A importância da profissão do tradutor

Tipo de documento:Resenha

Área de estudo:Religião

Documento 1

Resenha: Uma interpretação das relações entre filosofia e teologia a partir da hermenêutica. Elton Vitoriano Ribeiro apresenta nesse artigo, um percurso de interpretação das relações entre a filosofia e teologia a partir da hermenêutica, aprofundando a questão hermenêutica e sua relação com a teologia. Apresenta a teologia hermenêutica ao mistério de Deus em nossas vidas e a hermenêutica como mistagogia. Segundo o autor, para a compreensão da fé cristã, é essencial a interpretação. Por isso, quando tratamos da relação entre filosofia e a teologia, o artigo discute a teologia católica como fundamento na filosofia, necessário para a reflexão teológica. No início do século XIX, Schleiermacher trabalhou a ideia de uma hermenêutica universal.

Ele trabalha a hermenêutica como uma disciplina que estabelece regras que permitem a compreensão objetiva de quaisquer pensamentos postos ao entendimento através de palavras. Schleiermacher é considerado pai da hermenêutica moderna, pois trata das possibilidades de compreensão objetiva. A interpretação, segundo Schleiermacher, deve evitar o excesso da interpretação gramatical que leva ao pedantismo, e o excesso da interpretação psicológica que leva à nebulosidade. Na construção reflexiva de Schleiermacher existe o elemento crítico de busca de superação de todo mal-entendido, e o elemento romântico, do desejo de compreender o autor melhor do que ele compreendeu a si mesmo. Gadamer, buscando entender as questões anteriores, sustenta a tese de que a possibilidade de compreensão depende da situação hermenêutica, do horizonte histórico em que encontra o sujeito que se põe a compreender.

Por isso, na visão de Gadamer, a hermenêutica não deve ser vista como um discurso sobre métodos de conhecimento objetivo. Devido a isso, ele não precisa se preocupar com os problemas da formulação de princípios interpretativos corretos. Desta forma, o problema da hermenêutica fica relativo à própria existência humana. Assim, a vinculação com a história é resgatada através do fenômeno da compreensão, ou seja, toda compreensão é historicamente situada. Mas nesta circularidade de compreensão entre o horizonte daquele que compreende com o em que adveio o objeto temos um tipo de fusão de horizontes. Assim, a compreensão acontece no momento em que há uma interação entre o mundo conhecido e o mundo que se propõe a conhecer.

E, por isso, é através da mediação que pode se alcançar a verdade. Iniciando sobre a parte de interfaces entre hermenêutica e teologia, é explicado todo o objetivo das argumentações anteriores; buscava explicar que o ser humano é um ser de linguagem. E como é um ser de linguagem, o ser humano é um interprete, faz hermenêutica. Desde modo, a razão teológica como razão hermenêutica terá que superar o apego à razão especulativa e buscar a aproximação à compreensão histórica, pois não é só o que vemos que serve de estudo. Portanto, fazer teologia é ter como ponto de partida um texto vinculado à tradição e a linguagem, um horizonte de interpretação e a uma cultura. O objetivo é uma interpretação que coloca fim a diversidade de interpretações.

No caso da interpretação cristã, a interpretação hermenêutica terá a tarefa de elucidar a experiência fundamental. É importante a compreensão da função da experiência, pois o cristianismo não consiste numa mensagem que deva ser acreditada, mas numa experiência de fé que se traduz em mensagens. É necessário a referência à origem do evento fundados. Ou seja, podemos dizer que a transmissão desta mensagem não é apenas uma mera repetição, mas uma atualização do que foi manifestado em Jesus Cristo. A teologia deve respeitar a estrutura originária da linguagem da revelação pois a estrutura da confissão de fé está, inexoravelmente, ligada à estrutura da linguagem na qual se exprime. O texto bíblico é uma revelação para nós porque ele nos apresenta um novo ser e não porque teria sido escrito sob o ditado de Deus.

A apropriação do texto bíblico coincide não só com uma nova compreensão de si, mas também com uma nova possibilidade de existência, com a vontade de fazer existir um mundo novo, ajudar na construção do reinado de Deus. Neste caminho hermenêutico, pode surgir a questão acerca da possibilidade de reinterpretar a unidade cristã sem negar a abertura a novidade e a diversidade presentes historicamente no coração da fé. Na dinamicidade característica da teologia como hermenêutica, o autor reflete sobre a possibilidade de vislumbrar traços de um caminho de reflexão que poderá ajudar a correr o risco da interpretação. De importante considerar no início a da pluralidade de testemunhos presentes dentro do campo hermenêutico aberto pelo Evento Cristo, pois esses testemunhos são atos de interpretação das primeiras ações do Espírito Santo.

Assim, o autor reflete que o caminho hermenêutico deverá apresentar relações entre os três modos de tempo próprios da história, que são o passado; visto como lugar gerador da pré-compreensão própria de todo ato de interpretar. O presente, momento de compreender a experiência humana à luz da palavra de Deus. Uma visão errada espalhada muitas vezes poderia ser dada como certa. Todavia, as ações divinas são difíceis de serem manipuladas, e é aí que o trabalho do teólogo faz grande diferença, pois explica seu motivo, tornando possível uma reflexão sobre.

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