A Prática do Assistente Social

Tipo de documento:Análise

Área de estudo:Estatística

Documento 1

O autor Charles Sousa apresenta em seu artigo “uma reflexão sobre a prática profissional da/do Assistente Social, reconhecendo suas dimensões, com o objetivo de situar a Instrumentalidade do Serviço Social bem como seu arsenal técnico-operativo. ” (SOUSA, 2008, p. Referido de forma sucinta, alguns dos principais instrumentos de trabalho utilizados no exercício profissional. O professor expõe seu entendimento sobre Instrumentalidade do Serviço Social baseado em Yolanda Guerra (2000) quando, a partir de uma leitura lukacsiana da obra de Marx, constrói o debate compreendendo-a em três níveis: à funcionalidade ao projeto reformista da burguesia; à peculiaridade operatória (aspecto instrumental operativa); e como mediação que permite a passagem das análises universais às singularidades da intervenção profissional. SOUSA, 2008, p. De acordo com Sousa (2008), [.

proporcionou um aprofundamento teórico-metodológico (principalmente a partir do diálogo com a tradição marxista e, sobretudo, com a obra marxiana) que possibilitou à profissão romper com esse caráter meramente executivo e conquistar novas funções e atribuições no mercado de trabalho, sobretudo do ponto de vista do planejamento e administração das políticas sociais. A superação dessa dicotomia no âmbito profissional está expressa na Lei de Regulamentação da Profissão – 8. A principal motivação era dar ao Serviço Social um estatuto científico, e foi na intenção de ruptura com as visões conservadoras da profissão, que foi erguida a necessidade do exercício profissional se debruçar sobre a produção de um conhecimento crítico da realidade social.

Idem, p. Para isso, faz-se necessário um intenso rigor teórico e metodológico, que lhe permita enxergar a dinâmica da sociedade para além dos fenômenos aparentes, buscando apreender sua essência, seu movimento e as possibilidades de construção de novas possibilidades profissionais; (Idem, p. Competência técnico-operativa – o profissional deve conhecer, se apropriar, e sobretudo, criar um conjunto de habilidades técnicas que permitam ao mesmo desenvolver as ações profissionais junto à população usuária e às instituições contratantes (Estado, empresas, Organizações Não-governamentais, fundações, autarquias etc. garantindo assim uma inserção qualificada no mercado de trabalho, que responda às demandas colocadas tanto pelos empregadores, quanto pelos objetivos estabelecidos pelos profissionais e pela dinâmica da realidade social. SOUSA, 2008, p.

Sousa (2008) enfatiza que as dimensões nunca podem ser desenvolvidas separadamente, para que o profissional não caia nas armadilhas da fragmentação e da despolitização, tão presentes na gênese da profissão. Todavia, o que se propõe hoje no âmbito do Serviço Social é justamente a produção de um conhecimento que rompa com a mera aparência e busque apreender o que está “por trás” dela, sua essência. Para isso, é fundamental que o profissional sempre mantenha uma postura crítica, questionadora, não se contentando com o que aparece a ele imediatamente. SOUSA, 2008, p. À luz do conhecimento, “o seu principal instrumento de trabalho, pois lhe permite ter a real dimensão das diversas possibilidades de intervenção profissional”, busca a transformação social.

“De posse desse conhecimento, o profissional pode planejar a sua ação com muito mais propriedade, visando à mudança dessa mesma realidade. ” (SOUSA, 2008, p. Desta forma, o que se coloca para o Assistente Social hoje é sua capacidade criativa. O trabalho institucional em seu cotidiano, pode ser marcado pelo imediatismo das ações, pelo mecanicismo e pela repetição, de um lado em função do conjunto de demandas colocadas ao profissional e, de outro, pelo crescente processo de distanciamento da reflexão e do questionamento acerca da correlação entre ações e objetivos profissionais, instalando-se uma postura de desânimo, acomodação, que esvazia o trabalho de seu conteúdo criativo, propositivo e comprometido, e leva à alienação. Portanto, é preciso estar atento para ter presente que o espaço institucional reflete o conjunto das contradições e relações da sociedade, logo, o processo de atendimento aos usuários, dentro de uma perspectiva de garantia de direitos deve estar atravessada pelo viés da competência profissional que envolve as três dimensões que articulam o Serviço Social (ético-política, teórico metodológica e técnico-operativa).

Sousa reporta-se a linguagem, um tema pouco explorado pelo Serviço Social, possibilita a construção da identidade de um determinado grupo social. “Com tal grau de escolaridade, é de esperar que sigam a norma culta da língua [portuguesa] e não adentrem seus escritos [e falas] para uma linguagem coloquial ou do senso comum” (SOUSA, 2008, p. Apud MAGALHÃES, 2003, p. O professor Sousa (2008, p. esclarece que, o Assistente Social deve saber falar e escrever corretamente, bem como comunicar-se articuladamente. Sendo fundamental “criar uma identidade social de um profissional competente, que articula teoria e prática, e que detém uma forma coerente de pensar e de expressar o pensamento. SOUSA, 2008, p. Cabe aos Assistentes Sociais, e sobretudo, pesquisadores, “ter a capacidade de conhecer essa pluralidade de práticas – e isso só será possível quando todos nós entendermos a necessidade e a importância da sistematização de nossas práticas” – desta forma pode-se sempre reconstruir a história da profissão em nosso país, aperfeiçoando seus procedimentos de intervenção social.

SOUSA, 2008, p.

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