A CONTRIBUIÇÃO DA EAD NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Fatima Ramalho Lefone. Aprovado pelos membros da banca examinadora em ___/___/___. com menção ____ (________________). Banca Examinadora _________________________________ _________________________________ São Paulo 2017 resumo O presente artigo visa abordar a importância da educação à distância e sua contribuição para a formação de novos professores. A modalidade de ensino EaD tem trazido benefícios para a formação desses profissionais, especialmente onde o há dificuldade de acesso ao ensino superior ou cursos de especialização de modalidade presencial. The study carried out in this paper presents a brief history about the processes of teacher education in the country, concepts and main characteristics of distance education and their application in the context of the training of new teachers. Key-words: Education. Teacher training. Distance education. Pedagogy. O leque de opções para acesso ao conhecimento, atualmente, é muito mais vasto que há anos atrás.

Os avanços tecnológicos possibilitaram novas maneiras de aprender e essa tecnologia aplicada à educação trouxe, além da modernização dos métodos pedagógicos, a democratização da educação, pois possibilita o acesso de pessoas que não seriam elegíveis em educação em modalidade presencial. Além disso, estudar na modalidade online, mais que uma questão de distância, é uma forma de otimizar o tempo, pois não se gasta com deslocamento. Assim, a educação à distância vem ganhando cada vez mais espaço e credibilidade. Educação à distância, chamada também de e-learning ou EaD, não é um conceito novo e já faz parte da nossa história. Talvez por ser a mais rica contribuição da tecnologia à educação, pois facilita a comunicação e o acesso ás informações de forma muito mais rápida e a um custo bem menor (GUAREZI e MATOS, 2012, p.

No Brasil, a partir da década de 90, algumas Universidades foram pioneiras no uso da tecnologia para a educação e se destacaram nessa modalidade de ensino, como a UnB, UFMT e UFSC, de acordo com Guarezi e Matos (2012). Atualmente, existe o reconhecimento e regulamentação do MEC, Ministério da Educação, para essa modalidade de ensino em diversas Universidades e diversos cursos. A educação ampliou suas fronteiras e suas possibilidades ainda mais com a inserção dos smartphones e tablets no mercado. O e-learning, então, evoluiu seu conceito para o que chamamos de m-learning, deixando de ser apenas ensino à distância, mas passando a ser também ensino móvel, uma possibilidade a mais para a educação. CAPÍTULO I – EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA E CENÁRIO ATUAL A EaD vem se desenvolvendo e aprimorando ao longo do tempo, mas já passamos por alguns momentos histórico que foram bastante significativos na sua evolução.

De acordo com Peters (2003) os principais momentos foram: (1) A instrução por correspondência, que acompanhou a industrialização do trabalho, preenchendo lacunas e compensando as deficiências do sistema educacional, especialmente no treinamento profissional, e facilitando o primeiro curso alternativo (um segundo) para a preparação para a entrada na universidade. A educação a distância nos anos 1970, 1980 e 1990, que ajudou as universidades nos países em desenvolvimento a canalizarem um crescente número de alunos que não completaram o segundo grau para a educação superior. Não apenas expandiu a capacidade das universidades, como também desenvolveu novas formas da combinação de trabalho e estudo, introduziu estudos universitários regulares na educação de adultos e inspirou e efetuou importantes inovações pedagógicas. A educação a distância informatizada, que nos permite reagir e lidar com as principais mudanças sociais mencionadas.

Outro passo importante, oriundo da informatização, foi o surgimento dos smartphones, que trouxeram funções que vão além do fazer e receber ligações, mas possibilidade de se conectar a outras pessoas, outros dispositivos e outras redes. Nesse contexto, Bulcão e Renato (apud Litto e Formiga, 2009, p. nos falam que: (. assim como a população mundial jovem que possui telefone celular cresce diariamente, tendo alcançado a marca de cem por cento das pessoas em alguns países e estando em constante crescimento mesmo nos países pobres, as possibilidades da tecnologia crescem de acordo com as necessidades da aprendizagem (BULCÃO e RENATO apud LITTO e FORMIGA, 2009, p. Diante de tantas necessidades da sociedade, cresce e demanda por novas formas de aprendizagem, novos formatos e novos métodos para atender às expectativas dos estudantes.

O aluno pode acessar a qualquer momento o conteúdo do curso por meio de dispositivos móveis como celular, tablet e computador. O contato com os outros alunos e o professor pode ocorrer por chat, fóruns e no encontro presencial que a maioria das instituições oferecem, relata a professora. Ainda segundo ela, muitas práticas de ensino e recursos da educação à distância têm sido absorvidas no ensino presencial, uma vez que tais recursos ativam processos cognitivos típicos da nova geração digital atual (RIZZO, 2015, p. A professora Esmeralda Rizzo (2015) ainda acrescenta a informação de que segundo o MEC: (. o ritmo de expansão de novos ingressantes foi de 12,2% na EAD, em 2013, enquanto n a educação presencial o crescimento médio foi de 4,4% nos últimos anos, sendo que em 2011 e 2012 o ensino à distância teve mais matrículas (12%) do que a educação presencial (3,1%).

Entretanto, conforme afirma alguns teóricos, tais como Valente (2003) e Freitas (2007), alguns desses problemas envolvem a formação do professor e, indiretamente a atuação de seus formadores. Assim, na opinião dos autores, inicia-se um ciclo vicioso, em que professores que tiveram uma educação básica deficiente se formam, também de forma deficiente, para formar alunos em educação básica com baixa qualidade. Essa questão da qualidade, entretanto, deve ser analisada considerando todos os intervenientes e todo o contexto da educação no país e a complexidade de saberes envolvidos. Nesse sentido, Tatto (1993, apud Tancredi, 2006) nos fala que o ensino pode ser considerado como “uma mistura complexa de conhecimento do conteúdo específico, de conteúdo pedagógico e habilidades para ensinar alunos diversos, assim como o conhecimento e a compreensão do contexto no qual o ensino ocorre” (TATTO, 1993, p.

Dessa forma, pode-se afirmar que, como qualquer outra profissão, a docência pressupõe alguns saberes específicos, que envolvem não apenas o domínio do conteúdo próprio para determinada disciplina, mas uma vasta base de conhecimento. Assim, diante dessas novas possibilidades, as relações entre docente em formação e professor mudam bastante, o tempo é otimizado e o não há mais a necessidade de ambos ocuparem o mesmo espaço e horário. Nesta nova modalidade de ensino, os profissionais se veem diante de um desafio: reavaliar sua formação para acompanhar as transformações deste novo modelo de sociedade e suas demandas, repensar o novo perfil de aluno e, consequentemente, uma nova forma de conceber e realizar a mediação aluno-professor-conteúdo na educação à distância para viabilizar uma formação docente com uma base mais forte e maior qualidade.

CAPÍTULO III – EAD NA FORMAÇÃO DOCENTE Com o advento da tecnologia, a educação a distância tem se apresentado, nas últimas décadas, como uma possibilidade para a formação de novos professores e a formação continuada. Ao analisamos as possibilidades que a EaD traz para a formação de professores, encontramos Belloni (2010) que defende a Educação a Distância para a formação de professores no Brasil, pois a modalidade abrange um espaço territorial maior e porque acredita nas possibilidades educativas que as TICs (tecnologias da informação e comunicação) podem agregar na formação docente. Segundo a autora, ao se formar na modalidade EaD, o professor tem a possibilidade de desenvolver o domínio de algumas ferramentas digitais, se apropriando desses instrumentos e podendo utilizá-los em sala de aula.

Nesse panorama, um bom curso a distância oferece aos seus alunos não somente a autonomia para aprender sempre, mas prepara o profissional para trabalhar com seus alunos de uma forma mais atual, mais dinâmica e mais condizente com a realidade atual. Assim, a aprendizagem mediada pela internet tem contribuído para as pesquisas e acesso a informação, além de mostrar potencial para fornecer ferramentas de trabalho ao docente. Almeida (2000) nos auxilia a entender melhor esse processo ao afirmar que: “o processo vivenciado pelo professor em formação o impulsiona a entrar em outras áreas de conhecimento e, ao mesmo tempo, a aprofundar-se em sua própria área, tanto em aspectos relacionados a conteúdos quanto na estrutura de conhecimentos” (ALMEIDA, 2000, p. Diante desse contexto, visando melhorar a qualidade e facilitar o acesso, a educação a distância, no Brasil, tem apresentado crescimento considerável nos últimos anos devido à implementação de políticas públicas na área de formação docente nas licenciaturas e na formação continuada através de programas como, por exemplo, o Pró Formação, Pró-Licenciatura, Universidade Aberta do Brasil e Programa Nacional Escola de Gestores.

Todos estes programas apresentam como foco a formação de profissionais em diversas áreas do conhecimento para atuar com vistas à melhoria da qualidade da educação básica. A autora observou que os alunos formados por meio da modalidade EaD possuem melhores condições para atuar em sala de aula no que se refere ao uso das tecnologias na educação, uma vez que estas já estão inseridas em seu contexto e fizeram parte da sua formação. Isso se deve ao fato de que os alunos dos cursos EaD possuem melhor acesso às tecnologias de comunicação e informação, o que os torna capazes de adquirir autonomia no que diz respeito à utilização desses métodos. Diante do exposto, é possível estabelecer alguns critérios que sustentam a qualidade de um curso de formação de professores a distância.

Um deles é a concepção educacional do curso no que diz respeito aos propósitos da educação do país, os objetivos do curso, conteúdos, currículo, que devem ser elaborados a partir de princípios filosóficos e pedagógicos. Ainda com relação a esse critério, um curso de formação, independente da modalidade presencial ou à distância, precisa ser autorizado por Parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), homologado pelo Ministro da Educação e publicado no Diário Oficial da União. Um sexto critério refere-se à ética na informação, publicidade e marketing. Os cursos on-line de formação devem ter, à disposição do aluno, os documentos legais que autorizam seu funcionamento, os pré-requisitos exigidos, objetivos e conteúdos, preço e condições de pagamento, profissionais responsáveis pelo desenvolvimento do curso, equipamentos, bibliografia, local e horários de atendimento personalizado, meios de comunicação oferecidos para contato com o tutor, tempo limite para completar os estudos e condições para interrompê-los temporariamente.

O sétimo critério que podemos elencar refere-se à capacidade financeira de manutenção de um curso de formação. Apesar de não necessitar de um espaço físico para a utilização pelos alunos, um curso à distância também requer investimento em equipamentos, materiais educacionais, em profissionais especializados para lidar na área, investimento em sistemas de gestão e operacionalização dos cursos. Todo esse investimento é alto e deve ser cuidadosamente planejado e projetado de modo que um curso não tenha que ser interrompido antes de finalizado, prejudicando a instituição e, principalmente, os alunos em formação. Sob a ótica da formação de novos professores, um curso na modalidade à distância, de qualidade, pode concretizar as orientações de uma nova pedagogia e ajudar a formar pessoas mais ativas, comprometidas, autônomas e independentes.

Os professores que podem vivenciar uma formação à distância podem contribuir ainda mais para a educação de seus alunos, pois terão mais conhecimento e maior facilidade para trabalhar com novas tecnologias aplicadas à educação, agregando conhecimento e qualidade ao ensino. Ainda, apesar de algumas críticas existentes no uso das tecnologias nos processos de formação de professores e da necessidade de uma reflexão maior sobre esse caminho, podemos considerar a Ead uma importante modalidade nesse processo. Isto, não apenas por atender várias das demandas da sociedade da informação, que pede soluções mais rápidas e inovadores, mas também por propiciar desafios no manuseio das plataformas on-line, gerando aprendizagens a serem integradas na gestão e na docência. Nesse âmbito, a formação de novos professores na atualidade, em oposição à educação tradicional, parte de uma postura emancipadora e inovadora, e tem se mostrado como um dos pilares para a melhoria qualitativa dos conhecimentos docentes necessários ao seu desenvolvimento.

scielo. br/scielo. php?pid=S1517-97022003000200010&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 19 jul. PROINFO. DUTRA, Joel. Educar na crise. Revista Melhor Gestão de Pessoas, São Paulo, ano 23, n. p. agosto 2015. n. dezembro 2010. Disponível em: <http://www. scielo. br/scielo. São Leopoldo: Unisinos; 2003. RIZZO, Esmeralda. Firme, forte e a distância: modalidade de ensino mantém expectativa de crescimento apesar de existirem preconceitos. Revista Melhor Gestão de Pessoas, São Paulo, ano 23, n. p. TANCREDI, Regina Maria Simões Puccinelli; REALI, Aline Maria de Medeiros Rodrigues; MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Programas de Mentoria para professores das séries iniciais: implementando e avaliando um contínuo de aprendizagem docente. PPGE/UFSCar, 2005. p. TARDIF, Maurice.

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