Zika Vírus

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Biomedicina

Documento 1

do público em geral acredita que o uso de repelentes também está entre os métodos de prevenção contra a doença. Todos os entrevistados afirmaram que a microcefalia está relacionada com a infecção pelo vírus, sendo que 45% acredita estar associado com microcefalia e síndrome de Guillian-Barré (SGB). Já no questionário voltado para as gestantes, observou-se que a maioria se encontra no segundo trimestre de gestação, e 96% delas já foram orientadas por médicos sobre os riscos de contrair a doença. das gestantes entrevistadas fazem acompanhamento pré-natal. Com todos os resultados obtidos pôde-se concluir que grande parte da população está ciente da gravidade das manifestações clínicas que a doença pode trazer, bem como o seu meio de prevenção para evitar uma infecção futura.

A primeira infecção em humanos foi documentada na Nigéria em 1954. No Brasil o primeiro caso foi relatado em 2015, e, posteriormente, novos casos surgiram em outros países da América, caracterizando uma rápida expansão geográfica. A notificação de ocorrência de casos através dos continentes constata um alto potencial de disseminação em âmbito global (SCHRAM, 2016). Além da picada do mosquito, foram constatadas outras formas de transmissão do Zika vírus, podendo ser através de transfusão sanguínea ou hemoderivados, relação sexual e transmissão vertical (intrauterina) no caso de mulheres grávidas (PAIVA, et al. Os sintomas causados pela doença geralmente são inespecíficos, e variam desde febre e exantema, à cefaleia e conjuntivite. Foi relatado também que o diagnóstico imunológico que detecta anticorpos contra o vírus tem baixo nível de especificidade, podendo gerar reações cruzadas com outras doenças gerando um resultado falso-positivo (PAIVA; SCHRAM, 2016).

As medidas de monitoramento na saúde pública devem ser feitas através do controle do vetor na tentativa de eliminação dos focos do mosquito e o uso de repelentes. Ressaltando que ao eliminar o foco dos mosquitos, serão interrompidas não só a transmissão do Zika vírus, mas também eliminará outras arboviroses transmitidas por ele, como a Dengue, Febre Amarela e Chikungunya (FREITAS, et al. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo, através de uma pesquisa bibliográfica realizada em, livros, artigos científicos e revistas, buscar informações acerca da doença causada pelo vírus Zika, e a aplicação de um questionário incluindo homens, mulheres gestantes e não gestantes, para avaliar o conhecimento sobre o vírus e a possibilidade de pandemia causada pela doença.

Metodologia Foi realizada uma pesquisa em livros, artigos científicos e revistas sobre a doença causada pelo vírus da Zika e seus impactos, bem como a realização do diagnóstico para possíveis casos de infecção pelo vírus. A figura 2 demonstra a opinião dos entrevistados sobre como o vírus Zika chegou até o Brasil. Figura 2: Opinião dos entrevistados sobre qual meio o vírus Zika chegou ao Brasil. Com a análise dos dados, a opção mais escolhida obteve um percentual de 68%, indicando que a maioria dos entrevistados acredita que o vírus chegou ao Brasil através de eventos esportivos mundiais. As demais opções seguem com 14%, através do trafico de escravos, 10% através de eventos esportivos nacionais e 8% através do campeonato brasileiro.

A figura 3 mostra o conhecimento da população entrevistada sobre quais são os possíveis meios de transmissão do vírus Zika. Para os dados envolvendo o Aedes e o Haemogogus, que são mosquitos transmissores da doença e que atuam em áreas diferentes, esses dados foram associados ao local de transmissão pela área rural ou urbana da doença. Do total de 58 respostas obtidas, 30 indicaram que a transmissão ocorre na área urbana e 28 na área rural. Sobre a transmissão em área urbana, os 30 entrevistados afirmaram que o Aedes é o transmissor da doença. Em relação à área rural, das 28 respostas, 16 afirmaram que o vetor é o Aedes, 7 indicaram o Haemogogus e 5 afirmaram ser uma das outras opções. Sabendo que indivíduos do sexo masculino possuem um papel importante na transmissão da doença (SILVA, et al.

É de extrema importância que a população tenha conhecimento sobre as formas de prevenção da doença, para evitar que essa epidemia acabe se tornando uma pandemia. Com isso, foi realizada uma análise, para avaliar quais os métodos de prevenção podem ser usados para evitar a disseminação do vírus. A figura 7 demonstra o conhecimento dos entrevistados sobre quais as formas de prevenção para evitar a infecção pelo Vírus Zika. Figura 7: Conhecimento dos entrevistados sobre as formas de prevenção da doença. Na opinião dos entrevistados, o uso de repelentes foi à forma de prevenção mais citada (27%), seguida de evitar viagens para áreas endêmicas da doença (21%), uso de preservativos (20%), evitar a propagação dos vetores (19%), isolamento das pessoas infectadas pelo Zika (8%) e vacinas anti-Zika (5%).

De acordo com a pesquisa realizada, obteve-se um percentual de 96% de gestantes que faziam acompanhamento pré-natal. A figura 10 mostra qual a porcentagem das entrevistadas que já teve orientações médicas sobre o Zika. Figura 10: Número de gestantes que já obtiveram alguma orientação médica sobre o vírus Zika. Foi relatado um percentual de 90% em relação às gestantes entrevistadas que obtiveram informações médicas para prevenção da doença causada pelo vírus Zika. Discussão O indicativo de que 86% dos entrevistados foram assertivos na escolha do agente causador da doença, mostra uma informação positiva neste levantamento de dados (Figura 1). Em 2014, também foi registrado um surto na Ilha de Páscoa (CLARO 2016). Atualmente, o principal país que sofre esse surto é o Brasil (FREITAS, et al.

Em 2014, um surto de uma doença febril de etiologia desconhecida foi detectado no Rio Grande do Norte, onde foram realizados testes para dengue, rubéola, sarampo, enterovírus e até mesmo outros arbovírus, porém todos os testes realizados para diagnóstico voltado para algumas dessas doenças citadas acima gerava resultados negativos (FREITAS, et al. Já no inicio de 2015, por uso da técnica de RT-PCR, 7 casos foram confirmados. De 24 amostras coletadas, esse foi o primeiro diagnóstico que deu início a confirmação da circulação do Zika vírus no Brasil (FREITAS, et al. vezes o número de viríons na urina ou em resultados obtidos na transfusão de sangue (SILVA, et al. Estudos confirmam que o Zika possui uma predisposição de ser transmitido através da urina e do sangue, sendo que o sangue ainda não possui uma estatística que forneça a eficácia desse mecanismo de transmissão.

Já no caso da transmissão através da urina, foram realizados exames para detecção de partículas virais em pacientes assintomáticos entre 10-20 dias após a infecção, e foi constatado que eles apresentavam 0,7-220 x 106 copias/ml, o que indica que uma grande possibilidade de que o vírus possa ser transmitido através da urina (KASHIMA, et al. A transmissão pelos vetores ocorre principalmente pela ação do mosquito Aedes aegypti presente, principalmente, em áreas urbanas. Aedes albopictus e Aedes vittatus podem estar presentes em ambos os locais tanto na área urbana quanto na rural, e o mosquito Haemogogus é especifico para a transmissão em áreas selvagens (MARCONDES, et al. Sabe-se que apenas a SGB e a microcefalia podem ser associadas à infecção pelo Zika (OLIVEIRA, et al.

Assim, observa-se que grande parte dos entrevistados tinha conhecimento sobre as consequências da infecção pelo Zika vírus (figura 6). A microcefalia foi a mais escolhida como doença associada ao Zika vírus, aparecendo em todas as opções, indicando que os entrevistados possuíam conhecimento sobre o Zika. A microcefalia é citada como manifestação clínica mais grave associada à infecção pelo Zika. Ela é detectada em uma análise realizada em neonatos onde se avalia o perímetro cefálico, são confirmados casos em que o perímetro se apresenta ≤ 32 centímetros no nascimento, de acordo com as curvas mundiais estabelecidas pela OMS, caracterizada por uma circunferência a menos dois do desvio padrão, de acordo com a curva de Fenton (SIMÕES, et al. A imunopatogênese relaciona a SGB é complexa, envolvendo receptores toll-like, com a produção de citocinas pró-inflamatórias de ação mielotóxica, ativação da resposta imunológica ativando as células T citotóxicas, produção de anticorpos e ativação do complemento (SILVA, et al.

Os métodos de prevenção da doença avaliados na pesquisa estão de acordo com o resultado da pesquisa de alguns autores (Figura 7). De acordo com os métodos de prevenção citados por alguns autores, sabe-se que evitar viagens para áreas endêmicas, diminui significativamente o risco de infecção pelo vírus e de disseminação da doença para outras áreas. O uso de repelente pode evitar que o indivíduo se infecte, porém ainda não e confirmado que todos os repelentes realmente funcionam contra todos os vetores do vírus. Controlar a propagação dos vetores e fazer o uso de preservativos no ato sexual faz com que os indivíduos evitem a transmissão tanto vetorial quanto sexual (RIBEIRO, et al. Conclusão A doença causada pelo vírus Zika é de grande importância mundial devido às suas complicações, portanto é importante que a população saiba como é o mecanismo de patogenia da doença, para evitar uma infecção futura.

Neste contexto, o biomédico tem fundamental importância para desenvolver e melhorar diagnósticos e tratamentos para a população. Além disso, podem alertar à população sobre os efeitos da doença, formas corretas para prevenir a transmissão. Já que muitos entrevistados desconheciam informações como as formas corretas de prevenção por contato sexual, as manifestações clínicas da doença, entre outros. Referências CLARO, Pablo Augustin Vial; BRALIC, Rafael Ignacio Araos. Síndrome da infecção congênita pelo vírus Zika. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 32(7):e00047716, jul, 2016. FALCÃO, M. et al. C. Zika vírus. Informe Técnico. Departamento de Vigilância em Saúde; Secretaria Municipal de Saúde, ano 01, 2016. KASHIMA, Simone; SLAVOV, Svetoslav Nanev; COVAS, Dimas Tadeu.

Med. Bras. Vol. no1. São Paulo, Brasil, Jan/Fev 2016. et al. Microcephaly and Zika virus: a clinical and epidemiological analysis of the current outbreak in Brazil. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, 2016. OLIVEIRA, Consuelo Silva de; VASCONCELOS, Pedro Fernando da Costa. Microcefalia e vírus zika. infectol. vol. no. Santiago abr. RIBEIRO, Guilherme Sousa; KITRON, Uriel. SCHRAM, Patricia Cintra Franco. Zika vírus e saúde pública. J Hum Growth Dev. SILVA, Lucia Regina Cangussu da Silva; SOUZA, Adriano Miranda de. Zika virus: what do we know about the viral structure, mechanisms of transmission, and neurological outcomes? Rev. Infecção pelo vírus Zika e gravidez. Rev. Assoc. Med. Bras. p. WEATHERHEAD, J. E. da Silva, J. Murray, K. □ contato sexual □ transfusão sanguínea □ beijo (saliva) □ contato com animais domésticos (Cães e Gatos) □ animais silvestres (macaco) □ fluidos corporais (urina e sangue) 4.

Também sobre a transmissão, ouve-se muito falar de vetores que carregam e disseminam a doença, sobre esses vetores quais você conhece ou sabe que e capaz de transmitir tal doença? □ Aedes (aegypti, albopictus e vittatus) □ Haemagogus (mosquito de área rural) □ Musca domestica □ helmintos (vermes parasitários humanos) 4. Baseando nos conhecimentos que você possui sobre o ZIKV, ele pode ser transmitido em qual ou quais dessas áreas? □ urbana □ rural (incluindo se a transmissão em área selvagem) 4. Apenas para questionários respondidos pelo gênero masculino). O homem possui uma predisposição para transmitir o ZIKV (transmissão através de contato com o sémen), para você que é homem qual a maneira ideal para evitar esse tipo de transmissão? □ abstinência sexual □ sexo apenas com pessoas de sua confiança (sem o uso de preservativos) □ uso de preservativos (camisinha) □ uso de anticoncepcionais 5.

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