TCM e a produção de energia em exercícios de endurance

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Administração

Documento 1

Orientadora: Profª. Dra. Nailza Maestá PIRACICABA 2019 CAROLINE TAVARES VILHALVA FERREIRA TRIGLICERÍDEOS DE CADEIA MÉDIA E A PRODUÇÃO DE ENERGIA EM EXERCÍCIOS DE ENDURANCE. Comissão julgadora do TCC para aprovação no Curso de Nutrição na Universidade Metodista de Piracicaba ______________________________ Examinador(a) ______________________________ Orientador(a) Piracicaba, 17 de maio de 2019 TRIGLICERÍDEOS DE CADEIA MÉDIA E A PRODUÇÃO DE ENERGIA EM EXERCÍCIOS DE ENDURANCE. Caroline Tavares Vilhalva Ferreira1 Nailza Maestá2 1 Aluno(a) do curso de Nutrição da Faculdade de Ciências de Saúde da UNIMEP 2 Docente do curso de Nutrição da Faculdade de Ciências de Saúde da UNIMEP Revista para publicação: Endereço para correspondência: Universidade Metodista de Piracicaba Faculdade de Ciências da Saúde Curso de Nutrição Rodovia do Açúcar, Km 156 Piracicaba – SP CEP 13 400 – 901 Fone: (19) 31241503 E-mail: carolvilhalva@outlook.

Thus, in order to investigate the medium-chain triglycerides capacity of producing energy during endurance exercise, it is necessary to study its metabolism. Methodology: In this paper, it was adopted an informative approach based on classic and recent studies as well as books and journals from Portal da Capes database, Scielo, Pubmed, and Lilacs. They tackle topics about fatty acid metabolism during exercise so as to associate MCT with energy production. Conclusion: Although MCT is a fatty acid with specific digestion characteristics and quick absorption, its use to enhance athletic performance during endurance exercise is not scientifically proven. Keywords: Triglyceride, lipid, endurance, energy. A etapa inicial corresponde à busca por meio dos descritores: triglicerídeo, endurance, energia e suplementação, nos idiomas português e inglês. Utilizaram-se as bases eletrônicas Portal da Capes, Scielo, Pubmed e Lilacs, e não foi utilizado limite temporal.

Os critérios de inclusão estabelecidos foram publicações que respondessem à pergunta norteadora, classificadas como artigos de revisão e originais de natureza primária, disponibilizados online e na integra. Foram excluídos artigos que envolvessem a aplicação do triglicerídeo de cadeia média em estudos realizados com ratos, nutrição enteral aplicado à enfermos e nutrição animal. Os indivíduos pertencentes aos estudos, tinham como característica ser atletas treinados, do sexo masculino e com idade entre 18 e 40 anos. Esta via por sua vez, ocorre nas mitocôndrias e depende de oxigênio para formação de energia (ATP), a energia pode ser formada no ciclo de Krebs e na cadeia respiratória. Entretanto, alguns fatores influenciam a otimização da via aeróbia como: frequência, tipo do exercício, duração, intensidade, condicionamento do indivíduo e gênero.

De acordo com Horowitz e Klein7, o exercício físico de endurance aumenta a oxidação da gordura durante o exercício submáximo. É sabido que o lipídio, é o substrato energético principal para exercícios de longa duração, sendo que a quantidade de glicogênio (estoque de energia no músculo e no fígado) é limitada, e dessa forma, pode ser interessante a utilização de ácidos graxos como fonte de energia, impedindo a depleção dos estoques de glicogênio. A partir disso, surgiram estudos na década de 1960 a fim de investigar estratégias para o aumento do desempenho do atleta a partir do aumento na disponibilidade do ácido graxo no plasma e aumentar oxidação de ácidos graxos através de dietas hiperlipídicas.

O triglicerídeo de cadeia média possui propriedades absortivas que difere quando comparada ao triglicerídeo de cadeia longa,10 possui rápida digestão e absorção, transporte específico pelo sistema portal-hepático e beta-oxidação hepática. O TCM é líquido em temperatura ambiente, isso devido ao fato de ter um ponto de fusão mais baixo e ser solúvel em água. Essas características são únicas do TCM e por isso, afetam diretamente a metabolização do respectivo, tornando-a mais rápida. Devido a capacidade de digestão e absorção rápida, alguns argumentos foram utilizados a fim de assegurar o uso do TCM no âmbito esportivo. Mcardle et al. A utilização dos ácidos graxos armazenados no tecido adiposo se dá pela ação dos hormônios GH e catecolaminas que são responsáveis por estimular a enzima lipase-hormônio sensível (LHS) na qual irá atuar no processo de lipólise.

Os hormônios afetam a lipólise, a insulina diminui enquanto o glucagon, epinefrina e norepinefrina, cortisol e GH aumentam. O hormônio do crescimento (GH) tem um efeito facilitador nas catecolaminas, aumentando a disponibilidade de ácidos graxos no sangue. A digestão do TCM começa na boca por ação enzimática da lipase lingual, essa enzima hidrolisa as ligações esterificadas do glicerol. O sítio de ação enzimática da lipase lingual é o estômago, sendo que a respectiva atua em pH ácido. No entanto, quando a degradação de lipídio é predominante, a disponibilidade de oxalacetato é reduzida e dessa forma, a Acetil-CoA é destinada para a formação de corpos cetônicos. O aumento da mitocôndria pós exercício explica em parte o aumento da oxidação de ácidos graxos.

Os estudos sugerem que os ácidos graxos oxidados após exercício sejam provenientes de triglicerídeos intramusculares, e não a partir de triglicerídeos do tecido adiposo ou circulante. A principal reserva de lipídios está no tecido adiposo, entretanto, parte desta se encontra no tecido muscular, podendo estar entre as fibras (intermuscular) ou no citoplasma (intramuscular). Dessa forma, para obtenção de energia, a célula muscular, faz uso preferencialmente, da reserva de triglicerídeos que estão próximas ao sistema mitocondrial22, a degradação da reserva de triglicerídeos muscular é regulada por uma enzima lipase similar à do tecido adiposo, chamada de TG lipase, a versão muscular da lipase hormônio sensível. ciclistas treinados Ingestão de TCM + CHO (0,36-0,72g/kg/peso) e CHO (0,72g/kg/peso), 1 hora antes do exercício.

Pedalaram por 2 min a 60% VO2max e 28min a 84% do VO2max. Verificar o efeito poupador de glicogênio do TCM e verificar se a combinação CHO + TCM ↑ a disponibilidade da glicose no plasma. O aumento da [ ] plasmática de glicose e de corpos cetônicos foi ↑ na ingestão de TCM + CHO. A [ ] de lactato no plasma foi ↑ na ingestão de CHO + TCM. A combinação TCM com CHO não apresentou efeito significativo no desempenho de ciclistas. Autor (ano) Indivíduos Metodologia Objetivo Resultados Conclusão Jeukendrup et al. Sete ciclistas treinados Treinamento de 2 horas a 60% do VO2max e em seguida, teste de ciclo ergonômico contra-relógio menor de 15 minutos de duração. Ingestçao solução de CHO (10% - 170g) + TCM (5% - 85g) Investigar o efeito da ingestão de TCM e CHO no desempenho de ciclistas treinados.

A ingestão da solução de 10% de carboidrato e de 5% de TCM + 10% de carboidrato não demonstrou diferença significativa na duração de realização do treino quando comparado ao placebo. O ↑ da disponibilidade de AGL causada pela ingestão de TCM inibe a utilização das reservas de gordura endógena e não promove efeito poupador de glicogênio. Décombáz et al. homens 1 hora pedalando em bicicleta ergométrica a 60% do VO2max, 2 vezes com intervalo de 14 dias. O 1° ingestão de 50g de CHO 1 h antes e o 2° teste ingestão de 25g de TCM 1 h antes. Avaliar a comparação energética de TCM e CHO O consumo de TCM não ↓ a oxidação de CHO e não alterou o GET.

Após suplementar 12 atletas treinados que correram a 85% do V02max em 30 minutos seguido de 75% do VO2max até a exaustão por duas semanas, observou-se que não houve diferenças na concentração de lactato, glicose, Beta-HBA, AGL e glicerol. Em um estudo similar, Kern e colaboradores (2000)24, observaram o aumento de LDL após suplementação de TCM e concluíram que os efeitos do TCM podem gerar riscos de doenças cardiovasculares. Horowitz et al. após suplementar 7 ciclistas treinados com TCM e carboidrato que peladaram por 2 min a 60% do VO2max e 28 min a 84% do VO2max, verificaram o aumento na disponibilidade de glicose plasmática, lactato e corpos cetônicos. No entanto, o aumento na disponibilidade de glicose e lactato pode ser decorrente da ingestão do TCM concomitante com a de carboidrato.

Afim de avaliar a comparação energética de TCM e carboidrato, Décombaz et al. submeteram 12 homens a 1 hora de exercício em bicicleta ergométrica a 60% do VO2max, receberam 25g de TCM e 50g de carboidrato. Os autores constataram que não há alteração no gasto energético total entre TCM e carboidrato e que a estratégia de TCM como fornecedor de energia não oferece vantagens sobre a ingestão de carboidrato. Com o propósito de verificar o fornecimento de energia entre TCM e carboidrato, Massicote et al. submeteram 6 homens ao treinamento de 2 horas à 65% do VO2max, no qual ingeriram 25g de TCM e 57g de glicose 1 hora antes do exercício. Além disso, o aumento de corpos cetônicos advindos da oxidação do TCM como substrato energético, não causou aumento do desempenho e performance em atletas nos estudos analisados, sustentando a hipótese de que o musculo esquelético para realização de trabalho, não tem preferência por corpos cetônicos para produção de energia em exercícios de endurance.

Dessa forma, não há respaldo científico que assegure o uso do TCM como fonte de energia em exercícios de longa duração, tornando seu uso irrelevante no âmbito desportivo. REFERÊNCIAS 1. Ferreira AMR, Ribeiro BG, Soares EA. Consumo de carboidratos e lipídios no desempenho em exercícios de ultra-resistência Endereço para correspondência. Andrade PMM, Ribeiro BG, Carmo M. Papel dos lipídios no metabolismo durante o esforço. Revista de Nutrição. Tirapegui J, Cruzat VF. Bíoquimica da nutrição no esporte. Aoki MS, Seelander MCL. Suplementação lipídica para atividade de “endurance. ” Revista Paulista de Educação Física. Jeukendrup AE, Saris WHM, Wagenmakers M. Fat Metabolism During Exercise: A Review - Part II: Regulation of Metabolism and the effects of training.

Suplementação de triglicerídeos de cadeia média em atividades de endurance. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. Jensen RG, Ferris AM, Lammi-Keefe CJ, Henderson RA. Lipids of Bovine and Human Milks: A Comparison. Journal of Dairy Science. ° ed. Guanabara Koogan; 2015. Vitasovic GR, Saldanha AM. A suplementação de triglicerídos de cadeia média promove efeito ergogêncico sobre o desempenho no exercício de endurance? Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Garrett TW, Kirkendall ED. Endurance training in humans: aerobic capacity and structure of skeletal muscle. Misell LM, Lagomarcino ND, Schuster V, Kern M. Chronic medium-chain triacylglycerol consumption and endurance performance in trained runners. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness. Horowitz JF, Mora-Rodriguez R, Byerley LO, Coyle EF. Lambert E. Effects of Medium-Chain Triacylglycerol ingest with Carbohydrate on metabolism and exercise performance.

International Journal of Sport Nutrition. Jeukendrup AE, Thielen JHC, Wagenmakers AJM, Brouns F, Saris WHM. Effect of medium-chain triacylglycerol and carbohydrate ingestion during exercise on substrate utilization and subsequent cycling performance. Human Performance.

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