A FORMAÇÃO CONTINUADA FRENTE AO ALUNO PORTADOR DE TDAH

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Analisamos diante de autores como BRASIL (1996 - 2017), BARKLEY (2002), BELLI (2008), BENCZIAK (2000) e MATTOS (2005) entre outros que a educação é à base do desenvolvimento humano, portanto, é papel primordial da escola, possibilitar condições de (re) construção do conhecimento e através de nosso estudo é possível evidenciar a formação continuada do professor frente ao atendimento do aluno portador de TDAH como instrumento do saber, responsável pelas principais interações e relações, propiciando assim, uma aprendizagem significativa e estimulando o desenvolvimento integral da criança. Palavras-Chave: Aprendizagem; Formação Continuada; Inclusão; TDAH – Transtorno de Déficit de Aprendizagem e Hiperatividade SUMÁRIO INTRODUÇÃO 4 DESENVOLVIMENTO 6 1. O que é aprendizagem? 6 Processo de Ensino Aprendizagem 6 2. A Docência como Mediadora na Aprendizagem 9 3. TDAH. O estudo justifica-se pela possibilidade de oportunizar uma melhor compreensão do que existe e do que falta para que os professores possam melhorar em seu trabalho e o rendimento do aluno com TDAH.

Entende-se, portanto, que esta reflexão permitirá repensar o que poderia se aprender com professores que têm alunos com TDAH e se estes estão contribuindo para a o acesso de seus alunos ao conhecimento. Para o desenvolvimento desse trabalho, o primeiro tópico aborda o processo de ensino aprendizagem e seus enlaces, bem como a ação mediadora dos educadores. No segundo tópico identificou-se o aluno portador de TDAH, suas características e necessidades e atuação docente diante esse aluno e no terceiro tópico discutiu-se sobre a inclusão desse alunado específico e a formação contínua do educador como instrumentos da aprendizagem e estimulador do desenvolvimento integral da criança. Utilizando-se do método de revisão da literatura, através de pesquisas bibliográficas, avaliação e análise dos artigos selecionados na pesquisa, interpretação e discussão dos resultados obtidos e apresentação da revisão, bem como utilizar-se das experiências vividas dentro do ambiente escolar levando em conta opiniões, relatos e fatos ocorridos dentro de uma unidade escolar.

Assim, ele participa da transformação do mundo. Aprendizagem é fenômeno do dia-a-dia que ocorre desde o início da vida. A aprendizagem é um processo fundamental, pois todo indivíduo aprende e, por meio deste aprendizado, desenvolve comportamentos que possibilitam viver. Todas as atividades e realizações humanas exibem os resultados da aprendizagem.  (PORTO, 2009, p. O processo de ensino faz a interação entre dois momentos fundamentais: a transmissão e assimilação ativa, tanto de conhecimentos quanto de habilidades. Dessa forma, cabe ao professor ensinar de modo que se tenha uma organização didática dos conteúdos que venha a instruir condições de aprendizagem, de forma que ele controle e avalie as atividades. No processo ensino-aprendizagem, em qualquer contexto em que se esteja inserido, ´e necessário que se conheça os conceitos que integram este processo como elementos fundamentais para uma aprendizagem de qualidade (BELLO, 1993).

O desenvolvimento do processo de ensino exige do professor conhecimentos a respeito da aprendizagem e de fatores que nela intervêm. É possível aprender tanto no cotidiano quanto no ambiente escolar, porém são aprendizagens com características e propósitos diferentes. Precisa ser elogiado, estimulado e reconhecido para ter autoconfiança e otimismo. Precisa ter a sua ânsia de saber estimulada, pois exercita o raciocínio lógico e a reflexão. O sentido da aprendizagem para o aluno está em ter alguém para valorizar e reconhecer seus conhecimentos anteriores, desenvolvê-los e alcançar novos conhecimentos, possibilitando a conquista de metas e objetivos pessoais, além de instruir socialmente esse indivíduo. Respeitando os sonhos, as frustrações, as dúvidas, os medos, os desejos dos educandos, crianças, jovens ou adultos, os educadores e educadoras populares têm neles um ponto de partida para a sua ação.

Insista-se, um ponto de partida e não de chegada. Assim, fica clara a necessidade do professor propiciar que estimule e propicie o aluno a compreender e executar os comportamentos que se pretende ensinar. Assim, para Skinner: um professor, ao montar uma situação de aprendizagem, deve sempre se questionar sobre os reforçadores que estão e irão ser utilizados e na forma como estão dispostas as contingências de reforço. Essas questões podem levar o professor a rever a sua estratégia de ensino, tornando-a mais eficaz. SKINNER, 1972) O professor, como coautor da educação, é aquele que constrói sua prática pedagógica na relação entre conhecimento e ação, entre o saber fazer e o saber sobre o fazer, “com o objetivo de conseguir um fim, buscando uma transformação [.

cuja capacidade de mudar o mundo reside na possibilidade de transformar os outros” (SACRISTÁN,1999, p. Eles encontram muita dificuldade em prestar atenção e às vezes também aprender. Como são incapazes de filtrar estímulos, são facilmente distraídas, estão sempre em movimento, e incapazes de ficar quietas Belli (2008) determina que as crianças portadoras de TDAH agem impulsivamente, instintivamente, sem pensar ou se preocupar com as consequências. Contudo, apresentam-se muito criativos, criando momentos e situações inusitadas. Ou seja, as crianças com TDAH têm suas características bem explícitas. A autora explica ainda que as crianças com TDAH têm muitas coisas em comum, mas não são necessariamente iguais em seu comportamento, algumas podem apresentar determinados sintomas enquanto outras não.

“A impulsividade é um fator importante no panorama do TDAH, pois pode causar desde um prejuízo significativo na interação social da criança a ações que promovam um risco físico real”. A criança portadora de TDAH é um indivíduo desatento, o que determina sua atenção diferente as demais crianças, deixando de realizar as atividades com tanto cuidado quanto elas. Com isso seu desempenho escolar também fica prejudicado, criando-se assim, uma dificuldade na aprendizagem. É fato que nem todas as crianças terão as mesmas dificuldades, nas mesmas disciplinas. Os indivíduos com TDAH segundo Belli (2008, p. O professor, no seu trabalho diário, precisa aplicar estratégias pedagógicas utilizando diferentes recursos e metodologias para ajudar o aluno, bem como integrar a família nesse processo.

Nesse sentido, Rohde afirma: O aluno com TDAH impulsiona o professor a uma constante reflexão sobre sua atuação pedagógica, obrigando-o a uma flexibilidade constante para adaptar seu ensino ao estilo de aprendizagem do aluno, atendendo, assim as suas necessidades educacionais individuais. ROHDE, 2003, p. Estratégias Inclusivas Frente o Aluno com TDAH Diante do descrito, os educadores precisam determinar diretrizes e ‘combinados’ com seus alunos e aplicá-las visando alcançar êxito junto ao aluno com TDAH, uma vez que, as regras poderão facilitar o processo de ensino. Seria interessante ainda, o professor estabelecer essas regras no coletivo, construí-las junto com os alunos para que percebam a importância das mesmas para a boa convivência da turma. Essa conduta do professor é importante uma vez que, como afirma Mattos (2005, p.

Todos os sujeitos com TDAH têm facilidade de desviar-se de uma tarefa provocado por algum outro estímulo, porém são capazes de prestar atenção por longo tempo em situações que envolvam novidades, alto valor de interesse pessoal, intimidação ou se ficarem a sós com um adulto; é o que chamamos de hiperfoco. Diante disso, o educador deve lançar mão de diversas estratégias e recursos para possibilitar o processo de ensino aprendizagem que seu aluno. Segundo BELLI (2008, p. o professor deve “[. Os profissionais devem sempre estar nos atualizando e se reciclando algumas das ideias que são utilizadas em sala de aula, além disso, não se deve deixar de citar os profissionais que já estão no mercado de trabalho há mais tempo e devem procurar novos métodos de se trabalhar em sala de aula, pois alguns deles se formaram anteriormente a construção desse paradigma da Educação Inclusiva.

Ao desenvolver o seu trabalho, o educador estará formando alunos que levarão esses conhecimentos para a vida, fazendo com que eles sejam cidadãos participativos na sociedade da qual faz parte. Então não podemos parar no tempo da faculdade e ficar trabalhando apenas com o que foi aprendido neste período, deve buscar novos conhecimentos e aprimora-los em sala de aula. Acreditamos que para sermos bem-sucedidos em nossa jornada devemos estar sempre buscando novos conhecimentos e métodos de ensino para que ao trabalharmos a inclusão ele possa ser de modo que traga benefícios e não ao contrario excluindo o aluno que de algum modo já é excluído pela sociedade de algum modo, seja ele através do preconceito ou falta de acesso a determinados coisas que consideramos “normal”.

Como trabalhamos com a transmissão de conhecimentos devemos estar nos atualizando sempre, buscando novos métodos de ensino, aprimorando métodos tradicionais que ao longo dos anos se concretizaram nos ambientes escolares e que até hoje é considerado como ferramenta básica para a educação. Os conhecimentos e as aptidões requeridos são basicamente os mesmos de uma boa pedagogia, isto é, a capacidade de avaliar as necessidades especiais, de adaptar o conteúdo do programa de estudos, de recorrer á ajuda da tecnologia, de individualizar os procedimentos pedagógicos para atender a uma maior número de aptidões. Por professor capacitado entende-se aquele que atua em classes comuns com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais e que comprove que em sua formação, de nível médio ou superior, teve conteúdos ou disciplinas sobre educação especial e desenvolvidas competências para: I – perceber as necessidades educacionais especiais dos alunos; II – flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas do conhecimento; III – avaliar continuamente a eficácia do processo educativo; IV – atuar em equipe, inclusive com professores especializados em educação especial.

LDBN) O professor especializado em educação especial é aquele que desenvolve estratégias e recursos para identificar as necessidades educacionais especiais, compreender, diagnosticar e implementar propostas educativas a essas necessidades, apoiar o professor da classe comum, agir nos processos de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, ampliando estratégias de flexibilização, adaptação curricular e práticas pedagógicas alternativas, entre outras, e que possa comprovar: i. formação em cursos de licenciatura em educação especial ou em uma de suas áreas, preferencialmente de modo concomitante e associado à licenciatura para educação infantil ou para os anos iniciais do ensino fundamental; e ii. complementação de estudos ou pós-graduação em áreas específicas da educação especial, posterior à licenciatura nas diferentes áreas de conhecimento, para atuação nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.

Para que se possa obter uma resposta positiva ao seu trabalho, essa desenvoltura terá que existir independente da heterogeneidade encontrada em sala de aula. Todo educador deve se reciclar constantemente através de cursos e treinamentos de capacitação pedagógica, com foco em metodologias, ética, desenvolvimento de materiais, dinâmicas, identificação do perfil dos alunos, dentre outros. Segundo Silva (2003), não basta ser um bom pesquisador, necessário se faz que seja, também, um bom transmissor de conhecimentos. Acredita-se, por tanto, que o professor deve além de realizar pesquisas, ser uma ponte para o alcance do conhecimento do aluno, através da transmissão de conhecimentos. Diante da prática docente, Batista (2008) comenta que, no mundo contemporâneo, o mesmo não deve se limitar em sua ação profissional, perpetuando uma educação bancária, sendo o transmissor e muitas vexes, reprodutor dos saberes.

se caracteriza por alguns elementos tais como: Currículo especial ou adaptações ao currículo comum, recursos materiais, equipamentos e aparelhos específicos e pessoal profissionalmente preparado. Dentre tais elementos, o pessoal profissional particularmente o professor, constitui o pilar fundamental. Evidentemente ao lado das condições gerais e especificas de que dispõe para o desenvolvimento de seu trabalho e de sua posição no contexto educacional e social em que atua, a competência profissional do docente “põe em cheque” o funcionamento da educação escolar. Necessariamente mediadas pela educação comum, educação especial e a situação de excepcionalidade na educação escolar dependem fundamentalmente da qualidade ou da competência dos professores comuns ou especializados. p. É de direito do aluno com NEE - Necessidades Educativas Especiais e de todos os indivíduos é uma educação pública, garantindo a qualidade de padrões pré-estabelecidos de uma, porém isso depende de reorganização escolar integral, diante de um sistema como um todo, no que tange a vertente de aceitação, mas também na valorização das diferenças.

Esta valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, os que fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo respeito ao ato de aprender e de construir, assim em 1988, com a promulgação da nova Constituição Federal: Art. foi aportado que: A Educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I- Igualdade de condições para o acesso e permanência na 4 escola; [. Através das interações humanas, portanto, é papel primordial do educador, possibilitar condições de (re) construção do conhecimento, abordando a estratégia pedagogia de Projetos na Educação Infantil é possível criar-se a empatia e vínculo necessários para auxiliar no processo de ensino aprendizagem desses alunos.

Trabalhar com essa estratégia é assegurar a máxima rotação de informações e conhecimento, tendo em vista que um projeto só é criado pelo e para um “problema real e significativo” Ainda, pode-se destacar que no educar não há limite, não devemos nos prender em transmitir informações ou focar em apena uma solução e caminho a ser seguido, mas sim em auxiliar o educando a tomar consciência de si mesma, dos outros e do meio em que está inserido. É ofertar diversas ferramentas e mecanismos para que a pessoa consiga escolher dentre inúmeros caminhos, aquele que assegurará seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um transtorno complexo, pois apresenta várias comorbidades.

Daí a necessidade de ser estudado com cuidado e destreza. Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade TDAH. São Paulo: Artmed, 2002. BATISTA, Valter Pedro.  O professor pesquisador e a educação continuada. Disponível em: <http://www. BENCZIK, Edyleine B. P. Manual da escola de transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: versão para professores. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000. BEREOHFF, Ana Maria P; LEPPOS, Ana Lúcia E FREIRE, Helena Vasconcelos. br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes. pdf. Acesso em: 28 abr 2017 ______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www. Acesso em: 29 abr 2017 ______. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Disponível em: portal. mec. gov. ENRICONE, J. R. GOLDBERG, K. Necessidades educativas especiais: subsídios para a prática.

Edifapes: Erechim, 2007 GRAEFF, Rodrigo Linck; VAZ, Cícero E. Trad. Fátima Murad, Porto Alegre : Artmed, 2004. MATTOS, Paulo. No Mundo da Lua: Perguntas e Respostas sobre Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade em Crianças, Adolescentes e Adultos. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2009. RODRIGUES, Amanda de Cássia Rodrigues e. A didática como fator de qualidade no processo de ensino aprendizagem. Anais Fiped V, v. n. Mentes Inquietas: entendendo melhor o mundo das pessoas distraídas impulsivas e hiperativas. São Paulo: Editora Gente, 2003. SKINNER, Burrrhus Frederic. Teorias de aprendizagem são necessárias? Rev. Brasileira de Análise ______. São Paulo: Manole, 2004.

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