A importância da dosagem de estrogênio para o diagnostico de câncer em mulheres

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Biomedicina

Documento 1

Foi aqui identificado que o estrogênio representa um indesejável estímulo ao câncer de mama, visto que contribui para o crescimento e manutenção de células tumorais no tecido mamário. Desse modo, o entendimento acerca da influência dos níveis de estrogênio sobre a progressão do câncer de mama compreende uma alternativa diagnóstica diferencial, possibilitando um melhor prognóstico. A partir de uma compreensão mais aprofundada acerca das características clínicas de cada paciente, portanto, os profissionais podem indicar tratamentos mais rápidos e eficazes, incentivando uma melhor qualidade de vida à população acometida. Palavras-chave: Câncer. Diagnóstico. Diagnosis. Hormone. Woman. Therapy. INTRODUÇÃO O câncer de mama compreende um dos tipos de neoplasias mais comumente descritos em mulheres em todo o mundo, inclusive no Brasil, correspondendo a cerca de 28% de novos casos de câncer em tais indivíduos.

Devido ao eminente aumento no número de casos de câncer de mama, observado nos últimos anos, especialistas reiteraram veementemente que um diagnóstico precoce da doença é primordial para a elaboração e implementação de medidas preventivas e terapêuticas mais eficazes sobre o combate da doença. Ainda mais, a detecção em um estágio inicial do câncer de mama frequentemente é reportada como um elemento desejável para o aumento da sobrevida e do sucesso ao tratamento (BRAGA et al. PEREIRA et al. Desse modo, estudos recentes se dedicaram à investigação da existência de potenciais marcadores moleculares associados aos diferentes estágios de progressão do câncer de mama, uma vez que biomoléculas podem se apresentar mais ou menos expressas, de acordo com a fase da doença.

Considerando que aspectos hormonais são capazes de influenciar sobre a manifestação da doença, alguns especialistas sugeriram que níveis acentuados de estrogênio estão relacionados à evolução clínica do câncer de mama (AMENDOLA; VIEIRA, 2005; CASTRALLI; BAYER, 2019). br/) e Pubmed (http://www. ncbi. nlm. nih. gov/pubmed/). Além disso, trata-se de uma doença em ascensão, uma vez que é esperado um aumento de até 47% nas taxas de prevalência da doença na próxima década (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, 2020b; SOUSA et al. No Brasil, mais de 59 mil novos casos de câncer de mama foram reportados somente no ano de 2018. A rápida evolução apresentada por uma considerável parcela do câncer de mama alerta para os riscos relacionados à doença, especialmente com relação ao aumento das chances de mortalidade (ALMEIDA et al.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). Por isso, um diagnóstico precoce é fundamental para a promoção da população mundial, possibilitando uma redução substancial nos casos de morte atreladas ao desenvolvimento do câncer de mama. A influência do estrogênio sobre o câncer de mama Muitos tipos de células neoplásicas apresentam receptores de estrógeno e progesterona em suas respectivas membranas plasmáticas. Por isto, a ação desses hormônios pode se mostrar determinantes para o desenvolvimento da célula tumoral, influenciando consideravelmente sobre a evolução clínica da doença em cada paciente (ALESSI et al. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, 2020a). De modo geral, o estrógeno e a progesterona são hormônios naturalmente produzidos em mulheres saudáveis, sendo responsáveis pelo crescimento e diferenciação do tecido mamário.

Entretanto, também apresentam potencial de estímulo ao desenvolvimento de células neoplásicas, em detrimento da existência de receptores hormonais, presentes nas membranas de algumas células tumorais (ALESSI et al. Mais especificamente, a exposição orgânica a estrogênios ambientais é capaz de desregular a expressão de genes relacionados ao desencadeamento do câncer de mama, além de propiciar um possível aumento no volume da glândula mamária. Tais eventos, assim, contribuem para um aumento na proliferação de células neoplásicas, como MCF-7, por exemplo (LUVIZON, 2014; SCHAFFER et al. Ademais, o estrogênio é capaz de ativar genes relacionados a uma forma mais agressiva do câncer de mama, visto que estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias de forma bastante rápida e descontrolada.

Estudos adicionais também indicaram que taxas mais acentuadas de estrógeno são necessárias para a manutenção de células de carcinoma humano, classificadas como positivas para o receptor de estrogênio (ALMEIDA et al. LUZIVITON, 2014; RAVDIN et al. Desse modo, indica-se a determinação da expressão de receptores de estrogênio, presentes nas membranas da célula tumoral, a fim de se identificar uma possível sensibilidade da paciente para a indicação de hormonioterapia. Ou seja, o tratamento de tumores positivos para receptores de estrógeno, por meio de hormonioterapia e de supressores hormonais, pode se apresentar responsivo de acordo com os níveis de expressividade dos receptores (ALMEIDA et al. HAMMOND et al. Entretanto, a terapia de reposição hormonal deve ser estritamente indicada, a partir de um acompanhamento minucioso de profissionais, por um menor tempo de tratamento possível.

Tais procedimentos são fundamentais para a atenuação na observação de possíveis efeitos colaterais indesejáveis à saúde das pacientes (ALMEIDA et al. Desse modo, para mulheres em pré-menopausa, deve-se observar se o estimulo hormonal é proveniente de estrógeno orgânico ou pelo consumo de anticoncepcionais por exemplos. Por sua vez, mulheres em menopausa geralmente apresentam estímulo à célula neoplásica a partir da produção periférica de estrogênio. ALMEIDA et al. Ademais, muitas mulheres em menopausa realizam o consumo de hormônios sintéticos, com o intuito de se minimizar os sintomas relacionados a esse período. Portanto, para casos de mulheres com histórico familiar prévio de câncer de mama, a ingestão hormonal é contraindicada, uma vez que se apresenta como um relevante fator de risco para o desencadeamento da neoplasia mamária (ALMEIDA et al.

Desse modo, espera-se uma orientação profissional mais adequada ao perfil clínico de cada paciente, possibilitando a escolha de terapias que sejam mais apropriadas ao tipo de tumor que a paciente apresente. Como consequência, os índices de morbimortalidade, relacionados ao câncer de mama, sejam reduzidos nos próximos anos, ofertando uma melhor qualidade de vida à população em risco para a manifestação da doença. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALESSI, J. NARDI, R. P. CORRÊA, G. N. HOMSI, L. C. SILVA, M. B. Vieira, R. A contribuição dos genes BRCA na predisposição hereditária ao câncer de mama. Rev Bras Cancerol. v. PAIVA, F. O. TARGINO, G. S. GOMES, R. p. CASTRALLI, H. A. BAYER, V. M. SASSO, G. R. S. GIRÃO, J.

H. p. Forrest, A. P. Beatson: hormones and the management of breast cancer. J R Coll Surg Edinb. a. Câncer de mama: versão para profissionais de saúde. Disponível em: <https://www. inca. gov. LUVIZON, A. C. Mecanismo de ação do estrógeno no gene Amphiregulin em células MCF-7 e MDA-MB-231 via PI3K. f. Tese (Doutorado em Patologia) - Universidade Estadual Paulista – UNESP, Botucatu, 2014. V. ANDRADE, S. S. C. Sistematização da assistência de enfermagem e o câncer de mama entre mulheres. D. CHLEBOWSKI, R. T. FEUER, E. J. F. JANTSCH, M. O. KRAUSE, L. M. n. p. SOUSA, M. C. SILVA, L. p. TREMONT, A. LU, J. COLE, T. Endocrine therapy fot early breast cancer: updated review.

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