"A Alegria, a Dor e a Graça"

Tipo de documento:Resenha

Área de estudo:Filosofia

Documento 1

No Porto fez ainda, o curso superior de Letras na Escola Politécnica. Alguns anos depois assume a função de professor e pedagogo, dedicando-se primeiramente ao ensino da matemática em vários liceus, e depois, entre 1919 e 1926, orienta a cadeira de Filosofia da Faculdade de Letras do Porto, da qual foi fundador e diretor. Ficou conhecido como filósofo, professor e político. Como um dos mais importantes nomes da cultura portuguesa, Leonardo Coimbra, foi um dos orientadores e dinamizadores do projeto “Renascença Portuguesa”. Participou, com vários artigos, na revista “A Águia”, sendo um dos fundadores desta publicação, em 1910. Por fim, seu último trabalho publicado em vida: “A Rússia de hoje e o Homem de sempre” (1935). A Alegria, A Dor e a Graça Leonardo Coimbra desenvolveu em seu pensamento um sistema filosófico chamado de ‘Criacionismo’, esboçado em 1912 na obra: “O Criacionismo (esboço de um sistema filosófico)”.

Pode-se dizer que este método e sistema vai influenciar nos seus trabalhos futuros, sobretudo em “A Alegria a Dor e a Graça”. Em poucas palavras, podemos descrever o ‘Criacionismo’ como Método que tem como fundamento transportar-nos para uma filosofia de liberdade admitindo uma liberdade criadora da evolução cósmica, em mudança e criadora com algo de caráter espiritual, um racionalismo de interrogações ao Mundo em oposição ao empirismo. Martins, 2012, p. Se há pecado há mal, que atenta contra a própria alegria: “porque este vai contra o amor e contra o que bom e belo do equilíbrio” (ADG, p 55). Em síntese, “a Alegria é figurada pela manhã, pelas primeiras horas, pela aurora, pela cotovia e a inocência da criança; o conservar da criança como o guardar um sinal de origem” (ADG pp 401-404).

Usando uma alegoria de Leonardo, a alegria posiciona-se como um ‘impressionar’ (da luz na chapa fotográfica), uma imediatez, um momento anterior ao da reflexão e da sistematização. Verdadeiramente ela assinala o despertar para a vida. ” (ADG pp 401-404). A Graça A Graça, o terceiro momento desta dialética, e que assinala a reconciliação entre a Alegria e a Dor, é expressa pelo filósofo a partir de uma multiplicidade de expressões que visam estabelecer que estamos perante um fundamento infudamentado. Metafisicamente ela “é a presença de um excesso livre e desinteressado. que se manifesta gradativamente na existência. ADG, p. O autor apresenta a Graça não apenas como conceito metafísico, mas como liberdade no mundo e nos seres vivos que o habitam: “é a mão de Deus que toca o mundo e suas criaturas para as libertar das dificuldades agruras cotidianas” (Martins, 2012, p.

A graça é sentimento, sensação e pensamento. Se o pensamento e o sentimento nos mostram Deus no exercício do nosso livre ativismo, a sensação da grande Unidade passa em nós, quando, diante do mar alteroso, apropriando o seu ritmo, repetimos o movimento, que, reunindo o espaço, é a posse da extensão infinita pela unidade, que a realiza”. ADG, p 285) Leonardo Coimbra tem grande fascínio pela figura de Jesus Cristo, como já anotado no início. E, é ao falar da Graça que expõe seu pensamento sobre o mesmo, considerando-O como “a fonte de todo o conhecimento que não anula nem o Homem, nem o Mundo, nem suprime o Mundo pela aparição do homem. Cristo é a plenitude do amor e da Graça de Deus no Mundo, dado a conhecer pelo esplendor de ser infinito” (Martins, 2012, p.

A Biblioteca de Leonardo Coimbra. Humanística e Teologia. Porto. Fasc. TOMO IX.

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