A importância da Interdiciplinaridade no ensino/aprendizagem de matemática no ensino médio

A interdisciplinaridade propõe um novo posicionamento diante da realidade escolar, em que há uma mudança de atitude na forma de ensinar e aprender, esse método visa garantir a construção de um conhecimento universal, ou seja, rompe com os limites das disciplinas, proporcionando dessa forma a junção de ideias semelhantes em prol de atingir um conhecimento mais complexo. De acordo com Neide Favarão e Cíntia Araújo (2004), a interdisciplinaridade representa a possibilidade de promover a superação da dissociação das experiências escolares entre si, como também delas com a realidade social. Ela emerge da compreensão de que o ensino não é tão somente um problema pedagógico, mas um problema epistemológico. FAVARÃO e ARAÚJO, 2004, p. Neste contexto, a interdisciplinaridade pode ser compreendida como uma condição fundamental do ensino e da pesquisa na sociedade moderna.

Suas várias trocas, mais complexas que as da pluri, ocorrem entre diferentes áreas do conhecimento, mas permanecem circunscritas ao âmbito do conhecimento considerado científico. ALVARENGA et al. p. No contexto escolar, a interdisciplinaridade garante maior interação entre os alunos e professores, além disso, contribui na experiência e no convívio grupal. Com base nesse princípio é importante enxergar essa metodologia como uma maneira de promover a união escolar em torno do objetivo comum de formação de indivíduos sociais. Segundo Alves (2008 p. a matemática, é “uma ciência que tem a sua origem relacionada com a necessidade de resolver problemas cotidianos” é por esse motivo, que seu ensino deve ser elaborado em um princípio significativo e prático. Alves (2008) ressalta que um dos motivos da dificuldade de aprendizagem matemática reside no professor não conseguir adequar a ciência matemática, à disciplina matemática.

Essa adequação do conteúdo para a linguagem do adolescente, é fundamental para a construção e compreensão desse saber. Nessa perspectiva, segundo Pinto e Dobrowolski (2009), é mais interessante trabalhar conteúdos que façam parte do cotidiano do adolescente, com isso há a potencialização da aprendizagem, como também, do interesse por essa área de conhecimento, tornando assim a disciplina mais atraente e significativa. afirma que Os métodos de ensino são as ações do professor pelas quais se organizam as atividades de ensino e dos alunos para atingir objetivos do trabalho docente em relação a um conteúdo específico. Eles regulam as formas de interação entre ensino e aprendizagem, entre o professor e os alunos, cujo resultado é a assimilação consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas e operativas dos alunos.

LIBÂNEO, 1994, p. Os métodos de ensino da matemática, como já mencionado anteriormente, devem requerer do aluno um raciocínio lógico e mental, relacionando teoria e prática dos conteúdos matemáticos com situações da realidade vivida por eles. Esses métodos estão se relacionando com a interdisciplinaridade na medida em que são aprimorados de acordo com as novas tendências de ensino, com o intuito de desenvolver a capacidade de relacionar os conteúdos anteriores com os novos aplicados, de forma a ampliar o horizonte dos estudantes, mostrando aplicações da matemática em variadas disciplinas, como geografia, biologia, química, física, economia, administração, contabilidade, educação física, entre outras. De forma geral, essa relação visa aperfeiçoar as potencialidades de ensino e aprendizagem dos alunos e que os mesmos possam sentir-se valorizando ao ensino aprendizagem, sendo que esse componente é relevante para seu desenvolvimento cognitivo.

Portanto, a interdisciplinaridade é uma metodologia de ensino inovadora, tanto para a educação matemática quanto para as demais áreas do conhecimento, envolvendo ações coletivas entre os professores e alunos, evidenciando sua importância no processo educativo. Dessa forma, acredita-se que seja possível assegurar uma aprendizagem de maior qualidade, servindo para auxiliar os alunos a terem autonomia e a compreender e utilizar as ferramentas corretas para a acomodação dos conteúdos matemáticos expostos em sala de aula. Referências FAVARÃO, N. R. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. FAZENDA, I. A Interdisciplinaridade: um projeto em parceria. São Paulo: Loyola, 1991. ALVARENGA, A. São Paulo: Manole, 2015. PIAGET, J. Problémes Géneraux de la Recherche Interdisciplinaire et Mécanismes Communs. In: PIAGET, J. Épistémologie des Sciences de I’Homme.

Org. O que é interdisciplinaridade?. São Paulo: Cortez, 2008. PINTO, N. B.