A PARTICIPAÇÃO FAMILIAR NA PREVENÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃO SEGURANÇA DO PACIENTE NA PEDIATRIA

Logo após o Brasil se comprometer com a aliança realizada pela OMS, o Ministério da Saúde institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), através da portaria n° 529 de 1° Abril de 2013. Tendo como objetivo principal “Contribuir para a qualificação do cuidado em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional” (BRASIL, 2013 a, p. Diante desse contexto a cultura de segurança do paciente se torna um constituinte crítico para análise dos serviços prestados (BATALHA; MELLEIRO, 2015). Várias são as alterações nas crianças quando são hospitalizadas defrontando com a mudança considerável na rotina, estão diante de uma situação estranha e assustadora para elas, temem a solidão e não entendem o real motivo do porquê devem permanecer ali.

Ao decorrer desse processo de internação a criança passa por exames e tratamentos que causam dor, preocupação e sofrimento e acabam por vezes se isolando e recusando o tratamento, outras ficam irritadas e começam a rejeitar refeições. O Desafio global de segurança do paciente tem como objetivo identificar áreas de risco para a segurança do paciente e estimular o desenvolvimento de ferramentas e estratégias para prevenção de danos. O foco do primeiro desafio global proposto pela OMS foram as infecções relacionadas com a assistência à saúde. O segundo desafio global foi lançado em 2008 e foi denominado de cirurgias seguras salvam vidas, com foco nas boas práticas para cirurgia segura (BRASIL, 2014). Para alcançar a qualidade na assistência, é necessário segurança, que pode ser definida como prioridade máxima nas instituições eficazes, que envolve todos os setores e implica no reconhecimento de que suas atividades têm uma natureza de alto risco e são propensas a erros (OMS, 2009).

A cultura de segurança de uma organização, por sua vez, é o produto de valores individuais e coletivos, atitudes, percepções e competências que determinam o estilo e a proficiência na saúde, marcada por comunicação eficaz entre os profissionais, confiança mútua e percepções comuns a respeito da importância da segurança e eficácia de ações preventivas (GARZIN; MELLEIRO, 2019). Desta maneira Ferreira, Varga e Silva (2009), evidenciam as necessidades dos profissionais de saúde em integrar as dimensões biopsicossociais para o cuidado dos indivíduos, família e comunidades como novos modos de agir e de interagir com a prática a fim de responder ás necessidades de saúde das pessoas em suas diferentes dimensões. Outros fatores importantes para o bom andamento do trabalho e para prevenir sobrecargas de trabalho, é o respeito entre profissionais, a organização dos coordenadores em relação à demanda e o dimensionamento de pessoal adequado (MELO; BARBOSA; SOUZA, 2011).

Para Melo, Barbosa e Souza (2011) o trabalho em equipe é essencial para que determinado grupo de pessoas mantenha-se conectado, vale frisar que a motivação do grupo é um instrumento de grande relevância para a busca de resultados positivos e satisfação dos usuários. Na prática cotidiana, surgem dificuldades e limites para implementar o cuidado saúde, como a escassez de recursos humanos de diferentes áreas, materiais e equipamentos. Além disso, na perspectiva ampliada do cuidado com a família, o processo de trabalho deve ser estruturado a partir de ações e relações dos profissionais junto às famílias, fator que interfere na qualidade da assistência (MELO; BARBOSA; SOUZA, 2011). Cultura de segurança do paciente em um hospital de ensino: diferenças de percepção existentes nos diferentes cenários dessa instituição.

Texto Contexto Enferm,, Florianópolis, v. n. p. abr /Jun. p. CANCELIER, A. C. L. KUBO, T. Rev. Latino-Am. Enfermagem. fev. Ribeirão Preto (SP), 2009. vol. n. p. GARZIN, A. C. de Freitas. Pedagogia Hospitalar: a humanização integrando educação e saú de. Vozes,4a Ed. MELO, M. B. s-p, jul-ago. MINUZZ, A. P. SALUM, N. C. PEREIRA JUNIOR, A. C. Automedicação em crianças de zero a cinco anos: fármacos administrados, conhecimentos, motivos e justificativas. Esc Anna Nery, Renascer-MG, v. p.