostrar habilidades, trocar experiências e ter acesso a novas regiões do trabalho e da cultura. Talvez seja isso que Comenius chamava de ensinar tudo a todos. A EJA é uma promessa de qualificação de vida para todos, inclusive para os idosos, que muito tem a ensinar para as novas gerações. a motivação faz parte da ação. É momento da própria ação. Isto é, o (a) aluno (a) se motiva à medida que está envolvido no movimento didático do processo, atuando, e não antes. Gostaria de acentuar que a motivação tem que estar dentro do próprio ato de estudar, dentro do reconhecimento, pelo estudante, da importância que o conhecimento tem para ele. LOSSO, 2012, p.

A pesquisa exploratória é recomendada quando há pouco conhecimento sobre o problema a ser estudado (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007, p.  » Nos casos de múltipla escolha, os respondentes optarão por uma das alternativas, ou por determinado número permitido de opções. Ao elaborar perguntas de 27 respostas múltiplas, o pesquisador se depara com dois aspectos essenciais: o número de alternativas oferecidas e os vieses de posição Foram aplicados questionários à amostra de 23 alunos das 3ª e 4ª série do EJA, esses responderam de forma direta e sem intervenção, utilizou-se um texto comum para subsidiar o entendimento do projeto. Esta pesquisa foi realizada no período de dezembro 2016 a junho de 2017, dentro de um conceito qualiquantitativo (GIL, 1999), através da aplicação de um questionário semiestruturado, em que a proposta foi levantar dados precisos com a intenção de analisar.

Os dados obtidos através deste questionário foram depositados num banco de dados e transformados em porcentagem, daí se originando as Figuras e Tabelas. Criando assim um ciclo existencial, onde através do afeto e respeito guiaremos nosso aluno em meio aos caminhos tortuosos e benéficos do saber. Conclusão Diante do material coletado, nota-se uma tendência a se considerar que a relação professor-aluno é de fundamental importância no processo de aquisição dos conhecimentos, onde o professor faz o papel de mediador, orientador. Devemos compreender a necessidade de repensar a prática educacional vigente no sentido de buscar um redirecionamento desta visando torná-la mais adequada ao atual contexto, como também atender melhor ao anseio de professores e alunos. O professor, enquanto profissional, não é único responsável pela educação.

Ciente de sua responsabilidade fica atento as possibilidades de melhorar sua prática pedagógica, acreditando no potencial de seu aluno. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. ALMEIDA, A. R. S. São Paulo: Summus, 2003. BERGER, Peter, e LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. Petrópolis: Vozes, 1995. BRASIL. Disponível em: http://portal. mec. gov. br/arquivos/pdf/ldb. pdf. NICK, E. Dicionário Técnico de Psicologia. São Paulo: Cultrix, 1999. CERVO, A. L. São Paulo: Gente, 2001. Codo, W. Gazzotti, A. A. Trabalho e afetividade. ed. São Paulo: Papirus, 1992. CURY, C. R. J. Vozes, 2000. FERNANDÉZ, A. A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. FREIRE, Paulo. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa.

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Você se sente motivado e respeitado por seu professor, ele é compreensivo, afetivo e respeita seus conhecimentos? Assinale com um “x” a alternativa que mais condiz com sua opinião, podendo marcar apena 1. Ter uma relação dotada de respeito, afetividade e compreensão com seu professor ajuda em sua aprendizagem? Assinale com um “x” a alternativa que mais condiz com sua opinião, podendo marcar apena 1. Sobre as questões abaixo, assinale uma ou mais alternativas que correspondam à sua opinião:.

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