Academia Brasílica dos Esquecidos e seus relatos sobre a história natural no Brasil colônia

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:História

Documento 1

Área de Concentração: Xxxxx Xxxxx Orientador: Prof. Dr. Xxxxxxxxxxxx Co-orientador: Prof. Dr. Xxxxxxxxxxxx Cidade 2019 SOBRENOME, Nome e Pré-nomes (1ª letra) Academia Brasílica dos Esquecidos e seus relatos sobre a história natural no Brasil colônia. Nome do professor avaliador) Afiliações ________________________________________ Prof. Nome do professor avaliador) Afiliações RESUMO SOBRENOME, Prenome(s). Academia Brasílica dos Esquecidos e seus relatos sobre a história natural no Brasil colônia. Número total de 20 f. Dissertação (Mestrado em XXXX) – Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo, Ano de defesa. Dissertation (Master in XXXX) - School of Arts, Sciences and Humanities, University of São Paulo, São Paulo, Year of defense. Version xxxxxxxx. This research investigates the scientific productions in Brazil on the work done on the Brazilian Academy of Forgotten and the contributions to the natural history in colonial Brazil, these publications were sent to the Court in Portugal to be attached to the monumental History of Portugal, which was being written by the Royal Academy of Portuguese History.

We used a survey of pre-existing empirical research published in 757 theses and dissertations from 2000 to 2018 from the Thesis Bank of the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES). more relevant to the study to organize the State of Art on the subject. O ano de 1724 foi considerado o primeiro ano do movimento acadêmico em nosso país, onde o movimento acadêmico tomou impulso e se espraiou pelas principais cidades existentes. A Academia Brasílica dos Esquecidos foi fundada neste ano, pelo Estado e a participação das elites coloniais tradicionais residentes em Salvador, no dia 23 de abril, com o intento de registrar as informações relevantes sobre a Nova Lusitânia; a princípio por sete renomados membros da sociedade baiana. Segundo Pedrosa (2003, pág. “este material seria enviado para a Corte a fim de ser anexado à monumental História de Portugal, que estava sendo redigida pela Academia Real de História Portuguesa”.

De acordo com os registros pesquisados D. Num momento em que a popularização, entretanto, não era sinal de distinção, era necessário um esforço adicional para agradar a discretos e vulgares – com isso, chegamos ao coração do empreendimento poético do século XVIII. BELENI, 2017 pág. As obras, em sua maioria, eram compostas em língua portuguesa, havendo outras redigidas em latim e algumas em língua espanhola. As reuniões acadêmicas seriam realizadas quinzenalmente e cada uma delas seria aberta pelo discurso de um presidente escolhido na sessão anterior, o qual normalmente era um nome de fora da Academia. À oração do presidente seguiam-se os certames literários, aceitos na agremiação “em obséquio dos engenhos poéticos”. Não se sabe os critérios utilizados para escolher quem seriam os quatro mestres da história da Academia dos Esquecidos, e apenas os acadêmicos laborioso, nubiloso e vago haviam se ocupado anteriormente da historiografia em alguma de suas diversas formas.

De qualquer maneira, as dissertações se colocavam como objetivo “exprimir clara e especialmente a sentença melhor, em qualquer questão” e tinham como meio a disputa, conceituada por Rafael Bluteau como uma espécie de “Contenda” que se realiza “por palavras, ou por escrituras, com que se prova alguma coisa, ou se refuta as razões em contrario”. Trata-se, segundo o lexicógrafo, de um “Discurso, ou Tratado cientifico sobre alguma matéria ou questão” e os acadêmicos se valeriam das dissertações para refletir, disputar e resolver diversos pontos obscuros relacionados ao entendimento da natureza e da história brasílicas (BELENI, 2017 pág. Para realizar as dissertações, os “esquecidos” se engajaram em frequentes discussões a respeito da escrita da história, discussões que iam do uso correto das diferentes fontes até mesmo se a composição das dissertações obedecia aos mesmos preceitos dos demais gêneros históricos.

Produções da Academia Brasílica dos Esquecidos A passagem do século XVII para o XVIII foi marcada por muitos debates sobre a escrita da história. Segunda Da Divisão da Política, História, Dissertação, e Brasil. Terceira Se os Índios Bárbaros do Brasil têm alguma espécie de política? Quarta Se foi conveniente ao Estado a conquista do Brasil, que se reduzissem os Índios, se os nacionais, por modo de República a grandes povoações. Quinta Da política com que se governam os Índios do Brasil, nas suas aldeias, e qual seja mais conveniente, se serem seus magistrados os patrícios, ou se os Estrangeiros. Sexta Do generoso despacho que deu El-Rei Dom Felipe o primeiro de Portugal a Dom Antônio Felipe Camarão e qual seja maior política, se dilatar o merecimento com a esperança do prêmio, ou antepor o galardão à súplica do beneficiário? Sétima Da pena que deu o Governador Mem de Sá às arrogâncias do soberbo Cururupeba Oitava Da política que usou Dom Duarte da Costa para vencer os Índios Tapuias, e Tupinambás; e se fora glorioso ou não este triunfo Nona Se fora decoroso e lícito o estratagema com que Dom Duarte da Costa triunfara dos Índios Tapuias e Tupinambás Décima De um maravilhoso caso, e apótema célebre devidamente ponderado nas histórias do Brasil Autor: Caetano de Brito e Figueiredo (Tratando da história natural das coisas do Brasil) Aparato Isagógico às Dissertações Acadêmicas nas quais se descreve a natureza das coisas principais do Brasil no que somente pertence à História natural Primeira (.

na qual se trata da geral, e geográfica descrição de toda a América com abreviada demonstração do mais raro, e admirável, que a Natureza nela produziu Segunda (. em que se prossegue, as erecções das Igrejas Autor: Inácio Barbosa Machado (Dissertações Críticas Jurídico Históricas das quatorze capitanias que formam a Nova Lusitânia, ou Brasil Aparato Crítico Histórico e Panegírico à História da guerra Brasílica Primeira (. em que se trata do descobrimento da Terra da Santa Cruz, ou Nova Lusitânia vulgarmente do Brasil Segunda Mostra-se como na escritura Divina estava profetizado este maravilhoso descobrimento, e como os Sagrados Vaticínios que prediziam esta felicidade se entenderam neste último século da nossa Idade Terceira (. do descobrimento do Brasil pelos Portugueses em que se controverte quando Pedro Álvares Cabral descobriu a terra de Santa Cruz eram já conhecidas estas Províncias por naturais da Europa, ou de outra parte do Mundo Dissertação antecrítica ou Apêndice apologético da primeira Dissertação da Guerra Brasílica Quarta (.

em que Geográfica, e Corograficamente se descreve o Brasil, segundo as suas quatorze Capitanias Quinta (. em que se trata Se antes do nosso descobrimento do Brasil já houve Guerras nestas Províncias em que se escreveram as insignes vitórias com que o 3º Governador do nosso Estado destroçou aos Gentios da Bahia e o seu Recôncavo, e aos Franceses, e Tamoios no Rio de Janeiro Sexta (. Conforme Minayo (2001), a abordagem qualitativa preocupa-se com aspectos que não podem ser quantificados e que se baseiam nas dinâmicas das relações sociais. Neste sentido, essa abordagem possibilita que o pesquisador aprofunde no âmbito dos motivos e processos do fenômeno estudado e que não podem ser reduzidos à quantificação de variáveis. Fazem-se necessários os trabalhos que qualifiquem as mais variadas possibilidades dentro da mesma questão; essas investigações são denominadas estudos do estado da arte, que segundo Ferreira (2002), são inventários descritivos com o objetivo principal de fazer um panorama das pesquisas já realizadas em torno de um tema específico.

Para levantamento bibliográfico foi realizado busca online no banco de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), com publicações do período de 2000 a 2018, em língua vernácula, sendo excludentes artigos que façam fuga ao tema buscado ou fora do idioma referido. Após delimitar os trabalhos no Banco de Teses da CAPES, optamos pelos trabalhos descritos no quadro 1 para as devidas análises: Quadro 1: Teses e Dissertações selecionadas por Títulos/Autores/Ano Títulos Autores/Ano “A Academia Brasílica dos Esquecidos e a história natural da nova lusitânia” (PEDROSA, 2003) “A poesia de Rocha Pita na Academia Brasílica dos Esquecidos” (PINTO, 2007) “O estado atual do acervo dos manuscritos junto ao archivum generale poetarum latinorum brasiliensium” (FONDA, et al, 2007) “Brutescos rascunhos da humana natureza: A construção dos indígenas nas dissertações históricas da Academia Brasílica dos Esquecidos (1724 – 1725) ” (SILVEIRA, 2009) “História e representações do espaço na Academia Brasílica dos Esquecidos (Salvador 1724 - 25) ” (SCARPARO, 2010) “O cego e o coxo: Crítica e retórica nas dissertações históricas da Academia Brasílica dos Esquecidos (1724-1725)” (SILVEIRA, 2012) “Sol Oriens in occiduo: memória e louvor a Vasco Fernandes César de Meneses na Academia Brasílica dos Esquecidos” (BASTOS, 2016) “A(s) censura(s) nas práticas letradas da Academia Brasílica dos Esquecidos” (BELENI, 2017) Fonte: Dados da pesquisa a partir do banco de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD).

De acordo com o autor “As características do barroco estão presentes em toda a obra de Brito e Figueiredo, como se nota em sua descrição, assustadora, dos índios americanos” (PEDROSA, 2003, pág. ª Dissertação =>> “da origem dos Índios e primeiros povoadores da América e se tiveram os Antigos dela algum conhecimento”; Caetano de Brito trata com repulsa e receio os indígenas, chegando a duvidar da existência de uma sociedade civilizada antes da chegada europeia ao continente americano, isso quando reportava-se aos povos pré-colombianos, esta é a grande ênfase desta sua segunda dissertação, onde mais uma vez evidencia sua cristandade traçando seus próprios conceitos à respeito do povoamento das américas. Em relação ao que pensava sobre os índios, o autor exalta: [. Os seus Indígenas, e primeiros habitadores quase todos eram bárbaros, rudes, cruéis Trogloditas, e Antropófagos, alimentavam-se de carne humana, comiam aos que cativavam na guerra, e com ímpia, e tirana piedade serviam muitos de sepulturas vivas aos cadáveres dos Pais, Parentes, e Amigos, aos quais muitas vezes antecipavam a morte com simulado pretexto de lhes procurarem nas últimas aflições, e agonias algum alívio, e descanso: não sendo outra causa, mais que a de prevenirem pronto alimento à sua voracidade.

Feras racionais sem fé, nem lei, nem rei, sombras, e brutescos rascunhos da humana Natureza [. Caetano de Brito passa ao largo da sistematização, utilizando uma classificação bastante singular ao dividir as aves brasílicas em “diversas classes, estados e categorias”. Sua sistematização, grosso modo, é extremamente lógica, utilizando principalmente elementos observacionais ou funcionais para catalogar as aves. Iniciando a sua catalogação, Caetano aponta a primeira categoria: “a mais útil é a das aves comestíveis, que são [. A partir daí, ele descreve estas aves – principalmente, seus sabores e gostos; descreve suas penas, cores, tamanhos, enfim, tenta ser o mais explícito possível. Arapongas são as de melhor carne, e sabor, do tamanho dos Inambus de cor branca, o pescoço falta de penas, a pele deste azulada, bico comprido (.

“A partir da primeira metade do século XVIII, com a instalação da Academia Brasílica dos Esquecidos, a vida literária passou a assumir caráter de grupo, alterando, assim, o cenário cultural da América portuguesa”. O autor retrata a importância desta Academia na literatura barroca, e lamenta o descaso de alguns autores contemporâneos em valorizar os importantes trabalhos dos letrados do séc. XVIII e seus esforços naquelas condições históricas, para deixarem obras de qualidade para a posteridade. Cita que um importante estudioso, o professor José Aderaldo Castello, que, na segunda metade do século XX, fez jus ao empenho dos “esquecidos”, fazendo um levantamento dos éditos e inéditos do período colonial e os publicou sob o título de O Movimento Academicista no Brasil 1641 – 1820/22.

Essa obra, relativamente rara, é fonte preciosa para um estudo mais sistemático da literatura do Brasil colônia. “A influencia das experiências de descobrimentos, inseridas pelos acadêmicos ‘esquecidos’ em seus textos a partir de crônicas e relatos de viagens, traz concepções sobre a natureza e sobre os naturais do Brasil que dialogam, nas dissertações históricas, com os saberes antigos”. Silveira (2012) trata dos procedimentos críticos e retóricos na confecção das dissertações históricas da Academia Brasílica dos Esquecidos. A abordagem irônica do assunto poético (O cego e o coxo), proposto na abertura da penúltima reunião da Academia, e a representação dos dilemas dos acadêmicos em tratá-lo, rendeu muitas páginas para nossa história literária.

Com destaque especial, do autor, para a interpretação de que “torna-se claro, então, que a figura do cego e do coxo ajudando-se reciprocamente poderia ser apropriada de muitas formas para a matéria poética. É recorrente a noção de que, andando juntos, “Com lucro comum de dois, faziam maior o ganho”, ou seja, de que unidos, os homens podem superar as adversidades da natureza e as fatalidades da fortuna”. Eis a censura formal: os textos só eram admitidos desde que se adequassem aos preceitos retóricos. Estes foram critérios unificadores para selecionar o homem que deveria constituir a “boa sociedade” e que, portanto, teria prestígio assim podendo tornar-se letrado. As dissertações, sobre a História Natural, não servem apenas como mais um grupo de trabalhos sobre a fauna, a flora e a geografia do Brasil.

Deve-se observar a sua importância como elemento que auxilia a compreensão da cultura letrada brasílica e os diversos níveis de sociabilidade intelectual em Salvador setecentista (PEDROSA, 2003). CONSIDERAÇÕES FINAIS O recorte feito para este estudo mostrou que apenas 08 publicações, de um total de 757 publicações em Ensino Superior, do banco de dados original, consistindo em estudos realizados sobre conhecer a historia natural do Brasil colônia e a constituição da Academia Brasílica dos Esquecidos (1724 – 1725), e as perspectivas dos letrados da referida Academia foi utilizada, sendo essa fração de pesquisa pequena diante da dimensão que ainda pode ser abordada e estudada profundamente, a fim de compreender melhor o pensamento histórico e literário do séc. Sol Oriens in occiduo: memória e louvor a Vasco Fernandes César de Meneses na Academia Brasílica dos Esquecidos Disponível em: http://www2.

uesb. br/ppg/ppgmls/wp-content/uploads/2017/06/Dissert. Leda-Souza-Bastos. pdf Acesso em: 05 de jul. Disponível em: http://catalogo. bnportugal. gov. pt/ipac20/ipac. jsp?profile=bn&source=~!bnp&view=subscriptionsummary&uri=full=3100024~!1683069~!2&ri=1&aspect=subtab13&menu=search&ipp=20&spp=20&staffonly=&term=lus%C3%83%C2%ADadas&index=. A. et al. O Estado Atual do Acervo dos Manuscritos Junto ao Archivum Generale Poetarum Latinorum Brasiliensium Disponível em: https://wwwpublication/237585129_o_estado_atual_do_acervo_dos_manuscritos_junto_ao_archivum_generale_poetarum_latinorum_brasiliensium Acesso em: 05 de jul. de 2019. MINAYO, M. Pesquisa Social: Teoria, método e Criatividade. ed. Vozes: Petrópolis, 2009. PEDROSA, F. M. SCARPARO, M. K. História e representações do espaço na Academia Brasílica dos Esquecidos (Salvador 1724 - 25) Disponível em: https://www. lume. ufrgs. T. O cego e o coxo: Crítica e retórica nas dissertações históricas da Academia Brasílica dos Esquecidos (1724-1725) Disponível em: http:// www.

tede. ufop. br/tde _arquivos/22/TDE-2013-02-14T154652Z-849/Publico /DEHIS%20-%20Diss%20-%20Pedro%20Telles%20da%20Silveira.

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