Abordagens cirúrgicas dos processos obstrutivos de pequenos animais

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Área de estudo:Administração

Documento 1

Esofagite 3 1. Corpo Estranho 3 1. Neoplasias do Esôfago 4 2. Obstruções Gástricas 4 2. Doença de motilidade gástrica/ retardo no esvaziamento 4 2. Neoplasias intestinais 11 3. Torções 12 3. Volvo mesentérico 12 3. Volvo colicocecal 13 3. Encarceramento intestinal 14 3. • Adquirido: acomete animais adultos, secundariamente a distúrbios que levam à ruptura do reflexo neural da deglutição ou função muscular, tais como, alterações em sistema nervoso central e periférico – cinomose, neoplasias, intoxicações. Outra causa para o megaesôfago adquirido é a anomalia congênita do anel vascular – persistência do arco aórtico direito – que circunda e comprime o esôfago gerando o megaesôfago. Conforme o animal se alimenta, a constrição impossibilita a expansão do esôfago, então o alimento se acumula cranialmente à base do coração. Sinais: regurgitação logo após alimentação.

Diagnóstico: a radiografia revela a presença da obstrução imediatamente cranial ao coração onde o contraste se acumula, pode-se observar o grau de gravidade. Tratamento cirúrgico: miotomia cricofaríngea para casos de acalasia criocofaríngea. Retirada de material estranho no caso de engasgo. Tratamento: anti-inflamatórios, antibióticos, protetores gástricos para o refluxo. Corpo Estranho Cães menos seletivos podem engolir objetos que causam obstrução em qualquer parte do esôfago. Epidemiologia: cães são mais acometidos que gatos. Causas: Sarcomas primários estão associados à infestação pelo parasita namatóide Spirocerca lupi, que se fixa à parede do esôfago. Sinais: regurgitação, inapetência, disfagia, salivação, respiração fétida e perda de peso. Diagnóstico: endoscopia para observar o aspecto das lesões e localização.

Tratamento: administração de dorameticona (Dectomax). Obstruções Gástricas ​ 2. Ocorre em animais de meia-idade, caracterizado por tumor difuso, com células epiteliais que se infiltram na parede do órgão. Sinais: vômito, inapetência, perda de peso, desidratação e dor abdominal em cães com adenocarcinoma. Diagnóstico: radiografia, endoscopia e achados cirúrgicos em laparotomia exploratória. Tratamento: gastroduodenostomia com excisão dos linfonodos regionais, evitando, assim, metástases. Linfossarcoma Trata-se de uma neoplasia que afeta tanto o trato gastrointestinal como os liinfonodos regionais, fígado e baço. Epidemiologia: cães de porte grande como Pastor Alemão, São Bernardo e Boxer. Sinais: desconforto abdominal, dores, distensão abdominal, relutância para se mover, náuseas, ânsia de vômito, depressão e angústia respiratória.

Diagnóstico: hemograma, radiografia e ultrassonografia. Tratamento: intubação orogástrica para descompressão do estômago. Tratamento cirúrgico: gastropexia, necessária quando há envolvimento de torção gástrica a fim de recolocação do órgão em posição anatômica e reestabelecimento do fluxo sanguíneo, evitando necrose e recidivas. Proprietários procuram ajuda médica quando os filhotes atingem de 2 a 6 semanas, pois observam ausência das fezes ou saída destas por orifícios impróprios. Sinais: tenesmo, intumescimento do períneo, ausência de fezes, distensão abdominal, passagem de fezes aquosas pela vagina ou uretra, eritema perivulvar, anorexia. Diagnóstico: clínico e radiográfico - possibilidade de visualização do tipo de atresia. Prognóstico: desfavorável, alta mortalidade. Classificação e Tratamento Tipo I: ânus imperfurado com persistência da membrana sobre a abertura anal.

Não há predisposição sexual. Classificação: • Congênita: falta de função muscular intestinal normal. • Adquirida: associada a dieta, trauma, neoplasia do intestino grosso ou estenoses. Sinais: fezes secas, firmes e pútridas, constipação crônica ou recorrente, letargia, desidratação, depressão, anorexia, perda de peso, desconforto à palpação abdominal, irritação de mucosa anal, disquezia, ausência de defecação e tenesmo. Diagnóstico: cólon aumentado à palpação, fezes retidas em exame retal, fecalomas em radiografia e ultrassonografia. Diagnóstico: radiografia e ultrassonografia para localização do corpo estranho Sinais: anorexia, letargia, diarreia (obstrução parcial) e vômito. Tratamento: enterotomia simples para obstruções sem acometimento vascular e enterotomias múltiplas para corpos estranhos lineares para remover todo o fio da parede intestinal. Enterectomia e enteroanastomose quando há envolvimento vascular com isquemia e necrose.

Prognóstico: reservado a ruim se houver envolvimento vascular. Intussuscepção Ocorre quando um segmento intestinal invagina para dentro do segmento imediatamente distal, ou seja, é a inversão de um segmento do intestino (intussucepto) em outro (intussuscepiente) Em cães e gatos, algumas vezes, pode-se palpar a intussuscepção, pois são segmentos aumentados e espessos que variam de tamanho. Sinais: anorexia, disorexia, hematoquesia, prolapso intestinal pelo reto, tenesmo, depressão, letargia, perda de peso, êmese, diarreia mucóide sanguinolenta, sensibilidade e distensão abdominal. Podendo levar a crescimento bacteriano, isquemia e infarto da porção acometida, além de peritonite focal ou difusa. Diagnóstico: palpação abdominal (estrutura tubular firme), ultrassonografia (múltiplas linhas paralelas em cortes longitudinais e múltiplos anéis concêntricos hiperecoicos e hipoecóicos em cortes transversais), radiografia (dilatação intestinal, presença de líquido e gás em região cranial à obstrução, área radiopaca na intussuscepção e impossibilidade de progressão da substância de contraste) e colonoscopia.

Tratamento cirúrgico: redução manual, enterectomia e enteroanastomose. Colopexia evita recidivas. As neoplasias mais comuns em cães são adenomas ou pólipos, ou seus correspondentes malignos, os adenocarcinomas. Pequenos animais frequentemente desenvolvem tumores de mastócito e plasmacitomas. Nas camadas musculares intestinais, podem se desenvolver tumores denominados leiomiomas ou leimiossarcomas. O linfoma pode ser solitário, infiltrativo ou multicêntrico. Em gatos, as neoplasias mais comuns são linfoma alimentar, mastocitomas, adenomas, adenocarcinomas e carcinoides. Os segmentos afetados apresentam-se ovalados ou retangulares em projeções laterais. O lúmen pode apresentar estreitamento por massa excêntrica ou concêntrica. Em radiografia contrastada, observa-se aumento difuso ou focal da espessura da parede e a massa pode estar parcialmente rodeada pela solução de contraste. Quando há perfuração intestinal com derrame abdominal, observa-se gás livre em forma de bolhas no contorno dos órgãos com opacidade da cavidade abdominal e diminuição da serosa.

A ultrassonografia revela presença de gás na lesão ou adjacente a ela, perda da arquitetura normal das camadas da parede intestinal com espessamento concêntrico ou excêntrico. Mais comuns são os de origem epitelial e malignos, com predominância do adenocarcinoma. Qualquer segmento do intestino pode ser afetado, embora a frequência maior seja em duodeno. Fatores predisponentes: exercício vigoroso, cirurgia recente, traumatismos, insuficiência pancreática exócrina, enterite, indiscrição dietética, volvodilatação gástrica concomitante, massas intestinais e obstrução. Causas: pode ocorrer como consequência de infestação parasitária, exercício físico exagerado, ingestão de grandes quantidades de alimentos em curto espaço de tempo ou secundário à enterite por Parvovírus, enterite linfoplasmocitária, intussucepção, dilatação-torção gástrica, corpo estranho intestinal, carcinoma ileocólico, insuficiência pancreática exócrina ou devido a adesões intra-abdominais pós-cirúrgicas.

Sinais: depressão, letargia, inquietude, choque, dor e distensão abdominal, diarreia, vômito, hematêmese e hematoquezia. Tratamento cirúrgico: celiotomia de emergência para reverter a rotação e realizar a descompressão. Encarceramento intestinal O intestino delgado pode passar através de uma abertura omental ou mesentérica, natural ou traumática, ficando preso. Além disso, pode ocorrer de um segmento de intestino ficar aprisionado em ligamentos viscerais, levando ao estrangulamento causando isquemia e aumento da permeabilidade da parede intestinal, levando à necrose. Uma vez deslocado, o intestino aumenta de volume devido ao edema, tornando a saída impossível. Causas: pode surgir de modo espontâneo ou traumático, agudo e pode ser fatal, variando em grau de oclusão. Classificação: alta agressividade, intermediário e baixa agressividade.

Sinais: vômito, diarreia, anorexia, perda de peso, letargia, presença de massa abdominal à palpação. Diagnóstico: à radiografia pode-se visualizar espessamento da mucosa intestinal, aumento de linfonodo mesentérico e presença de massas tumorais. Epidemiologia: linfoma felino mais comum. Acomete mais animais com histórico de retroviroses, mas não é condição obrigatória. Deve-se diferenciar o órgão comprometido antes da laparotomia ou endoscopia para a realização de biópsia. Classificação: fraca, moderada e severa. Tratamento cirúrgico: laparotomia exploratória é o melhor método para diagnóstico e realização de enterectomia do segmento afetado, bem como retirada de linfonodo acometido. Tratamento: Correção da dieta para equilíbrio da microbiota, suplemento de folato e cabalamina, predinisolona e metronidazol. Parasitismo de intestino delgado ​ 3. Tratamento: eliminação da contaminação ambiental.

Febantel, fenbendazol, ivermectina, mebendazol, milbemicina oxina, pamoato de pirantel e selamectina. Parasitismo de intestino grosso Trichuris vulpis – cão T. campanula e T. serrata – gato As formas adultas vivem no ceco e cólon dos cães e gatos. Harari, J. Cirurgia de Pequenos Animais. Porto Alegre: Artemed, 1999. Jones, T. C. Veterinary Science V. n. p. Disponível em http://revistas. ufpr. Adenocarcinoma Gástrico em Cão: Relato de Caso. CONBRAVET. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. n. Disponível em http://revistas. Acesso em 21/10/17. Oliveira, O. L. B. et al. Obstrução do trato digestório em animais de companhia, atendidos em um Hospital Veterinário no ano de 2010. Rev. Ceres, Viçosa, v. n. p. Acad. Ciênc. Agrár. Ambient. Curitiba, v.

M. M. Obstrução mecânica do intestino delgado em cães - Abordagem integral do diagnóstico até a cirurgia - Estudo de casos. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Disponível em http://repositorio. br/arquivos_fck_editor/Abordagem_comparativa_de_doenca_inflamatoria_intestinal_felina_e_linfoma_alimentar_-_pos_graduacao_veterinaria_equalis. pdf. Acesso em 22/10/17. Bado, A. S. Parasitol. Vet. v. suplemento 1, 2004. Disponível em http://www.

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