A importancia das atividades lúdicas no desenvolvimento da criança na visão psicopedagogica

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Assim, por meio de uma revisão de literatura recente, foi possível traçar considerações referentes à caracterização do desenvolvimento infantil e a importância da ludicidade como estratégia para um desenvolvimento holístico e saudável, podendo ainda ser utilizado pelo psicopedagogo como recurso nos processos de avaliação e intervenção em casos de dificuldade de aprendizagem. Assim, levando a conclusão de que as atividades lúdicas são promotoras de múltiplos benefícios, nas mais variadas instâncias, contemplando aspectos fisiológicos, comportamentais, emotivos, afetivos e sociais. Palavras chave: Desenvolvimento infantil. Psicopedagogo. Lúdico. O contexto da ludicidade é apontado por Maluf (2013) como uma prática que promove naturalmente a aquisição de conhecimento e desenvolvimento de habilidades através do jogo e do brincar, visto que, este ocorre por meio da experiência que é plenamente vivenciada propiciando o prazer pelo simbolismo e as regras experimentadas, que por sua vez, são conduzidas pelo entusiasmo, o envolvimento e a motivação das atividades lúdicas.

Desse modo, o presente estudo buscou compreender por meio de uma revisão de literatura recente, acerca da importância das atividades lúdicas para o desenvolvimento infantil pelo viés do psicopedagogo. Para tanto, se tornou imprescindível apresentar os aspectos gerais acerca dos principais fundamento e elementos do desenvolvimento humano na infância, discutir sobre o lúdico como instrumento de aprendizagem e desenvolvimento e assim, refletir a respeito das atividades lúdicas como instrumento de trabalho do psicopedagogo. Dentre os principais elementos motivadores para escolha deste tema, se destaca a experiência pessoal desta autora (. COLOQUE AQUI ALGUMA EXPERIENCIA PESSOAL DE TRABALHO QUE SE RELACIONE COM ESS TEMA) Os problemas de aprendizagem nas escolas brasileiras são uma demanda que exige um olhar urgente, posto que, estudos recentes apontam uma média de 30% a 50% de crianças com mau desempenho nos seis primeiros anos de escolaridade e de 15% a 20% na fase escolar posterior (SIQUEIRA; GURGEL-GIANNETTI, 2011).

Na perspectiva interacionista, Vygotski (1991) propõem que o desenvolvimento infantil seja dividido em três aspectos. O primeiro diz respeito ao aspecto instrumental, onde acontece à mediação das funções psicológicas complexas, assim além de responder o estímulo ambiental, o sujeito também o altera. O segundo é o aspecto cultural, nesse tocante está o modo como a sociedade impele conhecimento e desenvolvimento, aqui se destaca o elemento da linguagem e do pensamento. E finalmente, o terceiro aspecto, o histórico, que nada mais é a relação da humanidade e seu legado para construção subjetiva do sujeito, e nesse ponto há uma conexão com o aspecto cultural. Segundo Traille, Oliveira e Dantas (2019) para o psicólogo Henri Wallon o ser humano perpassa basicamente por cinco estágios de desenvolvimento, sendo eles: estágio 1 Impulsivo (0-3 meses) emocional, acontece de 3 meses a 1 ano, nessa fase tudo está em projeto de construção inicial, os movimentos são desorganizados e a predominância consiste no afeto, quando a criança começa a estabelecer suas primeiras relações com o outro e com o mundo.

Formam-se as estruturas e os órgãos corporais básicos: inicia-se o surto de crescimento do cérebro. O crescimento físico é o mais acelerado do ciclo de vida. É grande a vulnerabilidade às influências ambientais. Desenvolvem-se capacidades de aprender e lembrar, bem como as de responder aos estímulos sensoriais. O feto responde à voz da mãe e desenvolve preferência por ela. Segunda infância (3 aos 6 anos) O crescimento é constante; a aparência torna-se mais esguia e as proporções mais parecidas com as de um adulto. O apetite diminui e são comuns os distúrbios do sono. Surge a preferência pelo uso de uma das mãos; aprimoram-se as habilidades motoras finas e gerais e aumenta a força física. O pensamento é um tanto egocêntrico, mas aumenta a compreensão do ponto de vista dos outros.

A imaturidade cognitiva resulta em algumas ideias ilógicas sobre o mundo. A força física e as habilidades atléticas aumentam. São comuns as doenças respiratórias, mas de um modo geral a saúde é melhor do que em qualquer outra fase do ciclo de vida. Diminui o egocentrismo. As crianças começam a pensar com lógica, porém concretamente. As habilidades de memória e linguagem aumentam. De acordo com Arruda e Silva (2019) o lúdico tem origem do latim “ludus”, que em primeira instância associa-se ao significado de brincar e nesse sentido, a brincadeira oportuniza o desenvolvimento e crescimento do sujeito em sua subjetividade e não obstante, em seu progresso na coletividade. Portanto, a ludicidade se constitui como uma necessidade humana independentemente da fase de vida do sujeito.

Nesse aspecto, é importante frisar que o lúdico associa-se ao sentido do brincar e que preliminarmente, promover o processo de ensino e aprendizagem por meio do lúdico condiz com o estabelecimento de mecanismos de apropriação de conhecimento de forma criativa e autônoma, haja vista que, em termos gerais o conteúdo lúdico propicia desenvolvimento global, promovendo benefícios nos âmbitos físico, intelectual, emotivo e social (SANTOS, 2016). Para Modesto e Rubio (2014) alguns educadores ainda se limitam no uso das ferramentas lúdicas em suas metodologias de ensino, sobretudo, por desconhecerem a importância da ludicidade. Nesse aspecto, os autores salientam que o jogo como proposta metodológica de aprendizado, em suma é uma tarefa complexa, pois exige uma proposta direcionada e fundamentada assim, como o brincar que, via de regra, estabelece uma relação direta com o brinquedo, sendo este, um elemento simbólico de ligação direta com a intimidade e subjetividade de cada criança.

Assim, de acordo Sarto e Lazari (2019) a atuação do psicopedagogo se dá de forma interdisciplinar, uma vez que, há a necessidade de compreensão de outras áreas de conhecimento como a medicina (pediatria, neurologia), a psicologia, neurociência e a pedagogia. Apesar da construção de conhecimento da psicopedagogia ter se originado na Europa em meados da década de 1960, no Brasil os estudos só tomaram forma a partir da década de 1970, por meio de um curso de extensão da PUC/São Paulo, na década seguinte, em 1980 é criada a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) (ARRUDA; SILVA, 2019). Na premissa do código de ética do psicopedagogo segundo a Associação Brasileira de Psicopedagogia (20190, Art. º) as atividades devem se voltar para “os sujeitos e sistemas, a família, a escola, a sociedade e o contexto social, histórico e cultural”.

De modo que, a atividade psicopedagógico deve objetivar: Propor ações frente aos processos de aprendizagem e suas dificuldades; contribuir para os processos de inclusão escolar e social; realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia; mediar às relações interpessoais nos processos de aprendizagem com vistas à prevenção de dificuldades e/ou à resolução de conflitos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA, 2019 Art. E para exclusão, foram escolhidos os seguintes critérios: publicações em línguas estrangeiras; trabalhos que não estavam do período de publicação estabelecido; materiais duplicados ou incompletos. Vale salientar, que atendendo aos critérios, buscou-se material de interesse na base de dados do periódico eletrônico Scientific eletronic library online (SCIELO), Biblioteca virtual de saúde (BVS) e Google acadêmico.

De maneira que, a coleta de dados foi iniciada e finalizada no decorrer do mês de dezembro de 2020. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo visou abordar compreensões gerais acerca do lúdico como ferramenta na atuação do psicopedagogo. De modo que, por meio desta revisão de literatura foi possível realizar apontamentos sobre as principais características do desenvolvimento infantil, destacando a fundamental importância deste ciclo para todo o processo de desenvolvimento humano. n. Disponível em: http://revista. faculdadecuiaba. com. br/index. Acesso em: 26 dez. BARBOSA, P. M. R. O construtivismo e Jean Piaget. São Paulo: Atlas, 2008. GRATIOT-ALFANDÉRY, H. Henri Wallon. Fundação Joaquim Nabuco. Recife: Massangana, 2010. gov. br/index. php?option=com_docman&view=download&alias=13448-diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 26 dez. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.

RUBIO, J. de A. S. A importância da ludicidade na construção do conhecimento. Revista Eletrônica Saberes da Educação, v. FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. SATO, C. de T. LAZARI, H. G. Lúdico e psicopedagogia: contribuições no processo de ensino aprendizagem. v. n. p. SOUSA, M. N. br/editora/anais/conedu/2019/TRABALHO_EV127_MD1_SA9_ID1545_03102019123241. pdf. Acesso em: 26 dez. TRAILLE, Y. de L. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

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