A importância do projeto de impermeabilização frente a norma de desempenho

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Entretanto, vem sendo negligenciada em muitas obras, de modo que, os sistemas impermeabilizantes costumam ser implantados de forma inadequada e assim, favorecer o aparecimento de manifestações patológicas, que promovem sérios danos às edificações, relacionados a qualidade, capacidade de suporte (resistência) e funcionalidade da estrutura. Podendo também gerar efeitos nocivos ao conforto, saúde e segurança de seus usuários. Levando em consideração que a implantação inadequada de sistemas impermeabilizantes é resultante, em grande parte, de falhas no projeto (quanto ao tipo de sistema e material a ser empregado, as especificações, a finalidade, a falta de cumprimento de normas e compatibilização com os demais projetos da obra), o presente trabalho tem como objetivo principal demonstrar a importância da concepção adequada dos projetos de impermeabilização e, especialmente, de sua adequação frente a Norma de Desempenho – NBR 15575.

A metodologia consistiu na revisão bibliográfica de artigos, dissertações, monografias e teses, disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e no Google Acadêmico. Os principais resultados demonstraram que a concepção inadequada de um projeto de impermeabilização é capaz de contribuir para o desempenho ineficiente da edificação frente a atuação das águas, uma vez que, o sistema deixa de ter a capacidade requerida para vedar a habitação e assim, promove danos estruturais, funcionais, materiais e à saúde dos usuários. Mecanismos de atuação das águas nas edificações 9 2. Umidade de infiltração 10 2. Umidade de construção 11 2. Umidade ascensional 12 2. Umidade de condensação 13 2. Etapas 30 2. Especificações da NBR 15575 – Edificações habitacionais 32 3 METODOLOGIA 34 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 35 5 CONCLUSÃO 37 6 REFERÊNCIAS 39 1 INTRODUÇÃO O crescente processo de urbanização, ao longo dos anos, foi responsável por impulsionar e intensificar o ciclo produtivo do setor da construção civil, ocasionando a concepção excessiva e mal planejada de obras, devido a elevada, bem como constante demanda por edificações, que representam os principais elementos de expansão urbana e desenvolvimento da vida (VARGAS, 2013).

A indústria da construção civil constitui um setor fundamental para o desenvolvimento econômico do Brasil, sendo responsável por grande parte das movimentações financeiras que ocorrem no país, empregam, também, um papel importante na geração de empregos e na composição do Produto Interno Bruto – PIB. Entretanto, suas atividades implicam diferentes níveis de complexidade, requerendo uma grande diversidade de produtos, técnicas e processos (BARBOSA, 2018). De acordo com Barboza Filho (2009), o sucesso dos projetos do setor construtivo se torna, cada vez mais, crítico, uma vez que, muitos continuam sofrendo atrasos, ineficiências e falhas. Objetivos específicos • Apresentar os mecanismos de atuação das águas; • Relatar os principais conceitos e informações direcionadas aos sistemas de impermeabilização (definição, composição e tipos); • Apontar a estrutura do projeto de impermeabilização e as principais exigências da NBR 15575, quanto a estanqueidade das edificações, especialmente, da Parte 1 (Requisitos Gerais), Parte 3 (Requisitos para os sistemas de piso) e Parte 5 (Requisitos para os sistemas de cobertura); • Discutir e demonstrar a importância da adequação do projeto de impermeabilização frente a NBR 15575 e de sua compatibilização com os demais projetos que compõem a obra.

Justificativa A edificação de qualidade está intrinsicamente ligada à prevenção de problemas patológicos na construção civil, os quais estão, em muitos casos, relacionados às falhas na impermeabilização, como consequência da falta de um projeto de impermeabilização, da qualificação de mão de obra e da inadequação de sistemas adotados. Visto a importância do planejamento da impermeabilização para a boa execução da construção e preservação da edificação, com o passar dos anos, se busca a definição da solução que melhor se adeque às necessidades da obra para o qual o projeto é destinado, promovendo uma redução de custos. O presente trabalho justifica–se, portanto, devido à grande relevância da impermeabilização para o processo de construção e da necessidade de se estabelecer a concepção eficiente dos projetos, principalmente, perante ao cumprimento de exigências e requisitos das normas técnicas, especialmente da NBR 15.

Uma vez que, muitos profissionais do ramo possuem um conhecimento precário e deficiente, que tende a favorecer a instalação de sistemas inadequados e o surgimento de patologias construtivas. Segundo Siqueira (2018), em regiões de climas úmidos e com regimes de chuvas mais intensos, a conservação de construções é considerada mais difícil. Já Soares (2014) relata que, a umidade nos ambientes e/ou em uma edificação pode ser provocada por vários fatores, levando em consideração sua presença em diferentes estados. Desta forma, a Figura 1 demonstra os tipos de atuação (ação) da água em determinadas edificações. A ação da água pode ocorrer por meio da umidade do solo (lençol freático, vazamentos de tubulações subterrâneas e umidade natural), umidade da atmosfera (chuvas, outras intempéries e condensação), umidade vinda de obras vizinhas (desnível com a rua ou outras obras, falta de drenagem superficial e proximidade com estruturas) e umidade da própria construção (vazamentos, infiltrações, falta de ventilação e de insolação, capilaridade dos materiais e falhas de projeto) (FERNANDES; ESTANISLAU; MENDES, 2019).

Figura 1 – Mecanismo de atuação da água em edificações Fonte: Soares (2014, p. Sendo assim, é resultante do mau uso de materiais ao inicio da obra e, também, da má seleção e armazenamento destes (SILVA JÚNIOR; LEAL JÚNIOR, 2018). De acordo com Soares (2014), este tipo de umidade pode vir a gerar anomalias localizadas ou ainda, generalizadas, promovendo, em grande parte, o aparecimento de manchas de umidade até a expansão e destacamento de materiais. Umidade ascensional A umidade ascensional, ou também nomeada como umidade por capilaridade, é caracterizada pela presença de água no solo (solo úmido), que pode ter como origem o lençol freático ou a água contida no próprio terreno, devido fenômenos sazonais (RIGHI, 2009). A umidade, como relata Siqueira (2018), ocorre através de uma ação nomeada como capilaridade, no qual pequenos vasos capilares, espaços ou poros permitem que a água suba, até que haja equilíbrio com a força da gravidade, como demonstra a Figura 3.

Figura 3 – Água ascendendo por capilaridade em uma parede de alvenaria Fonte: Barbosa (2018, p. Este tipo de umidade é, quase sempre, percebido apenas quando se encontra já em um estado grave, uma vez que, os vazamentos de redes de água e esgoto são de difícil identificação, devido as tubulações se encontrarem escondidas pela construção (SIQUEIRA, 2018). A probabilidade de ocorrência deste tipo de umidade depende diretamente da ausência de manutenção (BARBOSA, 2018). Já Silva Júnior e Leal Júnior (2018) complementam que, esta umidade é de grande frequência nas construções, tanto pela falta de capacitação dos profissionais responsáveis pela instalação destes elementos hidrossanitários, como, também, pela ausência de medidas periódicas de manutenção. Impermeabilização Segundo Soares (2014), em razão das diferentes formas de atuação e dos efeitos negativos que a umidade propõe sobre as construções, torna-se fundamental a busca, bem como a implantação de medidas que possam estabelecer a proteção da edificação e, consequentemente, favorecer uma maior durabilidade e desempenho, adequado as necessidades do usuário.

Uma vez que, a água constitui um dos agentes mais agressivos para as estruturas e pode estar em constante contato com a construção. Uma vez que, evita a ocorrência de processos de degradação, resultante da presença de agentes agressivos, como a água, a umidade e os vapores (CRUZ, 2003). Com a finalidade de estabelecer a proteção e a estanqueidade nas edificações, a impermeabilização corresponde um método considerado eficiente, devendo aplicado em um ou mais elementos de uma obra, que estejam propensos a ações de intempéries. Onde os materiais da construção civil estão sujeitos a sofrer deterioração ou degradação, por se encontrarem dispostos à uma atmosfera agressiva (LONZETTI, 2010). Sendo assim, a impermeabilização constitui uma técnica essencial para a vida útil (durabilidade) das edificações, sobretudo no que diz respeito ao fluxo indesejável de água, fluídos e vapores, sendo possível contê-los ou escoá-los para a área externa do local que se necessita proteger (SANTOS, 2010).

O que evita, também, o aparecimento de goteiras, manchas, mofos, oxidações, eflorescência e criptoflorescência (CASA DA ÁGUA, 2014). Porém, está porcentagem de 3% corresponde ao custo da impermeabilização no início da obra/construção da edificação, de forma que, se está técnica não é aplicada nesta etapa, o custo pode-se tornar oneroso, podendo chegar a 10% do valor total da obra (GUARIZO, 2008). A execução ideal do processo de impermeabilização deve ser estabelecida durante obra da construção civil, por ser considerada mais econômica, eficiente e de fácil aplicação, ao contrário da implantação do sistema impermeabilizantes após a obra concluída, quando surgem inevitáveis problemas de umidade, que tornam ambientes insalubres e com certo aspecto desagradável (RIGHI, 2009).

Componentes do Sistema de Impermeabilização Os sistemas de impermeabilização podem variar de acordo com materiais e as técnicas de aplicação, podendo apresentar diferentes concepções e funções (PLÁ, 2010). De forma que, cada sistema possui suas particularidades e características específicas, quando aplicados ao local que se deseja impermeabilizar (ARANTES, 2007). Segundo Silva Júnior e Leal Júnior (2018) um sistema impermeabilizante é composto, geralmente), por um conjunto de camadas sobrepostas sucessivas, como demonstra a Figura 5, de modo que, cada camada possui funções especificas e devem ser dimensionadas, assim como aplicadas com a finalidade de garantir a eficiência e, portanto, estabelecer o estanque da estrutura. Figura 6 – Camada de base ou substrato Fonte: Silva Júnior e Leal Júnior (2018, p. Já com base em Arantes (2007), a camada de base deve resistir aos efeitos dos movimentos de dilatação e retração, ocasionado, geralmente, por variações térmicas.

Além disso, há exigências em função do grau de fissuração, deformabilidade (VIEIRA, 2008). Camada Reguladora e Berço A camada de regularização tem por função regular o substrato (a ser impermeabilizado) e assim, promover uma superfície uniforme e de apoio, adequada a aplicação da camada impermeável. Está superfície deve estar livre de protuberâncias e sua textura deve ser compatível com a escolha do sistema de impermeabilização (SOARES, 2014). Esta barreira pode apresentar diferentes composições de acordo com o tipo de sistema a ser utilizado (ABNT, 2010). Segundo Silva Júnior e Leal Júnior (2018) esta camada tem por objetivo resistir às pressões hidrostáticas, de percolação, coluna d’água e umidade de solo. Figura 9 – Camada impermeabilizante Fonte: Silva Júnior e Leal Júnior (2018, p.

A camada impermeável é, portanto, responsável por obstruir a passagem de água e conferir a propriedade de estanqueidade ao sistema de impermeabilização, além disso, é composta por materiais impermeáveis, sendo obtida pela aplicação de uma ou várias camadas (STAHLBERG, 2010). Desta forma, pode ser definida como a camada que garante a estanqueidade e, consequentemente, a vedação horizontal, independentemente de ser composta por uma ou mais camadas de materiais impermeabilizantes (SOUZA; PASCOAL; BOASQUIVES, 2011). Os quais dependendo da demanda do consumidor, podem ser projetados segundo custo mais adequado (SCHLAEPFER; CUNHA, 2001). Quadro 1 – Classificação dos sistemas de impermeabilização Classificação Sistema de Impermeabilização Quanto a pressão d’água e direção do fluxo a ser contido Água de percolação Água sob pressão Umidade do solo Quanto à flexibilidade Rígidos Flexíveis Quanto à aderência Aderido Semi-aderido Flutuante Quanto ao material Asfálticos Cimentícios Poliméricos Fonte: Adaptado de Moraes (2002, p.

Em relação a pressão d’água e a direção do fluxo, os sistemas que atuam contra estas forças, podem ser divididos em: água de percolação, água sob pressão e umidade do solo. Na categoria “água de percolação”, o sistema opera contra o fluido que escorre e atua sobre as superfícies, não exercendo pressão hidrostática superior a 1 kPa. A água sob pressão, é que se encontra confinada ou não, exercendo uma pressão hidrostática superior 1kPa. É um sistema aplicável a estruturas sujeitas a variações térmicas diferenciais ou até grandes vibrações, cargas (dinâmicas), recalques e forte exposição solar. Podem ser empregados em terraços, lajes, reatores de usinas nucleares, piscinas ou jardins suspensos, calhas de grandes dimensões, coberturas e entre outras (MORAES, 2002).

Desta forma, a impermeabilização flexível conta com materiais e produtos aplicáveis nos elementos estruturais sujeitos à fissuração e, portanto, em estruturas sujeitas a movimentação. O sistema é subdividido em duas técnicas, com base no tipo de material utilizado, sendo: i) produto moldado no local ou no canteiro de obras (uso de membranas); ii) produto pré-fabricado (uso de mantas) (SOARES, 2014). Siqueira (2018) ilustra a aplicação e a indicação de cada tipo de sistema impermeabilizante, como aponta o Quadro 2, que aborda sobre a situação problema, a ação dos agentes, os exemplos típicos e solução adequada. Gráfico 2 – Origem das falhas do sistema de impermeabilização Fonte: Rodrigues e Mendes (2017, p. Silva Junior e Leal Junior (2018) complementam que na impermeabilização há muitas situações de má execução e planejamento, devido à falta de capacitação de profissionais ou do pouco domínio sobre o assunto, o que facilita o surgimento de patologias.

Já segundo Rodrigues, Sobrinho Júnior e Lima (2016) as principais falhas ocasionadas nos sistemas de impermeabilização estão associadas a: projetos incompletos ou sem especificação adequada; incompatibilidade com outros projetos (arquitetônico, estrutural e hidrossanitário); conflitos entre os distintos projetos; falta de coordenação; erros na especificação de materiais; falta de detalhamento no projeto; previsão de caimentos insuficientes em pisos molháveis; planejamento e execução inadequada; falta de padronização, entre outros. Silva Júnior e Leal Júnior (2018) apontam outros dados e relatam que as falhas da impermeabilização estão associadas ao projeto (48%), execução (43%), utilização (8%) e materiais (6%). Com base nos mesmos autores, a natureza das falhas na impermeabilização associa-se a: umidade (50%), deslocamento (15%), fissuração (15%), instalação (10%) e diversos (20%). Além disso, a água pode contribuir para a formação de bolor e/ou mofo, que representa a patologia fruto da colonização de diversas populações de fungos filamentosos sobre o substrato da estrutura, ocasionando o aparecimento de manchas escuras em tonalidades: preta, marrom e verde.

O fenômeno de eflorescência, também presente nos sistemas impermeabilizantes, constitui formações salinas que ocorrem, geralmente, nas superfícies das paredes, trazidas de seu interior pela umidade (ARIVABENE, 2015). Projeto de Impermeabilização De acordo com Siqueira (2018) o projeto de impermeabilização de uma edificação constitui um fator determinante para proteção e longa duração da mesma (SIQUEIRA, 2018). Desta forma, a primeira etapa para a aplicação do sistema impermeabilizante em um elemento estrutural corresponde a elaboração de um projeto específico, que deve ser desenvolvido e compatibilizado em conjunto aos projetos de arquitetura (projeto básico e executivo), estrutural, hidráulico-sanitário, elétrico, revestimento, paisagismo, entre outros, de modo que sejam previstas as especificações ideais (tipologia, dimensões, solicitações de cargas, ensaios e detalhes construtivos do sistema), como determina a NBR 9575 (PLÁ, 2010).

A compatibilização entre os projetos é fundamental para que o sistema impermeabilizante não sofra ou provoque interferências (RIGHI, 2009). Tomaz e Silva (2015) complementa que o projeto deve ser elaborado com base na análise das características específicas de cada parte da obra a ser impermeabilizada e do microclima local, uma vez que, para uma mesma edificação podem ser implantados diferentes tipos e métodos de impermeabilização. E seguir diretrizes como: atender aos requisitos e exigências de desempenho; racionalização construtiva; adequação do sistema aos demais elementos ou componentes da estrutura; custo compatível; e durabilidade (SABBATINI, 2006). Outros parâmetros como facilidade de execução e produtividade devem ser levados em consideração. MORAES, 2002). Existe uma grande diversidade de materiais impermeabilizantes, que apresentam características especificas, podendo variar entre padrões de qualidade, desempenho, origem e/ou método de aplicação.

Este projeto deve reunir o máximo de informações que permitam a adequada impermeabilização da obra e é obrigatório para edificações multifamiliares, comerciais e mistas, industriais, bem como para túneis, barragens e obras de arte (SIQUEIRA, 2018). Quadro 3 - Fases do projeto de impermeabilização Fonte: Ferreira (2018, p. Enquanto que o projeto executivo, determina e especifica todos os sistemas impermeabilizantes a serem aplicados na construção, os materiais e suas camadas, os métodos de execução e de segurança do trabalho, os detalhes construtivos, planilha quantitativa de materiais e serviços, e planilha de descrição de ensaios de campo e tecnológicos (SIQUEIRA, 2018). Com base na NBR 9575:2010 o projeto executivo deve conter desenhos (detalhamentos construtivos, plantas de identificação e localização) e textos (memorial descritivo das camadas, dos materiais e das etapas de execução, metodologia para controle e inspeção dos serviços).

Especificações da NBR 15575 – Edificações habitacionais Os projetos de impermeabilização são fundamentais para a garantia da durabilidade, qualidade e proteção estrutural das construções, devendo, segundo o autor Siqueira (2018), estar de acordo com as normas direcionadas aos sistemas impermeabilizantes. Já no caso de áreas molháveis, o critério de estanqueidade não pode ser aplicável, de forma que, o sistema impermeabilizante deve impedir a passagem da umidade para os outros elementos construtivos da habitação e o surgimento de umidade nos pisos, assim como favorecer que a superfície inferior e os encontros com as paredes e pisos adjacentes permaneçam secos (ABNT, 2013). A parte 5 direcionada aos requisitos para sistemas de coberturas, determina que para o bom e adequado desempenho da estrutura, o ambiente deve ser estanque à água da chuva, para evitar a formação de umidade, bem como evitar a proliferação de insetos e microrganismos.

De modo que, o sistema impermeabilizante não pode permitir a infiltração de água que acarrete escorrimento, gotejamento de água ou gotas aderentes. Permite-se o aparecimento de manchas de umidade, desde que restritas a no máximo 35 % da área das telhas (ABNT, 2013). Nas aberturas e saídas de ventilação, também deve haver estanqueidade, uma vez que, não pode ocorrer infiltrações ou gotejamentos nas regiões das aberturas, que constituem entradas/saídas de ar ou componentes de ventilação. Na etapa de análise das informações, estas foram submetidas a avaliação, de forma a identificar se os dados encontrados estão corretos e se correspondem à realidade, buscando apresentar um trabalho de qualidade. Por fim, na última etapa, foram reunidas as principais e mais relevantes informações obtidas, de modo a apresenta-las de forma clara e coerente, para um melhor entendimento do leitor.

A busca nas plataformas levou em consideração critérios de temporalidade e tema. Foram coletados trabalhos publicados nos últimos 20 anos, com a finalidade de obter informações teóricas e de qualidade a respeito do assunto. Para isso, as palavras-chaves utilizadas na busca, compreendem a: Impermeabilização; Sistema impermeabilizante; Infiltração; Manifestações patológicas; Mofo; entre outras. Uma vez que, o sistema não possui a capacidade adequada de vedar a habitação conta a ação da água, permitindo sua penetração e assim, a fixação da umidade. Caso o projeto venha a cumprir os requisitos das normas e, principalmente, da NBR 15575, que prevê a obrigatoriedade da impermeabilização para a prevenção de infiltração da água da chuva, umidade do solo e da edificação, e que cita áreas específicas onde devem existir proteções em prol a estanqueidade (especialmente pisos e coberturas), o sistema impermeabilizante tende a ser projetado de forma adequada.

De modo assim, a impedir a penetração da água nos materiais construtivos e, consequentemente, na estrutura, e assim, propor uma maior vida útil à habitação, bem como uma melhor segurança, bem-estar e qualidade de vida ao usuário, que constitui um requisito fundamental. Um projeto adequado de impermeabilização tende a reduzir a necessidade de práticas de manutenção e/ou corretivas, uma vez que, propõe maior proteção à resistência e qualidade da estrutura. O que evita, em grande parte, a necessidade de custos futuros, a perda de materiais construtivos e, consequentemente, desperdícios. A compatibilização do projeto de impermeabilização com outros da obra e o cumprimento dos requisitos da NBR 15575, tende a favorecer a elaboração de um projeto adequado, capaz de atuar na proteção estrutural da edificação e assim, impedir a penetração da água, umidade e vapores nos materiais construtivos, propondo uma maior durabilidade à habitação.

Um projeto que vise se adequar a NBR 15575 é capaz de propor ganhos construtivos (melhor qualidade, durabilidade, resistência, eficiência e condições sanitárias), econômicos (redução de custos de manutenção e/ou correção, de perdas e desperdícios) e sociais (melhoria da qualidade de vida, garantia da saúde e segurança, tanto física, quanto mental dos usuários). Tende a permitir, portanto, a implantação de sistemas de impermeabilização corretos, desde a escolha do sistema à dos materiais, da mão-de-obra e do método de execução a ser empregado. E assim, garantir a proteção da edificação no meio e perante a ação destes agentes nocivos. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Monografia (Especialização em Construção Civil).

Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais. Minas Gerais, 2007. ARIVABENE, A. C. Rio de Janeiro, 2018. CASA DA ÁGUA. Palestra - Sistemas de Impermeabilização. f. Disponível em: <http://www. Porto Alegre, 2003. FERNANDES, M. A. ESTANISLAU, N. B. FERREIRA, D. C. B. Diretrizes para elaboração de projeto de impermeabilização. f. pdf>. Acesso em: 03 de setembro de 2020. GUARIZO, E. A. Impermeabilização Flexível. IBI, Instituto Brasileiro de Impermeabilização - (ed. O que é impermeabilização? 2017. Disponível em: <https://ibibrasil. org. br/2017/10/17/o-que-e-impermeabilizacao/>. f. Dissertação (Mestrado em Estruturas e Construção Civil). Universidade de Brasília. Brasília, 2009. LONZETTI, F. n. p. MICHELS, A. C. FAISCA NETO, Z. Impermeabilização em lajes de cobertura: levantamento dos principais fatores envolvidos na ocorrência de problemas na cidade de Porto Alegre.

f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002. PLÁ, C. F. V. Estudo dos sistemas de impermeabilização: patologias, prevenções e correções – Análise de casos. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil). Universidade Federal de Santa Maria. Tubarão, 2017. RODRIGUES; R. M. SOBRINHO JÚNIOR, A. S. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2006. SANTOS, C. B. dos. Rio de Janeiro: Sika do Brasil S/A, 2001. SILVA JÚNIOR, A. J. LEAL JÚNIOR, V. A importância do projeto de impermeabilização para redução de manifestações patológicas. F. A importância do Projeto de Impermeabilização em Obras de Construção Civil. f. Monografia (Graduação em Engenharia Civil). Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Monografia (Graduação em Engenharia Civil). Universidade Vale do Rio Doce. Govenador Valadares, 2011. STAHLBERG, F. L. Análise da impermeabilização em edificações. f. Artigo (Graduação em Engenharia Civil). Fundação Educacional de Guaxupé. Guaxupé, 2015. S. Análise comparativa de sistema de impermeabilização incorporando como estruturante fibras de sisal e de poliéster. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil). Universidade Federal Fluminense.

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