A Pragmática na relação entre o Autor e o Leitor

Tipo de documento:Dissertação de Mestrado

Área de estudo:Comunicações

Documento 1

Porém nos tempos modernos, o autor ganhou visibilidade e importância, tendo o mundo a ideia de que o autor é aquele que detém o real significado da obra. Entretanto, Barthes explica em seu texto que na verdade o que ocorre em todo o texto é o apagamento autor, "a morte do autor", afirmando que a obra o suprime, sendo independente a partir do momento da escrita, porque "a escritura é a destruição de toda a voz. BARTHES, 2004, 57) O exercício do símbolo que acontece através das letras, a escrita que representa e torna-se literatura, desligaria a ligação do texto em relação ao autor. Sem dúvida sempre foi assim: desde que um fato é 'contado', para fins intransitivos, e não para agir diretamente sobre o real, isto é, finalmente, fora de qualquer função que não seja o exercício do símbolo, produz-se esse desligamento, a voz perde a sua origem, o autor entra na sua própria morte, a escritura começa.

BARTHES, 2004, p. Intimamente e dependentemente de várias possibilidades de uso, o que realmente vale é o que a linguagem estabelece. Como diz Barthes, "linguisticamente, o autor nunca é mais do que aquele que escreve, assim como 'eu' outra coisa não é senão aquele que diz 'eu': a linguagem conhece um 'sujeito', não uma 'pessoa' (. BARTHES, 2004, p. A Aula (1978) de Barthes fala sobre a natureza da linguagem como fonte de poder e revolução. E por meio de suas reflexões, ele comenta sobre as variabilidades da linguagem dispostas pelo autor: as forças de liberdade que residem na literatura não dependem da pessoa civil, do engajamento político do escritor que, afinal, é apenas um "senhor" entre outros, nem mesmo do conteúdo doutrinal de sua obra, mas do trabalho de deslocamento que exerce sobre a língua (.

Como estuda a Pragmática, os significados se estabelecem por meio de um contexto, dando vazão a diversas variáveis de sentido e entendimento para os seus interlocutores. Tal como observa Barthes em O Rumor da Língua (2004), Michael Foucault comenta em O que é um Autor? (2009) sobre o lugar de destaque que a figura do autor tomou na cultura moderna, onde segundo ele, se dá mais preferência a bibliografia dos autores do que à vida dos heróis. Barthes (2004) fala sobre o importar tanto para os estudantes de literatura a história de vida dos escritores e de, como consequência, a função dos críticos ter prosperado. Semelhante a isto, Foucault questiona "como é que se instaurou essa categoria fundamental da crítica que é o 'o-homem-e-a-obra" (. FOUCAULT, 2009, p. Essa reflexão demostra o estabelecimento de significados entre o autor e o leitor, onde cada vez mais aquele que escreve se apaga, cada vez mais deixa de importar, sendo os sentidos do texto compreendidos pelo sentido pragmático da relação.

Como em seu texto Barthes finaliza, "o nascimento do leitor deve apagar-se com a morte do Autor. p. Referências Bibliográficas BARTHES, Roland. Aula. Págs 57 à 64. FOUCAULT, Michael. O que é um Autor? Lisboa: Editora Passagens, 2009. Págs. MARCONDES, Danilo.

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