ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA: RELAÇÃO TERAPÊUTICA E O BRINCAR COMO TÉCNICA DE INTERVENÇÃO

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Diante disso, estes recursos podem ser ativados se existir um clima, passível de definição e atitudes psicológicas facilitadoras. Ou seja, os indivíduos são capazes de compreender e perceber o que ocorre em suas vidas e, diante disso, conseguem se posicionar em relação a estes eventos. No entanto, para que esta mudança ocorra, necessitam dispor de criatividade e liberdade diante destes acontecimentos. ROGERS, 2009). Conforme Rogers (2009), o ser humano não é constituído por forças que o estimulam a destruir a si mesmo ou ao outro. Assim, o autor mencionado afirma que o terapeuta apoiado pela Abordagem Centrada na Pessoa é um facilitador do desenvolvimento pessoal de seu paciente, sendo também a pessoa que se disponibiliza para compreender o indivíduo em questão, que o respeita e aceita tal como ele percebe a si próprio enxergando o cliente como pessoa, ou seja, um ser responsável e livre, com capacidade para compreender-se, transformar-se, e relacionar-se com ele enquanto tal.

É com a ajuda desta relação terapêutica que o cliente passa a se afastar dos modelos falseados que tem de si mesmo, encaminhando-se para a autonomia. Torna-se gradativamente mais responsável por si mesmo, uma vez que tem a capacidade de decidir sobre quais os sentimentos e comportamentos são mais significativos e quais não são. Encaminha-se, desta forma, para uma realidade mais natural e espontânea, sempre em processo. Conforme Amatuzzi (2010), a Abordagem Centrada na Pessoa não é sinônimo de psicoterapia. Trata-se da psicoterapia realizada através do lúdico e tem como objetivo facilitar as expressões do cliente. Segundo o mesmo autor acima citado, é através da brincadeira que a criança expressa seus sentimentos e conflitos, proporcionando ao terapeuta buscar por alternativas de modo a lidar com a demanda do paciente.

Dessa forma, a brincadeira é o meio natural de autoexpressão do paciente, onde o terapeuta oferece a oportunidade da criança se libertar de das angustias e expressar seus sentimentos através do brincar. Segundo Lima e Lima (2015), as crianças precisam de formas para expressar seus sentimentos que não a verbal, de maneira a obter os ganhos que esta expressão significa para os objetivos da psicoterapia. Neste sentido, estas formas de expressão incluem fantasiar, desenhar, imaginar, interpretar situações, contar histórias, usar argila, colagens, massa de modelar, música, pinturas, jogos entre outros recursos que simulam uma situação natural para a criança, em um ambiente isento de censuras para que possa expor seus sentimentos. Conhecer e modificar a relação da criança com seus pares e familiares: pode ser realizado através do brincar de casinha, dramatizações, brincar de escolinha, etc.

Conhecer os sentimentos da criança em relação a si mesma e trabalhar sua autoconfiança: podem ser utilizados bonecos, dramatizações, confecção de cartões com mensagens e argila para produção livre, a fim de conhecer como a criança se vê diante do mundo, bem como desenvolver autoconceitos e habilidades mais apropriados. Favorecer a formação do vínculo com o terapeuta: para que a psicoterapia ocorra de forma satisfatória, é imprescindível que a criança se adapte ao ambiente do consultório e, principalmente, ao próprio terapeuta. Isto porque o vínculo que se cria na relação terapêutica é essencial para o desenvolvimento pessoal do cliente, tendo em vista que nenhum trabalho terapêutico ou procedimento técnico pode surtir efeito sem a formação do vínculo terapêutico.

Relação terapêutica De acordo com Miranda e Freire (2012), para que se compreendam as condições necessárias que promovem a mudança terapêutica, é fundamental conhecer o conceito de incongruência, visto que aponta o estado de desajustamento que será revertido pela terapia. Permissão: O terapeuta deverá demonstrar permissividade na relação terapêutica, de modo a oferecer liberdade para que a criança expresse seus sentimentos. Assim, o momento terapêutico é o momento em que a criança assume a responsabilidade de fazer suas escolhas, sem que o terapeuta direcione o caminho. No entanto, não deve ser confundido com falta de limites, pelo contrário, alguns limites devem ser impostos, tal como horário de início e término da sessão, contudo, de maneira geral, a criança é quem determinará a direção da sessão.

Reflexo de sentimentos: O terapeuta deverá ficar alerta para identificar os sentimentos da criança, bem como refleti-los, de modo que ela entre em contato com aquilo que expressa e com seu comportamento. Porém, o terapeuta não deverá interpretar o comportamento simbólico da criança, mas interagir utilizando os mesmos símbolos trazidos por ela.  Campinas, SP: Editora Alínea, 2010. BRISSOS L. J. O paradigma rogeriano da pessoa como centro: na perspectiva da liberdade pessoal. A Pessoa como Centro, 2001; 7: 53:63. Campinas), Campinas, v.  n.  p. Mar.   GARCIA, S. A. Quem é a dona da história? In H. M. Cruz. Papai, mamãe, você.  p. MIRANDA, C. S. N; FREIRE, J. C.  São Paulo: Martins Fontes, 2009. TAMBARA, N. FREIRE, E. Terapia Centrada no Cliente: Teoria e prática: um caminho sem volta.

Porto Alegre: Delphos, 2007.

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