A IMPORTANCIA DAS AÇÕES DO SESMT NAS EMPRESAS

Palavras-chave: Saúde e Segurança no Trabalho. Processos logísticos. Redução de custos. INTRODUÇÃO Com o crescimento do mercado de trabalho, alguns empresários e gestores estão tendo aumentos nos custos com encargos trabalhistas, pois, “infelizmente, são comuns acidentes de trabalho e afastamentos por problemas de saúde, ligados diretamente ao trabalho” (OLIVEIRA; VIEIRA; CREPALDI, 2012, p. E pesquisas indicam que, uma boa gestão da Segurança no Trabalho visa reduzir tais problemas e os riscos de acidentes, promovendo a saúde e proteção dos trabalhadores, melhorando também os resultados operacionais e a imagem das empresas, sobretudo daquelas do setor industrial. mas certamente, necessitam se empenhar em bons planejamentos, estratégias e métodos para alcançar bons resultados (OLIVEIRA; OLIVEIRA; ALMEIDA, 2010). Logo, um bom desempenho em Segurança e Saúde no Trabalho (SST) é decisivo para as organizações, já que visa reduzir os riscos de acidentes (OLIVEIRA; OLIVEIRA; ALMEIDA, 2010).

É nesse contexto que surge o Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) - o qual será discutido na seção seguinte -, e as Normas Regulamentadores (NRs), entre outras legislações, que visam proporcionar melhorias na qualidade de vida no trabalho e garantir a integridade física dos trabalhadores. ROCHA; CAMBRAIA; DONALD, 2012). As NRs são as mais conhecidas do setor de saúde e segurança do trabalho (SST) e foram criadas para se estabelecer um padrão legal a respeito da temática da SST. MTE, 2016). Além de evitar acidentes e doenças do trabalho. Pois sua interdisciplinaridade é um exemplo de modelo atual de Gestão administrativa de prevenção destes acontecimentos (PINHEIRO, HERTZBERG, 2012). Nas empresas, o SESMT é dimensionado com base nas determinações dessa NR-4, a partir do grau de risco da atividade principal da empresa e da quantidade total de empregados que ela possui.

O SESMT de cada empresa poderá ser constituído por técnico de segurança do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, médico do trabalho, enfermeiro do trabalho e auxiliar de enfermagem do trabalho. em seu art. acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. BRASIL, 1991, p.      E de acordo com a mesma Lei, o acidente de trajeto (que acontece entre a residência e o local de trabalho, e outros tipos de deslocamento a serviço da empresa) e as doenças ocupacionais equiparam-se a este conceito de acidente de trabalho pelos incisos do art.

para 578. No entanto, o único tipo de acidente que demonstrou alta foi o de trajeto (MINISTÉRIO DA FAZENDA, 2018). Apesar de tudo, o mesmo autor indica que um conjunto de seis atividades econômicas foi responsável por aproximadamente 25% do total de acidentes do trabalho registrados nesse período, dentre eles está o Comércio varejista de mercadorias em geral e o Transporte rodoviário de cargas, o qual subiu uma posição, já que em 2015 ele estava em sexto lugar. Isso só demonstra que ainda há muito que se fazer para reduzir a ocorrência destes acidentes, principalmente no setor de estudo desse projeto. Logo, um bom desempenho em Segurança e Saúde no Trabalho (SST) é decisivo para as organizações, já que visa reduzir os riscos de acidentes (OLIVEIRA; OLIVEIRA; ALMEIDA, 2010).

E a questão da redução de custos, para muitos gestores de empresas do setor industrial, torna-se normalmente uma questão rotineira, de ações conhecidas e padronizadas para melhorar a produção e também a prestação de serviços. OLIVEIRA, 2016). Logo, de acordo com o Sebrae (2016), empresas que tenham uma boa gestão de suas finanças são consideradas as mais competitivas no mercado, e as que conseguem bons resultados no que se refere à redução de custos. Contudo, vale ressaltar que, quando o foco é redução de custos, muitas empresas logo tomam ações mais imediatas, implementadas pelos gestores, comumente de forma desestruturada e inconsistente, como: a demissão de mão de obra, redução dos benefícios aos colaboradores, e também de treinamentos, eliminação de processos, redução dos investimentos em materiais de rotina, em equipamentos tecnologias e inovações, entre outras.

E essa prática nem sempre é o suficiente ou eficiente. FACTS, 2008) Sabe-se também que mesmo nos acidentes menos graves, onde o empregado se afasta por período temporário (inferior a quinze dias), o empregador fica sem a mão de obra desse funcionário, e deve arcar com os custos econômicos do acidente. OLIVEIRA; VIEIRA; CREPALDI, 2012). E que, além disso, existe um percentual, sob os acidentes, que as empresas devem arcar, conhecido como fator acidentário previdenciário (FAP). Trata-se de uma medida tributária, previdenciária e trabalhista adotada pelo governo a fim de aumentam as obrigações, a responsabilidade e o custo financeiro das organizações. No entanto, se olhada pelo lado positivo, pode ser usada como estratégia de incentivo para as empresas diminuírem o custo com acidentes e pelo oferecimento de condições mais apropriadas para seus funcionários.

“A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses” (p. E quando a pesquisa bibliográfica é realizada, examina brevemente todos os passos formais do trabalho científico (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007). Com relação à abordagem dessa pesquisa, este estudo tem caráter exploratório, e conforme Jung (2004, p. “tem por finalidade a descoberta de teorias e práticas que modificarão as existentes, a obtenção de alternativas ao conhecimento cientifico convalidado”. RESULTADOS E DISCUSSÕES Este Capítulo visa demonstrar, e até mesmo aprofundar a relação entre a segurança do trabalho e a redução de custos no setor logístico, pois sabe-se que normas regulamentadoras contribuem para auxiliar esse tipo de trabalho juntamente com os programas de prevenção de acidente (MONTEIRO, LIMA, SOUZA, 2005).

CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016). Além disso, o mesmo autor ressalta que os empresários estão, cada vez mais, preocupados com a segurança e a saúde no trabalho e com a qualidade de vida de seus colaboradores fazendo investimentos, também no sentido de reduzir gastos com taxas pagas ao governo, as quais variam de 1 a 3% sobre sua folha de pagamento, por outro lado, empresas que estiverem mais preocupada com a segurança de seus colaboradores, e obtiverem bons resultados, “desde que mantenham reduzidos os níveis de incidentes de trabalho, pagam taxas menores. Essa é uma forma de incentivar os empresários a investirem mais na segurança e saúde no ambiente de trabalho. CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016, p. Isso é bem verdade, pois uma pesquisa inédita realizada pelo Serviço Social da Indústria (SESI), com cerca de 500 empresas de médio e grande porte, mostra que elas vem reduzindo gastos, devido aos investimentos em SST, sendo que: [.

Os quais, de acordo com Chirmici e Oliveira (2016), são equipamentos de proteção coletiva (EPC) utilizados no ambiente laboral para proteção dos trabalhadores, e os equipamentos de proteção individual (EPI), destinado à proteção, especialmente individual, contra os riscos que ameaçam a sua segurança e a sua saúde do empregado. Logo, as práticas mais simples e eficazes dos SESMT estão relacionadas com a escolha adequada de EPIs, que no setor logístico se aplicam com protetores auriculares, capacetes, cintos, luvas, botas. E também a implementação de dispositivos de proteção coletiva, EPC, que reduzam ou eliminem a exposição a ruídos, iluminação inadequada, temperaturas extremas, etc. do setor logístico e também medida que evitem acidentes provocados por armazenamento inadequado.

Para Faurecia (2011, apud FAGUNDES JUNIOR, 2012), é nessa área que ocorrem os acidentes mais graves, pois é aí que se realizam as movimentações de materiais, com empilhadeiras comumente utilizadas nos processos de logística, e envolvendo a movimentação de cargas dentro das indústrias, desde o recebimento de materiais, sua movimentação dentro das diversas etapas do processo produtivo, até sua expedição. Não há como discordar da contribuição e necessidade do conhecimento acerca dessa temática, considerando o crescente campo de atuação. Fica evidente que a integração da Saúde e Segurança no Trabalho no processo logístico também condiz com os pré-requisitos de todos os gestores responsáveis pelo melhor desempenho nas organizações, do mesmo modo que as práticas administrativas devem possuir uma consciência que vise a melhor qualidade de vida aos trabalhadores e maior rentabilidade.

MONTEIRO, LIMA, SOUZA) Como foi possível perceber, o SESMT e as ações de segurança no trabalho promovidas por ele, devem ser valorizados e trarão benefícios, dos mais variados tipos, conforme mostrado nesse estudo, para alcançar bons resultados para a empresa no que se refere à qualidade de vida dos trabalhadores e redução de custos com os problemas relativos ao tema. Obviamente que as práticas de SST devem ser encaradas como um investimento e não como um custo pesado. Pois garantir a segurança dos seus colaboradores é ter a certeza de estar fazendo algo certo e bom para as pessoas e, plausível de retorno positivo, envolvendo gratificação e lucratividade. Disponível em: <http://www. atlasmedicina. com. br/site/artigos/acidente_do_trabalho. php>.

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