A importância de Piaget no processo de alfabetização no ensino escolar

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Geografia

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Na fase sensório motor, o desenvolvimento se dá pelos mecanismos de reflexos primários e sensações, a criança descobre e interage com o mundo pelo tato e pelo paladar. Na fase pré-operatória a criança começa a elaborar compreensões simbólicas, relacionando símbolos a seus significados e significantes. Na fase operatório concreto, o pensamento lógico começa a ser formulado em suporte pela representação concreta, de modo a compreender o estabelecimento de regras. E na fase operatório formal formula-se o raciocínio abstrato, dedutivo e hipotético (BARBOSA, 2015). Nessa acepção, Papalia e Feldman (2013) destacam que a teoria dos estágios cognitivos de Piaget propõe que o desenvolvimento e crescimento cognitivo passam por três processos inter-relacionados, que são eles: a organização, a adaptação e a equilibração.

E é neste momento, que a criança se insere no processo de letramento e alfabetização. Nessa fase, o sujeito faz grande uso do pensamento simbólico, começa a compreender identidade e natureza das coisas, entende relações de causa e efeito, desenvolve capacidade de classificação das coisas em grupos, compreende a observação de quantidades, desenvolve o senso de empatia e tornam-se mais conscientes de seus atos (PAPALIA; FELDMAN, 2013). Desse modo, levando em consideração o entendimento do construtivismo no desenvolvimento humano proposto por Piaget, Barbosa (2015) ressalta que o educador alfabetizador, deve criar desafios estimulantes para os alunos de acordo com suas especificidades, e da fase em que ele está. Ponderando, acerca daquilo que faz sentido para ele, e observando também o ambiente no qual serão desenvolvidas as atividades de alfabetização, uma vez que para Piaget é de extrema relevância a interação entre sujeito e objeto.

Segundo Piaget (1999) nesta fase do desenvolvimento, a criança é impactada por profundas mudanças nos eixos social, afetivo e intelectual e essencialmente essas mudanças se relacionam com seu aspecto cognitivo da linguagem. Portanto, a proposta da autora se define como um processo de alfabetização conceitual, ancorada tanto na Epistemologia Genética de Piaget quanto da Psicolingüística de Chomsky (MELLO, 2007). Segundo Araujo (2018) a alfabetização é um processo complicado onde a aprendizagem da leitura e escrita ocorre de forma intermitente, pois aprender a ler implica na formulação de sentidos. Assim, pela ótica construtivista a criança deve ser estimulada em seu processo de aprendizagem para desenvolver a imaginação, a motivação e o prazer pela relação com o objeto e nesse cenário, o professor se caracteriza como mediador na democratização entre o saber e o conhecimento.

Na perspectiva de Niemann e Brandoli (2012) a relação entre os pressupostos epistemológicos da teoria construtivista proposta por Piaget e a educação da alfabetização, se dá principalmente pelo fato de que a teoria prevê o processo de aprendizado e conhecimento na relação entre o sujeito e o conteúdo e não pela escola como transmissora do conhecimento. Assim, a condição de complementariedade entre aluno, objeto e mediação do professor, condicionam a um desenvolvimento da constituição do conhecimento. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ed. v. p. Maio de 2018. F. A influência de Piaget na alfabetização. In: Web artigos [online], 2017. Disponível em: https://www. webartigos. MIRANDA, M. I. Epistemologia genética, alfabetização e letramento. Educ. e Filos. NUNES, T.

Construtivismo e alfabetização: Um balanço crítico. Educ. Rev. Belo Horizonte, v. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999.

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