A história do ensino da arte e sua metodologia no Brasil

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

No ano de 1971, deturpado pelo ambiente político e sociocultural da época, surge a LDB 5692/71 que inclui a arte no currículo escolar, que visando a incorporação “(. de atividades artísticas com ênfase no processo expressivo e criativo dos alunos” (FUSARI;FERRAZ,2001. Nesse momento a arte incorpora o cenário educacional como “atividade educativa”. Ainda assim, o cenário enfrentava diversas adversidades para o ensino, uma vez que a falta de profissionais preparados para atender a demanda era grande, é no ano de 1973 que começam a surgir os primeiros cursos de licenciatura em Educação Artística, enquadrado ainda como “licenciatura curta”, o profissional da área era formada apenas por um ensino de dois anos. Essa inclusão precária da arte na educação escolar que preocupando somente com “(.

O próprio conceito da arte tem sido objeto de diferentes interpretações: arte como técnica, lazer, processo intuitivo, libertação de impulsos reprimidos, expressão, linguagem, comunicação. ” (FERRAZ;FUSARI, 2010. É através dessas linhas pedagógicas que norteiam o ensino da arte que podemos compreender e assumir nosso papel de professores de Arte, saber como a arte vem sendo ensinada, qual sua relação com a educação escolar e o processo histórico-social e a partir de então assumir um papel nesse caminho de ensino- aprendizagem. As chamadas linhas pedagógicas ligam-se a uma teoria da educação escolar, que por vinculadas a uma determinada concepção de mundo, podem variar em: tendência idealista-liberal caracterizada pela: pedagogia tradicional, nova e tecnicista ou a tendência realista-progressista.

nossa concepção de mundo embasa as correspondências que estabelecemos entre as aulas de Arte e as mudanças e melhorias que acreditamos prioritárias na sociedade. Podemos entendê-la como um organismo, viável se compreendido na articulação e interdependência entre as partes que o compõe. ” Enfim, é de suma importância manter bem definidos nossos objetivos, conteúdos e métodos do curso de Arte no ensino escolar para que ela não se desenvolva “apenas uma atividade” e sim uma disciplina escolar, acessível a todos, numa concepção de escola democráticas, geradora de conhecimento artístico e estético para os alunos. Ensino de arte e as diferentes teorias educacionais Tendência Idealista-Liberal de Educação Escolar em Arte: O discente orientado por esse tipo de teoria da educação acredita num modelo escolar que é sozinho capaz de garantir a construção de uma sociedade mais igualitária, democrática, e de evitar a sua degradação.

“As teorias de educação escolar que amparam esse posicionamento são denominadas teorias pouco críticas da educação quanto ás suas interferências sociais. Elas também são conhecidas como concepções idealistas de educação. Para alcançar tais finalidades, propões experiências cognitivas que devem ocorrer de maneira progressiva, ativa, levando em consideração os interesses, motivações, iniciativas e as necessidades individuais dos alunos” (FERRAZ;FUSARI,2010). Dessa forma, na pedagogia nova a metodologia emprega encarrega de proporcionar condições para que o aluno possa “exprimir-se” subjetiva e individualmente, ser criativo, o aluno passa a receber todas as estimulações necessárias e possíveis para expressar-se artisticamente. Pedagogia Tecnicista nas aulas de arte Introduzida nas escolas brasileiras, entre 1960 e 1970 a tendência tecnicista vem para atender o mundo tecnológico em expansão, em um determinado momento cujo qual a educação é considerada insuficiente no preparo de profissionais.

Esta visa então a preparação de indivíduos mais “competentes” e produtivos, são os ensino técnicos aliados ao mercado tecnológico do mundo moderno em expansão, o professor em sala de aula é considerado “técnico”. O funcionamento: “Na escola de tendência tecnicista, os elementos curriculares essenciais – objetivos, conteúdos, estratégias, técnicas, avaliação – apresentam-se interligados. Teve seu doutorado em educação defendido em 1977, pela Universidade de Boston. Como diretora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), foi à primeira pesquisadora a se preocupar com a sistematização do ensino de artes em museus, principalmente na sua gestão dentro do MAC. Uma das maiores influências de Ana Mae, para o desenvolvimento dessa proposta, é a pedagogia freudiana, visto que Ana Mae foi aluna do professor Paulo Freire e passou a partir desse contato a se interessar por educação.

Sua relação com a pedagogia freudiana tem seus pontos principais: leitura de mundo, conscientização critica a partir da contextualização da realidade e o agir para transformar, fazer. É dentro da sua proposta que Ana Mae aplica os conceitos de Freire explorando as potencialidades de sua proposta pedagógica de forma atualizada transpondo ao contexto de ensino/aprendizagem da arte. Desta forma: “Com estes referenciais, Barbosa estrutura a “metodologia triangular”, que surgiu no âmbito do ensino de arte no Brasil em 1983. A posteriori o termo “metodologia” foi revisado pela autora, que afirma ser a metodologia uma prática atribuída aos professores em seus processos cotidianos de ensino e que, deste modo, não pode ser aplicada como um modelo a ser seguido. Para tanto, substitui o termo para “proposta” ou “abordagem triangular”.

Uma “proposta” substitui a “bula metodológica” por modos possíveis com os quais se pode aprender. Deste modo, a proposta triangular tem por objetivo inter-relacionar a leitura de imagem (e a fruição estética), o fazer artístico e a contextualização (a história da arte). Repete o lido com precisão mais raramente ensaia algo pessoal. Fala bonito de dialética, mas pensa mecanicistamente. Pensa errado. É como se os livros todos cuja leitura dedica tempo farto nada devessem ter com a realidade de seu mundo. ” (FREIRE,1996). BUBLITZ, Barbara Mariah Retflzaff. A proposta triagular do ensino da arte e o ciberespaço: indícios da manutenção de um desencontro. Anais do X Encontro do Grupo de Pesquisa Educação, Arte e Inclusão – 01,02 e 03 de Dezembro de 2014.

Florianópolis: CEART/UDESC, 2014. FREIRE, Paulo. ARTE. Disponível: <http://www. propostacurricular. sed. sc.

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