A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DO ADOLESCENTE EM MEIO À SOCIEDADE NORMATIVA: MÍDIA E REPRESENTAÇÃO.

Tipo de documento:Análise

Área de estudo:Serviço Social

Documento 1

A “máxima” referida no dado artigo encontra implicações quando se materializa na sociedade. A imagem abaixo é um exemplo da implicação da aplicabilidade do Art. º quando se relaciona com o orgânico, com as manifestações e representações de identidades. Essa demonstra uma cena de detenção de um adolescente que participava da situação de “rolezinho”. fonte. Rodrigues, em seu estudo “Acesso, identidade e pertencimento: relações entre juventude e cultura”. As pesquisadoras examinam o processo de construção da identidade cultural dos jovens em relação ao preceito de democracia. No estudo, essas constatam que os jovens de classe baixa têm um acesso mais limitado a espaços que proporcionam o crescimento de um “capital cultural”1. Assim, suas formas de representações não se enquadram a padrões normativos da sociedade, pois esses se exprimem pelo “capital cultural” que têm, como o funk, os piercings, as roupas, gerando uma exclusão de sua forma de se apresentar ao mundo em espaços dados como públicos.

Não estariam esses jovens sujeitos ao lazer que sua classe pode lhe proporcionar, reflexão levantada por José Machado Pais, “Lazeres e sociabilidades juvenis — um ensaio de análise etnográfica”. E como Paulo Carrano dispõe em seu texto “Territórios Juvenis”, o jovem quando se sente deslocado de um espaço, de um território, cria objetos, símbolos, marcas de seu grupo, bonés, tatuagens, brincos, que ornados no corpo do jovem vão se apresentar em espaços urbanos selecionados por esses, o jovem é tensionado a produzir sua própria cultura, a cultura que lhe é negada por sua posição, por sua classe social. “As culturas juvenis são narrativas que falam do profundo mal-estar que é ser jovem numa sociedade produtora de riscos e incertezas” (CARRANO).

Para além, é claro que não há um único ponto de vista para cada situação. A preocupação presente na reportagem pode vir da questão se há uma consciência de expressão ao se fazer a tatuagem, ou se o jovem marca seu corpo como um receptáculo de informações que são geradas na mídia. Angela Helena Rodrigues Leite ressalta no texto já citado aqui, ao analisar as falas dos jovens, há uma ausência de autonomia na argumentação dessas falas, pois essas se pautam nos pensamentos dos pais, da religião, ou em uma situação mais problemática, essas podem ser pautadas em discursos mediáticos. Por exemplo, Ana Lucia Enne reflete em seu texto “Juventude como espírito do tempo, faixa etária e estilo de vida: processos constitutivos de uma categoria-chave da modernidade”: a era digital insere o jovem em um processo de configuração e reconfiguração de identidades em ritmo que não pode ser mensurado (2010).

Os celulares possibilitam aos jovens construir distintos estilos de ações e de situações que podem não fazer parte de sua realidade. Compreende-se aqui porque Ana Lucia Enne cita o estudo de Evirng Goffman em seu texto. Pela visão do estudioso os sujeitos quando estão em um ato de comunicação, face a face, podem polir seu discurso para esconder uma insatisfação, um sentimento de medo, de raiva, a fim de não diminuir a sua autoimagem pública, mantendo, assim, um bom relacionamento com o meio social (GOFFMAN, 2011). Trazendo o texto de Goffman para o contexto da representação social da identidade dos jovens, as redes sociais proporcionam a esses transitarem por distintas esferas sociais. Juventude como espírito do tempo, faixa etária e estilo de vida: processos constitutivos de uma categoria-chave da modernidade.

Comunicação, mídia e consumo. São Paulo vol. n. p. Lúcia Isabel C. RODRIQUES, Solange S. Acesso, identidade e pertencimento: relações entre juventude e cultura. Democracia Viva. Nº 30.

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