A IMPORTÂNCIA DA DIDÁTICA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA ANÁLISE DA APLICAÇÃO DE MÉTODOS DE APRENDIZAGEM ATIVA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

CURSO DE NOME DO CANDIDATO EM MAIÚSCULA E NEGRITO CENTRALIZADO NO MEIO DA PÁGINA A IMPORTÂNCIA DA DIDÁTICA NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA ANÁLISE DA APLICAÇÃO DE MÉTODOS DE APRENDIZAGEM ATIVA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciado(a) em Letras pela Universidade. CIDADE 2019 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO São muitos os desafios encontrados pelo professor no ambiente de sala de aula. Algumas dificuldades de atenção e participação dos estudantes chegam a colocar esse profissionais da educação próximos da desistência, sem saber que caminho seguir. As dúvidas costumam ser sobre qual a atitude mais assertiva frente a um problema, qual a melhor maneira de se abordar o aluno não participativo e integrá-lo ao ambiente de estudo e a decisão sobre a escolha do método de trabalho que possa sensibilizar a turma.

Tais dificuldades acometem, principalmente, o professor iniciante, que ainda não tem a experiência, o chamado domínio de classe e, por isso, costuma ter problemas de organização ou de estratégias de abordagem para a apresentação de seus conteúdos. parece ser, ainda, o único caminho para melhor mobilizar as competências de aprendizagem. As observações que realizamos nas aulas de nosso estágio, juntamente com os materiais de estudo sobre o tema coletados ao longo da formação, apontam para caminhos que não fogem a essa mudança de atitude do professor, muitas vezes passivo e repetitivo em sua forma de lecionar mas, antes de adentrarmos as questões didáticas, vamos nos aproximar mais tecnicamente, com o auxílio de pedagogos, dos problemas escolares, a começar pelo tema da indisciplina.

A INDISCIPLINA Quando o assunto é indisciplina em sala de aula, nos deparamos com diferentes formas de conceituação. Para Rego (1996, p. O próprio conceito de indisciplina, como toda criação cultural, não é estático, uniforme, tampouco universal. se assumimos a perspectiva de que a disciplina e a indisciplina são cotidianamente produzidas pela escola, a partir das configurações específicas adquiridas pelas relações de poder e pelo tipo de lógica que, em cada contexto, institui a ambas, é possível desnaturalizá-las, retirá-las de uma dimensão de inevitabilidade (AQUINO, 2011, apud RATTO, 2007, p. A indisciplina escolar tem ênfase nos países mais pobres, o que é indicativo de que esse fenômeno reflete a sociedade como um todo, ao mesmo tempo em que espelha, também, problemas que concernem à concepção de ensino, à qualificação de professores e à estrutura física escolar.

Pesquisa PISA (OECD, 2009) indica que o Brasil está à frente de outros 66 países quando o tema é indisciplina. Os problemas disciplinares estão entre as principais causas do estresse dos professores e mesmo de situações de esgotamento psíquico extremo, como a Síndrome de Burnout, quadro depressivo que acomete, entre as principais categorias de trabalhadores, os professores expostos a conflitos intensos no ambiente escolar. Mesmo que as interferências do contexto social sejam consideráveis, é importante que a escola possa cultivar o desejo de acolher o aluno, independentemente de sua bagagem: “Quando a família não pode prover as necessidades emocionais básicas dos filhos, a escola não pode virar as costas e excluí-los”, como assevera Reis (2008, p. os sentimentos de impotência ou de sobrecarga estavam entre os mais manifestados pelos docentes: “Predominam atitudes defensivas, evasivas e de vitimização, atribuindo a indisciplina a causas familiares e sociais, encontrando-se em segundo plano as atitudes reflexivas que buscam a contextualização do problema”.

A atenção dispensada a essas situações em sala de aula é de extrema importância para o andamento da relação professor-aluno, pois as situações de conflito em sala de aula tendem a afetar o clima da turma como um todo, desfazendo situações de aprendizagem. O que muitas vezes se observa em salas de aula durante o período de estágio é a dificuldade com que essas relações são tratadas, evidenciada pelos fatores emocionais trazidos pelos alunos de suas casas. Segundo Libâneo (2013, p. “por trás da individualidade, estão condições sociais de vida e de trabalho que interferem nas possibilidades de rendimento escolar” e criam a sensação de impotência do docente frente a um aluno nervoso, disperso e incapaz de construir conhecimento naquele momento.

Aquino assevera que que “a escola é um lugar de trabalho árduo e complexo”, que precisa ser estimulante e desafiador para conquistar o engajamento do aluno, que não será jamais um espectador ou mero ouvinte, mas “sujeito atuante, co-responsável pela cena educativa, parceiro imprescindível do contrato pedagógico” (1998, p. Ensinar e aprender, embora sejam processos distintos, estão intimamente ligados. Atualmente, lidamos com um panorama de competências definidas como “saber em ação”, ou seja, a interação de conhecimentos, capacidades e atitudes e o que se entende como conhecimento passa a ser um processo de avanços consecutivos que visam à expressão construtiva do aluno. O desenvolvimento psicossocial das crianças pode ser descrito em termos de competência e disfunção. A competência, como um indicador de adaptação positiva, mede o grau em que um indivíduo é capaz de negociar adaptativamente os desafios presentes.

O ingresso às séries do ensino fundamental vem marcado por um comportamento mais controlado no âmbito geral, por conta de adaptações. Dificuldades adaptativas precoces, expressas em altos níveis de comportamentos externalizantes ou mesmo internalizantes na escola, podem servir de alerta. Ainda assim, há espaço para mais estudos no que se refere ao desenvolvimento psicossocial nos anos escolares, com base no repertório com que a criança ingressa no Ensino Fundamental. É pertinente considerar que esses estudos, embora ainda em desenvolvimento, apontam para oportunidades de melhorar a adaptação escolar e, portanto, reduzir questões de indisciplina, a partir da imersão do estudante nos anos iniciais, no que tange o processo de socialização e a ludicidade. Em outras palavras, quando os estudantes têm uma experiência de ingresso mais positiva na educação infantil, o que compreende as práticas didáticas em destaque no nosso trabalho, têm melhores chances de aceitação das regras do ambiente escolar e um melhor relacionamento com professores e colegas ao longo de sua trajetória.

Deve ser construída e administrada no dia a dia por todos os envolvidos na educação. Esse exercício não é um problema para nós educadores. Esse exercício é um compromisso e desafio e faz parte do nosso trabalho. BOARINI, 2013, p. Transformar a escola em um ambiente mais desafiador é a possibilidade de , em síntese, potencializar os indivíduos para o seu melhor, o que traduz o papel da educação de forma plena. A importância da motivação nas atividades de ensino tem sido reforçada por pedagogos e psicólogos e, sempre que possível, a participação do docente é fundamental nesse processo, pois são esses profissionais que atuam diretamente com as turmas que melhor apresentam condições de adaptar conceitos teóricos didáticos às práticas viáveis e de melhor resultado com os seus estudantes (ECCHELI, 2008, p.

Um primeiro fator para o interesse dos estudantes nos conteúdos propostos, de acordo com pesquisadores, seria a vinculação dos temas trabalhados em aula com a sua realidade. A proposta vai contra o excesso de conteúdo, buscando uma maior qualidade à medida em que o aluno realmente é envolvido, o que leva a crer que trabalhar projetos mais complexos, participativos e de maior prazo entre todo o seu desenvolvimento podem ser estratégias para dar mais significação ao tempo investido em sala de aula. Creio que ensinamos demais e os alunos aprendem de menos e cada vez menos! Aprendem menos porque os assuntos são a cada dia mais desinteressantes, mais desligados da realidade dos fatos e os objetivos mais distantes da realidade da vida dos adolescentes (WERNECK, 1987, p. Estudos sobre motivação tomam por base, muitas vezes, conhecimentos sobre o funcionamento neurológico, na base do estímulo-resposta, por exemplo, avaliando a influência, inclusive, de recompensas materiais aos alunos a partir de seu envolvimento em atividades.

Pelo exposto até o momento, conclui-se que o processo escolar requer que se desenvolvam simultaneamente dois traços: disciplina e motivação: Parte do que se aprende na escola é disciplina de trabalho, isto é, o hábito de fazer o que precisa ser feito – apesar de faltar vontade, sobrar desconforto e haver a atração de coisas mais interessantes (ECCHELI, 2008, p. Considerando todos esses desafios, no entanto, nos parece válida a reflexão para que mudanças, mesmo pequenas e esporádicas, possam ser testadas nas rotinas educacionais, uma vez que o processo ensino-aprendizagem se dá justamente dessa forma: é testado, aprimorado, qualificado e reinventado, respeitando a natureza do desenvolvimento humano que, naturalmente, não é estática. A DIDÁTICA Não é possível pensar ou admitir que o andamento de tais situações ou o desfecho delas se dê a partir da intuição do professor em meio a um contexto adverso que ele identifica, mas não sabe como resolver.

Na tentativa de compreender tais dificuldades, recorremos ao estudo da Didática. Segundo Piletti (2004, p. Assim, coloca em evidência a atuação do professor tanto como transmissor de conhecimentos como aquele que desperta e estimula o aprendizado, através do planejamento de suas atividades. Se pretendemos traçar um plano detalhando como futuros professores de nossas aulas podem ser mais eficazes na promoção de um aprendizado significativo, precisamos então ter conhecimento de metodologias que possam ir ao encontro desses objetivos. Dificilmente conseguiremos despertar a curiosidade, fazer com que a sala de aula seja um ambiente ativo, rico e participativo se dependermos do ensino tradicional, ainda mais em tempos marcados por mudanças tão aceleradas. Especificamente no campo do ensino da Língua Portuguesa, que é matéria de pesquisa e foco desse trabalho, os desafios somam-se à grande responsabilidade do entendimento de que essa é uma disciplina indispensável para o desenvolvimento das habilidades de participação social em todas as áreas da vida de qualquer pessoa: profissional, política, cultural, etc.

As habilidades de comunicação e compreensão partem do pressuposto que a escola trará possibilidades reais de progresso intelectual e que dará ferramentas para uma formação crítica e reflexiva aos estudantes. MEC, 2016). Parece-nos pertinente assinalar o item 5, Compreensão do desenvolvimento e da aprendizagem de crianças e adolescentes em seus aspectos característicos sócio, psicológicos e culturais, uma vez que a percepção integral das condições do estudante é o ponto de partida para a proposição de conteúdos mais alinhados às concepções pedagógicas. O documento ainda recomenda 6 - Formação para o acompanhamento das ações educacionais e das progressões das crianças e adolescentes para realimentação pedagógica e gestão da escola ou do sistema e Formação para o desenvolvimento de atitudes investigativas da prática educacional.

Em síntese, nos parece que os ideais para a educação são ponto passivo, não entram em desacordo com os princípios tão discutidos na educação brasileira desde Paulo Freire. Por outro lado, a aplicabilidade vai depender de vontade política mais uma vez para o efetivo investimento nesses professores e nesses ambientes escolares que no Brasil são tão diversos e que enfrentam problemas estruturais cotidianos. Essa atividade só poderá ocorrer com a intervenção do professor, que deverá colocar-se na situação de principal parceiro, favorecendo a circulação de informações. PCN, 1998, p. ênfase adicionada) Mais uma vez observamos que a “desacomodação” é o maior princípio didático. É a partir da saída da zona de conforto que se cria condições para uma aprendizagem efetiva.

As situações de sala de aula que analisaremos adiante parecem muito ilustrativas da diferença que ocorre quando “as peças são trocadas de lugares”. Uma das vertentes das metodologias ativas é o conceito de inverter a forma de ensinar. Segundo Moran; Bacich (2018) funciona como uma estratégia ativa e um modelo híbrido, que otimiza o tempo da aprendizagem e do professor. A sala de aula invertida surge por volta de 2007, a partir da percepção dos professores Aaron Sams e Jonathan Bergmann, ao enfrentarem o problema das constantes ausências nas aulas presenciais de alunos participantes de competições esportivas. Foi nesse momento que recorreram a gravações das aulas expositivas para que estes estudantes pudessem acompanhar o conteúdo perdido, desobrigando-se de repetirem várias vezes as mesmas explicações.

Os autores destacam que alunos ausentes da aula presencial passaram a manifestar apreço às aulas gravadas, obtendo bons resultados na aprendizagem. Basicamente, a sala de aula invertida consiste em apresentar primeiramente os problemas para que, depois de uma investigação prévia dos estudantes, se dê prosseguimento à exposição. Dessa forma, já não se espera que a aula surja como uma ampla apresentação de novos conteúdos, mas se torne a provocação para uma busca que virá inicialmente da mobilização desse estudante, tornando sua curiosidade um terreno fértil para as resoluções posteriores. Desse modo, a própria definição já consegue esclarecer a ideia central por detrás desse modelo de ensino, mas é de suma importância que ele seja debatido e visto por todos os ângulos para que possamos entender como esse método de ensino pode ser aplicado nas aulas de Língua Portuguesa em escolas públicas, que é o foco desse trabalho de pesquisa.

Uma das propostas desse método é personalizar a aprendizagem para que desse modo se abram oportunidades de compreensão das necessidades distintas de cada estudante e para que ele mesmo tenha ao seu dispor uma outra forma de entendimento do estudo trabalhado em classe. É um olhar diferente para ambos os lados, do professor pode conseguir enxergar um novo cenário e através dele reconstruir sua aula e, do aluno, que chegando à aula com um prévio estudo do tema a ser visto em classe, pode vivenciar um despertamento de dúvidas e interesses não alcançados em um modelo tradicional de ensino, do qual ele permanece distante. De acordo com Bergmann e Sams (2018), existem algumas razões pelas quais os alunos não estão aprendendo naquele momento, como: a falta de conhecimento básico na matéria estudada, problemas pessoais e interesse em “enrolar” aquela situação do que efetivamente em ocupar-se com o estudo.

Para eles, a inversão possibilita esse diagnóstico para realização de intervenções. A proposta de sala de aula invertida tem como característica principal o deslocamento do papel do professor para possibilitar maior profundidade no aprendizado e nas interações com os alunos. Bacich; Moran (2018) apontam que esse novo papel do professor não é fácil e é mais complexo do que o anterior. Precisa de uma preparação em competências mais amplas, além do conhecimento do conteúdo, como saber adaptar-se ao grupo e a cada aluno, planejar, acompanhar e avaliar atividades significativas e diferentes (BACICH; MORAN, 2018, p. É válido ressaltar que a aula expositiva via tecnologia da informação não é a forma única, e talvez nem seja a mais recomendada para a introdução do assunto na sala de aula invertida.

É possível, por exemplo, apenas entregar questões a serem respondidas em pesquisa bibliográfica ampla, ou mesmo com consulta a jornais e revistas, por exemplo, antes do retorno à sala para a exposição focada no percurso já desenvolvido pelo aprendiz. De todo modo, não há dúvidas de que a tecnologia oferece possibilidades a explorar, como veremos a seguir. Tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) Basicamente, os recursos tecnológicos disponíveis na atualidade permitem integrar espaços e tempos. Nessa configuração, o ensinar e aprender acontece de forma interligada, mesclando mundos físicos e digitais - já não se pode mais conceber que uma educação de jovens que nasceram em meio a tantas tecnologias ignore a sua presença na produção de conhecimento cotidiana.

Se queremos que sejam criativos, eles precisam experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar sua iniciativa (MORAN, 2015, p. O pesquisador defende que desafios bem planejados contribuem para mobilizar as competências desejadas, intelectuais, emocionais, pessoais e comunicacionais: “Exigem pesquisar, avaliar situações, pontos de vista diferentes, fazer escolhas, assumir alguns riscos, aprender pela descoberta, caminhar do simples para o complexo” (MORAN, 2015, p. O professor, nesse contexto, vai adquirindo características de um facilitador, ou supervisor, contribuindo com as suas experiências em intervenções pontuais, mas deixando que o aluno conduza, à medida do possível, seu processo de descoberta. Assim, Moran (2015, p. entende que “as metodologias ativas são pontos de partida para avançar para processos mais avançados de reflexão, de integração cognitiva, de generalização, de reelaboração de novas práticas”.

Para Moran (2015, p. “os projetos pedagógicos inovadores conciliam, na organização curricular, espaços, tempos e projetos que equilibram a comunicação pessoal e a colaborativa, presencial e online”. O pesquisador avalia que encontramos nas instituições educacionais um número razoável de professores que estão experimentando novas metodologias, utilizam aplicativos atraentes e compartilham o que aprendem em rede. “O que predomina, no entanto, é uma certa acomodação, repetindo fórmulas com embalagens mais atraentes, esperando receitas, num mundo que exige criatividade” (MORAN, 2015, p. Portfólio A aprendizagem baseada em projetos pode culminar em ações que demonstrem de forma mais completa a evolução do processo. “Trata-se de uma oportunidade para o professor conhecer o aluno de maneira individualizada” (BIBERG-SALUM, 2016, p. A autora também pondera que, ao longo da construção do portfólio, é possível rever procedimentos metodológicos, reajustar propostas, ou seja, realmente tornar dialógico o processo entre professor e aluno, com mais envolvimento de ambas as partes.

Criatividade e autoavaliação são outras características da expressão do estudante em seu portfólio apontadas no texto, assim como a parceria professor-aluno, ou seja, uma certa ruptura hierárquica para sensibilizar e mobilizar para o processo, lado a lado. Quanto à elaboração do portfólio, a autora considera a importância da fundamentação teórica, pois é preciso que: “forneça subsídios para a concepção de uma avaliação formativa” (BIBERG-SALUM, 2016, p. É nessa etapa que se definem objetivos, procedimentos e critérios. diz respeito às múltiplas inteligências. Por ser uma produção personalizada, o portfólio irá testemunhar o progresso individual e permitir uma avaliação que respeite as particularidades dos sujeitos, diferentemente de avaliações tradicionais que colocam a turma inteira na obrigação de alcançar um desempenho único, com questões de certo e errado, por exemplo.

Nessa perspectiva restritiva da avaliação tradicional, muitas vezes desconsidera-se as potencialidades não enquadradas no parâmetro avaliativo e mesmo a produção, por vezes, surge uniforme e desinteressante. A PESQUISA DE BASE Observa-se um desinteresse muito grande por parte dos alunos durante as aulas da língua portuguesa com alegações de que “as aulas são chatas” ou “que não entendem as regras gramaticais” sendo refletidas no ensino médio com alunos que mal conseguem organizar uma resposta a um exercício ou que apresentam deficiências significativas de coesão e coerência nas construções de textos. Por outro lado, são apresentadas aulas baseadas unicamente no método tradicional, por professores que não acompanharam as mudanças trazidas pelo estudo da Didática, através de novas metodologias que inserem o aluno na construção de seu próprio conhecimento.

A ANÁLISE Observadas essas atitudes, retornamos em momentos em que se apresentavam metodologias ativas de ensino e consideramos as mudanças de atitudes de estudantes em cada uma dessas localizações. Como ilustra o quadro anexo, realmente há uma sensível reação por parte das turmas quando a forma de ensinar se modifica. Se pensarmos logicamente, não será difícil de entender que uma situação desafiadora demanda mais atenção e, portanto, estudantes acostumados à forma tradicional de ensinar se veem, já no momento da enunciação, mobilizados para descobrir do que se trata a proposição. CONSIDERAÇÕES FINAIS As mudanças em direção às metodologias mais ativas de ensino não podem ser precipitadas. Compreende-se que em cada escola há desafios culturais a vencer para que todos os agentes se sintam confortáveis ante à implantação de estratégias novas.

São Paulo: Summus, 1996. AQUINO, Júlio Groppa. “A indisciplina e a escola atual”. Revista da Faculdade de Educação. vol. n. BACICH, Lilian; MORAN, José Metodologias ativas para uma educação inovadora. Porto Alegre: Penso, 2019. BERGMANN, Jonathan; SAMNS, Aaron. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem. Janeiro/Junho de 2013. p. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. “As crenças de auto-eficácia e o seu papel na motivação do aluno”. In: BORUCHOVITCH, Evely; BZUNECK, José Aloyseo. A motivação do aluno: contribuições da psicologia contemporânea. Petrópolis: Vozes, 2001 CALDEIRA, Suzana Nunes; REGO, Isabel Estrela. “Contributos da psicologia para o estudo da indisciplina na sala de aula”. Curitiba: Editora UFPR, 2008. FERREIRA, Adriano; SANTOS, Edvanderson; ROSSO, Ademir José.

“Representação social da indisciplina escolar. ” Psicologia: Teoria e Pesquisa. v. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015. LA TAILLE, Yves de. Desenvolvimento do juízo moral e afetividade na teoria de Jean Piaget. In LA TAILLE; OLIVEIRA, M. Aprender… Sim, mas como? Porto Alegre. ArtMed, 1998. MORAN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. Coleção Mídias Contemporâneas. PILLETTI, Claudino. Didática Geral. São Paulo: Ática, 2004. PIZATO, Elaine Cristina; MARTURANO, Edna Maria; Anne Marie FONTAINE. “Trajetórias de habilidades sociais e problemas de comportamento no Ensino Fundamental: Influência da Educação Infantil”. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1996. REIS, Maria Paula Pereira dos “A relação entre pais e professores: uma construção de proximidade para uma escola de sucesso”.

Málaga: Universidade de Málaga, 2008. SÃO PAULO (Estado) Secretaria Estadual de Educação. Acesso em 15 de outubro de 2019. WERNECK, Hamilton. Ensinamos demais, aprendemos de menos. Petrópolis: Vozes, 1987.

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