A INFLUÊNCIA QUE O CONTEXTO HISTÓRICO TEM SOBRE AS MÚSICAS DA PEÇA CALABAR

Tipo de documento:Resumo

Área de estudo:Música

Documento 1

com Resumo: Este resumo expandido tem como objetivo elaborar a relação que as obras de Chico Buarque de Hollanda, principalmente as da peça “Calabar”, censurada por apresentar conteúdo que evocava a traição, têm com o regime militar no Brasil, utilizando, para isso, uma base em quatro textos que remontam aos trabalhos elaborados pelo cantor, compositor e intérprete. São eles: “Duas vezes Calabar”, “ ‘Hoje preciso refletir um pouco’: ser social e tempo histórico na obra de Chico Buarque de Hollanda – 1971/1978”, “A Música popular Brasileira (MPB) dos anos 70: resistência política e consumo cultural” e “Calabar: musical de Chico Buarque e Ruy Guerra, marco da ditadura militar volta aos palcos em comemoração aos seus 40 anos”. Inicialmente, na seção Introdução, o contexto histórico dos quatro textos será abordado de forma sucinta e rápida, como meio de alienar o leitor e prepará-lo para as seções seguintes.

Em “Resultados”, será encontrado tudo o que se identificou no cruzamento de dados dos quatro textos para, depois, na seção “Discussão”, discutí-los e ordená-los para a conclusão final, encontrada na seção “Conclusões”. Palavras-chave: Brasil; Chico Buarque; Calabar; MPB; regime militar. Como forma de “protesto” contra esse período, surgiu a MPB: A perspectiva de abrandamento da censura e a relativa normalização do ciclo de produção e circulação de bens culturais revelou a enorme demanda reprimida em torno da MPB, consolidando este tipo de canção como uma espécie de “trilha sonora” da fase de abertura política do regime militar e da retomada das grandes mobilizações de massa contra a ditadura brasileira, após 1977 (NAPOLITANO, 2003, p. A Música Popular Brasileira, na década de 70, sofreu com a censura, pois grande parte do conteúdo produzido não foi sequer divulgado e, o mínimo que era liberado, não ganhava popularidade como as outras canções que circulavam na época.

Para Napolitano (2003), cinco canções de Chico, pelo menos, apresentam uma relação entre o ser social e o tempo histórico; segundo o autor, suas obras revelam várias formas de consciência crítica em relação à experiência da opressão. Entre as músicas de análise do autor estão: “Construção”, “Fado Tropical”, “Corrente”, “O que será” e “Pedaço de Mim”. Em “Construção”, Napolitano (2003, p. No quesito mensagem cifrada, foi a canção “Corrente” que fez com que Chico se confundisse com o eu-poético, que parece ocupar lugar no coro dos contentes, da ditadura militar. Já de início, a letra faz menção a esse coro, com a expressão “samba pra frente”, na qual “pra frente” era uma das expressões ideológicas do contexto histórico.

Além disso, Chico Buarque alterna seus pensamentos em uma corrente. Figura 3: Trecho inicial de “Corrente” Fonte: Napolitano (2003, p. Para a canção “O que será”, Napolitano (2003, p. No entanto, o autor explica, em seu estudo, que Calabar não é, necessariamente, um traidor, mas sim um praticante do abandono de uma posição confortável de serviçal de portugueses para um capitão dos holandeses. Essa busca por algo melhor foi uma espécie de analogia, de acordo com Souza (2004), já que dominados desejavam uma nova vida. Nesse contexto, Bárbara, esposa de Calabar, após viúva, tentou fazer com que a imagem de luta do falecido fosse lembrada, pois ele havia sido o único a tentar mudar a história. Na música “Cala a boca, Bárbara”, composição da peça, Calabar é de que ele era um “conhecedor”.

Figura 6: Trecho de “Cala a Boca, Bárbara” Fonte: Souza (2004, p. CONCLUSÕES A fim de concluir este trabalho, acredita-se que o objetivo de elaborar a relação que as obras de Chico Buarque de Hollanda têm com o regime militar no Brasil, assim como a importância da MPB para a época, foi cumprido, visto os resultados e discussões retirados dos textos de análise. Concluiu-se que, a respeito do período, Chico Buarque soube dar voz aos seus sentimentos e provocar uma reflexão subliminar de extrema importância, dando o instrumento necessário para elaborar a crítica e abrir os olhos da população. Tanto em suas músicas quanto em suas peças, Chico incluiu a opressão vivida pelo momento, a censura e a proibição de pensamento, a falta de liberdade e, sobretudo, de expressão e fez disso o seu ambiente de revolta.

REFERÊNCIAS BAPTISTA, Pilar. Calabar: musical de Chico Buarque e Ruy Guerra, marco da ditadura militar, volta aos palcos em comemoração aos seus 40 anos. Pág. a 134. SOUZA, Sérgio Alves. Duas vezes Calabar. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

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