A CONTRIBUIÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PARA A EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Gerenciamento de Projetos

Documento 1

A partir desta perspectiva a educação empreendedora propaga-se pela sociedade. As responsáveis por esta difusão são, basicamente, as Instituições de Ensino Superior. Elas são capazes de oferecer importantes contribuições ao ensino do empreendedorismo. O objetivo deste artigo é analisar esta contribuição na formação de indivíduos empreendedores. Este estudo exploratório adotou, como procedimento de coleta de dados, a pesquisa bibliográfica, além do método bibliométrico. This exploratory study adopted, as data collection procedure, the bibliographic research, besides the bibliometric method. Even with the growing interest on the subject, the result is far from meeting the demands of society. HEIs need to implement day-to-day business practices where the student learns by performing. Although dissonant with the ideal, HEIs play a fundamental role in transforming students into entrepreneurs.

Keywords: Entrepreneurship, Entrepreneurial Education, Entrepreneurial Education, Entrepreneur. “Ainda que uma educação formal não seja necessária para iniciar um negócio, ela realmente oferece uma boa experiência, em especial quando tem a ver com a área do empreendimento” (HISRICH e PETERS, 2004, p. MÉTODO O estudo realizado é exploratório. Para Gil (2010) a finalidade da pesquisa exploratória é oferecer um panorama global sobre determinado tema pouco explorado e difícil de exprimir conjecturas precisas. A pesquisa exploratória é o primeiro passo para uma investigação mais abrangente e seu resultado final é uma questão mais compreensível capaz de apuração. Levantamentos bibliográficos e documentais são normalmente utilizados quando seu objetivo é exploratório. Hoje, comumente associado à medida, voltada a qualquer tipo de documento, o termo está relacionado ao estudo dos processos quantitativos da produção, disseminação e uso da informação e designa também os processos e mecanismos avançados de busca on-line e técnicas de recuperação da informação.

BUFREM e PRATES, 2005, p. Esta investigação utilizou a bibliometria para reconhecer os principais autores e periódicos que versam sobre o ensino do empreendedorismo na área de administração Destacou-se primeiramente a expressão “educação empreendedora”. Em virtude do número reduzido de artigos escolheram-se outras palavras como “empreendedorismo”, “educação”, “empreendedor”, e “empreender”. Após análise individual dos artigos dos artigos pesquisados com essas palavras e nenhum registro obtido, realizaram-se outras combinações: a palavra “empreendedorismo” como título e “educação” como assunto; depois a palavra “educação” como título e “empreendedorismo” como assunto. O novo antecipa a obsolescência de bens e serviços oriunda das transformações tecnológicas de um cenário volátil e dinâmico. Para Drucker (2008), o empreendedorismo adota a inovação como parte essencial da rotina, a norma, a base para segurança de todo empreendimento, todos envolvidos no esforço da inovação (DORNELAS, 2008).

Tornar-se receptiva, desejar e conquistar a inovação elabora Drucker (2008), resguarda a empresa do envelhecimento e do declínio. “Todo organismo precisa eliminar seus produtos residuais ou se envenena” (DRUCKER, 2008, p. A inovação é o ato que contempla os recursos com a nova capacidade de criar riquezas. HISRICH e PETERS, 2004). Diferente segundo Drucker (2008), significativamente, da administração tradicional, uma estrutura burocrático- mecanicista (KAST e ROSENZWIEG, 1980), com seus sistemas de compensações e estímulos conservadores. Uma estrutura onde prevalece espera e apego às instruções; não tentar; não errar; não fracassar. Tem caráter hierárquico e pré-determinados procedimentos, relatórios e instruções. Estimuladas a empreender as pessoas são inovadoras e criativas dentro do círculo da sua competência, concluem Kast e Rosenzwieg (1980).

Esta valorização comparam Guerra e Grazziotin (2012), acontece no curso de administração e, fundamentalmente, nos cursos referidos às novas tecnologias pressionados pelas mudanças em todos os setores do mercado de trabalho e pelo crescimento da relevância da micro e da pequena empresa no panorama mundial. Diante disto, órgãos governamentais e não governamentais, universidades e escolas, entidades de classe e demais instituições estão se aproximando para incentivar o comportamento empreendedor em face, essencialmente, da sua relação com o desenvolvimento regional, relatam Schmidt e Bohnenberger (2009). Estas diversas movimentações acerca do empreendedorismo bem como o volume de recursos investidos neste sentido direcionam o olhar acadêmico para a exploração da educação empreendedora. Porém, Novaes e Gil (2009, p. advertem que “as múltiplas manifestações de empreendedorismo indicam a necessidade de novas abordagens acerca do fenômeno empreendedor, que possibilitem o entendimento do processo empreendedor com base na experiência de vida e nas representações das pessoas”.

A Tabela 4 analisa a busca por autores. Tabela 4: Busca por autores. Autores Artigos selecionados Ocorrências Eda Castro Lucas de Souza 4 2 Ivan de Souza Dutra 4 2 José Carlos Assis Dornelas 4 2 Ronald Degen 4 2 A Tabela 4 seleciona os principais autores desta pequena amostra sobre o tema educação empreendedora. Os destaques da tabela são Ronald Degen, professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, introdutor do ensino de empreendedorismo no Brasil em 1981 na referida instituição, autor do livro O Empreendedor e o professor da Universidade de São Paulo, José Carlos de Assis Dornelas, um dos maiores especialistas brasileiros em empreendedorismo e autor de várias obras sobre o tema, entre elas, Criação de novos negócios, Empreendedorismo na prática, Empreendedorism:, transformando ideias em negócios e Empreendedorismo Corporativo.

A Tabela 5 ilustra a busca por revista. Este estudo salienta a importância das IES na formação de cidadãos empreendedores. O caminho para a inovação e para enfrentar a redução de empregos proveniente da nova realidade global passa, obrigatoriamente, por elas e pelas micro e pequenas empresas. Entretanto as IES brasileiras precisam se preparar para o ensino do empreendedorismo. Tanto os autores utilizados para o embasamento teórico da pesquisa quanto àqueles levantados pela bibliometria ressaltam que é necessário modificar as metodologias, as ferramentas e os currículos a fim de desenvolver competências e habilidades empreendedoras nos alunos. A lógica da falta de interdisciplinaridade, da divisão do conteúdo em pedaços de um todo, da sala de aula como único espaço de aprendizagem e da visão do egresso como empregado de empresa precisa de urgente inversão.

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