ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: O impacto na gestação

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Enfermagem

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Resultados: percebeu-se que não há um volume muito grande de pesquisas que abordem a temática: assistência de enfermagem na prevenção de IST na gestação, no entanto foram identificados estudos que discutem com propriedade a importância do conhecimento sobre os cuidados e os riscos das IST para as mulheres em idade reprodutiva, sobretudo as gestantes. Os 20 artigos científicos utilizados na descrição dos resultados foram divididos em três categorias de análise: prevenção da IST na gestação em diferentes públicos; conhecimento, prática e atitudes dos enfermeiros sobre IST na gestação; prevenção da sífilis e HIV/AIDS na gestação. Conclusão: notou-se que, o enfermeiro tem sido fundamental para realização do pré-natal efetivo, e consequentemente para a prevenção de IST durante a gestação, no entanto, ainda é necessária a capacitação desse profissional em alguns aspectos, como o acolhimento das adolescentes gestantes e a realização de educação em saúde e orientações mais específicas desses agravos durante a gestação.

Palavras-chave: Assistência de Enfermagem. Gestação. INTRODUÇÃO A gestação é considerada um processo que acarreta muitas mudanças na vida da mulher, nos diversos aspectos que envolvem esse período, tanto com questões relacionadas à fisiologia e anatomia, quanto ao contexto social, cultural e socioeconômico, sendo que, o enfermeiro deve está atento ao cuidado da gestante na promoção da saúde e na prevenção de doenças e agravos, como as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Sabe-se que a assistência à saúde da gestante tem como finalidade oferecer assistência materno-infantil qualificada e humanizada na gestação, no parto e no puerpério, sendo fundamental um cuidado específico e individualizado a cada uma, visando melhores condições de saúde. Nesse sentido, o controle das IST é um objetivo prioritário do Ministério da Saúde, considerando a magnitude de suas consequências durante a gravidez (CORREIO et al.

Costa et al. apontaram que, as IST apresentam prevalência significativa tanto na população geral quanto nas gestantes, e que nestas, em especial, deve-se considerar as alterações fisiológicas que podem alterar o curso desses agravos, além das complicações obstétricas e neonatais que podem ocorrer, acarretando aumento da morbimortalidade materno-infantil. Para a coleta dos dados utilizou-se o sistema integrado de busca da base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), temática: Enfermagem, que incluiu a busca nas bases de dados, BDENF- Enfermagem e LILACS com o objetivo de encontrar publicações de artigos científicos relacionados ao tema de estudo do período de 2007 a 2019. Foi utilizado o “método de pesquisa integrado” para o busca na BVS em “todos os índices” e “todas as fontes”, o que permite uma ampla busca integrando várias bases de dados e uma busca detalhada em títulos, resumos e textos.

As palavras usadas para a busca foram: “IST” AND “Gestação”. Dos resultados encontrados com a busca: “IST” AND “Gestação”, foram encontrados 792 resultados. Dentre as 792 publicações, após realizar os filtros: idioma, português; anos 2007 a 2019; tipo de estudo, artigos; textos disponível, 27 artigos compreendia o período de estudo, 7 desses resultados se repetiam e foram retirados, o número final se constitui por 20 artigos disponíveis completamente, que foram incluídos no estudo, (figura 1). S. M. LAURIA, L. M. SARACENI, V. A. R. Online braz. j. nurs. SARACENI, V. et al. Rev. bras. saúde matern. RIBEIRO, A. M. S. et al. Rev. M. MELLO; PAULA, C. C. et al. Esc. S.  ARAZAWA, C. Y. et al. Rev. et al. REME rev. min. enferm. v. p. BDENF A adolescente grávida na percepção de médicos e enfermeiros da atenção básica.

BUENDGENS, B. B.  ZAMPIERI, M. A.  FREIRE, S. S. A; SOUZA, B. A. R. F.  SPINDOLA, T.  MARTINS, E. R. V. M.  COELHO, E. A. C. B. G.  ARAÚJO, M. A. L.  PCHEBILSKI, L. T.  SUMIKAWA, E. S. et al. G.  FERREIRA, L. O.  SANTOS, P. R. L. A.  SILVA, K. L.  VIEIRA, N. GÓMEZ, J. F. B.  APPOLINÁRIO, M. A. n. p. LILACS Sífilis gestacional como indicador da qualidade do pré-natal no Centro de Saúde número 2 Samambaia-DF. LEITÃO, E. J. v. n. p.   19 BDENF Saúde sexual e reprodutiva de adolescentes de escolas públicas e privadas de Fortaleza-CE, Brasil. MOURA, E. enferm. v. abr/jun 2009. LILACS Percepções das gestantes na realização do teste anti-HIV (ELISA) em um centro de testagem e aconselhamento em DST/Aids de uma cidade do estado de Minas Gerais.

SOUZA, N. transm. v. n. p. Diante dos resultados sintetizados, notou-se que os autores discutiram resultados relevantes para a pesquisa, a partir da leitura minuciosa dos artigos, pode-se descrever três categorias de análise que tiveram maior importância para ao estudo em questão, que estão abaixo discutidas. O estudo de Moura, Souza e Evangelista (2009), que buscou analisar a saúde sexual e reprodutiva de adolescentes de escolas públicas e privadas de Fortaleza-CE, notou que os adolescentes de escola privada afirmaram como fonte de obtenção de informação sobre IST a própria escola, enquanto para os adolescentes de escola pública a principal fonte foi a família e amigos/vizinhos, o que sugere que ainda existe um distanciamento entre as atividades educativas para adolescentes nas unidades de saúde, sobretudo de saúde da família.

Buendgens e Zampieri (2012) reforçam que, há uma necessidade dos profissionais de serem capacitados para atender integralmente às especificidades desta parcela da população de uma forma personalizada. É importante também levar em consideração que o uso do preservativo e os fatores sociais, afetivos e culturais que influenciam a sua utilização correta e regular são temas importantes a serem debatidos reflexivamente junto aos adolescentes, pois representa o único método seguro e eficaz na prevenção das IST e gravidez (DIAS et al. Em relação à necessidade de intersetoralidade na prevenção de IST em gestantes adolescentes, Martins et al. apontaram que é necessário a parceria escola/família/saúde constitui uma das alternativas para buscar formas para orientação sexual aos adolescentes, buscando prevenir infecções e a própria gestação indesejada.

Nesse contexto, é notória a participação do profissional na redução da transmissão das IST, desde as ações de acessibilidade aos serviços de saúde. Para Cavalcante et al. o treinamento dos profissionais principalmente os sem especialização em obstetrícia/saúde da mulher é de fundamental importância para não haver desconhecimento dos sinais e sintomas das IST, nem baixa familiaridade com os protocolos, para que suas condutas e intervenções sejam as mais precoce e resolutivas possíveis na maioria dos casos. No estudo de Langendorf et al. sobre cotidiano de casal na profilaxia da transmissão vertical HIV, os autores destacam que o profissional deve mostra-se aberto a todas as possibilidades de compartilhar seu conhecimento, reconfigurar seu caráter prescritivo do cuidado em saúde viabilizando o acesso as informações sobre a profilaxia, a redução de risco e a relevância de um planejamento assistência adequado para o casal que vivencia a busca por um cuidado qualificado de enfermagem a criança e à família.

Os autores enfatizam na importância de cada abordagem a essas gestantes e também seus parceiros, e que na maioria dos casos essas mulheres dão inicio a assistência pré-natal tardiamente. Nessa perspectiva, sabe-se que a consulta de pré-natal e puerperal deve ser baseada em ações que garantam a promoção e prevenção da saúde da mãe e do feto principalmente, na pesquisa de Figueiró Filho et al. os autores concluem que a assistência para esse público precisa ir muito além, que para proporcionar a erradicação ou pelo menos a redução, a as ações devem seguir desde a verificação das características sociodemográficas, etnia, escolaridade, estado civil do seu público, assistindo de forma holística para que as condutas reflitam positivamente no seu tratamento.

Historicamente a IST apresentava um problema de saúde pública, problemática essa que ainda persiste no país na atualidade. Apesar da Sífilis e a AIDS serem doenças persistentes ao longo do tempo, quando portadoras as gestantes apresentam desconhecimento quanto ao tratamento e cuidados referente à transmissão para o feto, essas informações e orientações são de responsabilidade do profissional de saúde que realizam a consulta de pré-natal (FONTE et al.  LIMA, N. B. G.  ARAÚJO, M. A. ARAÚJO, S. M. SILVA, M. E. D. O.  PAIVA, V. Agentes comunitárias de saúde e a atenção à saúde sexual e reprodutiva de jovens na estratégia saúde da família. Saúde Soc. v. Enferm. v. n. p.

BURGER, M. v. n. p. CAVALCANTE, M. S. saúde matern. infant. v. n. p. Online), v. n. p. CONCEIÇÃO, V. M et al. L. CORREIO, C. S. N. B. et al. Doenças sexualmente transmissíveis na gestação: uma síntese de particularidades. An Bras Dermatol. v. n. Riscos e vulnerabilidades relacionados à sexualidade na adolescência. Rev. enferm. UERJ. v. Manejo da sífilis na gestação: conhecimentos, práticas e atitudes dos profissionais pré-natalistas da rede SUS do município do Rio de Janeiro. Ciênc. saúde coletiva, v. n. p. bras. saúde matern. infant. v. n. bras. doenças sex. transm. v. n. Rev. enferm. UERJ. v. n. et al.  Comparação da coleta das amostras de sangue na triagem pré-natal, utilizando o papel de filtro e punção venosa na técnica de ELISA para detecção de HIV 1+2.

DST j. bras. doenças sex. et al. Cotidiano do ser-casal: significados da profilaxia da transmissão vertical do HIV e possibilidades assistenciais. Esc. Anna Nery Rev. Enferm. F. et al. Sífilis gestacional como indicador da qualidade do pré-natal no Centro de Saúde número 2 Samambaia-DF. Comun. ciênc. São Paulo: Atlas, 2011. p. MARTINS, C. B. G. v. n. p. MOURA, E. R. enferm. v. abr/jun 2009. OLIVEIRA, D. R; FIGUEIREDO, M. M.  COSTA, C. C. ET AL. Perfil das gestantes atendidas no serviço de pre-natal das unidades básicas de saúde de Fortaleza-CE. S.  ARAZAWA, C. Y. ET AL. Gestação e puerpério no cárcere: estudo descritivo da atenção à saúde. SILVA, L. V. M.  COELHO, E. A. M. D.  BERNARDES, E.

H. et al.

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