A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização

Tipo de documento:PTI

Área de estudo:Letras

Documento 1

DESENVOLVIMENTO 5 2. A trajetória da educação de jovens e adultos analfabetos ou com baixa escolarização no Brasil. A função social da escola 8 2. Desafios e possibilidades para a efetivação do direito à educação de jovens e adultos 9 2. O professor e o processo avaliativo na EJA 10 3. Na sequência, tratamos dos desafios e das possibilidades para a efetivação do direito à educação de jovens e adultos no país e, por fim, no último tópico, vamos debate sobre o processo avaliativo para os estudantes que frequentam a EJA. A trajetória da educação de jovens e adultos analfabetos ou com baixa escolarização no Brasil. A EJA, deve ser compreendida a partir do contexto histórico, político e social do país. Isso significa considerar que desde o processo de educação, estabelecido na colonização, através da aculturação dos povos originários, constituem-se as raízes que impactaram (e ainda impactam) o desenvolvimento da dessa modalidade de ensino.

Os primeiro movimentos de educação de crianças e adultos são exercidos através da atuação das missão religiosas que atuaram como verdadeiros instrumentos do processo de formação da sociedade em construção, com a transmissão da língua portuguesa, da catequização e dos costumes dos colonizadores (HADDAD e DI PIERRO, 2000; FREDRICH et al. No início do Século XX, a sociedade passa a exercer pressão para que o governo tomasse alguma atitude para eliminar o analfabetismo, compreendido como a causa do subdesenvolvimento, creditando, porém, a culpa nos próprios analfabetos pela sua situação (STRELHOW, 2010, p. A partir do 2° Congresso Nacional de Educação de Adultos, em meados do século passado, ganha destaque a experiência do grupo pernambucano, liderado por Paulo Freire, que “propunha uma renovação dos métodos e processos educativos, abandonando os processos estritamente auditivos que o discurso seria substituído pela discussão e participação em grupo” (PAIVA, 1973 apud, STRALHOW, 2010, p.

favoreceu uma mudança no pensamento em relação às práticas metodológicas estabelecidas, colocadas em xeque ao evidenciar que a alfabetização de jovens e adultos seguiam as mesmas estratégicas utilizadas para alfabetização infantil. Propunha-se então, novas práticas em busca de uma EJA com maior eficiência, favorecendo, inclusive, a inserção da população adulta na vida política do país (PAIVA, 1973, p. apud HADDAD e DI PIERRO, 2000, p. Também é determinado que haja a articulação da EJA com a educação profissional, ressaltando o caráter da formação voltada ao mundo do trabalho. Entretanto, essas novas diretrizes não lograram a efetividade esperada. Durante toda a década de 1990, várias foram as ações desarticuladas que pretendiam resolver o analfabetismo da população brasileira, deixando à mercê dos municípios e de associações da sociedade civil a responsabilidade de minimizar este problema social.

Destaca-se, nesse período, que as ações do Governo Federal para a EJA, “guardam entre si pelo menos dois traços comuns: nenhum deles é coordenado pelo Ministério da Educação e todos são desenvolvidos em regime de parceria, envolvendo diferentes instâncias governamentais, organizações da sociedade civil e instituições de ensino e pesquisa”. HADDAD e DI PIERRO, p. Percebemos, então, que os problemas sociais atribuídos à baixa escolarização do país, se resumem ao desenvolvimento econômico e aos interesses da classe dominante. E é aí que surge a proposta do modelo de Educação de Paulo Freire construída sobre a compreensão de que “cada homem é um ser no mundo, com o mundo, e com os outros” (SILVA e WEIDE, 2014, p. À esta compreensão, importa acrescentar qual é o público da educação de jovens e adultos: O público do EJA é constituído por jovens e adultos [.

por essa singularidade nos dirigimos a uma faixa etária diferenciada, com características próprias. Primeiramente jovens e adultos não podem ser tratados como crianças. No limite, o principal desafio é proporcionar uma EJA que contribua para o afloramento crítico dos indivíduos que por ela passem. A partir daí haverá a possibilidade de efetivar no país uma educação de jovens e adultos analfabetos ou com baixa escolarização que mude a direção dos resultados percebidos até agora. O professor e o processo avaliativo na EJA Dadas as discussões dos tópicos anteriores, é necessário repensar a atuação do professor da EJA em relação ao papel avaliativo. Uma possibilidade é encontrada em Nascimento e Souza (2013) que trazem o debate sobre a adoção da avaliação formativa nas práticas de ensino.

Conforme as autoras, a avaliação formativa é concretizada mediante estreita relação professor/aluno [. As reflexões realizadas contribuíram para compreender o papel que o profissional de educação deve ser capaz de fazer ao atuar nesta modalidade de ensino. Isso perpassa pela compreensão das especificidades dos sujeitos que acessam a EJA, bem como, pela adoção de processos avaliativos que ampliem a efetividade na aprendizagem destas pessoas. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1988. p. FERRARO, Alceu Ravanello; KREIDLOW, Daniel. Analfabetismo no Brasil: configuração e gênese das desigualdades regionais. Educação e Realidade. Jul/dez 2004. Disponível em: <https://seer. Disponível em:< http://www. scielo. br/pdf/ensaio/v18n67/a11v1867> Acesso em 30 abr.

HADDAD, Sérgio; DI PIERRO, Maria Clara. Escolarização de jovens e adultos. SILVA, Adnilson José da; WEIDE, Darlan Faccin. A função social da escola. Disponível em < http://repositorio. unicentro. br:8080/jspui/bitstream/123456789/945/5/Fun%C3%A7%C3%A3o%20Social%20da%20Escola. unicamp. br/revista/edicoes/38/art05_38. pdf > Acesso em 30 abr.

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