A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA SAÚDE MENTAL

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO- Após a Reforma Psiquiátrica a prática de enfermagem dentro da saúde mental vem sendo modificada ao longo da história. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi compreender a atuação do enfermeiro na saúde mental. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, onde foi realizado um levantamento da literatura utilizando as bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino Americano em Ciências da Saúde (LILACS), e Bases de Dados em Enfermagem (BDENF). A partir da Reforma, o enfermeiro precisou modificar o seu modo de prestar assistência, pois, o seu campo de atuação foi ampliado além do cuidado hospitalar.

A partir da Reforma foram surgiram leis e decretos que regulamentaram a extinção dos manicômios além de, dispor sobre a criação de serviços especializados como o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Hospital-Dia e Serviço de Residência Terapêutica assim como, garantia de proteção a pessoas portadoras dos transtornos mentais. Para a efetivação da assistência nesses serviços torna-se necessário uma equipe multidisciplinar que atua de forma integrada e geralmente é composta por: assistente social, psicólogo, psiquiatra e equipe de enfermagem. Assim, dentro da equipe destaca-se o enfermeiro que é responsável pelos técnicos e auxiliares de enfermagem, e presta assistência direta aos pacientes e suas famílias. Além de, dentro dos serviços de saúde é responsável pela administração do setor no qual está inserido.

Após a Reforma psiquiátrica também houve uma mudança na forma de prestar assistência a pacientes com transtornos mentais. DESENVOLVIMENTO 2. Reforma Sanitária O período da reforma sanitária brasileira foi um processo amplo de mobilização social devido a indignação da sociedade pela mercantilização e negligência da saúde. Constituiu-se de uma atitude política em torno da constituição de uma sociedade inclusiva, na qual a saúde é um direito de todos. Souto (2012) afirma: Ao recordar o MRSB o faremos de um lado, pelo (re)conhecimento de seu significado como experiência que traz à tona um Brasil popular, protagonista indiscutível da construção de políticas públicas, dos direitos sociais e políticos no País, de forma democrática, participativa, com suas diversas expressões locais, como os movimentos comunitários pelo direito à saúde, herdeiros de tantos outros, que revelam um Brasil, não da falta, mas de uma potência criativa (SOUTO, 2012, p.

Pode-se dizer que a organização da Reforma se deu no primeiro Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, no qual houve uma discussão sobre a aprovação do documento “Questão democrática na área de saúde” que se opunha ao regime autoritário da ditadura. Dimensão Técnica Assistencial: A mesma está voltada a construção novos serviços de intervenção que substituam hospícios e manicômios e seu modelo de tratamento excludente, coercitivo e focalizado. Temos como exemplo de substituição desse serviço a criação do primeiro CAPS – Centro de Atenção Psicossocial a implantação do primeiro NAPS- Núcleo de Atenção Psicossocial e a criação das Residências terapêuticas. Dimensão Jurídico Política: É a série de mudanças que serão tomadas na legislação de saúde no âmbito civil e penal, para sujeito e sociedade que se envolvem no processo progressivo da transformação dos tratamentos relacionados às questões sociais voltados a Saúde Mental.

Dimensão Sócio Cultural: Está voltado a construção de um novo ideário social voltado para os indivíduos com fragilidades psicológicas com a implementação de ações e estratégias na sociedade (MELO, 2012, p. As Conferências Nacionais de Saúde Mental, a criação do primeiro Centros de Apoio Psicossociais (CAPS) na cidade de São Paulo, em 1987, a participação, apoio e resistência dos profissionais das áreas de saúde, a criação do SUS – Sistema Único de Saúde, em 1988, com seus princípios e diretrizes, a implementação do NAPS-Núcleos de Atenção Psicossocial e a ampliação de atuação para política de álcool e outras drogas foram um avanço para o Brasil na atuação psicossocial.

A atuação do enfermeiro no modelo biopsicossocial, baseia-se nas relações interpessoais estabelecidas com os indivíduos portadores de transtornos mentais que ajuda o mesmo a realizar as suas atividades cotidianas, aplicando a escuta qualificada permitindo que o profissional veja o indivíduo como alguém além da sua doença mental (LIMA, 2015). A partir da redefinição do modelo de assistência na saúde mental, o campo que compreende a enfermagem ampliou-se, deixou de ser restrito apenas ao ambiente hospitalar e passou a integrar outras áreas como por exemplo, a atenção primária á saúde. O enfermeiro deve estar apto a trabalhar em equipe e em conjunto com a família, traçando um plano de cuidados, realizando um atendimento de forma integral para o paciente e sua família, para que isso ocorra é necessário mudanças nas práticas de ensino em enfermagem (SILVA, 2015).

O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) determina as atribuições da equipe de enfermagem na saúde mental através da Lei nº 7. de 25 de junho de 1986, e o Decreto nº 94. Devido ao intenso contato com os pacientes psiquiátricos nos serviços de saúde mental, o enfermeiro no âmbito do CAPS se encontra qualificado para atuar na identificação precoce de problemas e apresentados pelo paciente, buscando sempre ofertar cuidados baseados em uma visão holística e que também envolva a sua família (LUZ, 2014). Assim Cenci (2015) afirma: O papel do enfermeiro(a), no Centro de Atenção Psicossocial é a escuta, formando o processo de comunicação e relacionamento terapêutico. Através desta ferramenta de cuidado pode-se humanizar a assistência, estimulando o usuário e seu familiar a realizarem o enfrentamento das dificuldades e a manutenção do funcionamento psicossocial, de acordo com as necessidades de cada pessoa, a fim de fazê-la construir um novo projeto de vida e manter-se saudável.

A reorientação do tratamento dos pacientes tem impacto significativo no papel da enfermagem. As contenções (químicas ou físicas) devem dar espaço, principalmente, para a escuta e acolhimento, realizando um cuidado que de condições ao paciente de restaurar a sua autonomia, no melhor nível possível (CENCI, 2015, p. REFERÊNCIAS ALMEIDA, P. A; MAZZAIA, M. C. Consulta de Enfermagem em Saúde Mental: vivência de enfermeiros da rede. Rev Bras Enferm,v. BORGES, C. A. S. et al. O novo perfil profissional do enfermeiro frente ao centro de atenção psicossocial. Grupo de Trabalho Serviço Social na Saúde. Brasília, 2009. CENCI, M. O cuidado na saúde mental: trabalho do enfermeiro no centro de atenção psicossocial. f. Saberes, Rolim de Moura, vol.

n. jan. jun. p. N. SILVEIRA, L. C. A escuta terapêutica no cuidado clínico de enfermagem em saúde mental. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, Jan-Mar; v. v. n. p. out. nov. et al. Atuação dos enfermeiros nos centros de atenção psicossocial- revisão de literatura. Revista de Divulgação Científica Sena Aires, v. n. p. S. et al. Saúde mental no trabalho do Enfermeiro da Atenção Primária de um município no Brasil. Revista Cubana de Enfermería, v. n. OLIVEIRA, M. H. B. Movimento da Reforma Sanitária Brasileira: um projeto civilizatório de globalização alternativa e construção de um pensamento pós-abissal. Saúde debate, Rio de janeiro, v. p.

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