O CUIDADO DE ENFERMAGEM NAS LESÕES POR PRESSÃO

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Turismo

Documento 1

Justificativa 10 1. Objetivos 10 1. Geral 10 1. Específicos 10 2. REVISÃO DE LITERATURA 11 3. Segundo Anvisa (2017), a incidência de lesão por pressão (LP) de clientes internados em países desenvolvidos é de 4 a 16%. No Brasil, estudos apontam que a ocorrência de LP em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) variou entre 35,2% a 63,6% e a incidência entre 11,1% e 64,3% (VASCONCELOS, CALIRI, 2017). Considerando as dificuldades presentes no desenvolvimento de meios para prevenir o evento adverso citado e a falta de qualificação do profissional enfermeiro para melhorar o atendimento fornecido ao paciente, verificou-se a necessidade de uma investigação detalhada sobre a assistência de enfermagem ao paciente com risco de adquirir a Lesão por Pressão, por meio de um estudo baseado em revisões bibliográficas. Problematização As lesões por pressão (LP) tornaram um desafio aos profissionais da saúde, uma vez que esse tipo de problema ocorre principalmente após a admissão do paciente no ambiente hospitalar.

Sendo assim, busca-se responder a seguinte pergunta: Qual o papel da enfermagem na prevenção, avaliação e tratamento das lesões por pressão? 1. Na pré-história, segundo V eram utilizados agentes como: extratos de plantas, água, neve, gelo, frutas e lama que eram colocados nas feridas. Na Mesopotâmia, elas eram lavadas com água ou leite e o curativo era realizado com mel ou resina. Lã de carneiro, folhas e cascas de árvore eram utilizadas para sua cobertura. Os egípcios diziam que uma ferida fechada cicatrizava mais rápido do que aberta, por isso, utilizavam tiras de pano para manter unidas as margens da lesão. Hipócrates sugeria que as feridas contusas fossem tratadas com calor e pomadas para promover a supuração, remover material necrótico e reduzir a inflamação.

Inicia-se o processo patológico quando há suspensão da circulação sanguínea nas camadas superficiais da pele e à medida que a isquemia se aproxima de proeminências ósseas, focos maiores de tecido são prejudicados. Cada camada da pele contém uma pressão intersticial, e esta pressão é responsável por suportar períodos de diminuição de perfusão vascular e momentos em que a pressão intracapilar aumenta. Durante horas seguidas sem liberação da pressão da área corporal, inicia-se o processo de sofrimento tecidual, originando a acidose celular, hemorragia, oclusão das redes linfática e acúmulo de restos produzidos a partir da morte celular e necrose tissular. Em seguida, a atividade fibrinolítica diminui, originando o acumulo de fibrina em meio intravascular, gerando assim a deficiência de perfusão capilar.

As camadas mais suscetíveis são os músculos, depois o tecido subcutâneo e por último a derme (BENETTI; SANTOS, 2017). Esse estágio não deve ser usado para descrever as lesões de pele associadas à umidade, incluindo a dermatite associada à incontinência (DAI), a dermatite intertriginosa, a lesão de pele associada a adesivos médicos ou as feridas traumáticas (lesões por fricção, queimaduras, abrasões) (NPUAP, 2016). Estágio III: Perda total da espessura da pele. Fonte: NUAP, 2016. Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é visível e, frequentemente, tecido de granulação e epíbole (lesão com bordas enroladas) estão presentes. Esfacelo e/ou escara pode estar visível. Fonte: NUAP, 2016. Já na Lesão por Pressão não Estadiável ocorre a perda total da espessura da pele e tecido em que a extensão do dano tecidual no interior da úlcera não pode ser confirmada porque está coberto por esfacelo ou escara (Figura 5).

Se o esfacelo ou escara for removido, a LPP poderá ser classificada como estágio 3 ou 4 (MORAES, et al, 2016). Segundo Moraes, et al (2016), a Lesão por Pressão Tissular Profunda apresenta-se de descoloração vermelho escura, marrom ou púrpura, persistente e que não embranquece. Pele intacta ou não intacta com área localizada de vermelho escuro persistente não branqueável, descoloração marrom ou roxa ou separação da epiderme revelando um leito da ferida escuro ou com flictena de sangue representado na figura 6. Dentre os fatores intrínsecos podemos salientar idades extremas, estado nutricional, a perfusão periférica, doenças crônicas, processo de adoecimento agudo, incontinência urinária e fecal (SARQUIS, 2010). Outro fator extrínseco importante é o cisalhamento que ocorre quando há tração exercida na pele, fazendo com que os tecidos superficiais “escorreguem” no musculo, gerando o rompimento e a lesão dos capilares que são responsáveis para vascularizar a área, tendo o rompimento destes vasos, a área apresenta isquemia celular (BENITTE; SANTOS, 2017).

Fonte: BRASIL, 2019. A fricção ocorre quando uma determinada parte corporal, em especial, em proeminências ósseas que está em atrito com outras superfícies, como por exemplo, um membro sobre uma superfície de apoio gerando uma lesão aberta (BENITTE; SANTOS, 2017). Quando a pele se apresenta úmida, a tendência ao rompimento aumenta, tornando assim a área mais vulnerável a lesões. Os cuidados de enfermagem e a atuação do enfermeiro quando se trata de pacientes dependentes, inclui-se o diagnóstico e as ações referentes a intervenções, avaliações e medidas especificas para a prevenção do surgimento das LPP. A atuação do enfermeiro é importantíssimo na classificação das feridas, por isso, ele deve estar atualizado de informações para saber classificar o grau da lesão a fim de determinar um tratamento adequado para a mesma.

A concepção é que o mundo, compreendido em sua complexidade, requer uma formação de profissionais que possibilite concepções religadas entre parte e todo. Isso demanda especializações abertas, acompanhadas de contexto, pois o contexto está na parte especializada e a parte especializada está no contexto. Para tanto, a incerteza é condição fundamental para a formação que busca a religação das concepções dicotômicas, fragmentadas, legitimadas pela ciência clássica. Em unidades de Terapia Intensiva (UTI) abrigam-se pacientes que no momento, devido ao seu quadro clínico mais crítico, necessitam de uma assistência mais complexa, de cuidados altamente complexos e controles estritos. Nesse ponto de vista, percebe-se que a enfermagem presta uma assistência baseando-se em conhecimentos técnicos-científicos. E é extremamente importante que o enfermeiro se atualize pois com o avanço da tecnologia, os estudos sobre as LPP’s tem demonstrado um grande aliado à assistência de enfermagem.

O reposicionamento de pacientes de risco alterna ou alivia a pressão sobre áreas suscetíveis, reduzindo o risco de desenvolvimento de lesão por pressão. Travesseiros e coxins são materiais que podem ser utilizados para auxiliar a redistribuição da pressão. Com a avaliação do risco e do desenvolvimento da lesão, é necessário que o enfermeiro tenha o conhecimento de produtos de pomadas adequadas para cada tipo de LPP e o tecido que se encontra no momento. Segundo Anvisa (2017), a escolha do curativo depende do tipo de ferida, estágio de cicatrização e processo de cicatrização de cada paciente. Os aspectos da ferida com relação à presença de inflamação, infecção, umidade e condições das bordas da ferida devem ser avaliados.

Neste sentido, avaliar o paciente na sua admissão a unidade de terapia intensiva, classificá-lo como um risco em potencial para desenvolver lesão por pressão, realizar a inspeção da pele diariamente, utilizar meios para diminuir pontos de pressão, umidade, ressecamento, fricção e cisalhamento, realizar precocemente tratamento quando necessário, são estratégias para se obter um melhor resultado (CARDOSO, 2012). Como descreve Borghardt et al. Feridas com exsudação abundante com ou sem infecção, feridas cavitárias feridas sanguinolentas, (queimaduras de 2° grau, úlcera (lesão) por pressão e vasculares). Carvão ativado e prata Mantém o meio úmido, absorve o exsudato e é bactericida. Feridas infectadas, fétidas e altamente exsudativas. Não utilizar em áreas de exposição óssea. Hidrocolóide Mantém o meio úmido e aquecido, estimula neoangiogênese e autólise, são impermeáveis a microrganismos.

Quanto às características funcionais, a aderência de uma cobertura deve ser considerada de acordo com a necessidade do paciente. Algumas coberturas apresentam bordas ou superfícies adesivas, enquanto outras não. Estas últimas necessitam de fixação por meio de fitas adesivas, faixas etc. As coberturas não adesivas podem ser necessárias quando a pele ao redor da ferida é frágil ou quando há dor durante a troca da cobertura. Em áreas de difícil fixação, expostas a efluente ou a umidade e com risco de forças mecânicas, como a fricção e o cisalhamento, e em regiões como a sacral, é mandatório o uso de coberturas autoaderentes (GAMBA; PETRI; COSTA, 2016). A redistribuição da pressão, especialmente sobre as proeminências ósseas, é a principal estratégia para prevenção da LP seja utilizando superfícies estáticas ou dinâmicas.

Pacientes com mobilidade limitada apresentam risco maior de desenvolvimento de LP. Todos os esforços devem ser feitos para redistribuir a pressão sobre a pele, seja pelo reposicionamento a cada 02 (duas) horas ou pela utilização de superfícies de redistribuição de pressão (BRASIL, 2019). O reposicionamento no leito a cada 2 (duas) horas deve ser programado e não deve ultrapassar este prazo. O reposicionamento no leito deverá ser registrado no prontuário do paciente (BRASIL, 2019). Não usar luvas cheias de água como coxim para elevar calcâneos (BRASIL, 2019). A necessidade de conhecimento científico na área de cuidados de pacientes com feridas é destacada por vários autores, no sentido da busca da qualidade da assistência, pois é uma área na qual frequentemente a prática é baseada em mitos, tradições e senso comum (Ferreira et al, 2013).

A responsabilidade de contribuir no tratamento e prevenção de feridas é atribuída ao enfermeiro, no qual tem a incumbência de avaliar a lesão, planejar e prescrever o tratamento mais apropriado para o paciente, além de coordenar e supervisionar a equipe na efetuação do curativo. Freitas, (2017) afirma que: “A equipe de enfermagem que presta cuidado ao paciente deve estar capacitada para realizar uma avaliação efetiva das feridas. Nessa avaliação, devem ser considerados fatores como, causa e tempo de existência da ferida e presença ou não de infecção. Como o profissional de enfermagem está diretamente relacionado ao tratamento de feridas, seja em serviços de atenção primária, secundária ou terciária, é importante manter a observação contínua com relação aos fatores locais, sistêmicos e externos que condicionam o surgimento da ferida ou interfiram no processo de cicatrização (FRAVETTO et al,2017).

Observou-se a necessidade de se manter uma educação continuada e monitorar toda a equipe para que se preste uma assistência de qualidade, o enfermeiro, contudo deverá manter a conduta de líder e gerenciador mantendo domínio e segurança nas técnicas aplicadas a fim de manter o vínculo de confiança com a sua equipe e usuário. A qualidade e a segurança são imprescindíveis nos serviços de saúde, por este motivo as instituições tem implementado políticas de qualidade, visando atender as necessidades e exigências de seus clientes. Usar de maneira consciente materiais médico hospitalares é de extrema importância à administração dos recursos das instituições, pois as despesas são crescentes e em contrapartida os recursos são escassos.

FRAVETTO et al,2017). Haja vista que a arte de cuidar se dá através dessa relação entre profissional e clientes (CHERNICHARO et al, 2014). A partir de então, a temática de humanização na assistência de enfermagem começa a ganhar espaço no cenário da saúde, por isso, torna-se imprescindível compreender como essa temática está sendo trabalhada nos diferentes campos de atuação da enfermagem. CHERNICHARO et al, 2014). Essa conduta tem sido norteadora de várias ações voltada à assistência de enfermagem, o trabalho humanizado visa garantir uma assistência segura e manter vínculos trazendo para o cotidiano dos usuários a pratica de usufruir dos serviços de saúde. No caso das pessoas com diagnóstico de feridas, a compreensão desse fenômeno deve ser ainda maior, a visão integral do indivíduo, sua inserção com o meio e a representação dessa ferida no seu contexto pessoal, familiar ou social é de fundamental importância.

em 182 países, com 55. mortes, a maioria das quais ocorrendo na Itália, Espanha, França, China e Irã. Já no Brasil foi registrado em abril de 2020 mais de 85. casos confirmados e 5. mortes, números que aumentam a cada dia desde o início da pandemia. As LPPs causam danos à pele dos pacientes afetando o processo de recuperação geral. Podem provocar dores, infecções graves, sepse e aumento da mortalidade. Além disso, prolongam o tempo de internação e impactam no aumento dos custos financeiros com os serviços de saúde. Cerca de 600 mil indivíduos hospitalizados nos Estados Unidos chegam ao óbito anualmente devido as complicações concomitantes com às LPPs com custos estimados em 11 bilhões de dólares anuais no tratamento desses pacientes (GUIRRA, et al, 2020).

Nesse contexto, é importante que a equipe de enfermagem esteja imunizada de informações para proporcionar ao paciente condições de retornar sadio à sociedade novamente. et al. MÉTODOS UTILIZADOS PELA ENFERMAGEM NA IDENTIFICAÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA. Curitiba/PR: REVISTA GESTÃO & SAÚDE, 2017;17(1):1-9. AMORIM, C. S. R. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO. Disponível em https://www. inesul. edu. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES Nº 03/2017. Práticas seguras para prevenção de Lesão por Pressão em serviços de Saúde. Disponível em: http://portal. mp. br/atuacao-tematica/ccr4/dados-da-atuacao/projetos/qualidade-da- agua/legislacao/portarias/portaria-de-consolidacao-no-5-de-28-de-setembro-de-2017- 1/view.

Acesso em 14 de julho de 2020. BRASIL. PORTARIA Nº 529, DE 1º DE ABRIL DE 2013. Brasília: GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL, 2019. Disponível em http://www. saude. df. gov. br/ projetos/ulcera. Acesso em 15 de julho de 2020. CARDOSO, T. R. Prevenção da Úlcera por pressão: práticas para uma boa atuação do enfermeiro. Pindamonhangaba (SP): FUNVIC Fundação Universitária Vida Cristã, 2017. GEORGE, F. H. M. Escala de Braden: Versão Adulto e Pediátrica (Braden Q). Manejo do paciente com COVID-19 em pronação e prevenção de Lesão por Pressão. Disponível em http://hrj. escs. edu. br/index. A; NUNES, C. R. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO. Santa Catarina: Revista Científica Interdisciplinar, 2016. Disponível em http://www. mai/ago; 6(2):2292-2306. OLIVEIRA, G.

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