A CONTRIBUIÇÃO DA NEUROCIÊNCIA PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA EFICIENTE

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Pedagogia. Aprendizagem. INTRODUÇÃO O artigo que se manifesta busca estabelecer o diálogo promissor entre a neurociência e a pedagogia em um núcleo comum de preocupações, qual seja, a aprendizagem. Nesse aspecto, buscam-se os principais pressupostos teóricos que enriquecem o debate sobre a importância do educador em conhecer o funcionamento cerebral em associação a sua prática docente com vistas a uma compreensão empática (Rogers, 1978) sobre os educandos, visando, dessa forma, uma real aprendizagem significativa (Ausubel, 1973) dos alunos. Assim, acredita-se que os estudos e o desenvolvimento constante de novas tecnologias na área da neurociência aportam cada vez mais e intensamente a emergência de novos diálogos, de novas avaliações, ratificações ou retificações da prática docente, estabelecendo, a permanente e inquietante reflexão-ação inerente ao educador (FREIRE, 2017).

Outro elemento fundamental que se encontra nos estudos das neurociências liga-se a sua posição articuladora com a sociabilidade, longe de serem estudos exclusivamente descritivos e biológicos, estes se integram à concepção das interações sociais como fomentadoras desses estímulos que geram posturas comportamentais e aprendizado. Segundo Bransford; Brown; Cockimg (2007) a interação social permite a construção global de sua própria personalidade e no que diz respeito à aprendizagem, esta interação está agregada aos aspectos cognitivos, psicológicos e da própria cultura na qual a criança está inserida. Assim, a aquisição do conhecimento sobre o funcionamento cerebral está na ordem do dia para a formação profissional de professores, Conseza e Guerra (2011) salientam, entretanto, que tal aquisição não se verifica na organização curricular das licenciaturas e na Pedagogia.

Fica claro, dessa forma, que há uma real necessidade da troca de saberes entre a neurociência e a pedagogia, é uma constante tanto mais se desenvolvem tecnologias e pesquisas no campo de estudos da neurociência. Nesse aspecto, Oliveira (2011, p. Outra questão que se coloca nesse diálogo disciplinar vincula-se às questões emergentes sobre a inclusão nas escolas públicas, o quanto os estudos da neurociência podem contribuir para os professores para a compreensão e formulação de estratégias pedagógicas das crianças ditas “especiais” quer para sua maior integração com a sala, quer para a relação ensino e aprendizagem em seus limites cognitivos, de restrição, ou de superdotação. Segundo Cosenza e Guerra (2011) a pedagogia deve propor à neurociência esses casos, como se organizam as funções cerebrais das crianças que apresentam algum distúrbio ou altas habilidades para a reflexão teórica e aplicação prática de intervenção didática com vistas ao sucesso escolar e interação social plena.

A partir dessas questões e em se destacando o ensino e aprendizagem, muitos estudos propõem a fundação de uma disciplina científica baseada na fusão de conhecimentos entre a neurociência e a pedagogia, formulando-se a neuroeducação: o cérebro humano não finaliza seu desenvolvimento, mas reestrutura-se, reorganiza-se constantemente; ideias novas sobre a cognição e o desenvolvimento podem dar novas direções para a educação; a neuroeducação é uma proposta que vem crescendo e se constituindo num campo de intersecção entre educação e neurociência (OLIVEIRA, 2011, p. Diante do exposto e nos limites do presente artigo, pode-se afirmar que novas tecnologias, pesquisas e descrições científicas sobre o funcionamento cerebral, a neurociência, têm se revelado como um novo campo de saber para a prática pedagógica pela relação intrínseca entre neuroplasticidade e a aprendizagem, pela consciência da importância do adulto no fornecimento de estímulos cerebrais para o desenvolvimento da criança e do adolescente, público do sistema educacional de Ensino Básico e pela avaliação e reavaliação de práticas pedagógicas que visem ao desenvolvimento global do indivíduo.

TERMOS FUNDAMENTAIS DA NEUROCIÊNCIA EM DIÁLOGO COM A PEDAGOGIA Pode-se sugerir que nessa nova disciplina científica, a neuroeducação, seu termo fundamental é a neuroplasticidade, definida como “capacidade de adaptação do Sistema Nervoso a nível funcional e estrutural quando o indivíduo é exposto às novas experiências” (OLIVEIRA, 2011, p. a Aprendizagem Significativa é o processo pelo qual um novo conhecimento se relaciona de maneira não arbitrária e não literal à estrutura cognitiva do estudante, de modo que o conhecimento prévio do educando interage, de forma significativa, com o novo conhecimento que lhe é apresentado, provocando mudanças em sua estrutura cognitiva. Assim memória e aprendizagem significativa atuam em eficácia na mediação do conhecimento, onde o professor, nesse processo exerce a função motivadora e estimuladora de conhecimentos prévios, organizados em estruturas cerebrais denominados “subsunçores” que se agregam aos novos conhecimentos a eles relacionados e estes ativados pela memória de longo prazo: subsunçor é uma estrutura específica na qual uma nova informação pode se agregar ao cérebro humano, que é altamente organizado e detentor de uma hierarquia conceitual, que armazena experiências prévias do sujeito.

Em Física, por exemplo, se os conceitos de unidades de medida já existirem na estrutura cognitiva do estudante, esses conceitos servirão de subsunçores para novas informações referentes aos conceitos de velocidade e aceleração (AUSUBEL, 1073, p. apud SILVA; SCHIRLO 2014, p. Outro fator portador de importância para a prática pedagógica é a noção de atenção sob o bojo da neurociência. O cérebro mostra períodos sensíveis para certos tipos de aprendizagem Conhecer e respeitar esses períodos garantem reais expectativas sobre a aprendizagem. O cérebro é programado para testar hipóteses. Estimular o aluno a resolução de situações problemas para gerar soluções e autonomia. O cérebro reage a “lembranças” primitivas de símbolos, de imagens e de gravuras.

Oferecer ao aluno a possibilidade de expressão artística. geocities. ws/flaviookb/neuroedu. pdf. Acesso em: janeiro de 2018. BRANSFORD, J. Porto Alegre: Artmed, 2008. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra. Que Cérebro é esse que chegou a escola? – As bases neurocientíficas da aprendizagem. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2012. ROGERS, C. ROSEMBERG, R. A pessoa como centro. SPRENGER, M. Memória: como ensinar para o aluno lembrar. Tradução: Magda França Lopes. Porto Alegre: Artmed, 2008. SQUIRE, L. usp. br/teses/disponiveis/47/47135/tde-08122009-102302/> Acesso em: janeiro de 2018. ZORZI, J. R. Neurociência Aplicada à Aprendizagem.

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