A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO TRATAMENTO PARA DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto no trabalho”. RESUMO- A dependência química é um problema de saúde pública cujo tratamento pode ser influenciado por diversos fatores. Assim, questiona-se até que ponto a influência familiar pode afetar a motivação do dependente químico para se tratar? O objetivo do presente estudo foi identificar o nível de importância do apoio familiar no tratamento para dependência química. Trata-se de uma revisão bibliográfica analítica realizada na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Seu tratamento deve ser feito mediante uso de medicações e psicoterapia. Uma vez iniciado, há dificuldade em continuar o tratamento, que pode ser afetado por diversos fatores.

Entre eles, o apoio familiar mostra-se como um fator que pode ser protetivo ou não nestes casos. A Organização Mundial de Saúde (OMS), considera o uso abusivo de drogas como uma doença crônica e recorrente. Para esta organização, o uso de drogas é um problema de saúde pública que tem afetado os campos sociais, emocionais, políticos e nacionais, trazendo preocupação para a sociedade e órgãos de saúde (SOUZA et al, 2013). DESENVOLVIMENTO 2. Aspectos metodológicos Trata-se de uma revisão bibliográfica analítica conforme Minayo (2012), realizada na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): relações familiares, tratamento, dependência química. Os critérios de inclusão utilizados foram artigos disponíveis na íntegra, idioma português, estar dentro do tema de pesquisa e publicados entre os anos de 2009 a 2019.

Os critérios de exclusão foram artigos fora do tema ou do recorte temporal estabelecido. Resultados Foram encontrados 35 estudos na base de dados BVS. Artigo 2 Oficinas terapêuticas como instrumento de reabilitação psicossocial: percepção de familiares Azevedo e Miranda. Identificar a percepção dos familiares sobre as oficinas terapêuticas desenvolvidas. Pesquisa descritiva, qualitativa, desenvolvida nos CAPSs de Natal-RN. Os familiares relataram o impacto positivo das oficinas em suas vidas e no tratamento, na melhoria do ambiente familiar, na estabilidade e diminuição das crises do transtorno mental e na redução dos danos causados pelo consumo de drogas. Artigo 3 O sentido da vida para jovens dependentes químicos Silva e Oliveira. Artigo 5 Percepção dos psicólogos sobre os familiares durante o tratamento de dependentes químicos Herzog e Wendling.

Investigar, na visão dos profissionais, como os familiares auxiliam no tratamento ou o prejudicam e identificar os conflitos que permeiam as relações familiares durante o tratamento e como eles observam as mudanças que ocorrem nesse contexto. Pesquisa qualitativa, Entrevista semiestruturada. A influência familiar é indispensável no tratamento, podendo atrapalhar o processo de tratamento ou fornecer ajuda positiva. Os familiares também necessitam buscar ajuda profissional, seja para orientação ou para terapia. Os fatores que predispõem ao uso de crack foram a deficiência de suporte parental, a superproteção dos filhos, a presença de cultura implícita ao uso de drogas, a existência de conflitos e violências, a desinformação e o desconhecimento sobre o uso de drogas. Fonte: elaborado pela autora O apoio familiar é indispensável ao tratamento do dependente químico.

As influências positivas da família no tratamento envolvem conseguir ouvir os profissionais que estão tratando o paciente, tornar-se disponível para participar do tratamento junto ao paciente, evitar boicotar o tratamento, motivando o paciente, buscando um tratamento para o paciente por meio da visualização de um problema, e por meio da compreensão da doença (HERZOG; WENDLING, 2013). Porém, a família nem sempre está apta a ajudar, na maioria das vezes por falta de informação. Nestes casos a família exerce um papel oposto ao pretendido, ao dar maus exemplo; não se engajando com o tratamento; ao chamar de volta o dependente antes do prazo; ao distorcer o problema: dependência química como falta de amor; visualizar o dependente como único problema e infantilizar o dependente; por meio da superproteção; tomando todas as decisões em seu lugar (HERZOG; WENDLING, 2013).

A recaída é uma parte importante do tratamento que a família não consegue compreender. Apesar do paciente ter feito um tratamento prolongado, os primeiros 12 meses são de risco para recaídas. Os membros da família, por não entenderem, pensam que o tratamento é a “solução perfeita” e quando o paciente tem uma recaída, retiram todo o apoio anteriormente oferecido. Por isso, existe a necessidade de informação sobre as fases do tratamento e como agir em casos de recaídas (HERZOG; WENDLING, 2013). O uso de drogas é impulsionado por problemas familiares, como falta de diálogo, falta de interesse nos problemas vivenciados pelo membro, que muitas vezes recorre às drogas para fugir de seus problemas ou até mesmo chamar a atenção da família. O apoio familiar oferecido durante o período crítico pode não ser reconhecido pelo dependente no exato momento.

Porém posteriormente, a criação de um ambiente de apoio na família, livre de julgamentos, é notado por estes dependentes que notam a presença dos membros familiares em meio às dificuldades. Percebem que a família é a base para a estruturação de uma mudança de vida. Além disso, com a perda da percepção causada pelo abuso de substâncias químicas, o dependente perde também alguns valores como honestidade, humildade e sinceridade. Esses valores serão resgatados posteriormente, com o tratamento (SILVA, 2012). Assim, seus membros estarão melhor preparados para oferecer apoio ao dependente químico. Além disso, é importante que a família participe ativamente do tratamento, indo a reuniões e recebendo informações que irão ajudar a compreender a doença e que irão proteger o paciente de recaídas e permanência no vício.

Quando estão preparados, os membros familiares são indispensáveis ao tratamento, pois seu contato direto com o paciente pode ser de grande ajuda nos momentos críticos, que podem levar o paciente a recaídas. REFERÊNCIAS ARAGÃO, A. T.  Esc Anna Nery, v. n. p. BRASIL. Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. HERZOG, A; WENDLING, M. I. Percepções de psicólogos sobre os familiares durante o tratamento de dependentes químicos.  Aletheia, n. p.  Ciência & Saúde Coletiva, v. p. Organização Mundial de Saúde. Global Status reporto on alcohol and health. Switzerland: World Health Organization, 2014. Influência do ambiente familiar no consumo de crack em usuários. Acta Paulista de Enfermagem, v. n. p. SILVA, R. n. TISSOT, C. L.

 A influência da família sobre a adesão ao tratamento do dependente químico: um estudo piloto sobre a emoção expressa. Tese de Doutorado.

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