A INSERÇÃO DO LÚDICO AO LONGO DA EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA CONTRIBUIÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

a): Nome Completo Dracena 2019 ANA MARIA DE OLIVEIRA REIS CARMIELO A INSERÇÃO DO LÚDICO AO LONGO DA EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA CONTRIBUIÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação (Programa Associado entre Universidade Estadual de Londrina [UEL] e Universidade Norte do Paraná [UNOPAR]), como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Ciências da Reabilitação. BANCA EXAMINADORA ____________________________________ Prof. Orientador Universidade Norte do Paraná ____________________________________ Prof. Componente da Banca Universidade Norte do Paraná ____________________________________ Prof. Componente da Banca Universidade Norte do Paraná Londrina, _____de ___________de _____. ABSTRACT The achievement of satisfactory results in teaching learning in children's education has always been a great challenge to teachers, since each child develops their cognition in a different way, methodical and unmotivated didactics largely constitutes the disinterest of children in the age group of 0 to 6 years for the learning, that in that phase does not have the same perception and patience of the greater students, and consequently they take them to interpret the school like a bad place.

The pedagogical approach comes against combating this lack of interest, providing with educational games a stimulating resource in the process of teaching and learning, and can be used on a number of occasions. For teachers it is very important to know these games and to understand the methodology to create new ones, and to use them in the planning of their classes. The present article is aimed at assisting teachers in the use of pedagogy, with a thorough bibliographical survey on different didactic methods adapted to early childhood education, evaluating successful experiences that prove their effectiveness, thus guiding the importance of their use in a qualitative way. We have analyzed experiences with students in schools and toy libraries that show how much the use of games makes the classes more motivating and help in the absorption of the contents.

A PRESENÇA DO LÚDICO NA EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL 10 3. JOGOS E O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM 12 CONSIDERAÇÕES FINAIS 14 REFERÊNCIAS 15 INTRODUÇÃO Muito se discute no âmbito educacional, sobre a importância do processo lúdico como coadjuvante à prática pedagógica. A abordagem deste tema emerge a partir do desejo de apoiar o educador, para o conhecimento e percepção das brincadeiras e jogos, e sua importância no âmbito educacional e social, levando-se em consideração o desenvolvimento na Educação Infantil. O Ensino Infantil tem sido estudado a alguns anos com o objetivo de aprimorar técnicas, desenvolver habilidades, estimular o comprometimento e a empatia, e principalmente centrar a criança no processo ensino-aprendizagem; no entanto, apesar da utilização do lúdico, brincadeiras e jogos com as crianças, muitas unidades escolares e principalmente sua gestão, ainda conduzem sua prática pedagógica nos métodos tradicionais, pois muitas vezes ligam a obediência e passividade às condições da qualidade de ensino e assimilação pelos alunos.

O uso de jogos e brincadeiras adaptados a cada faixa etária tem se mostrado uma ferramenta poderosa no auxílio diário para os professores e educadores infantis; os elementos lúdicos constituem estratégias pedagógicas com grande proveito para que o aluno possa desenvolver suas capacidades. Conhecer diferentes recursos é importante para auxiliar o professor no planejamento de suas aulas. Dentro desta concepção, este trabalho tem por objetivo fazer uma análise do uso da ludicidade na Educação Infantil, com a revisão bibliográfica de trabalhos já publicados sobre o assunto. Refletiremos sobre a análise de métodos cuja experiência garante a qualidade da aprendizagem, assim servindo de aporte aos professores criativos que pretendem usar deste importante recurso em suas aulas. Serão apresentado estudos, da presença do lúdico, durante a evolução do homem, especificamente com o de jogos, brincadeiras e brinquedos, e a função da ludicidade como prática pedagógica para o processo de desenvolvimento na educação infantil.

Haverá um breve histórico sobre como a educação infantil se tornou primordial com o passar dos tempos, e como o olhar para as crianças como cidadãos em desenvolvimento tem se tornado fator de grande relevância ao desenvolvimento acadêmico por toda vida escolar. OLIVEIRA, 2002, P. Enquanto as famílias ricas podiam arcar com uma babá, as pobres deixavam os filhos sozinhos em casa, ou tinham de coloca-los em uma dessas instituições mencionadas. A creche tinha o dever de cuidar da criança, enquanto a mãe trabalhava fora, zelar pela saúde, alimentação e ensinar sobre a higiene; enquanto a educação ficava a cargo da família; nesse interim associou-se o termo creche à “criança pobre”, por sua origem meramente assistencialista. DIDONET, 2001, P.

UM NOVO OLHAR Com a criação do primeiro Kindergarten (jardim de infância em alemão), em 1837 por Friedrich Fröebel, a criança passa ser vista como agente criador de conhecimento, que precisa ter suas potencialidades desenvolvidas e não apenas como alguém a ser cuidado. De objeto de tutela para sujeito de direitos, de simples crianças para cidadãos pequenos. O atrelamento formal à educação no atendimento às crianças evidente na Lei Nacional de Diretrizes e Bases (LNDB) 9. em que a educação infantil passou a ser considerada a primeira etapa da educação básica, é consequência das intensas lutas de várias organizações civis e de pesquisadores da infância e da educação, especialmente ao longo da década de 1980 como aponta Guimarães: O texto legal marca a complementariedade entre as instituições de educação infantil e a família.

Além disso, dispõe sobre a formação do profissional e a avaliação na educação infantil que assume um caráter de acompanhamento, e não de reprovação. GUIMARÃES, 2011) Sobre os avanços no atendimento à criança, vale destacar que em 1998 o MEC e o Conselho Nacional de Educação (CNE) formularam as Diretrizes Curriculares, Capítulo II, Seção II, art. Na civilização romana, a educação infantil era pensada a partir das ideias de filósofos, como Platão e Aristóteles, que relacionavam a educação com o prazer de se aprender, assim valorizando as brincadeiras e as diversas formas de brincar (WAJSKOP, 1999). Observando o desenvolvimento humano, que sintetiza uma série de fatores, construídos pela harmonia das influências biológicas, intelectuais, sociais e culturais, para a constituição de um ser sadio e contente, analisamos a percepção de Bock (2002), referente ao desenvolvimento da mente e o crescimento orgânico das pessoas: Toda criança vive agitada e em intenso processo de desenvolvimento corporal e mental.

Isto é que leva uma criança a brincar, a buscar um tipo de atividade que lhe permita manifestar-se de forma mais completa. A imprescindível “linguagem” dessa atividade é o brincar, é o jogar. A brincadeira infantil está muito mais relacionada a estímulos internos que exteriores. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio. Buscando acolher e compreender a criança em seu processo de desenvolvimento, o uso do lúdico é uma excelente estratégia para a condução da aprendizagem. Os jogos lúdicos são a mais valiosa ferramentas na introdução do conhecimento de maneira prazerosa, benevolente e harmônica, potencializando o conhecimento em diversas áreas, preconizando um novo sentido de conceitos e estratégias da prática pedagógica (FREIRE,1996).

Percebe-se que por meio dos jogos e das brincadeiras é possível desenvolver atitudes sociais harmoniosas, como cooperação, interação, respeito mútuo, além de auxiliar na construção do conhecimento. JOGOS E O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM Durante muito tempo confundiu-se “ensinar” com “transmitir”, e os alunos eram agentes passivos em sua aprendizagem, e o professor um transmissor, alheio as necessidades de aluno; com o passar do tempo a estreita relação entre o ensino e a aprendizagem foi se tornando um importante conceito a ser transformado em material pedagógico. O desenvolvimento mental da criança, antes dos seis anos de idade, pode ser sensivelmente estimulado através de jogos e brincadeiras; representando uma atividade cognitiva e social em seu desenvolvimento, as crianças exercitam suas habilidades físicas, crescem cognitivamente e aprendem a interagir com outras crianças; as brinquedotecas são os lugares mais adequados para o desenvolvimento da ludicidade, pois são pensadas e planejadas exatamente para essa finalidade.

Na Educação Infantil a valorização da sociabilidade tem de ser muito bem trabalhada para a construção de uma genuína identidade de cooperação; as brincadeiras em grupos vêm de encontro a cooperar com essa construção. As brincadeiras que despertem a ideia de grandezas, percepção do grande e do pequeno, do alto e do baixo, do maior e do menor, do largo e do estreito, do fino e do grosso, frente e atrás, inteiro e meio, comprido e curto, devem ter destaque em toda Educação Infantil (PIAGET, 2003). De acordo com Santos ( 2001, p. Existem dois aspectos importantes no emprego dos jogos como instrumentos de aprendizagem significativa. As atividades lúdicas além de permitir o desenvolvimento de habilidades e competências, também motivam as crianças.

Estas atividades mostram grande contribuição no processo de desenvolvimento cognitivo. Vale ressaltar que os jogos pedagógicos não são substitutos de outros métodos de ensino. Eles devem servir como aliados, buscando sempre inovar a forma de ensinar, e permitindo assim que a apropriação do conhecimento aconteça de forma eficiente e ao mesmo tempo divertida. Todas as dificuldades de aprendizagem diminuem expressivamente quando o ensino se torna uma grande brincadeira, substituindo a obrigação de saber pelo prazer de aprender. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo, SP: Loyola, 1995. ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Rio de Janeiro: Vozes, 1998a. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia / Ana Mercês Bahia Bock, Odair Furtado, Maria de Lourdes Trassi Teixeira.

Ed. Reform. e ampl. – São Paulo : Saraiva 2002. V. n. Brasília, 2001. FREIRE P.  Pedagogia da Autonomia. Relações entre bebês e adultos na creche: o cuidado como ética. São Paulo: Cortez, 2011. HUIZINGA, J. Homo Ludens. São Paulo: Perspectiva, 2008. O brincar e a criança do nascimento aos 6 anos. São Paulo: Vozes, 2002. PIAGET, J.  A formação do símbolo na criança, imitação, jogo, sonho, imagem e representação de jogo.  São Paulo: Zanhar, 1971. Acesso em: mar. SANTOS, S. M. P. org). – São Paulo: Eureka, 2015. WAJSKOP, Gisela.  Brincar na pré-escola. ª ed. São Paulo: Cortez, 1999.

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