A identidade da neuropsicopedagoga

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Quando a essas práticas, Weisz (2001, p. afirma que: “A escola precisa refletir sobre suas práticas. Porque dependendo de como as desenvolve, pode estigmatizar as crianças, prejudicando sua autoestima e dificultando, com isso, seu envolvimento com as situações de aprendizagem. É algo que acontece em muitas escolas por meio de atitudes sutis, muitas vezes inconscientes e que, mesmo de maneira involuntária, prejudicam o sucesso escolar dos alunos. ” É preciso conceber que o processo de ensino e aprendizagem requer o entendimento e a compreensão de como fazê-lo e demanda um novo paradigma que ultrapassa a mera aula expositiva, e os conhecimentos do professor adquiridos na graduação Define-se como aprendizagem, enquanto processo de construção como um efeito, que a partir de uma articulação de esquemas, sugere que diferentes dimensões coexistem para possibilitar ao ser humano uma configuração própria de funcionamento, caracterizando assim o seu processo de aprendizagem.

Dadas às imensas possibilidades de realização humana, essa plasticidade é essencial: o cérebro pode servir a novas funções criadas na história do homem, sem que sejam necessárias transformações morfológicas no órgão físico. KOHL, 1993, 0. Contudo, é importante ressaltar que essa inclusão só acontece quando há um trabalho conjunto de toda uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais que atuem coletivamente para que essas tarefas ocorram de forma tranquila e segura, respeitando, desse modo, as limitações de cada indivíduo. Novas concepções de estímulo-processo-ensino-aprendizagem vêm sendo formuladas, diante das contribuições da Neurociência. Diferentes campos de conhecimentos perceberam a necessidade de agregar os estudos da neurociência aos seus. Quanto ao atendimento direciona-se às crianças, adolescentes e idosos. Essa necessidade de atuar sobre os transtornos de aprendizagem confirma a importância do papel do professor no processo de ensino/aprendizagem e compreensão da relação entre funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana, embasados na interface entre Neurociência Aplicada a Educação, Psicologia Cognitiva e Pedagogia em uma abordagem transdisciplinar, promovendo desta forma a identificação, diagnóstico, reabilitação e prevenção frente às dificuldades e distúrbios das aprendizagens.

Os estudos da área, sobre a memória e o sistema límbico (hipófise, amígdala e hipotálamo), apontam a motivação como um dos fatores essenciais no aprender, uma vez que para isso é necessário armazenar os conhecimentos e as experiências na memória. Assim, temos baseado na SBNPp | Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia: A Neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar, fundamentada nos conhecimentos da Neurociências aplicada à educação, com interfaces da Pedagogia e Psicologia Cognitiva que tem como objeto formal de estudo a relação entre o funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana numa perspectiva de reintegração pessoal, social e educacional. SBNPp – 2016, p. Além da neuropsicopedagogia ter atribuições da psicopedagogia de estudar as características da aprendizagem humana, processos de ensinagem e a origem das alterações na aprendizagem promovendo a identificação, diagnóstico, reabilitação e prevenção frente às dificuldades e distúrbios das aprendizagens, o neuropsicopedagogo, mediante seus saberes e conhecimentos da neurociência, poderá elaborar pareceres de encaminhamentos para neurologistas, pediatras e psiquiatras, auxiliando-os na identificação diagnóstica, mediante o quadro de sintomas e queixa principal.

KRUG, 2011, s/p) Em harmonia, estabelecemos que com Alves (2010), a neuropedagogia engloba concepções de funcionamento do cérebro humano para aprender e as formas de entendimento dessa aprendizagem armazenada, mas ainda envolver a escola com técnicas e metodologias orientadas ao melhor desempenho cognitivo. Além disso, a essa profissional preocupa-se com mais de uma vertente educacional, pois envolve intervenções específicas às pessoas com deficiências físicas, intelectuais ou transtornos globais, fomentando discussões fundamentais ao tempo de aprendizagem de cada estudante. O objetivo da neuropsicopedagogia é desenvolver métodos junto a equipe pedagógica e professores para melhorar o desempenho dos alunos no processo de conhecimento, no qual serão estimulados de acordo com suas dificuldades. Por meio do conhecimento da neurociência podemos compreender o estado biopsicossocial do indivíduo.

Que são contraditórias e não resolvidas. Ou seja, presencia-se a existência de um sujeito descentralizado; produto de várias mitoses simbólicas, capaz de emitir muitas vozes, escutadas pela sociedade, porém não ouvidas e que ressoam apenas como um eco. Aqui, há um diálogo entre Hall (2002) e Morin (2003), que é pertinente ao estudo. Morin (2003, p. afirma que: O duplo imperativo antropológico impõe-se: salvar a unidade humana e salvar a diversidade humana. autorizando expectativas e produzindo uma demanda por determinado tipo de identidade”, completam o autor. Dessa forma, eles procuram tecer as imbricações entre a identidade, a história pessoal, o contexto profissional e os discursos que movem esses professores universitários. O ser humano é marcado pela singularidade: há nele um desejo latente de ser valorizado em sua diferença; sendo esse o traço marcante que edifica a sua identidade.

Por outro lado, deve-se lembrar que esse mesmo sujeito é composto de pertencimentos, que se situam no campo individual, social, cultural, nacional, estadual e religioso, sendo que essas categorias se traduzem por suas crenças e valores. O debate nesse âmbito é bastante aberto; mas, revela ainda tamanha timidez no meio acadêmico. influência sobre a identidade docente" (HYPÓLITO; VIEIRA, 2002a, p. surgindo assim novos moldes de trabalho, voltados unicamente “[. as conveniências econômicas” (A docência feminina, contextualiza o perfil acadêmico e há um desejo de pertencimento somado ao reconhecimento, características essas profundamente identitárias. A literatura confirma isso, com Ciampa (2001) e Baptista (2002), ou seja, o caráter mutável da identidade, “o vir a ser” do sujeito. Isto implica que a abordagem desses autores nos sinaliza um caminho especifico no âmbito da docência universitária, visto pelo sujeito feminino Esse tema, do exercício da profissão docente e/ou de sua crise, tem sido objeto de alguns estudos e de polêmica no âmbito da produção acadêmica em diferentes áreas: sociologia da educação, sociologia do trabalho, psicologia da educação, filosofia da educação, didática.

O conceito de identidade abrange o mundo das significações, da dimensão subjetiva da vida social, e ainda no mundo da vida. Reside aí a sua importância para elucidar a chamada crise de identidade dos professores: ela coloca as pessoas do outro lado das projeções subjetivas, de um lado e, por outro; no mundo concreto, no papel real da docência. Segundo Lawn (2000, p. a gestão da identidade profissional dos docentes é uma tarefa central no governo e na condução do sistema educacional e escolar de uma nação”. Ou seja, há certos padrões de conduta, que devem ser seguidos pelos professores, “[. Campagna cita Avenburg que esclarece: A identidade é um conceito inseparável de identificação, processo que se dá anteriormente a percepção da diferença implícita em toda a relação com o outro.

A identificação seria a primeira forma de ligação afetiva com o outro, que é negado em sua diferença e conservado dentro do eu, que vai se constituindo nesse processo. AVENBURG,1975, apud CAMPAGNA, 2005, p. A autora esclarece também que, desde muito cedo, o outro é necessário para definir nossa própria existência e identidade. Para isso ela fala de Levisky: Assim o sujeito é o resultado da interação entre os aspectos próprios, constitucionais, e os adquiridos na relação que se estabelece com o outro, primeiramente com os pais, dentro de uma determinada cultura, com seus valores e conflitos. Partindo desse entendimento, adapta-se as metodologias e técnicas educacionais a todas as crianças e, principalmente, aquelas com características cognitivas e emocionais diferenciadas. Esse profissional está em busca constante dos necessários conhecimentos sobre as patologias neurológicas, psicológicas e comportamentais existentes; para desempenhar seu trabalho de acompanhamento pedagógico, desenvolvimento cognitivo e harmonização emocional dessas crianças O papel do neuropsicopedagogo demanda uma atuação de extrema importância não somente na escola, como também no consultório na medida em que ajuda a minimizar o quadro dos alunos com dificuldades de aprendizagem, através de estratégias e técnicas desenvolvidas ao longo de sua formação, possibilitando assim atuar neste espaço de forma reeducativa.

Com o intuito de promover a aprendizagem, o neuropsicopedagogo trabalha inicialmente com a observação, procurando observar quais são as potencialidades a serem estimuladas em determinada pessoa, qual o melhor método de aprendizagem para tal indivíduo, que estratégias usar que tornem a aprendizagem daquele indivíduo realmente eficaz. Exemplificando: um aluno na faixa etária de oito anos, que distrai-se com facilidade, deve ser encaminhado ao neuropsicopedagogo para uma avaliação com a suspeita de “déficit “de atenção, entretanto numa investigação mais sistematizada, deste caso, nota-se que a leitura do mesmo não está fluente, portanto na hora da cópia, o aluno vai focalizando sílaba por sílaba, ao invés da totalidade da palavra, evidenciando aí que o trabalho de intervenção desta criança se dará justamente no entorno “fluência de leitura”, ou seja, serão realizadas atividades que buscam a excelência desta área, procurando dessa forma otimizar outras questões que também se mostram fragilizadas.

Dessa forma, o neuropsicopedagogo é o profissional que tem clareza política e pedagógica sobre as questões educacionais e a capacidade de interferir no estabelecimento de novas alternativas, bem como encaminhamentos no processo educativo, procurando compreender até analisar o aspecto da aprendizagem como uma forma abrangente, envolvendo a todos os educandos com dificuldades de aprendizagem, procurando auxiliá-los na reestruturação de sua forma de aprender. Observando, identificando e analisando o ambiente escolar no âmbito do desenvolvimento humano, nas áreas motoras, cognitivas e comportamentais, ainda descrito no CETPNPPp: §1° Entende-se que sua atuação na área de Institucional possa acontecer em instituições como Escolas Públicas e Particulares, Centros de Educação, Instituições de Ensino Superior e Terceiro Setor que tem finalidade de oferecer serviços sociais, sem foco na distribuição de lucros, mas com administração privada, sendo composto por associações, cooperativas, organização não governamentais, entre outros.

§2º São bases da atuação institucional os fundamentos da Educação Especial e da Educação Inclusiva, com embasamento legal e de práticas sociais, que deverão ser pensadas através da aplicação das neurociências ao ambiente educacional. Devendo contemplar as seguintes ações: a) Observação, identificação e análise dos ambientes e dos grupos de pessoas atendidas, focando nas questões relacionadas a aprendizagem e ao desenvolvimento humano nas áreas motoras, cognitivas e comportamentais, considerando os preceitos da Neurociência aplicada a Educação, em interface com a Pedagogia e Psicologia Cognitiva. b) Criação de estratégias que viabilizem o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem dos que são atendidos nos espaços coletivos c) Encaminhamento de pessoas atendidas a outros profissionais quando o caso for de outra área de atuação/especialização contribuir com aspectos específicos que influenciam na aprendizagem e no desenvolvimento humano.

Na avaliação neuropsicopedagógica, o Neuropsicopedagogo, além de aplicar testes e escalas padronizadas para a população brasileira, utiliza a observação clínica, lúdica, e do material escolar para a elaboração da hipótese diagnóstica. precisamos conhecê-las e entender as modificações que estão ocorrendo, olhar estes cérebros para saber como eles funcionam e determinar mudanças em como ensiná-los. Desta forma o neuropsicopedagogo possui um conhecimento e capacitação para atuar e cooperar para a organização eficaz dos conhecimentos e estruturas cerebrais. Essas informações captadas devem ser adaptadas as metodologias e técnicas educacionais para todas as crianças, desta forma o neuropsicopedagogo poderá desempenhar funções como: Rever aspectos do desenvolvimento humano a partir das novas descobertas da neurociência; enumerar fatores que afetam negativamente e positivamente o desenvolvimento neuropsicológico; reconhecer aspectos envolvidos nos processos de memória e atenção relativos à aprendizagem; compreender os problemas referentes ao Déficit de Atenção e Hiperatividade, transtornos de aprendizagem para que se realizem encaminhamentos pedagógicos pertinentes a cada caso; relacionar memória e desenvolvimento destacando recursos que favorecem a aprendizagem e assessoramento técnico frente a instituições voltadas ao trabalho de Educação Especial Inclusiva, Atendimento Clinico ou, em mais recente proposta, no apoio ao trabalho com Saúde Mental.

HENNEMANN, 2012, p. Diante dessas reflexões, afirma-se que a atuação da neuropsicopedagoga tem um papel facilitador no processo de aprendizagem, pois possui um conhecimento específico sobre a função cerebral. T. D. S. O estudo de identidades individuais e coletivas na constituição da história da Psicologia.  Memorandum, v. CIAMPA, A. C. A estória do Severino e a história da Severina. São Paulo: Brasiliense, 2001. Garcia, M. Rio de Janeiro: DP&A, 2002 HENNEMANN, Ana Lucia. Neuropsicopedagogia. Disponível em: <http: /www. neuropsicopedagogianasaladeaula. blogspot. Novo Hamburgo: CENSUPEG, 2011. Aula expositiva do curso de neuropsicopedagogia Clínica e Educação Inclusiva. LAWN, M. Os professores e a fabricação de identidades. In: NÓVOA, A. PERRENOUD, Philippe. A prática reflexiva no ofício do professor: Profissionalização e Razão Pedagógica.

Porto Alegre: Artmed, 2002. RELVAS, M. P.  Resolução N° 03/2014 Código de Ética Técnico Profissional da Neuropsicopedagogia. Disponível online em: www. sbnpp. com. br  TARICANO, I. THOMPSON, Rita. Psicomotricidade. In: MAIA, Heber. Neurociências e desenvolvimento cognitivo. º ed.

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