A TRAJETÓRIA DO LIVRO DIDATICO ATÉ O ESPAÇO ESCOLAR

Tipo de documento:Análise

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Já os Maias e os Astecas faziam livros em forma de sanfona, os mesmos eram de um material muito macio que existe entre a casca da árvore e sua madeira. Mas é no século XV, com a invenção da imprensa com os tipos móveis de Gutenberg que a produção de livros se estabeleceu criando uma nova dimensão para a humanidade: a cultura letrada. Os livros deixam de ser copiados à mão e passam a ser produzidos em série. Foi assim que surgiram os livros que temos nos dias atuais. Durante a antiguidade, a primeira forma encontrada para gravar o conhecimento foi escrevendo-o em pedra ou tábuas de argila. Todos os estudantes do ensino fundamental passam a receber livros didáticos de todas as disciplinas. A partir daí, o programa deslancha.

Em 2001, começa a distribuição de dicionários de Língua Portuguesa para os alunos de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental e de livros em braile para os alunos cegos. No ano seguinte, os alunos de 4ª e 5ª séries passam a receber a coleção Literatura em Minha Casa. Em 2003, dicionários são entregues aos alunos da 1ª, 7ª e 8ª séries. O livro didático entra em cena na hora de se considerar a maneira de alcançar os objetivos definidos previamente" (SOARES, 2015). O conhecimento produzido por ele é categórico, característica perceptível pelo discurso unitário e simplificado que reproduz, sem possibilidade de ser contestado, como afirmam vários de seus críticos. Trata-se de textos que dificilmente são passíveis de contestação ou confronto, pois expressam ‘uma verdade’ de maneira bastante impositiva.

Os livros didáticos merecem ser considerados e utilizados de acordo com suas reais possibilidades pedagógicos e cada vez mais aparece como um referencial, e não como um texto exclusivo, depositário do único conhecimento escolar posto à disposição para os alunos. Bittencourt, 2004, p. A IMPORTANCIA DO LIVRO DIDATICO PARA OS PROFESSORES O guia de livros didáticos do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) do ano de 2008 traz dados relevantes para a utilização desse recurso pedagógico em sala de aula, mostrando a importância de analisar um livro para bem utiliza-lo. Ao abordar a importância do papel do professor na escolha do livro e na sua adequação à realidade da sala de aula, o guia enfatiza que: É preciso observar, no entanto, que as possíveis funções que um livro didático pode exercer não se tornam realidade, caso não se leve em conta o contexto em que ele é utilizado.

Noutras palavras, as funções acima referidas são histórica e socialmente situadas e, assim, sujeitas a limitações e contradições. Por isso, tanto na escolha quanto no uso do livro, o professor tem o papel indispensável de observar a adequação desse instrumento didático à sua prática pedagógica e ao seu aluno. BRASIL, 2007, p. O material didático, conforme aponta o mais recente Guia do Livro Didático, deve ter um conteúdo de qualidade, de modo a contribuir para a formação de cidadãos participativos e críticos. Ele também precisa respeitar os direitos humanos e garantir as representações igualitárias de diversas identidades em suas páginas, contemplando, por exemplo, as diversidades de gênero e raça presentes na sociedade brasileira.

   O livro didático é uma referência para quem aprende sua fonte primária de informação, um suporte teórico e prático, que traz uma organização possível dos conteúdos a serem desenvolvidos ao longo do ano letivo.  Também, consiste em um instrumento com propostas de sistematização desses conteúdos, auxiliando na construção e aplicação de conceitos, conhecimentos. O LIVRO DIDATICO COMO SUPORTE PEDAGOGICO O livro didático é um instrumento de apoio na execução do planejamento do professor para tanto é importante que em sua escolha haja responsabilidade dos professores para que tenha coerência com o contexto social e escolar. Foi criado, oficialmente, pela lei nº 5. de 21 de novembro de 1968. O Fundo Nacional é responsável por executar parte das ações do MEC relacionadas à Educação Básica, prestando auxílio financeiro e técnico aos municípios e executando ações que contribuam para uma Educação de qualidade.

Ele tem como finalidade captar recursos financeiros e canalizá-los para o financiamento de projetos de ensino e pesquisa, de acordo com as diretrizes do planejamento nacional da Educação. COMO FAÇO PARA RECEBER O LIVRO DIDÁTICO EM MINHA ESCOLA? Para receber os livros didáticos do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) é necessário que a escola pública participe do Censo Escolar do INEP e que a rede à qual está vinculada ou a escola federal tenham feito adesão formal ao programa, conforme preconiza a Resolução CD/FNDE nº 42, de 28 de agosto de 2012. As obras das editoras são submetidas à Coordenação Geral de Materiais Didáticos (COGEAM), responsável por avaliar e selecionar os livros inscritos. Feita a seleção, a COGEAM escreve o Guia de Livros Didáticos.

As escolas habilitadas a receber os livros escolhem os que mais se adequam à realidade da instituição e comunicam o programa. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e os Correios se responsabilizam pela compra e envio do material, respectivamente. A escolha do material didático é realizada pela internet, onde os professores tem acesso à escolha por meio de senha eletrônica adquirida no portal do FNDE. al. p. e 22) De acordo com as características ditas acima, pode-se perceber que o livro didático é um produto mercadológico, fruto de um trabalho conjunto entre editoras, autores, desenhistas e profissionais que trabalham com marketing e sua diagramação, dentre outros, e que obedecem a leis de mercado. A IMPORTANCIA DA CLAREZA DO LIVRO PARA COMPREENSÃO DO USO Os livros didáticos transmitem uma diversidade de informações através dos textos, charges, sugestões de livros, sites educativos e outros gêneros textuais.

Desta forma, O trabalho pedagógico com gêneros textuais pode ser o caminho para um ensino e aprendizagem efetuados de forma eficaz, contribuindo de maneira significativa para que cada criança seja mais competente não só em suas atividades escolares, mas, principalmente, em suas práticas sociais. Entretanto, trata-se, ao mesmo tempo, de um objeto bastante complexo, como alerta Choppin (2004, p. em um de seus artigos, podendo assumir diferentes funções, dependendo das condições em que é produzido e utilizado, além de ser um instrumento de ensino para os professores e mestres. Uma contribuição significativa é oferecida pela tradução de um artigo do pesquisador francês Alain Choppin, em que ele faz um balanço das pesquisas sobre a história do livro didático, que abarca um levantamento de pesquisas realizadas não apenas em países ocidentais como também do Oriente, constituindo-se em uma análise ímpar e fundamental para esse campo de investigação em crescimento constante (BITTENCOURT, 2004b, p.

  A pesquisadora brasileira também fala das diversas interferências na elaboração e usos do livro didático. Segundo ela, o livro didático caracteriza-se por ser um suporte de conhecimentos escolares, suporte de métodos pedagógicos, veículo de sistema de valores e, também, uma mercadoria.  É preciso muito cuidado na escolha do livro. Por isso é fundamental preservar a autonomia do professor, para que ele possa fazer uma boa escolha do livro que será utilizado em suas aulas. Este capítulo tem como proposta analisar dois livros didáticos de diferentes instituições, sendo um utilizado em escola pública e outro em instituição privada, ambos em turmas de 1º ano de escolaridade, referente à área de conhecimento da língua portuguesa. Os livros analisados serão denominados como X e Y, ocultando assim informações das editoras selecionadas.

Para a realização do trabalho é essencial uma analise entre as imagens, ilustrações, texto, atividades e outros aspectos didáticos, podendo assim compreender o livro como um todo, partindo para uma analise de excelência. O livro traz essas diferenças a tona e auxilia as crianças a entender que todos são diferentes de alguma maneira. E ensina as mesmas a conviver entre si, respeitando essas diferenças que tornam todos únicos. De acordo com Queiroz (2007), o livro didático se constitui em um importante recurso, se não, o mais importante recurso utilizado por alunos e professores. Portanto, o uso que se faz do livro didático no trabalho cotidiano da sala de aula, é de suma importância, uma vez que o livro didático não se constitui um instrumento neutro, mas sim, um produto que expressa uma visão de mundo, de ser humano e de escola.

Gérard e Rogiers (1998) consideram que o livro didático, além de favorecer a aquisição de conhecimentos socialmente relevantes, pode promover o desenvolvimento de competências cognitivas que contribuam para aumentar a autonomia dos alunos.  )Dona Chica ficou alegre com o berro do gato.  )Dona Chica ficou surpresa com o berro do gato (5)“Preencha as frases abaixo, indicando o tipo de sensação, como neste exemplo.   Pelo tato sinto que o dia está quente. Pela _______ sinto que este pano é azul. Pelo _______ sinto um perfume de rosa. Afirma o autor:  Quando se fala em projeto gráfico, entende-se não somente a aplicação aleatória de elementos artísticos como a ilustração, mas, sobretudo uma tentativa sistemática de diferenciar o livro como produto industrial, agregando-lhe um grau de programação visual capaz de enriquecê-lo como objeto de comunicação não verbal (CARDOSO, 2005, p.

Para Joly (1996), o fato de o termo ‘imagem’ ser utilizado com vários significados dificulta uma definição simples. Ela coloca ainda que uma imagem é, antes de tudo, algo que se assemelha a outra coisa, podendo ser material ou imaterial, visual ou não, natural ou fabricada. A autora acredita que considerar a imagem uma mensagem visual composta de vários tipos de signos equivale a considerá-la como uma linguagem, como uma ferramenta de expressão e de comunicação, e acrescenta: “seja ela expressiva ou comunicativa, é possível admitir que uma imagem sempre constitua uma mensagem para outro, mesmo quando esses outros somos nós mesmos. ” (JOLY, 1996, p. Em geral, as ilustrações em livros didáticos são pautadas pelo autor ou editor, ou seja, o ilustrador recebe uma pauta com orientações do que deve ser ilustrado, assim como o espaço na página destinado a essa ilustração.

Existem vários tipos de ilustração, podemos classificá-las da seguinte maneira: charge, infantil, caricatura e outros. O que define o tipo de ilustração a ser inserida em um livro didático é o enfoque do original, ou seja, da disciplina, e a função que esta deve assumir em determinado conteúdo. “O profissional que elege e contrata o ilustrador em uma editora de livros didáticos, em geral é o editor de arte, designer, autor e/ou editor de texto da obra. ” (MODERNA, 2018). Os quatros princípios norteadores que devem ser considerados ao longo do desenvolvimento do trabalho pedagógico do processo de alfabetização, são eles: 1. O Sistema de Escrita Alfabética é complexo e exige um ensino sistemático e problematizador;  2. O desenvolvimento das capacidades de leitura e de produção de textos ocorre durante todo o processo de escolarização, mas deve ser iniciado logo no início da Educação Básica, garantindo acesso precoce a gêneros discursivos de circulação social e a situações de interação em que as crianças se reconheçam como protagonistas de suas próprias histórias;  3.

Conhecimentos oriundos das diferentes áreas podem e devem ser apropriados pelas crianças, de modo que elas possam ouvir, falar, ler, escrever sobre temas diversos e agir na sociedade; 4. A ludicidade e o cuidado com as crianças são condições básicas nos processos de ensino e de aprendizagem (BRASIL, 2015c).

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