AÇÕES DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DO TRACOMA EM CRIANÇAS: do conhecimento ás ações educativas

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Evelini Franco Hiramatsu. PALMAS-TO 2018 RESUMO O Tracoma é uma enfermidade negligenciada ocasionada por uma infecção causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, se apresenta a principal causa de cegueira ocasionada por uma infecção em todo o mundo e compõe o grupo de enfermidades pertinentes à miséria. O presente trabalho tem como objetivo descrever o papel da equipe de enfermagem na promoção de saúde e controle do Tracoma em crianças em idade escolar. O método de abordagem, optou pela análise teórica, baseada em procedimentos :Pesquisa Bibliográfica a partir da revisão de literatura sob a temática abrangendo enciclopédias, coleções, livros, artigos, revistas e jornais on-line, retirados de sites como: LILACS, Scientific Electronic Library Online (Scielo), no período de 2009 a 2019, enquanto a pesquisa documental valeu-se de informações colhidas de trabalhos públicos e privados.

Perante o artigo apresentado conclui-se as ações de prevenção e controle do tracoma, deve estar baseada em recomendações da Organização Mundial de Saúde, porém, de acordo com os artigos analisados necessitam de capacitações e educações dos profissionais para os mesmos proporcionarem ações de promoções adequadas ao meio em que atuam. according to the environment in which they operate. Key words: Trachoma. Control of Trachoma. Prevention. Nursing. BRASIL,2001). Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS (2007) trata-se de um agravo negligenciado e de impacto na saúde pública, uma doença que causa de grandes números de morbidade, deficiência visual e cegueira. As crianças são as mais suscetíveis a serem afetadas, pela baixa imunidade e falta de higiene pessoal.

Crianças de até 10 anos podem portar a Chlamydia Trachomatis não apenas na conjuntiva, mas também no sistema respiratório e gastrointestinal. O tracoma permanece a ser uma das enfermidades de maior quantidade de dispersão mundialmente. Sendo importante enfatizar que a raiz desta doença infecciosa e evitável, é a pobreza, onde famílias afetadas pelo tracoma possui crianças menores de 10 anos de idade, vivendo sem saneamento básico e pouca higiene. A escolha do tema aborda exatamente sobre a saúde pública, área de muito interesse e de relevância. É possível notar uma dificuldade de profissionais no âmbito de controle e na abordagem a esse fenômeno, pela peculiaridade e subjetividade de cada cenário, neste trabalho estudará e compreenderá as ações de controle da equipe de enfermagem em relação ao tracoma.

Partindo dessas primícias, surgiu o questionamento: qual o papel da equipe de enfermagem para a promoção e controle do Tracoma em crianças? A hipótese desse estudo se baseia em questões de saúde pública e as ações de enfermagem para o controle da doença, sendo assim torna-se relevante pois trará informações que contribuirão para futuras pesquisas. Levando em considerações estas importantes questões, o presente trabalho tem como objetivo geral descrever o papel da equipe de enfermagem na promoção de saúde e controle do Tracoma em crianças em idade escolar. Segundo Dawson et al. a forma inicial se apresenta na maior parte das vezes gradativamente, podendo proporcionar acelerado desconfortos oculares, leves lacrimejamentos, ardência e excreção pela manhã.

O prurido, é apresentado como sintoma mais frequente e atua facilitando a transmissão da infecção. Segundo Brasil (2001), o tracoma começa em forma de uma conjuntivite folicular, com hipertrofia papilar e infiltrado inflamatório que se distende por toda a conjuntiva, principalmente na conjuntiva tarsal superior, em eventos brandos os folículos podem regredir diretamente, já me casos ríspidos eles aumentam e necrosam. A necrose dos folículos procedem em desenvolvimentos de menores pontos cicatriciais na conjuntiva. BRASIL,2001). A sintomatologia adjunta ao tracoma inflamatório contém lacrimejamentos, percepção de corpos estranhos, fotofobias discretas e secreções purulentas em pouca quantidade é comum a apresentação de quadros sem sintomas, especialmente entre as crianças novas. Os enfermos que exibem entrópio, triquíase e aqueles com ulcerações corneanas mencionam dor constante e forte fotofobia.

BRASIL,2001). A inflamações crônicas, quando ocorrem de forma repetitiva, podem ocasionar em fibroses da placa tarsal e das conjuntivas na parte interna da pálpebra. As sequelas correspondem até a perda total da visão, sendo o Tracoma Cicatrical Conjuntival (TS), onde as cicatrizes são visíveis, pois ao redor possuem linhas esbranquiçadas, fibrosas com bordas retas, ou angulares e estreladas, entre a vertical e horizontal. O Triquíase Tracomatosa (TT) ocorre quando um dos cílios tem atrito ao globo ocular, ou necessita de remoção de cílios invertidos. No caso do Opacificação Corneana (CO), esta poderá ser visível apresentando o leucoma intenso e suficiente para obscurecer uma parte da borda pupilar, resultando em cegueira. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS O tracoma é uma infecção infamatória ocular, seu agente etiológico é a bactéria gram-negativa Chlamydia trachomatis, se trata de um microrganismo causador de infecções como uretrites, vulvovaginites, cervicites, linfogranuloma venéreo, tracoma, conjuntivite de inclusão, infecção conjuntiva e pneumonia em neonatos.

BRUNHAM,1999). O período de incubação varia de cinco a doze dias, todos apresentam-se susceptível a enfermidade, principalmente, as crianças que são mais sensíveis até mesmo em casos de reinfecção. Ainda não considera imunidade natural ou adquirida para a infecção Chlamydia trachomatis. Apesar da Chlamydia trachomatis se apresentar um agente de baixa infectividade, sua distribuição mundial é vasta. BRASIL,2005). De acordo com Dawson, Jones e Tarizzo (1981), a susceptibilidade em geral do tracoma, é onde sua ocorrência acontece em maior demanda, onde tem falta de agua e condições habitacionais e sanitárias inadequadas, sendo esta doença um indicador de áreas pobres e em subdesenvolvimento. C. e Roma no século I A. C. BRASIL,2001). Na Idade Média, a doença era fartamente encontrada em países Islâmicos e na Grécia, com as relevantes batalhas e as migrações, o tracoma foi disseminado para a Europa, aonde se tornou endêmico.

Outra medida tomada, em 1906, foi uma campanha contra o tracoma, em 1914 foram instalados serviços especialistas em tracomas, nomeado Postos Antitracomatosos, em São Paulo. BRASIL,2014). O primeiro método de controle de tracoma, a nível nacional, foi realizado em 1923, no qual foi decretado a partir do Regulamento do Departamento Nacional de Saúde Pública, a proibição do desembarque de imigrantes que apresentavam tracoma. O método teve pouca eficiência pois a enfermidade estava amplamente disseminada no pais. Em 1938, o governo de São Paulo, iniciou a implantação de serviços especialistas em tracoma, nomeado Dispensários de Tracoma, teve 200 unidades em diversos estados e esse serviço terminou em 1969. As conjuntivas na sua normalidade se apresentam lisas, finas, transparentes e de coloração roseada. Os vasos tarsais devem ser analisados por toda a sua extensão.

BRASIL,2015). O diagnostico do tracoma segundo as recomendações da OMS deve ser dado quando apresentarem dois ou mais sinais clínicos tais como folículos na conjuntiva tarsal superior, folículos no limbo, cicatriz conjuntival típica e pannus no limbo superior. O diagnostico laboratorial deve ser usado para constatar a circulação do agente etiológico na sociedade, para confirmar se o caso acontecia de forma particular ou grupal. Não obstante, medidas relativas à fonte de infecção são tomadas a partir da observação da proporção da doença na comunidade, onde poderão optar pelo tratamento domiciliar ou coletivo no hospital mais próximo. As atribuições específicas dos profissionais de atenção básica e de saúde da família tem respaldo importante no controle do tracoma.

Desde a atenção primária participativa pela vigilância até a atenção pelo Sistema Único de Saúde constitui uma ferramenta essencial para identificar o risco nas áreas geográficas. Assim, feita a análise será encaminhado ações para o seu tratamento e prevenção. De início, a orientação torna-se fundamental para que o processo de cicatrização seja realizado, onde recomendam-se como prevenção lavar a face várias vezes ao dia e evitar dormir em camas com outras pessoas e compartilhar toalhas e lençóis. De acordo com Fogliatto (2007), o estudo bibliográfico é aquele no qual aglomera conceitos procedentes de variáveis estudos, objetivando elaborar uma nova hipótese ou uma nova forma de aspecto para um tema já estudado. A alternativa dessa metodologia deu-se pelo episódio da mesma propiciar um baseamento científico que admitisse através de análises já concretizadas, abranger o universo especialista científico do assunto em ênfase.

Dentre as vantagens apresentadas dessa metodologia em pesquisa encontrassem: a probabilidade de abreviação de artigos publicados; permitir exposições comuns a reverência de um campo de estudo; adaptar uma abrangência mais completa do assunto de empenho, resultando assim, uma ciência baseada. FONTE DE BUSCA E DESCRITORES Serão utilizadas as bases de dados eletrônicas LILACS, Scientific Electronic Library Online (Scielo), livros e manuais do Ministério da Saúde, utilizando os seguintes descritores: tracoma, controle do Tracoma, prevenção, enfermagem. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO Serão incluídos nesta revisão somente artigos que apresentam informações sobre o tracoma, escritos em português e inglês, publicado entre 2009 e 2019, e disponibilizados na íntegra da internet. É uma doença negligenciada e um grande problema de saúde pública, seus agravos, principalmente a cegueira causa incapacitações em todo mundo.

Enfatizando que o artigo tem como objetivo descrever o papel da equipe de enfermagem na promoção de saúde e controle do Tracoma em crianças em idade escolar, os resultados obtidos serão discutidos no decorrer do tópico trazendo as ideias e contribuições de diversos autores. O quadro a seguir, disponibiliza os artigos escolhidos para elaboração da pesquisa, são disponibilizados o nome do autor, título, periódico da pesquisa, ano da conclusão dos artigos e os resultados obtidos em cada pesquisa. AUTOR TITULO PERIODICO ANO RESULTADO MELO et al. Tracoma: Atenção prestada pelos profissionais da estratégia saúde da família em uma área endêmica. P. Tracoma em Pernambuco: Análise das Intervenções e dos fatores individuais e ambientais associados a ocorrência da doença.

a 2012 2014 O artigo demonstra que a principal prática em Pernambuco de controle está sendo a busca ativa, porém, esse meio de ação esta sendo escassos e o autor analisa a necessidade de outras medidas de controle. MENEGHIM, R. L. P. SOUZA, W. V; LUNA, C. F. GOUVEIA, C. R. S. Tracoma: ainda um importante causa de cegueira 2011 2012 Os autores relatam a necessidade de capacitar os profissionais para os diagnósticos. BRASIL Manual de vigilância do tracoma e sua eliminação como causa de cegueira 2014 2014 No manual oferecido pelo Ministério da Saúde, recomenda a adoção de capacitação e orientação dos profissionais, realização de busca ativa, registrar as ocorrências e realizar as consultas de enfermagem. OMS Eliminando o tracoma: Acelerar Rumo ao 2020 2016 2016 O artigo disponibilizado pela OMS, traz uma visão geral das medidas adotadas para a eliminação do tracoma, dentre ela a educação permanente dos profissionais e por se tratar de uma doença que acomete pessoas na miséria deve atender as necessidades e proporcionar a essa população medidas de higiene e conscientização.

Sabemos a relevância de tal ato para a equipe de enfermagem pois a mesma tem por competência educar a populações e as equipes de saúde. No estudo de Alves et al. que teve sua metodologia como um estudo ecológico, onde foram analisadas unidades de 79 municípios de Pernambuco, no inquérito escolar de 2012 analisados pelos autores, foram identificados 2. casos de tracoma. Os autores ressaltaram a importância de educação em saúde e a busca ativa dos casos, proporcionar a conscientização para a população sobre a necessidade de adoção de hábitos de higiene e do uso individual de objetos pessoais, pela facilidade da doença se transmitir por fômites. Com essas contribuições, entende-se que por se tratar de uma doença negligenciada em todo o pais, necessita de uma capacitação primordialmente para a equipe de enfermagem, onde as mesmas têm como competências capacitar sua equipe composta por técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e agentes comunitárias de saúde.

A partir dessa educação em saúde, a equipe de enfermagem planeja e gerencia estratégias para a conscientização e conhecimento da população, onde devem estar enfatizados noções de higiene pessoal e aspectos sintomatológicos da doença, utilizando ferramentas como palestras e encontros grupais em estabelecimentos de saúde onde atuam. A busca ativa foi citada em diversos artigos, tem como objetivos rastrear a doença em uma determinada população. A equipe de enfermagem deve auxiliar o tratamento do acometido pela doença, gerenciando o conhecimento sobre os agravantes da doença e a importância do terapêutico visto que o tracoma causa a cegueira. CONCLUSÃO O Tracoma, uma enfermidade que afetam a sociedade desde a antiguidade, entretanto, presente na sociedade atual e potencialmente o maior agente de cegueira.

Além disso, as ações de educação em saúde devem fortalecer, principalmente, o usuário e seus familiares para o enfrentamento da doença diante dos medos, angústias, preconceitos, reações do tracoma e seus agravantes como a cegueira que podem dificultar a autonomia do indivíduo. Nesse sentido, sugere-se que a gestão fortaleça as ações de controle, não só do enfermeiro, mas da equipe de saúde a partir de qualificações que tenham como eixo norteador a Educação Permanente em Saúde, da construção de espaços coletivos na própria USF a partir da cogestão e que envolvam, além da equipe, as pessoas da comunidade, não só para melhor compreensão e planejamento eficaz de suas ações, mas para o empoderamento destes no processo de saúde doença-cuidado.

Assim, tanto os enfermeiros quanto os gestores, devem ter uma visão específico sobre esta doença, desenvolvendo ações efetivas, para que, a médio e longo prazo, seja plausível a diminuição de acontecimentos na sociedade, e, quem sabe um dia, o tracoma como um problema de saúde pública seja abolido. REFERÊNCIAS ADAN, C. B. Tracoma em Pernambuco: Análises das intervenções e dos Fatores individuais e ambientais associados a ocorrência da doença. Fundação Oswaldo Cruz. Recife,2014. AMARAL, R. K. A. Fatores associados ao tracoma em área hipoendêmica da Região Sudeste, Brasil. Cad. Saúde Pública. BRASIL. Cap. p. DAWSON, C. R; JONES, B. R. Manual de Vigilância do tracoma e sua eliminação como causa de cegueira.

– 2 eds. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: http://bvsms. saude. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. ed. São Paulo: Atlas, 2008. JESUS, H. MEDINA, N. H. D’AMARAL, R. K. K. Saúde Pública, v. n. p. LOPES, Maria de Fatima Costa et al. Prevalence of trachoma in Brazilian schoolchildren. v. no. Rio de Janeiro: 2009. MENEGHIM, R. L.  vol.  no.  Rio de Janeiro Sept. Oct. OPAS/OMS. Organização Pan-Americana da Saúde; OMS. Organização Mundial da Saúde. Cirurgia para triquíase tracomatosa. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Report of the first meeting of WHO. PÉREZ, F. F. Projeto de intervenção sobre o tracoma: Estudo epidemiológico de escolares da educação infantil na unidade básica de Santa Cruz.

Montes Claros,2014. RAMESH, A. F. Oravec, R. Poser, B. V. Cantarelli, V. S. Tracoma: ainda uma importante causa de cegueira. Revista Brasileira de Oftalmologia. Rio de Janeiro: Soc Brasileira Oftalmologia, v. n. R. Capacitação para identificação, notificação e tratamento de casos de tracoma em escolares do ensino público fundamental do bairro Morumbi. Uberaba,2014. WEIR, Erica, Haider Shariq, Telio David- Trachoma: leading cause of infectious blindness. Rev.

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