A importância do ensino de História para a formação de cidadãos conscientes da sua própria realidade e da sua capacidade como agentes transformadores do meio em que vivem

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:História

Documento 1

É nesse período também que são desenvolvidas as características básicas e permanentes dos indivíduos, como a sua personalidade, seu conhecimento intelectual e seu caráter. É também através da História que o aluno será capaz de compreender como se deu a formação da sua realidade e como os fatos passados podem interferir na sua condição social, cultural e nas suas relações interpessoais atuais. Proporcionando esse tipo de conhecimento ao estudante é possível se desvencilhar da prática pedagógica tradicional, em que apenas fatos isolados do passado são apresentados, retratando grandes acontecimentos como se não possuíssem consequências para os dias de hoje e perpetuando a desmotivação estudantil pelo conhecimento histórico. É dever, portanto, dos professores de História, apresentarem os conceitos que buscam ensinar de forma a fazer com que o aluno possa se apropriar do conhecimento compreendendo a sua própria realidade, ao invés de apenas preparar os alunos para ingressarem no ensino superior.

É necessário ajudar a construir cidadãos capazes de exercer seu papel na sociedade de forma crítica e consciente. Essa informação pode ser constatada ao analisarmos, por exemplo, os Indicadores Financeiros Educacionais, dados colhidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pelo Ministério da Educação (MEC) de 2000 à 2014 que mostram que apenas 6,1% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país é destinado à educação, dividindo-se entre ensino infantil, fundamental, médio e superior. Além das informações supracitadas, deve-se levar em conta o fato de que durante diversos momentos da História recente do país disciplinas como as supracitadas e, ainda, alguns conteúdos abordados durante as aulas de Geografia, foram removidas da grade curricular para suprir necessidades e interesses políticos dos governos vigentes.

Um bom exemplo para ilustrar essa situação foi o período vivenciado do ano de 1964 até o ano de 1985, conhecido como Ditadura Civil-Militar Brasileira, em que essas matérias perderam a obrigatoriedade e foram substituídas por outras, como “Moral e Cívica” e “Estudos Sociais” (CHIAVENATO, 1994). Retornando para o ensino de História atual, precisamos ainda analisar a forma como ele tem sido ministrado e como há uma tendência de que cada vez mais os professores se preocupem em relacionar o saber histórico acadêmico e as experiências do estudante. Atualmente, preza-se para que o aluno tenha plena capacidade de não apenas decorar o conteúdo recebido em aula, mas absorvê-lo e a partir dele ser capaz de decifrar outros conhecimentos e, também, de produzi-los.

REFERÊNCIAS ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia Geral e Brasil. ª ed. São Paulo: Moderna, 2006. BITTENCOURT, Circe (org. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000. CHIAVENATO, Júlio José. O Golpe de 64 e a Ditadura Militar. São Paulo. Ed. br/indicadores-financeiros-educacionais. Acesso: nov. FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Pratica de Ensino de História. ª Ed. GONÇALVES, Nadia Gaiofatto. Fundamentos Históricos e Filosóficos da Educação Brasileira. Curitiba: IBPEX, 2005. HOBSBAWN, E. A Era dos Impérios (1875-1914). de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Ed. – Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2011. LE GOFF, J. Memória e História. SAVIANI, D. Escola e Democracia Teorias da Educação, Curvatura da Vara, Onze Teses sobre Educação e Política.

ª Ed. revisada. Campinas: Autores Associados, 2008. A formação do professor de história e o cotidiano da sala de aula. In: BITTENCOURT, Circe (org. O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1998. SUCUPIRA, N. Editora Vozes – 22ª Ed. Petrópolis RJ, 1999. VIGOTSKI, Lev Semenovich.  A Formação Social da Mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. Tradução José Cipolla Neto, Luís Silveira Menna Barreto e Solange Castro Afeche.

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