Estratégias Utilizadas Pela Indústria Farmacêutica Para Venda de Medicamentos

Metodologia: Esse estudo trata-se de uma revisão estruturada da literatura, utilizando um recorte temporal de 1983-2018, indexados nas plataformas Ebsco, PubMed, Scielo e BVS, foram utilizados 16 artigos. Resultados e Discussão: A literatura mostrou que são diversas as formas de incentivar e incrementar as vendas, tendo como principal a indução do médico quanto a prescrição, por meio de incentivos, tais distribuição de amostras grátis, brindes, panfletos e outros incentivos, a abordagem vai desde de hospitais a consultórios, englobando ainda o SUS e farmácias comerciais. Conclusão: Contudo, conclui-se que os interesses econômicos das indústrias, justifica a veiculação das campanhas de marketing, com o único objetivo de venda, com isso é preciso um controle das campanhas, para evitar o incentivo ao uso irracional de medicamentos, como por exemplo a expedição de autorização para campanhas de marketing envolvendo medicamentos, maior controle em relação à distribuição de amostras grátis, tendo em vista seu impacto nos hábitos de prescrição e incentivo ao uso irracional.

Palavras-chave: Marketing farmacêutico, Indústria Farmacêutica, Publicidade de medicamento, custo em cuidado de saúde. INTRODUÇÃO O sistema capitalista foi implantado na sociedade por volta dos séculos XV e XVIII. Pois, os mesmos mantêm a rentabilidade econômica deste setor industrial, pelo fato de ter como objetivo tratar a doença e deixar o indivíduo dependente da droga. Após o fim da segunda guerra em 1945, a indústria deu um salto na produção em larga escala, e iniciou a introdução da alopatia nos tratamentos de saúde. A jogada de marketing da indústria farmacêutica foi feita de forma tão plausível, que a forma de tratamento através da homeopatia foi descontinuada. Os medicamentos alopáticos ficaram mais acessíveis, uma vez que, essa acessibilidade colaborou para a sua popularidade, não bastou facilitar o acesso aos medicamentos, outra estratégia utilizada foi deletar o conhecimento popular ao máximo dos medicamentos, que por sua vez são mais baratos e eficazes e por fim formar parcerias com os médicos que são peças cruciais, pois, são responsáveis pelas prescrições dos medicamentos (FERREIRA, 2008).

Portanto, essa obra teve por objetivo realizar um levantamento bibliográfico e refletir sobre as estratégias utilizadas pelas indústrias de medicamentos, os impactos na saúde das pessoas e medidas que podem ser utilizadas para regulamentar as propagandas. Diante disso, faz-se constante a presença de representantes e promotores de laboratórios, ora dando capacitação, ora distribuindo material de propaganda. Essas ações não se limitam apenas a farmácia comercial, ocorre também em farmácias do SUS (SILVA; JUNIOR, 2016). O momento da prescrição passou a ser o mais importante da consulta, já que, além de economizar tempo do médico, satisfaz o interesse da indústria farmacêutica, do profissional e do cliente. O medicamento passou a ser o referencial, o agente que irá qualificar uma boa consulta.

Araújo (2011) nos seus estudos observou que dos prescritores (médicos e dentistas) abordados na pesquisa, 41,3% afirmaram receber visitas de representantes de medicamentos em seu local de trabalho, essas visitas ocorrem em 94,1% dos casos nos consultórios. p. BARROS, José Augusto C. Estratégias mercadológicas da indústria farmacêutica e o consumo de medicamentos. Revista de Saúde Pública, [s. l. n. p. set. ISSN 2182-5173. Disponível em: <http://rpmgf. set. Portal de Revistas PUC SP. TEIXEIRA, Jorge Juarez Vieira; LEFÈVRE, Fernando. A prescrição medicamentosa sob a ótica do paciente idoso. Revista de Saúde Pública, v.