A PSICOPEDAGOGIA NO ESPAÇO ESCOLAR

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Palavras chave: Psicopedagogia. Ensino Aprendizagem. Psicologia. Pedagogia. Dificuldade de Aprendizagem. Entre os anos 1940 e 1950, Bossa destaca a contribuição dos franceses Janine Mery, psicopedagoga, e Georges Mauco, psicanalista, cujos trabalhos buscavam articular conhecimentos da medicina, da psicologia, da psicanálise e da pedagogia com o objetivo de solucionar problemas de aprendizagem. Mery utilizou o termo pedagogia curativa para caracterizar o trabalho terapêutico com crianças que não aprendiam. Segundo ela, para atender às necessidades dessas crianças, o trabalho terapêutico deveria considerar fatores pedagógicos e psicológicos como intervenientes no processo de aprendizagem. GRASSI, 2009, pg 42). Aos poucos, foi se adotando o termo psicopedagogia em vez de pedagogia curativa, o objetivo da psicopedagogia era ofertar atendimento terapêutico aos alunos que não conseguiam acompanhar os conteúdos escolares, alunos que apresentavam desempenho baixo e que manifestavam comportamentos inadequados dentro da escola.

Nessa modalidade o profissional deve compreender o que o sujeito aprende, como aprende e porque, além de perceber a dimensão da relação entre o psicopedagogo e sujeito de forma a favorecer a aprendizagem; • No trabalho preventivo, a instituição enquanto espaço físico e psíquico da aprendizagem é objeto de estudo da Psicopedagogia, uma vez que são avaliados os processos didáticos-metodológicos e a dinâmica institucional que interferem no processo de aprendizagem. A PSICOPEDAGOGIA NO ESPAÇO ESCOLAR Analisaremos, agora, o surgimento de algumas ideias sobre aprendizagem e desenvolvimento que marcaram a psicopedagogia dos anos 1950 até a atualidade. Na segunda metade do século XX, a epistemologia genética, teoria do conhecimento desenvolvida por Piaget e centrada no desenvolvimento natural da criança, influenciou fortemente a conformação da psicopedagogia, bem como da psicologia e da educação.

Para compreender melhor sobre como o sujeito passa de um estado de menor conhecimento para um de maior conhecimento, é preciso analisar a psicologia do desenvolvimento infantil, especialmente no que diz respeito ao estudo de Jean Piaget, que tornou-se um clássico sobre o desenvolvimento cognitivo, afirmando que que a aquisição de conhecimento se dá por meio de descobertas da própria criança, num processo de construção, é daí que sua teoria passa a ser conhecida como construtivismo. Para Piaget (2002), o que a criança vai aprender depende do que já construiu, uma vez que, por meio da construção, obtém-se o desenvolvimento. Para ele, não há inteligência inata, ela é construída por meio da interação, ou seja, a aprendizagem acontece na interação entre o sujeito e o objeto; é a incorporação do elemento externo em função dos esquemas e das estruturas que o sujeito já possui.

Piaget desenvolveu também dois conceitos básicos sobre a aprendizagem: assimilação e acomodação. A assimilação é a incorporação do elemento externo em função dos esquemas e das estruturas que o sujeito já possui, é a associação da informação nova a anterior. Quando o sujeito se une ao conhecimento, ocorre a acomodação, que é o processo de compreensão e de mudança. Os quatro fatores responsáveis pelo desenvolvimento da inteligência na teoria piagetiana são: • maturação orgânica – amadurecimento do sistema nervoso; • experiência com objetos – conhecimento físico e conhecimento lógico-matemático; • interação e transmissão social – experiência com pessoas e confronto com a diferença; • equilibração – processo de busca de um novo equilíbrio por meio de uma situação de desiquilíbrio cognitivo, responsável pela integração dos outros fatores e pelo progresso do desenvolvimento cognitivo.

Na concepção de Vygotsky, o desenvolvimento está baseado no organismo ativo, e o pensamento é construído em um ambiente histórico e social, isto é, as influências sociais, em vez de biológicas, são fundamentais na sua teoria. Ele defende que o desenvolvimento procede de fora para dentro, pela internalização. Dos estudos de Vygotsky que abordam a formação social da mente e as estruturas do pensamento e da linguagem (Vygotsky, 1993; 1994), destaca as seguintes ideias por ele defendidas: • a fala usada na interação social com outros mais experientes auxilia a organização do pensamento complexo abstrato individual; • a fala modificada a qualidade do conhecimento e o pensamento que a criança tem do contexto em que se encontra; • a palavra dá forma ao pensamento; • a linguagem sistematiza a experiência direta da criança e serve para orientar seu comportamento; • ao internalizar as instruções, as crianças modificam suas funções psicológicas (atenção, percepção, memória e a capacidade de solucionar problemas).

Em cada grupo social, ela se organiza, planeja-se e atua sobre a realidade; • a fala, quando a criança atinge os 3 anos, acompanha o comportamento infantil. A criança age e descreve o que faz ao mesmo tempo; depois, a fala passa a preceder o pensamento (nova função: planejar a ação – características do pensamento complexo) e, aos poucos, desaparece (a fala passa a ser interna); • a interseção entre pensamento e linguagem produz o pensamento verbal (estrutura básica da forma de pensar). A velocidade de informações, a diminuição da distância pelo surgimento da internet nos trouxe muitas inquietações, questionamentos, contradições que fazem parte dos nosso dia-a-dia. De acordo com (Cordié, 1996): [. passou-se da era do proletariado para a do estudante. Na primeira, ser analfabeto não representava um problema, uma vez quem não tinha instrução ou escolaridade era socialmente reconhecido pela capacidade de desempenhar diferentes ofícios (o de sapateiro e o ferreiro, por exemplo) e, portanto, tinha o seu lugar na sociedade.

Na era do estudante, é necessário estudar primeiro para depois exercer uma profissão, e é preciso dominar alguns conhecimentos científicos para ser socialmente reconhecido. Este deve lembrar que as dificuldades encontradas pelo aluno, na escola, podem ser de origem afetiva. A relação professor-aluno depende, em grande medida, da maturidade afetiva do professor. Se esta lhe permite resolver suas próprias dificuldades, ele poderá ajudar o aluno a viver e a resolver as suas. O desenvolvimento cognitivo ou da inteligência acorre ao poucos, passo a passo, com maior intensidade nos primeiros anos de vida. Na verdade, manifesta-se ao longo de toda a existência do indivíduo [. seduc. mt. gov. br/Paginas/A-Interven%C3%A7%C3%A3o-do-Psicopedagogo-do-Ambiente-Escolar. aspx> Acesso em 19/12/2017. br/educacao/afetividade-na-educacao-infantil. htm>. Acessado em 28/11/17. A psicopedagogia tem feito a escola refletir em todos estes aspectos de ensino-aprendizado, levando em consideração aspectos cognitivos, culturais, familiares, sociais e tantos outros elementos que devem ser levados em conta na hora de olhar, escutar e, sobretudo, avaliar um aluno e assim compreender o aluno em sua totalidade.

METODOLOGIA Este trabalho implicou na revisão bibliográfica sistematizada de alguns livros, como: Psicopedagogia um olhar, uma escuta, de GRASSI, Tânia Mara; Pressupostos da educação infantil, de CARTOXO, Simone Regina Manosso. Acesso em: 18/12/2017. AURINO, Lima Ferreira; NADJA, Maria Acioly Régnier. Contribuições de Henri Wallon à relação cognição e afetividade na educação. Disponível em: <http://www. scielo. BOSSA, Nádia Aparecida. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artmed, 2000. CARTOXO, Simone Regina Manosso. Pressupostos da educação infantil. seduc. mt. gov. br/Paginas/A-Interven%C3%A7%C3%A3o-do-Psicopedagogo-do-Ambiente-Escolar. aspx> Acesso em 19/12/2017. Disponível em: < http://meuartigo. brasilescola. uol. com. br/educacao/afetividade-na-educacao-infantil. wikipedia. org/wiki/Psicopedagogia> Acesso em 19/12/2017.

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