Visão integral sobre o processo de morte e morrer: cuidado ao paciente e à família

Rev. Aten. Saúde, São Caetano do Sul, v. n. p. Para além disso, o estudo traz um tema ainda pouco discutido na área da saúde, principalmente durante a graduação dos profissionais: O processo de morte (e morrer). Por conta da pouca difusão desse assunto nas universidades, os profissionais da saúde, em sua grande maioria, acabam por não saber o que fazer no processo de finitude da vida do paciente, de modo a prejudicar um atendimento humanizado e efetivo tanto para o indivíduo que está sofrendo com o processo quanto para sua família. Com relação a sua metodologia utilizada é sabido que se trata de um estudo de campo, exploratório e qualitativo, que usou como objeto de pesquisa as representações sociais dos enfermeiros sobre o cuidado com pacientes e famílias que vivenciam o processo de morte.

Para a coleta de dados foram feitas entrevistas do tipo semiestruturada para 21 profissionais da enfermagem que trabalham nas unidades oncológicas dos hospitais universitários de Pernambuco. A análise dos dados foi feita sob a perspectiva da abordagem descritiva do conteúdo das representações sociais. Por fim, conclui-se através do estudo que elementos clínicos que interferem no nível de consciência sugerem maiores obstáculos no atendimento, tendo, portanto, que adaptar o planejamento do cuidado e as formas de inclusão da família à situação do paciente. Ainda também foi revelado que é um constante desafio o relacionamento entre o profissional enfermeiro e família do paciente terminal, mostrando, então, essencial o uso do diálogo e da transmissão de confiança como estratégia para melhor inserir os familiares no plano terapêutico e educacional desse processo.