A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO CONTEXTO ESCOLAR

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

– Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – na formação de professores, como também discutir possibilidades para o fortalecimento da identidade docente. A primeira parte do livro está organizada em três capítulos. No primeiro capítulo, Políticas de formação em cenário de reforma, Sofia Lerche Vieira discute os impactos da globalização nas formas de reorganização do Estado e nas políticas de formação de professores; no segundo capitulo, Formação dos profissionais da Educação pós-LDB: Vicissitudes e perspectivas, Leda Scheibe, retoma a história das reformas nos sistemas de ensino brasileiro, discutindo continuidades e rupturas nos modelos de formação de professores; no capítulo três, Professor: Tecnólogo do Ensino ou agente social?, Ilma Passos Alencastro Veiga, analisa a formação de professores no contexto das mudanças contemporâneas propondo uma reflexão a partir de duas categorias agregadas à identidade dos professores pelas dinâmicas e exigências da globalização: tecnólogo de ensino e agente social.

Na segunda parte estão os estudos que discutem os desafios e as implicações pedagógicas impostas pelas “novas” funções sociais atribuídas aos professores pela globalização: no capítulo quatro, Formação Pedagógica do profissional da Educação no Brasil: uma perspectiva de análise, Olga Teixeira Damis, contextualiza a formação de professores numa perspectiva histórica e social, problematizando a forma pela qual as estruturas institucionais e acadêmicas interferem e determinam a construção das identidades docentes; n capítulo cinco, A adjetivação do professor: Uma identidade perdida?, escrito por Ana Lúcia do Amaral, a pesquisadora traça um histórico da formação de professores no Brasil analisando os elementos que determinam a descaracterização do trabalho docente, concluindo com uma proposta de intervenção para o ensino fundamental; por fim, no capítulo seis, Identidade docente em tempos de educação inclusiva, Lucíola Licínio de Castro Paixão Santos problematiza a identidade do professor diante dos dilemas sociais impostos pelo cotidiano, especialmente com relação às desigualdades sociais e econômicas que mantem historicamente os processos de exclusão.

O livro Profissionais de Educação Infantil: gestão e formação de Sonia Kramer, lançado em 2005 pela Editora Ática, também explora a temática da formação de professores, mas com foco nos professores da Educação Infantil. Por fim, no quinto capítulo, Educação Infantil e formação, Sonia Kramer apresenta uma reflexão sobre as escolhas teóricas e metodológicas para a construção do livro. Ao retomar os eixos centrais de cada capitulo, a autora problematiza a falta de continuidade das políticas públicas e reafirma a necessidade de investimento nas crianças e nos professores, durante a formação e atuação em sala de aula. Na conclusão a autora destaca as descontinuidades, tensões, contradições e os impasses que marcam as políticas públicas direcionadas à formação de professores.

Destaca a necessidade de reformas educacionais por meio de políticas públicas que não escravizem os professores à práticas burocráticas mas que aproximem teoria e prática, valorizando e aproximando as diferentes concepções de infância, currículo e atendimento que estão presentes no dia a dia escolar. Outro livro de relevância para esta resenha temática é resultado do estudo de Joana Paulin Ramanowski, foi lançado no ano de 2007 pela Editora IBPEX, Formação e profissionalização docente. Vale destacar que para os autores as mudanças proposta estão alinhadas aos interesses econômicos internacionais. No livro Formação de Professores: políticas e debates, Ilma P. Alencastro Veiga, no capítulo Professor: Tecnólogo do Ensino ou agente social?, evidencia como a formação do professor na perspectiva de um tecnólogo de ensino está embasada pelo projeto neoliberal defendido pelo Banco Mundial de atrelar a educação às demandas do mercado econômico.

De acordo com Alencastro: O tecnólogo do ensino parece ser a figura dominante dentro da reforma educacional brasileira, detalhada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena (BRASIL/CNE/CP 2001). O Tecnólogo do ensino define-se mediante a lógica do poder constituído, e procura adequar a formação de professores às demandas do mercado globalizado. O resgate histórico da formação de professores no Brasil chama a atenção para uma sociedade que está em permanente mudança. Seja por fatores externos ou internos, os professores sofrem diretamente os impactos das mudanças sociais que resultam em transformações culturais e também em transformações legais. Neste cenário de constante transformação a formação de professores de forma pontual demonstra-se ineficiente porque além de promover rupturas em processos e projetos educacionais, fragiliza a identidade docente e leva a uma perda de sentido do trabalho realizado.

As obras analisadas evidenciam a dialética do trabalho docente onde o professor é ao mesmo tempo transmissor e produtor de conhecimento. Essa relação dialética faz com que seja necessária uma constante atualização que viabilize a reflexão e a ação com base em conhecimentos constantemente atualizados. A percepção de si mesmo como um sujeito em constante aprendizado produz uma autoimagem positiva, simultaneamente fortalecendo a identidade profissional. As obras analisadas permitem concluir que o debate sobre a formação de professores envolve a reformulação dos conteúdos, dos objetivos e das práticas de formação, sendo fundamental a compreensão de que a formação que ocorre no contexto escolar é de grande importância para a construção e valorização da identidade docente.

Concretamente as políticas públicas direcionadas à formação de professores deveriam incluir atividades especiais para os professores no ambiente escolar a fim de privilegiar as experiências sociais e pedagógicas que acontecem no cotidiano escolar, estimulando os professores a buscar coletivamente, conhecimentos vinculados ao contexto no qual estão inseridos. Em suma, em uma sociedade marcada por fortes e rápidas mudanças a articulação entre a formação nos espaços acadêmicos e a formação no contexto escolar parece ser o melhor caminho para unir teoria e prática na formação do professor, além de romper com a distância entre a formação individual e a formação coletiva. Cabe assinalar que a escola é um espaço social extremamente rico pela diversidade de encontros geracionais e culturais.

Por fim, os trabalhos de Veiga e Amaral (2002), Kramer (2005) e Ramanowski (2007) chamam a atenção para a importância da formação continuada em contexto escolar como caminho mais viável para o fortalecimento do trabalho em equipe e para o desenvolvimento de estratégias de aprendizagem que promovam o encontro entre diferentes saberes, formais e não-formais, que tornem possível a emancipação dos sujeitos nas realidades específicas de cada escola. Referências KRAMER, Sonia. Profissionais de Educação Infantil – gestão e formação. São Paulo: Ática, 2005. ROMANOWSKI.

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