A ADMINISTRAÇÃO LOGÍSTICA NO CONTROLE DE ESTOQUES

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Logística

Documento 1

A conclusão indica que a gestão dos estoques é uma questão relevante para as organizações que desejam aplicar uma logística eficaz e se tornar mais competitiva no cenário atual, onde o fenômeno globalização impõe às empresas captar e adotar estratégias cada vez mais diferenciadas. O artigo não aponta qual a estratégia no controle de estoques é melhor, pois tudo depende do segmento da empresa e sua infraestrutura num âmbito geral. Palavras-chave: Logística; estoques; estratégias, administração. INTRODUÇÃO As empresas se encontram atualmente num ambiente de grande competição. As ofertas disponíveis no mercado fazem com que cada organização busque novas estratégias para se adequar e impor concorrência à altura. Quando se menciona uma boa administração de estoques, refere-se a uma boa administração deste tipo de estoque.

O objetivo do presente trabalho é identificar quais atividades logísticas estão inseridas na administração dos estoques. Como objetivo secundário, o estudo identifica quais as duas estratégias mais conhecidas e utilizadas pelas organizações no quesito estoques e as principais justificativas para se adotar cada uma delas. A metodologia empregada no trabalho foi pesquisa quantitativa em compêndios bibliográficos da área logística e gestão de produção elaborada por autores como Helio Flavio Vieira no livro Gestão de estoques e operações industriais; João Paulo Lara de Siqueira no livro Gestão de produção e operações e o autor Ronald H. Ballou no livro Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. Durante muito tempo a logística sempre foi relacionada com transporte e armazenamento de produtos, o que não deixa de ser realidade, mas a logística aplicada atualmente envolve muito mais do que isso.

A logística é responsável por atividades que integram todos os departamentos da empresa. Quanto à sua existência, a logística acompanha a história da própria humanidade, a diferença é que atualmente consiste numa técnica desenvolvida para atender as demandas do mercado competitivo. Segundo Campos (2010), a logística existe em sua forma processual desde os primórdios, aplicado nas ações da humanidade desde o tempo dos homens da caverna, cumprindo um papel primordial, nesta época, como auxiliar para estratégias de sobrevivência. O objetivo até então era projetar decisões quanto questões de alimentação básica, envolvendo questões sobre local, instrumentos, forma de abater, embalar e armazenar a caça. CAMPOS, 2010, p. A logística passou a ganhar destaque e ser vista com mais atenção no ambiente empresarial a partir do sucesso comprovado das estratégias de tropas militares que adotavam atividades logísticas.

As definições de logística encontradas nos compêndios bibliográficos atuais não apresentam grandes diferenças do ponto de vista dos diversos autores que pesquisam essa temática. Fica evidente a relação direta entre logística e atendimento ao cliente. Na realidade, é correto afirmar que o principal objetivo da logística e suas atividades é atender as expectativas dos clientes ou mesmo superá-las. Vieira (2009) apresenta sua definição sobre logística ao dizer: Com relação à conceituação formal, dentre tantas outras encontradas nos dicionários contemporâneos, três podem ser citadas: a palavra logística vem do francês logistique, e é parte da arte militar relativa ao planejamento, transporte e suprimentos das tropas em operações; denominação dada pelos gregos à arte de calcular ou aritmética aplicada; lógica simbólica cujos princípios são os da lógica formal e que utiliza símbolos matemáticos em vez da linguagem gramatical.

VIEIRA, 2009, p. O mesmo autor resume a definição contemporânea e atual da logística ao dizer que “hoje ela se constitui numa ferramenta operacional que ultrapassou muitas fronteiras, possuindo uma ampla área de atuação e abrangência nos mais diversos sistemas produtivos e empresariais dadas à importância estratégica que representa”. Vieira (2009, p. Campos (2010, p. A logística tem sido palco para várias oportunidades de otimização de custos e melhorias no serviço e no atendimento aos clientes. No conceito expandido de logística como integradora de todos os processos internos e externos – desde a fonte de suprimentos com seus fornecedores passando pela negociação de preços, prazos e níveis de estoque, ou seja, o suprimento de materiais propriamente dito, e pelo processo de transformação ou manufatura até os clientes finais – vislumbram-se oportunidades de otimização nos processos quando tratados conjuntamente pelas organizações que participam de uma rede ou cadeia de suprimentos na filosofia de compartilhamento intenso de informações que apoiem o melhor fluxo de materiais e produtos.

BULLER, 2012, p. A empresa identifica os setores ineficientes, prepara e implanta planos e programas para um novo sistema logístico, de acordo com a visão estratégica. Dentro do enfoque de redução de todas as imperfeições, o sistema logístico tem como objetivo coordenar o movimento de estoques de matéria-prima, a variação mínima das flutuações crônicas do volume de produção e a redução dos problemas no fluxo de caixa. Através da pesquisa foi possível comprovar o quanto a logística é relevante para as organizações. Todas as atividades realizadas pela empresa estão de forma direta ou indireta associadas aos processos logísticos. A logística torna possível à integração dos vários departamentos combinando a execução de várias atividades para um objetivo comum: o excelente atendimento ao cliente.

A partir do momento em que tudo funciona harmoniosamente, de acordo com a proposta da logística, vários benefícios são alcançados pela empresa, entre estes benefícios os mais expressivos são a conquista da confiança dos clientes, que sabem que terão seus pedidos atendidos no momento certo, na quantidade certa, com qualidade e preços justos. Desta relação de confiança, pode surgir outro benefício que se torna crucial no mundo dos negócios: a fidelização do cliente. Os estoques, quaisquer que sejam, fazer parte das atividades logísticas, ou seja, a administração dos estoques é de responsabilidade da logística, constitui um dos seus processos integrados. Um destes processos é o planejamento operacional e este está diretamente ligado à administração de estoques.

O planejamento operacional, na visão de Buller (2012) consiste no seguinte: O planejamento operacional se ocupa das decisões imediatistas, da gestão da rotina e do acompanhamento dos indicadores de desempenho que assegurem o cumprimento dos planejamentos dos níveis anteriores. A administração operacional logística envolve atividades como: recebimento e rotulagem de materiais para estocagem, alimentação das linhas de produção, determinação de rotas de distribuição, separação de carga de acordo com pedidos e rotas, carregamento, controle de inventário etc. BULLER, 2012, p. Para Buller (2012, p. “os estoques são acúmulos de matéria-prima, componentes, produtos em processo, produtos acabados em pontos distintos do canal logístico, ou seja, os acúmulos de produtos presentes em uma organização”. A definição, do ponto de vista de Ballou (2006, p.

é bem similar. “Estoques são acumulações de matérias-primas, suprimentos, componentes, materiais em processo e produtos acabados que surgem em numerosos pontos do canal de produção e logística das empresas”. Qual a importância dos estoques para a empresa? Vieira (2009, p. informa o objetivo dos estoques de forma simples, mas que identifica claramente quão importante são os estoques para uma empresa. O autor relata que “o objetivo fundamental do estoque é não deixar faltar material ou produto, procurando, porém, de todas as formas evitar a elevada mobilização de recursos financeiros com os mesmos”. Estoques são de extrema importância para as empresas pois sua função principal, com base na afirmação do autor citado, é não deixar faltar material ou produtos para atender as demandas do mercado.

No entanto, isso não é tudo. Não seria necessária a existência de estoques caso as demandas fossem conhecidas previamente e com exatidão, ou seja, as empresas teriam que oferecer seus produtos imediatamente no momento que se apresentasse a demanda. Isso certamente é uma utopia, impossível coordenar fornecimento e demanda de forma perfeita. Acrescente a isso, o fato de dispor de um transporte confiável. Como esta realidade não existe, os estoques são a estratégia. Por este motivo, a administração de estoques deve ser uma preocupação primária dos gestores. O volume real de cada matéria-prima depende do tempo de reposição que a empresa leva para receber seus pedidos, da frequência do uso, do investimento exigido e das características físicas do estoque.

Outros fatores que afetam o nível das matérias-primas são as características físicas desse material, como tamanho e durabilidade. VIEIRA, 2009, p. Estoques de produto acabado: produtos acabados se referem ao que o termo já deixa explícito, ou seja, produtos que já passaram por processos anteriores quanto à sua transformação e os mesmos, portanto, já estão prontos para comercialização. Uma característica peculiar deste tipo de estoque, no que se refere a empresas que trabalham com a estratégia de produzir sob encomenda, é que eles são muito baixos, com tendência a zerar, uma vez que na teoria, os itens já foram vendidos antes mesmo de sua produção. Em ambos os casos, é aguardado consumo posterior. Os estoques apresentados configuram as categorias de materiais em estoque.

A consideração segue apresentando a partir deste momento, os tipos de estoques existentes, num âmbito geral. Vieira (2009, p. afirma que “os estoques existem em várias categorias, as quais apresentam características próprias e importâncias relacionadas às suas funções”. Esses lotes geralmente são bem maiores do que a quantidade necessária para satisfazer a demanda prevista. Para compreender melhor a ocorrência deste tipo de estoque, o autor Vieira (2009) traz um exemplo associado ao transporte de tijolos. O custo envolvido no transporte de dez mil tijolos é o mesmo para transportar cem. Vieira (2009, p. ainda apresenta outro exemplo: “se as vendas de um varejista atingem dez caminhões de livros por mês, ele poderia pedir dez caminhões uma vez por mês, ou um caminhão a cada três dias”.

No entanto, esta realidade pode sofrer mudanças devido novos fatores que se apresentem com o passar do tempo dentro da própria empresa ou devido fatores externos, como as constantes mudanças mercadológicas. Campos (2010) ressalta este fato importante com as seguintes palavras: Avaliação de desempenho logístico: a avaliação de desempenho é uma atividade fundamental porque permite que o gestor conheça o verdadeiro comportamento dos processos sob sua responsabilidade. Dessa forma, ele poderá agir especificamente onde houver necessidade, por exemplo, no custo, na qualidade, no tempo, na produtividade e na flexibilidade. Essas são apenas algumas fontes de avaliação de desempenho. Vale ressaltar que a atividade de avaliação de desempenho deve ser feita em sintonia com as questões estratégicas da empresa. Nas fábricas, apesar de geralmente haver uma programação das atividades, a necessidade do estoque é semelhante, pois seria impossível manter em operação uma linha de produção fazendo compras de matéria-prima toda vez que uma máquina tivesse que ser abastecida.

SIQUEIRA, 2009, p. O autor Vieira (2009) traz alguns pontos para consideração que denotam ponderações favoráveis para a existência de estoques. É importante considerar essas ponderações para entender melhor o porquê grande parte das empresas optam em adotar esta estratégia: de manter estoques. Aumento do nível de serviço ao cliente: o fato das empresas terem disponibilidade de produtos no momento em que o cliente exige, é visto como ponto favorável e a consequência apontada por tal disponibilidade é, inclusive, o aumento nas vendas; Redução dos custos: a redução dos custos se reflete pelo fator chamado de economia de escala. Consistência de fornecedores: essa consistência é difícil desenvolver e obter na prática com confiabilidade. Incertezas quanto ao fornecimento geram impactos negativos. Se não houver o fornecimento no momento necessário, certamente aumentarão os custos operacionais e por fim, esses problemas refletirão no atendimento ao cliente.

Portanto, a manutenção de estoques é justificável, pois ajuda a empresa se prevenir de tais eventualidades. Medida de segurança: manter estoques é considerado uma estratégia de segurança, uma vez que muitos eventos externos podem prejudicar o fornecimento da empresa. Vieira (2009, p. completa a linha de raciocínio ao afirmar que “quanto maior a liquidez dos produtos e menos sujeitos à obsolescência, maiores serão os níveis de estoque que uma empresa poderá suportar”. Outra dificuldade apontada na estratégia de manutenção de estoques se refere aos estoques de manutenção. Como visto na consideração dos tipos de estoques, esse tipo de estoque se refere a itens de reposição para equipamentos que apresentam problemas ou defeitos. A dificuldade então se configura em não saber quando um equipamento vai apresentar defeito e qual e qual o grau de incidência.

A princípio, é correto dizer que os custos com a manutenção de estoques envolvem despesas com o armazenamento. Manter estoques requer gerenciamento para entrada e saída dos materiais. Um agravante que deve ser especialmente considera é quando os estoques se tratam de produtos com alto índice de obsolescência ou perecíveis. Existe uma série de custos que são relacionados à manutenção de estoques. Alguns destes custos são apontados abaixo: ● Custos de obsolescência: tais custos envolvem questão quanto ao prazo de validade dos produtos estocados. Neste âmbito, a importância da administração de estoques é justamente gerir estes custos da melhor maneira possível e reduzi-los. É preciso elaborar estratégias, dentro da estratégia, para melhor administrar os estoques e minimizar custos envolvidos. Estratégia da minimização ou extinção de estoques – quais as justificativas? Uma das justificativas mais apresentada quando se confronta uma gestão que opta pela redução dos estoques é o fator custos.

Estoques precisam de locais para armazenamento, talvez um galpão alugado, por exemplo. É preciso mão de obra para gerir estes estoques. Assim como foram considerados os aspectos ou detalhes quanto aos custos envolvidos em se manter estoques, existem também aspectos quanto aos custos envolvidos em reduzir estoques. Na realidade, é possível citar um custo onde não há possibilidade de se mensurar numericamente, por assim dizer. Trata-se do custo de perder um cliente por não ter o produto para atendê-lo no momento em que o mesmo realiza a compra. Esse é certamente o maior risco para uma empresa que adota a estratégia de reduzir estoques. Inclusive, é por este motivo que a grande maioria das empresas que adotam a estratégia da manutenção de estoques permanecem convictas de que sua estratégia é menos arriscada.

Diante das considerações, é certo afirmar que a administração de estoques é fator de grande importância para as organizações. Essencialmente é preciso encontrar um ponto de equilíbrio, onde se permite dispor de estoques para atender as demandas, até mesmo as imprevisíveis, e evitar o acúmulo dos mesmos por falta de pedidos. Vieira (2009) chama atenção para esta realidade. A política de estoque é a elaboração de um conjunto de diretrizes e normas que servem de parâmetros para o gerenciamento destes. O objetivo fundamental da política de estoques de uma empresa consiste essencialmente na busca do equilíbrio entre o estoque e o consumo, maximizando a produtividade e minimizando o custo, ou seja, maximizar os recursos da empresa, fornecendo um nível satisfatório do serviço ao cliente.

Diante de tanto sucesso neste âmbito, a logística passou a ser estudada visando aplicar suas atividades propostas no meio empresarial, lidando a princípio com questões de transportes e armazenamento de materiais e produtos. Com o passar do tempo, a logística deixou de ser apenas uma estratégia de transporte e passou a tratar das várias atividades dentro da empresa, integrando todos os seus departamentos com o objetivo de atender as necessidades do cliente e até mesmo superá-las. Uma das responsabilidades da logística consiste na administração de estoques. Estoques são acúmulos de materiais ou produtos inseridos no processo produtivo ou de vendas. As duas principais estratégias na administração de estoques consistem em manter ou extinguir estoques. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial.

ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2006, 616 p. BULLER, Luz Selene. Logística empresarial. Operações logísticas. São Paulo: SENAI-SP, 2014, 108p. SIQUEIRA, João Paulo Lara. Gestão de produção e operações. Curitiba: IESDE Brasil, 2009, 124p.

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