Gestão de resíduos sólidos em unidade de saúde dos Municipios

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Finanças

Documento 1

A gestão destes tipos de resíduos é principalmente da responsabilidade das autoridades municipais e outras autoridades governamentais. Neste contexto, o presente artigo tem como objetivo é analisar a produção e gestão de resíduos de serviços de saúde oferecidos por unidades de atenção primária à saúde. Discorrendo sobre a realidade da gestão de resíduos em unidades de atenção primária à saúde no Brasil, abordando as irregularidades no descarte de resíduos hospitalares, evidenciando como se classifica adequadamente cada RSS, expondo qual é a forma correta de se descartar esses resíduos. Palavras-chave: RSS. Legislação brasileira. Brazilian legislation. Discard. Management. Methods. INTRODUÇÃO Os serviços fornecidos nas unidades de saúde promovem uma grande quantia de resíduos sólidos chamados de forma geral como resíduos de serviços de saúde (RSS).

De acordo com Moreira et. al(2016) fatores como a ausência de recursos econômicos para a compra de materiais ou equipamentos demandados e a carência de recursos humanos também dificultam as fases seguintes do plano de implementação e monitoramento. Em 2005, um estudo envolvendo 21 hospitais e 48 unidades públicas ambulatoriais do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, observou que 28,6% (hospitais) e 4,2% (unidades ambulatoriais) implementaram um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, e somente 33 , 3% e 10,4%, concomitantemente, desenvolveram programas de treinamento de funcionários. MOREIRA et. al, 2016) Por isso, outro obstáculo relevante para o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde é a ausência de profissionais qualificados para implementar e monitorar o plano, tarefa que é informalmente atribuída aos administradores das unidades ou profissionais de enfermagem, que não possuem nenhum mecanismo sistemático para auxiliá-los a executar essa necessidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS Os objetivos específicos são: • Discorrer sobre a realidade da gestão de resíduos em unidades de atenção primária à saúde no Brasil • Abordar as irregularidades no descarte de resíduos hospitalares • Evidenciar como se classifica adequadamente cada RSS • Expor qual é a forma correta de se descartar esses resíduos. O mérito deste instrumento é a integração da interdisciplinaridade entre as áreas temáticas envolvidas e a sistematização da legislação vigente. REFERENCIAL TEÓRICO 2. A REALIDADE DA GESTÃO DE RESÍDUOS EM UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO BRASIL A atenção primária à saúde é o principal acesso à rede pública de saúde no Brasil (BRASIL, 2011). O crescimento dos cuidados de saúde primários no Brasil foi acelerado e há uma crescente demanda populacional por consultas.

al, 2010; MOREIRA et. al, 2013; PEREIRA et al. SHINEE et al. A localização dessas unidades, juntamente com seus níveis relativamente baixos de geração de resíduos, dificulta a coleta diária desses resíduos, armazenados em locais impróprios por até sete dias até sua coleta através do serviço público de coleta. Além disso, as recomendações para a gestão de resíduos em instalações de saúde previstas pela legislação vigente (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2004) nem sempre podem ser aplicadas para unidades pequenas, como aquelas usadas para cuidados de saúde primários. Também requer que o mercúrio e seus compostos devem ser separados e armazenados de forma isolada, antes sendo enviado para recuperação.

A legislação exige ainda que o contêiner seja compatível com o lixo que será armazenado. Este lixo não deve ser armazenado em garrafas abertas ou recipientes de vidro. Deve ser dada preferência a garrafas plásticas rígidas com um parafuso tampão, a fim de garantir uma boa vedação (ALVES-REZENDE et al. Recipientes de vidro, embora possuam alguns recursos úteis (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2004), são inapropriados porque eles não são resistentes a serem derrubados ou a outras pressões sendo exercidas em seus lados. como segregação poderia interferir nos estágios subsequentes. Esta etapa é responsabilidade de todos os profissionais de saúde e suas formas de implementação parte do exercício de cidadania do profissional de saúde.

No entanto, erros de segregação ocorrem com frequência em unidades de saúde nos países em desenvolvimento (ABOR e BOUWER, 2008; ALAGOZ e KOCASOY, 2008). Tais inadequações também são encontradas em países desenvolvidos, como na França, aonde um estudo multicêntrico conduzido com 400 médicos trabalhando em consultórios privados, mostrou que 97,6% realizam segregação de resíduos cortantes e 60,5% separam outros tipos de resíduos de serviços de saúde. A gestão de resíduos na atenção primária deve ser considerada com mais detalhes. No entanto, o armazenamento externo é exigido, e deve atender às recomendações necessárias localizando-se em um local identificado e exclusivo, oferecendo acesso para veículos de coleta e onde o acesso é restrito a trabalhadores (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2004).

Alguns erros notados na gestão dos cuidados de resíduos primários de saúde estão relacionados com a estrutura física das unidades. Este se aplica especialmente àqueles que operam em lugares que não foram construídos especificamente para abrigar unidades de saúde. As instalações destas unidades nem sempre atendem as especificações sanitárias. Outros fatores que foram encontrados para contribuir para a gestão inadequada de resíduos na atenção primária à saúde incluem insuficiência de recursos materiais e a ausência de planos de gestão de unidades e medidas de gestão de resíduos. É essencial que todos os materiais de resíduos médicos sejam segregados no ponto de geração, adequadamente tratados e descartados com segurança.

PARA ONDE VAI O LIXO HOSPITALAR? Quando o lixo é retirado dos centros de assistência à saúde ele é direcionado para ser tratado adequadamente conforme a sua classificação. Os RSS podem ser incinerados, triturados, aterrados, magnetizados, vaporizados ou até sofrer radiação, isso vai depender do grau de periculosidade de cada material e do método selecionado para o tratamento. Segundo Aveiro (2017), existem quatro métodos de tratar os RSS no Brasil: • Incineração: Segundo dados de 2013 da ABRELP*, cerca de 44% dos RSSsão incinerados. Este processo se baseia na queima de materiais a altas temperaturas, assegurando que RSS ou líquidos se tornem gás que, posteriormente, passa por uma nova combustão. Por outro lado, o método não assegura a redução do volume de materiais e não comprova que o vapor d'água alcança o resíduo por completo.

• Microondas: Por ser uma técnica relativamente nova, apenas 2,4%* do lixo hospitalar é tratado através de microondas no país. Depois de passar por trituração ou umidificação, os RSS são descontaminados por meio de ondas de frequência a altas temperaturas. É considerada uma das técnicas mais eficientes por assegurar um tratamento que não produz efluentes tóxicos, não usa reagentes químicos e reduz o volume do lixo processado. No entanto, a principal desvantagem se deve ao fato dessa técnica ter altos custos operacionais. Por outro lado, as instituições geradoras devem garantir que estes sejam tratados por outros órgãos especializados na área, uma vez que estão a contribuir para que a saúde dosenfermos não seja atacada por falta de qualidade no tratamento dos resíduos que geram.

Como a indiligência na gestão dos resíduos hospitalares pode prejudicar saúde pública, uma vez que os resíduos são portadores de vários microrganismos que podem transmitir ao ser humano os mais diversos tipos de doenças e também contaminar o ambiente, através da poluição, é então, uma prioridade que todos os resíduos hospitalares sejam tratadoscorretamente pelos organismos licenciados para desempenharem essa função. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Sanitation and hygiene in health care facilities. World Health Organization, Geneva – 2018 MOREIRA, AMM et. al, Solid waste management in primary healthcare centers Revista Latino-Americana de Enfermagem – 2016 AVEIRO, DA Os riscos de contaminação por lixo hospitalar aumentam pelo descarte incorreto Impacto Ambiental – 2017 BRASIL Portaria nº 2488, de 21 de outubro de 2011. al Produção de resíduos em hospitais públicos.

Revista Baiana de Saúde Pública – 2010 NAGASHIMA, L et. al Análise da produção e taxa de geração de RSSSAGE Journals – 2007 ABD EL-SALAM, MM Hospital waste management. SAGE Journals – 2010 BENDJOUDI, Zet. al Healthcare waste management in Algeria Waste Management – 2009 CHENG, YW et. al O manejo dos RSS: a problemática a ser enfrentada. Cogitare Enferm – 2013 COSTA, TF et al. Caracterização dosprodutos geradores de resíduos químicos perigosos. Cogitare Enferm – 2013 GOURNI, Pet al. Occupational exposure to blood and body fluids of nurses at emergency department. Revista Latino-Americana de Enfermagem – 2010 CORRÃO, CRNet al. Association betweenwaste management and HBV among solid municipal waste workers The Scientific World Journal– 2013 ALVES-REZENDE, MCR et. al Amálgama dentário: controle dos fatores de risco à exposição mercurial. Revista Odontológica de Araçatuba – 2008 TRAMONTINI, A et al.

RSS: uma abordagem prática em hospitais gerais da cidade de Passo Fundo.

300 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download