A CULTURA E SEU CONTRÁRIO

Tipo de documento:Resumo

Área de estudo:Artes cênicas

Documento 1

De acordo com o site da Secretaria da Cultura do Paraná1, o autor Teixeira Coelho possui graduação em Direito pela Universidade Guarulhos (1971), mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1976), doutorado em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada) pela Universidade de São Paulo (1981) e pós-doutorado na University of Maryland, EUA (2002). Coelho atua como consultor do Observatório de Política Cultural do Instituto Itaú Cultural de São Paulo.   O livro A cultura e seu contrário: cultura, arte e política pós 2001 possui 160 páginas, e o autor organizou a sua estrutura a partir de uma introdução sobre o tema e cinco capítulos de conteúdo. O primeiro capítulo é intitulado “Nem tudo é cultura”. Neste primeiro momento, o autor questiona o conceito etnológico da cultura, proposto pelo antropólogo britânico Edward Burnett Tylor.

O autor exemplifica ressaltando o fato de que patrimônios materiais acabaram perdendo importância em política cultural ao longo dos anos, ao passo que o patrimônio imaterial, composto pela linguagem, dança, comportamento das pessoas e grupos ganharam um maior reconhecimento. Coelho destaca que a estabilidade da cultura teve início a partir do século 19, quando teóricos passaram a estudá-la e utilizá-la como instrumento de políticas de diversas orientações direcionadas para a sustentação do Estado-nação. O autor salienta o fato da expressão “dinâmica cultural” voltar a receber novamente o seu real significado, o de movimento. Para Coelho, o movimento é a forma e a matéria da cultura, fazendo parte de sua alma. Coelho enfatiza que a globalização não significa a aniquilação de culturas ou o conflito destas, mas sim um grande deslocamento de culturas em diferentes direções, fato que por vezes resulta em transformações e modificações em cada uma delas.

“Antonio Negri, diz hoje que o poder da multidão é sua capacidade de amar, poder que ele por inferência não enxerga no Estado — o amor, essa força capaz de criar e implementar o desejo de emancipação com o qual Estado tal como existe não pode sequer sonhar” (COELHO, 2008, p. “Cultura e negatividade” é o título do quarto capítulo, onde Coelho inicia evidenciando o fato das relações entre cultura e violência e cultura e paz serem temas recorrentes nas atuais discussões sobre cultura e política cultural. Para o autor, a cultura também pode ser vista como instrumento de promoção da paz e da vida com qualidade. Coelho investiga alguns dos modos de representação da cultura diante de nossa violência cotidiana, com o objetivo de relembrar e investigar como se tem pensado e se pensa a cultura em relação à violência e à promoção da qualidade de vida, buscando compreender “de que modos se espera que a cultura tenha uma atuação benéfica no quadro de desespero mal disfarçado que vivemos, quais as reais possibilidades de retirarmos da cultura algo de proveitoso para a vida humana neste mais que conturbado início de século 21” (COELHO, 2008, p.

Ao tratar da representação da cultura em relação à violência, Coelho também desenvolve no quarto capítulo algumas figuras para a cultura: ela atuando como refúgio, como violência, como boa cultura, como positividade e como negatividade. Pare ele, a obra de cultua é resultado de um processo coletivo, já a obra de arte diz respeito somente ao indivíduo criador: A obra de cultura é uma obra coletiva; no processo, o nós é mais determinante que o eu: não quer dizer que nela a participação do indivíduo como indivíduo seja inexistente ou desimportante, mas a obra de cultura não resulta dele, não cabe ao indivíduo e não cabe no indivíduo: não depende do indivíduo a realização de uma obra de cultura.

Inversamente, a obra de arte é determinada em última instância por um indivíduo; o conjunto final de uma obra de arte (um certo filme — não todo filme mas algum filme) pode trazer a marca de vários indivíduos ou, bem mais raro, de um coletivo (a soma de várias marcas individuais não resulta em marca coletiva — não aqui) mas, na obra de arte, o determinante é um indivíduo (COELHO, 2008, p. O autor finaliza ressaltando que ao falar de uma obra de cultura é necessário interpretá-la, esclarecer seu discurso e aclará-lo.

34 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download