RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS BRASILEIRAS

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Administração

Documento 1

Cidade 2013 SUMÁRIO 1. Introdução 3 2. Responsabilidade Social Empresarial 4 3. Breve Histórico 6 4. Definindo RSE 7 5. “em nome de um surpreendente e alvissareiro ressurgimento da ética como referencial de convívio, a responsabilidade social empresarial, também denominada corporativa, torna-se fator de avaliação e preferência para investidores”. O assunto responsabilidade social já vem sido comentado desde os anos 60, porém as pessoas só vieram dar importância no século XXI, onde é um dos assuntos que mais preocupa a população. As empresas têm visto o tema responsabilidade social, como uma ferramenta que gera lucros, observaram que as pessoas valorizam as empresas que realizam algo que seja admirável, por isso, muitas empresas estão dando importância para tais atitudes. O salário já não é tão importante para os funcionários se não vier acompanhado de benefícios, o que mostra que a empresa se preocupa com bem estar de seus funcionários.

De acordo com o Instituto ETHOS VALOR (2005, p. Depois, veio à questão da qualidade, focada no resultado dos produtos e serviços. Hoje, as empresas devem investir no permanente aperfeiçoamento de suas relações com todos os públicos dos quais dependem e com os quais se relacionam: clientes, fornecedores, empregados, parceiros e colaboradores. Deve-se incluir a essa lista: a comunidade na qual atua o governo e a sociedade em geral. Fabricar produtos ou prestar serviços que não degradem o meio ambiente, promover a inclusão social e participar do desenvolvimento da comunidade de que fazem parte, entre outras iniciativas, são diferenciais cada vez mais importantes para as empresas na conquista de novos consumidores ou clientes. Pelo retorno que traz em termos de reconhecimento (imagem) e melhores condições de competir no mercado, além de contribuir substancialmente para o futuro do país.

faz-se relevante ressaltar que a ação do Estado, limitada por motivos gerenciais e financeiros, como vem sendo universalmente reconhecida, deva ser complementada por outras iniciativas da sociedade, tanto das empresas privadas como das organizações do Terceiro Setor. Breve Histórico A questão da Responsabilidade Social Empresarial – RSE - é tema recente, polêmico e dinâmico, envolvendo desde a geração de lucros pelos empresários, em visão bastante simplificada, até a implementação de ações sociais no plano de negócios das companhias, em contexto abrangente e complexo. A abordagem da atuação social empresarial surgiu no inicio do século XX, como o filantropismo. Em seguida, o conceito evoluiu passando a incorporar os anseios dos agentes sociais no plano de negócios das corporações.

Assim, além do filantropismo, desenvolveram-se conceitos como voluntariado empresarial, cidadania empresarial, responsabilidade social corporativa, ética nos negócios e, por último, desenvolvimento sustentável. INSTITUTO ETHOS 5. A RSE e os Stakeholders Segundo o Instituto Ethos, os públicos de relacionamento da empresa envolvem inúmeras organizações de interesse civil/social/ambiental, além daqueles usualmente reconhecidos pelos gestores – público interno, acionistas e consumidores/clientes. O número e os tipos de público da empresa devem ser analisados e definidos segundo o contexto em que a empresa atua ou quer atuar e conforme seu projeto de futuro. Para facilitar e generalizar o conceito, a RSE será dividida em sete tópicos a serem explorados: • Valores, transparência e governança: Quando se fala em valores e transparência, o que se propõe é a existência de um código de ética definido, para que a empresa consiga se comunicar, promovendo a participação de todas as partes envolvidas.

• Público interno: A empresa socialmente responsável não se limita a respeitar os direitos dos trabalhadores, ainda que esse comportamento seja indispensável. Para tanto, torna-se relevante à publicação do balanço social das empresas, que poderia ser um meio de promover maior mobilização dos empresários. Pois é através dele que é revelada a participação da empresa na sociedade, proporcionando uma boa imagem para a mesma na comunidade empresarial, tendo em vista que investir no social ainda é algo especial, por não ser obrigatório, e serve de exemplo para outras empresas que ainda não descobriram esta nova realidade. A RSE e a Ética É crescente a pressão por parte da sociedade, para que as empresas desenvolvam um comportamento ético. De acordo com Manhães (1999, p.

essa é a única forma de obtenção de lucro com respaldo moral. • Valorização da imagem institucional e da marca: Práticas de responsabilidade social agregam valor aos negócios da empresa, que pode se valer desse diferencial para suas estratégias de negócios. • Maior lealdade do consumidor: Consumidores admiram empresas que valorizam seus funcionários, desenvolvem projetos sociais, preocupam-se com o meio ambiente ou coíbem a corrupção. Responsabilidade social é fator de fidelidade do consumidor. • Maior capacidade de recrutar e manter talentos: Os funcionários sentem-se motivados com práticas de gestão socialmente responsáveis claramente definidas. Gostam de fazer parte de organizações que respeitam o individuo e investem na sua capacidade de aprendizado. • Capacidade de atrair e manter talentos: apresentando-se como uma alternativa profissional que possa também atender aos interesses de cidadão do profissional.

• Alto grau de motivação e comprometimento dos colaboradores: envolvendo todos os colaboradores internos e fornecedores com a gestão da RSE, demonstrando coerência em seus compromissos. • Capacidade de lidar com situações de conflito: demonstrando disposição para a investigação e o diálogo, desenvolvendo processos que previnam situações de risco, aprofundando contato com redes de organizações e formadores de opinião, usando de transparência nessas relações. • Estabelecimento de metas de curto e longo prazo: introduzindo realmente aspectos de responsabilidade social na gestão da empresa, com todas as características que outros indicadores de performance possuem. • Envolvimento da direção da empresa: comprovando claramente o entendimento estratégico que tem dessas questões. E entre os princípios geralmente mencionados num Código de Ética estão: honestidade, justiça, compromisso, respeito ao próximo, integridade, lealdade, solidariedade.

Todos esses princípios podem ser indicados na declaração de valores éticos da empresa. Estar disponível para dar esclarecimentos e aberto para ouvir diferentes opiniões. Comunicar com clareza as decisões e procurar explicar como elas são condizentes com os valores éticos da empresa, já que decorrem não apenas dos aspectos financeiros do negócio. Esclarecer aos funcionários sobre a responsabilidade que têm não só pela execução de suas atribuições, mas igualmente pela prática dos princípios adotados pela empresa. Atualmente, o processo está sendo utilizado em 15 cidades, como Recife e Caruaru, em Pernambuco, e em Florianópolis, em Santa Catarina. Os caminhões também foram projetados para minimizar o impacto no meio ambiente.   2) EDP Bandeirante Em um país onde a principal aposta dos combustíveis verdes é o etanol, investir em veículos elétricos pode parecer um contrassenso.

Isto não é o que pensa a portuguesa EDP Bandeirante, concessionária de energia que atua em São Paulo. Desde 2009, a empresa já instalou 31 totens para abastecimento de carros, motocicletas e bicicletas elétricas. A água da chuva, por exemplo, é armazenada e reaproveitada no ar-condicionado.     O teto pode abrigar um jardim com plantas e gramado, semelhante ao usado no prédio das Nações Unidas, em Nova York. Os vidros são revestidos com uma película que reduz a entrada de calor. Durante o dia, a luz solar é captado por uma série de espelhos, o que evita o uso de lâmpadas. Com isso, a conta de luz cai para até 40%.   5) GM Nos últimos anos, a despeito das dificuldades financeiras que quase a derrubaram, a montadora americana General Motors (GM) intensificou seus investimentos em redução de consumo de energia e água, ao mesmo tempo em que modernizou seus processos de produção para evitar a geração de resíduos e o desperdício.

A gestão desses insumos foi importante para que a filial se mantivesse no azul. A GM tem um compromisso com o desenvolvimento sustentável dos países nos quais atua.   A unidade de Joinville, que inclui fábricas de motores e de transmissão e consumiu investimentos de cerca de R$ 1 bilhão.  Conta com um conjunto de sistemas pioneiros nas áreas de eficiência energética e proteção ao meio ambiente que a credenciaram para a obtenção da certificação global do Leadership in Energy and Environmental Design (Leed). Até o fim do ano, 70% das 600 mil folhas impressas serão eliminadas. As seguradoras SulAmérica e Bradesco Seguros, duas das principais clientes do Sabará, não exigem mais documentos em papel.   7) Carglass A Carglass, especializada na troca e reparo de vidros automotivos, recolheu duas mil toneladas de para-brisas quebrados em sua rede de 65 lojas, em 2011.

A expectativa é de que esse número cresça 10% neste ano. A gestão de resíduos faz parte do projeto Ecoglass, implantado por ela há mais de dez anos, mas que ganhou impulso a partir de 2007. O projeto foi reconhecido pela ONU e rendeu em 2010 o Prêmio ao Serviço Público das Nações Unidas, que destaca as iniciativas que incentivam a participação social por meio de mecanismos inovadores.   9) Google Até os índios se renderam ao Google. E por uma boa causa. Os integrantes da tribo Suruí, que vivem na reserva Sete de Setembro, em Rondônia, estão usando o serviço Google Earth, que traz imagens via satélite da Terra, para mapear e proteger a área. Além das fotos, o Google municiou os índios com celulares equipados com carregador solar, câmera fotográfica, GPS e um aplicativo desenvolvido especialmente para a tribo, com o mapa da região.

ev. org. br), no qual 382 mil alunos concluíram pelo menos um dos 85 cursos oferecidos nas áreas de tecnologia da informação, comportamental e de formação continuada para profissionais da educação. Uma série de fatores explica o êxito da Fundação, que investe na formação contínua dos educadores e oferece gratuitamente material escolar, uniforme, assistência médica e odontológica para alunos da educação básica. Em 2012, a Fundação Bradesco recebeu R$ 385,4 milhões de investimento, um aumento de 32% em relação ao ano de 2011. A lista de programas inclui qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho, em parceria com empresas têxteis. Com investimento de R$ 500 mil, a Escola de Costura Renner pretende formar 800 profissionais em 2013. O alvo são as mulheres que vivem nos municípios onde a empresa atua e nos quais existe maior carência desse tipo de profissional.

A lista inclui as cidades paulistas de Macatuba, Conchas e São Paulo, além de Campo Grande (MS).   As mulheres passam a olhar a empresa com admiração. É pouco, se comparado com outros países. Na França, por exemplo, a média é de 11 livros por ano. Para reverter esse quadro, a Suzano Papel e Celulose mantém uma ação do Instituto Ecofuturo, onde propõe implementar bibliotecas principalmente em comunidades. O Programa Ler é Preciso, feito em parceria com a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), ONG reconhecida pela Unesco, dá um empurrão doando livros para bibliotecas.   De acordo com Christine Castilho Fontelles, diretora de educação e cultura do Ecofuturo é importante que haja uma articulação intersetorial não dá para simplesmente distribuir livro e colocar um guarda na frente, por isso os membros da comunidade beneficiada são treinados para gerir o acervo.

Hoje, a enorme demanda por esse tipo de material fez com que sua cotação subisse, anulando os ganhos financeiros. Ao substituir matérias-primas derivadas de petróleo, como o anidrido ftálico e o pentaeritritol, a empresa garante, ainda, uma redução de 10% em suas emissões de dióxido de carbono (CO2). Coca-Cola O Instituto Coca-Cola Brasil desenvolve metodologias, opera e apoia programas nas áreas de educação e meio ambiente com foco em geração de renda. Na área de educação atuam na capacitação de jovens, empregabilidade e prevenção da evasão escolar enquanto, na área de meio ambiente, desenvolve e apoia as cooperativas de reciclagem e também restauração florestal em bacias hidrográficas. O programa O Coletivo Coca-Cola é uma inovadora tecnologia social, cujo objetivo é capacitar jovens das classes C e D para conquistar aumento da renda em comunidades de baixo poder aquisitivo.

E participa ainda de visitas guiadas a empresas, palestras e programas culturais para que possa abrir os olhos e enxergar novos horizontes. Conclusão Torna-se crescente o número de empresas que percebem que os investimentos sociais na comunidade devem ser acompanhados de um código de ética observado por todos os colaboradores, a começar pelos principais executivos, por um tratamento digno aos funcionários, pelo respeito ao meio ambiente e ao consumidor, por uma política que selecione fornecedores, levando em conta práticas sociais e ambientais, por uma postura ética em relação aos governos, concorrentes, investidores e acionistas. No atual cenário econômico, as empresas tem o desafio de estarem atentas e prontas para acompanharem e/ou até se anteciparem às mudanças sociais e produzirem diferenciais que as garantam uma vantagem competitiva e sustentável em longo prazo.

Algumas empresas procuram buscar qualidade, outras já buscam antecipar o futuro e apresentar produtos diferenciados. Buscar respeitar a gestão ambiental, produzir produtos sem agredir o ambiente, procurar respeitar o coletivo e os consumidores e terem responsabilidades sociais tornam-se um grande diferencial no mercado, diante da importância de assuntos como consciência e cidadania. ARANTES, E. C. SILVA, E. R. TANNER, K. Disponível em: <http://www. marketingbest. com. br/ sustentabilidade/bradesco-capitalizacao-restauracao-florestal-da-mata-atlantica-com-foco-na-sustentabilidade/>. Acesso em: 25 Setembro 2013. ª ed. São Paulo: Atlas, 2012. INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS APLICADAS (Ipea). Relatório de pesquisa: A iniciativa privada e o espirito público. Disponível em: <http://www. ethos. org. br/>. Acesso em: 24 de Setembro de 2013. ISTO É DINHEIRO. JÚNIOR VAL, Lídio; GESTEIRO, Natália Paludetto. A Responsabilidade Social da Empresa. Artigo publicado em agost.

Disponível em:<http://jus. com. A ética empresarial no Brasil. São Paulo: Pioneira, 1999. MARTINELLI, Dante Pinheiro. Negociação Empresarial: enfoque sistêmico e visão estratégica. ed. p. jan. abr. Disponível em: <http://cascavel. ufsm. Corpo e psique: da dissolução à unificação – algumas implicações na prática pedagógica. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. n. p. jan. br/pt/meio-ambiente-e-sociedade/promovendo-a-cidadania>. Acesso em: 01 de Outubro de 2013. OLIVEIRA, D. A. et al. Responsabilidade Social Empresarial – Teoria e Prática. Rio de Janeiro. ª ed. FGV.

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