A CRUEL PEDAGOGIA DO VÍRUS: Como o capitalismo permitiu o avanço do Covid-19

Tipo de documento:Resenha Crítica

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

O capítulo se inicia com o questionamento sobre a forma que uma sociedade funciona, a qualidade de um sistema é dada por como o mesmo age em sua normalidade, ou essa qualidade é determinada por sua reação diante de uma crise? É de se esperar que uma afirmação não difere tanto da outra, tendo em vista que países com uma maior qualidade do sistema de saúde conseguiram lidar de forma mais assertiva tratando da contenção da pandemia, o que não é o caso, por exemplo, dos Estados Unidos, a maior potência econômica mundial, atualmente estando entre os países com melhor índice de desenvolvimento humano, porém que possuí um sistema de saúde extremamente caro e não muito abrangente. Por outro lado temos como um ótimo exemplo a França, que foi eleito pela Organização Mundial de Saúde o país com o melhor sistema de saúde, o país também se tornou um excelente exemplo no combate do corona vírus e após as severas medidas restritivas que o país adotou e o início gradativo da reabertura, atualmente é o país que tem o menor aumento diário de casos de corona vírus.

Nesse cenário, o Brasil se encontra em uma situação preocupante, atualmente é o epicentro do corona vírus, sendo superado unicamente pelos Estados Unidos em número de casos, porém tendo a particularidade da subnotificação, ou seja, o número de casos oficiais é menor que o esperado, isso se dá por conta da falta de testes na população, podendo muitas pessoas terem sido contaminadas sem a confirmação disso. O Brasil tem um sistema de saúde, o SUS, que tem o objetivo de ser gratuito, de qualidade e com acesso para todas as pessoas, sem restrição, porém, o cenário que o SUS se encontra é totalmente diferente da proposta, isso se dá por conta do pouco investimento do governo na saúde pública, o mal funcionamento do SUS e o não preparo governamental para uma crise desse tamanho fez com que o Brasil chegasse na situação em que chegou.

Com base em todo esse cenário e a situação em que o mundo se encontra por conta da pandemia, o autor começa a trazer questionamentos sobre a real crise e a origem da mesma. Mas, é possível ver a possibilidade de mudanças não só em escala macro, na forma que os países lidam com a crise, mas também em escala micro, como os indivíduos agem diante dessa situação, como é citado no parágrafo intitulado “A elasticidade do social”, onde vemos a possibilidade e uma nova forma de ver o tempo, algo normalmente tão fragilizado num dia a dia normal, acaba sendo ressignificado em uma situação onde o tempo tem mais atenção e menos limitações, onde ele pode ser aproveitado em sua totalidade, claro, pensando exclusivamente em uma situação de isolamento, nesse caso é notório uma enorme busca de novas atividades para preencher esse tempo que antes era tão cheio que mal podia ser aproveitado, essa busca por atividades para se manter em movimento é uma forma de lidar com o afastamento da rotina.

Com isso vemos que as mudanças e uma boa administração do tempo é possível sim, porém é um mecanismo do sistema fazer os indivíduos não se sentirem dessa forma. Contudo, os seres humanos são de fato seres comumente adaptáveis, por mais difícil que seja se manter em situação de isolamento social é de se esperar que formas de lidar com essa nova forma de estar serão encontradas. Com tudo isso, o questionamento gerado é de como os governos podem se preparar para situações extremas como essa, é possível de alguma forma prever as possíveis problemáticas que possam ocorrer com o avanço da globalização? É notório que sim. Dessa forma, como os políticos podem propor ações e colocá-las em prática para evitar que essas calamidades ocorram e causem um impacto tão negativo no modo de vida dos cidadãos? São questões para serem pensadas a longo prazo, porém com certa urgência, visto a forma com que as situações mais problemáticas podem rapidamente avançar.

ed. Coimbra: Edições Almedinas, S. A. p. UOL. globo. com/to/tocantins/noticia/2020/05/14/atraso-no-pagamento-da-segundaparcela-do-auxilio-emergencial-deixa-trabalhadores-preocupados. ghtml. Acesso em: 27 jun. Folha de S.

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