A Capacitação Profissional do Gestor de Logística no Setor Sucroalcooleiro

Tipo de documento:Análise

Área de estudo:Administração

Documento 1

INTRODUÇÃO Atualmente a globalização está cada vez mais abrangente no mercado e no cotidiano das pessoas, diminuindo a distância das organizações e seus clientes mesmo que esses estejam geograficamente distantes. Nos últimos anos as empresas têm se adaptado a uma série de mudanças visando um diferencial competitivo para que possam se destacar em meio aos concorrentes. Dentre os setores que existem nas organizações, o que tem se destacado e tornado uma ferramenta chave para a estratégia empresarial é a logística. Ela tem como proposta diminuir as dificuldades que existem entre os processos relacionados com produção de bens e serviços e as necessidades de consumo dos clientes, levando-se em consideração os recursos necessários para atender os consumidores, incluindo o setor sucroalcooleiro.

A principal importância destacada com o tema proposto, é porque a região onde se encontra a cidade de Bebedouro, é, em sua maioria, plantada a cana de açúcar, dessa forma é preciso que gestores tenham capacitação profissional para direcionar a logística no setor sucroalcooleiro. O SAG da cana-de-açúcar tem grande importância no âmbito social, já que gera aproximadamente 4,5 milhões de empregos diretos e indiretos, contribuindo para o desenvolvimento econômico de várias regiões do interior do país (ANUÁRIO DA CANA, 2010). Conforme a União da Indústria de Cana de Açúcar - ÚNICA (2010) o Brasil por ser o maior produtor, obteve na safra de 2009/2010, a quantidade de 601. toneladas) pois é o maior produtor de etanol e maior produtor e exportador de açúcar.

A Associação das Indústrias sucroenergéticas de Minas Gerais – SIAMIG, (2010) relatou que na safra da cana de açúcar de 2010/2011, a região Sudeste, foi a responsável por 68% da produção nacional, sendo que 86% foram produzidos em São Paulo, estado que contribui com 58% de toda a produção nacional. Para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA (2012) em termos de produção de açúcar, são produzidos cerca de 120kg para cada tonelada de cana, o Brasil é o maior exportador de açúcar do mundo, respondendo por cerca de 20% da produção e 40% das vendas no mercado internacional. gov. br/setores-de-negocios/agronegocios/cana-de-acucar/ O PDE - Plano Decenal de Energia (2012) expos que os maiores importadores do etanol brasileiro são Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, Países Baixos, Reino Unido, Jamaica e Nigéria, porém, apesar de ser o maior exportador, mais de 80% do etanol produzido é consumido no mercado interno brasileiro.

Barbosa e Vaz (2012, p. explicam que Esse consumo interno de etanol teve um grande impulso em 2003, com a entrada do veículo flex-fuel no mercado brasileiro, veículo que permitia o uso de etanol hidratado como combustível. Por conta disso, a demanda de hidratado praticamente triplicou entre os anos de 2003 e 2007. O gestor de pessoas não deixa de ser um administrador de recursos humanos; compete-lhe desenvolver os processos de suprimentos, aplicação, desenvolvimento, manutenção e monitoração de pessoas. No entanto, para que possa atuar efetivamente, necessita desenvolver novas atitudes e posturas. Precisa primeiramente considerar os empregados como pessoas e não como meros recursos de que a organização pode dispor a seu favor; precisa tratá-los como elementos que impulsionam a organização e não como agentes passivos; precisa ainda tratá-los como parceiros, como pessoas que investem na organização com o capital humano e que têm a legítima expectativa de retorno de seu investimento.

De acordo com Chiavenato (1999), “a gestão de pessoas tem sido a responsável pela excelência de organizações bem-sucedidas e pelo aporte intelectual, que simboliza mais do que tudo, a importância do fator humano em plena Era da Informação”. Para que os objetivos da gestão de pessoas sejam alcançados, segundo Chiavenato (1999, p. O gestor de qualquer setor, é um dos mais indicados profissionais dentro da empresa que deve estar atento as mudanças constantes. Para Silva (2013) não existe uma regra para o aperfeiçoamento da comunicação nas empresas, o que existe são as melhorias que os gestores responsáveis pelos departamentos procuram para atender a empresa e seus colaboradores. Portanto, diante das análises teóricas, o gestor de logística para enfrentar o setor sucroalcooleiro, deve se capacitar profissional para fazer com que esse setor, que tende aumentar a cada ano, funcionar conforme a realidade de cada empresa, bem como de cada país, pois sem essa capacitação profissional, o gestor de logística pode perder recursos financeiros, uma vez que a logística não funciona conforme a empresa necessita para exportar os produtos oriundos da cana de açúcar.

Logística: conceitos A logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos não são ideias novas, desde a época da construção das pirâmides, até as ações que procuram aliviar a fome na África, guerras, entre outras coisas, foram vencidas pelas capacidades da logística (SANTOS, 2012). Historicamente o foco da logística tem sido na direção de atender as necessidades dos clientes; mas essas necessidades podem ser supridas atingindo-se lead times3, custos e valor agregado na cadeia, as opções de fonte do produto e as análises de trade-off’s4 (SANTOS, 2012). O termo “logística” permite ser definido de várias formas, desde “o processo que integra, coordena e controla a movimentação de materiais, o inventário de produtos acabados e as informações com esses temas relacionadas como fornecedores e de forma a satisfazer as necessidades dos clientes” (SANTOS, 2012, p.

Com relação ao conceito de gerenciamento de logística, existem definições para que tange a parte de materiais, preocupando-se com o fluxo desde a compra da matéria-prima, das operações de manufatura, do material em processo e da embalagem do produto; e para o que tange a parte de distribuição, assumindo e gerenciando esse fluxo por meio de depósitos intermediários até o usuário ou cliente final (SANTOS, 2012). Atualmente, aceita-se que o conceito de gerenciamento de logística engloba essas duas definições, atingindo os materiais e a distribuição, sendo mais global. Conforme Bowersox (2007) o desempenho logístico é mensurado em termos de: • Disponibilidade – envolve dispor de estoques para atender as constantes necessidades do cliente em termos de materiais e produtos. O paradigma tradicional tem sido quanto maior a disponibilidade desejada, maior a quantidade e o custo do estoque desejado.

Cristopher (1997 apud FARIA; COSTA, 2010, p. explica que logística não é simplesmente o subprocesso de transporte, mas uma série de processos, ou seja, “é o processo de gerenciar, estrategicamente, a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados e os fluxos de informações correlatas. Para Ballou (2006), a missão da logística consiste em colocar os produtos ou serviços certos, no lugar certo, no momento certo, e nas condições exigidas pelo cliente. A logística tem foco na sua distribuição, visto que para atingir a sua missão, é necessária uma análise minuciosa de informações como o tempo de viagem, quantidade de entregas máximas, peso excedente ou espaço ocioso. O autor ainda comenta que em virtude da concorrência acirrada, os clientes se tornam cada vez menos tolerante a erros, onde a entregas deixam ser apenas um diferencial e se tornam um serviço imprescindível para fidelização e satisfação do cliente.

Segundo Bazoli e Januzzi (2013) a cadeia de suprimentos é a base da logística empresarial, ou seja, aborda a administração do processo dos produtos, analisa desde a compra de matéria-prima para a produção até o momento em que o produto chega ao consumidor final. Segundo Ballou (2006), os métodos estáticos encontram dados para um período único, como por exemplo, um ano. “Planos de localizações podem, no entanto, cobrir, muitos anos de uma vez só, especialmente quando as instalações representarem um investimento fixo e os custos de uma localização para outra forem elevados”. Métodos para a análise de localização em multiperíodos são chamados de dinâmicos. Ainda segundo o autor Ballou (2006), o maior benefício relacionado a essa abordagem é a sua capacidade de lidar com custos fixos de maneira ótima.

Cervo e Bervian (1983, p. apud BEUREN, 2013) definem a pesquisa bibliográfica como a que, Explica um problema a partir de referenciais teóricos publicados em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Ambos os casos buscam conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema. Quanto à abordagem do problema, trata-se de uma pesquisa qualitativa, pois busca-se demonstrar a formação do gestor de logística. Segundo comentam Gomes e Ribeiro (2004), são variáveis que precisam ser consideradas no projeto da rota, como: tempo, tipos de caminhões, tempo total máximo para uma rota, velocidades diferentes em rotas diferentes e intervalos de descanso para o motorista. Tais limites tornam mais complexos o planejamento e a programação da distribuição das cargas, por esse motivo, Ballou (2006) salienta que utilizar o raciocínio humano para determinar roteiros melhora muito os resultados, como por exemplo, evitar que rotas se cruzem ou que sejam inviáveis.

Este processo de roteirização manual se baseia na experiência de funcionários qualificados e que dominam o conhecimento em regiões das quais serão realizadas a distribuição. O funcionário decidirá os roteiros a ser entregue e o percurso que será necessário para o processo usando dos seus conhecimentos para montagem de rotas mais dinâmicas e eficazes (POZO, 2001). Todavia, embora os resultados sejam positivos, o aumento da complexidade referente a questões como restrições de velocidade, oscilações do tempo, tempo de parada, pontos de entrega, exigências de clientes passa a demandar, segundo Ballou (2006) a necessitar de apoio de sistemas computacionais como ferramenta para o aumento de eficácia. Dados relevantes sobre a logística do setor sucroalcooleiro, são aqui caracterizados após um estudo desenvolvido no período de agosto de 2009 até março de 2010, no curso de MTA, UFSCAR Araras/São Paulo, tendo como universo o setor sucroalcooleiro do Brasil, e que chegou a conclusão que: A cadeia logística do setor sucroalcooleiro tem capacidade de gerenciar estratégias de competição global, porém ainda há muito a crescer para atender com eficiência e eficácia a demanda, quando se trata do escoamento da produção, seja ela do açúcar como do etanol, para tanto necessita de investimentos altos, em portos e ferrovias (BODO, 2010, p.

Os estudos apontados demonstram a preocupação que as empresas têm sobre a logística no setor sucroalcooleiro. Outro estudo, realizado em 2016 por alunos da Unifafibe, sobre falhas logísticas, concluíram que, As falhas apontadas pela instituição sobre a gestão logística podem gerar alguns impactos. Segundo a mesma, o não cumprimento da produção planejada pela empresa pode acarretar em atraso nas entregas dos contratos comercias, tendo como consequência o maior descompasso no fluxo de caixa da empresa e atrasos nos compromissos financeiros assumidos junto aos fornecedores. De forma geral, foi indagada a empresa qual falha logística é a mais prejudicial para com as atividades diárias. Por meio das pesquisas teóricas, percebeu-se que a gestão do setor logístico é fundamental para que a empresa consiga entregar suas cargas no tempo certo conforme combinado com os clientes.

Caso contrário, vai acarretar mais falhas na organização, pois a falta dessa gestão, pode prejudicar os compromissos financeiros. As novas exigências para a atividade logística no mundo vêm passando por um maior controle e identificação de oportunidades para a redução de custos, dos prazos de entrega, do aumento da qualidade no cumprimento do prazo, da disponibilidade cada vez mais constante dos produtos, das programações das entregas, bem como da facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação, dentre outros, que dependem do avanço da tecnologia para se desenvolverem. REFERENCIAS AZEVEDO, A. T. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. ed. São Paulo: Atlas, 2006. BOWERSOX, D. J. São Paulo: Atlas, 2007.

CARVALHO, G. R. OLIVEIRA, C. de. Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro, RJ: Campus Ltda, 1999. CHIAVENATO, I. Comportamento Organizacional. A dinâmica do sucesso nas organizações. São Paulo: Atlas, 2010. GIL, AC. Gestão de Pessoas. Enfoque nos papéis profissionais. São Paulo, SP: Atlas, 2001. B. Distribuição e Trade Marketing. São Paulo: Editora Sol, 2012. SIAMIG. Associação das Indústrias sucroenergéticas de Minas Gerais.

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