HOME CARE Atuação do enfermeiro e os cuidados paliativos em pacientes oncológicos

Tipo de documento:Revisão bibliografica

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, com base em artigos publicados anteriormente, relacionados ao atendimento domiciliar em pacientes oncológicos terminais. Para o levantamento dos artigos foram consultadas as seguintes bases de dados: LILACS, Bireme e SciELO, no período 2000 a 2017. Conclui-se com este trabalho que durante o tratamento domiciliar ao paciente oncológico terminal, os cuidados paliativos são indispensáveis quando são oferecidos com qualidade e competência para uma melhor qualidade de vida ao paciente frente à complexidade da doença na qual está enfrentando, diminuindo a dor e o sofrimento pelo paciente e também pela família. Observou-se também que o profissional de enfermagem precisa estar preparado física e psicologicamente e desenvolver mecanismos de enfrentamento para conviver com a doença, paciente e familiar, para repor energia e bem estar pessoal.

Palavras-chaves: Serviços de assistência domiciliar. Key-words: Home care services. Home patients. Palliative care. Nursing care. Oncology. A Organização Mundial de Saúde, em 2002, define Cuidado Paliativo como uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento. Requer identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. São direcionados a pacientes, e seus familiares, que enfrentam uma doença ameaçadora à vida/doença terminal, visando o estabelecimento do cuidado que não acelere a chegada da morte, nem a prolongue com meios desproporcionais (OMS, 1990). A estratégia do serviço de cuidado domiciliar vai muito além de um atendimento médico domiciliar ao paciente, pois é um método que enfatiza a autonomia do paciente, bem como esforçar-se em realçar suas habilidades funcionais dentro de seu próprio ambiente.

Envolve o planejamento, a coordenação e o fornecimento de vários serviços (DUARTE; DIOGO, 2000 apud PAZ; SANTOS, 2003). Como critério de inclusão foram selecionados os artigos publicados entre os anos de 2010 a 2018, no idioma português e disponibilizados na íntegra. Procedimentos de Pesquisa 4. Material e Métodos A adoção dos critérios de inclusão e exclusão para seleção dos artigos foi realizada de acordo com os objetivos dessa pesquisa. Foram estabelecidos os critérios de inclusão: artigos publicados no idioma português, publicados entre os anos de 2010 a 2018 e que abordaram a atuação do enfermeiro e os cuidados paliativos em pacientes oncológicos. Os artigos selecionados foram agrupados contendo nome do autor, ano de publicação e tipo de estudo. S. RODRIGUES, T.

B. Estudo qualitativo. SANCHEZ, K. Estudo descritivo de abordagem quantitativa. SILVA CCB, GUERRA GM, SEGRE M. Estudo descritivo de abordagem qualitativa. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Tabela 2- Artigos encontrados Autor (es) Ano de Publicação Tipo de estudo CANIELES, INAJARA MIRAPALHETE et al. Dificuldades enfrentadas por equipes de Enfermagem e familiares de pacientes oncológicos A assistência ao paciente oncológico mostra-se complexa, visto que é necessário considerar diversas dimensões, dentre eles os físicos, psicológicos, espiritual, culturais, sociais e econômicos, além dos pré-conceitos e mitos existentes perante a palavra “câncer”, a qual é repleta de significados como maldição e morte (COSTA; LUNARDI, 2013). No contexto hospitalar, a equipe de enfermagem assume grandes responsabilidades frente a esses pacientes, tendo como competência prestar assistência na avaliação diagnostica, tratamento, reabilitação e atendimento aos familiares.

Ainda, deve lidar permanentemente com situações de sofrimento e morte, que são exacerbadas pelas características da demanda e do ambiente de trabalho. Esse contexto exige dos enfermeiros uma assistência com primazia na avaliação integral do paciente e sua família, extrapolando os limites da própria doença (FURTADO et al. O enfermeiro é o profissional mais habilitado e disponível para apoiar, orientar e educar o paciente e a família na vivência do processo de doença, portanto o cuidado a pacientes oncológicos representa um desafio para o enfermeiro, onde é necessário um preparo para assistir o paciente em todas as situações e fases de tratamento (CANIELES et al. Diante da situação de se ter um paciente oncológico, em tratamento domiciliar, o atendimento passa a ser complexo em função de características peculiares do adoecimento, requerendo do enfermeiro responsabilidades que lhe são privativas, competências e conhecimentos técnico-científicos, além de habilidades no relacionamento interpessoal.

O enfermeiro pode utilizar o raciocínio clínico e julgamento crítico para identificação e levantamento de problemas e ajudar na escolha da melhor decisão de acordo com as necessidades reais biopsicossocial- espirituais dos clientes e seus familiares (OLIVEIRA; LIMA, 2010). O processo do cuidado no atendimento envolve inúmeras ações, como exemplo o toque, o olhar, o ouvir, a fala, ou seja, é manter uma visão holística pautada em princípios éticos e morais e dentre os profissionais da área da saúde é o enfermeiro que permanece maior parte do tempo com os pacientes no processo de saúde doença, tornando-se seu papel primordial para o sucesso do tratamento (SOUZA; VALADARES, 2011). A equipe e o profissional de enfermagem ao planejar a assistência devem sempre buscar fornecer para que o paciente seja capaz de aceitar e enfrentar o processo saúde-doença, sempre dentro dos limites que cada pessoa e individuo mostra ter, tendo como base as necessidades de cada individuo, respeitando sua autonomia, suas crenças e valores, visando tornar os procedimentos executados compreensíveis, de maneira que os próprios individuam queira participar desse cuidado (SILVA; CRUZ, 2011).

O cuidar está relacionado a melhorar a qualidade de vida do individuo, necessitando que seja feita uma abordagem diferenciada para que saiba os efeitos do impacto emocional, físico, espiritual e familiar que a doença trouxe ou trará, para que assim seja possível saber quais as expectativas perante a terapia estabelecida, competindo ao enfermeiro analisar esses aspectos e avaliar sinais e sintomas físicos e psicológicos transmitidos pelo paciente para que dessa forma haja de forma preventiva a fim de evitar complicações (SOUZA; SANTOS, 2012). Isto se torna fundamental tanto para a satisfação no trabalho e disponibilidade no cuidar quanto para a retenção dos profissionais no ambiente de trabalho (LAZZARIN et al. Na oncologia, é primordial que a equipe de enfermagem seja capaz de manter uma boa comunicação em relação com a pessoa com câncer e com sua família, vistas como parte indissociável para o cuidado integral.

Outra abordagem que vem crescendo é o cuidado da equipe multidisciplinar, a qual traz desafios e exige habilidades para o trabalho em equipe (MENDES; NUNES, 2015). O saber do enfermeiro e o resultado não só de conhecimentos teóricos e técnicos adquiridos através de formação formal, como também de saberes práticos adquiridos com a experiência e com a relação que estabelece com os pacientes. Com o tempo e a experiência, o enfermeiro aprende a mobilizar, a integrar e a transferir o conhecimento para a prática, desenvolvendo sua habilidade (KESSLER; KRUG, 2015). Revista de Enfermagem da UFSM, [S. l. v. n. p. COSTA CA, LUNARDI FILHO WD, SOARES NV. Assistência Humanizada ao Cliente oncológico: reflexões junto à equipe. Revista Brasileira de Enfermagem [online], Brasília.

Mai/Jun; 56(3): 310-14. Acesso em: 21 set. Manual de cuidados paliativos. Academia Nacional de Cuidados Paliativos – ANCP. Rio de Janeiro, 2010. Acesso em: 21 set 2018. HANNA SA, MARTA GN, SANTOS FS. MENDES CB, NUNES CR. Aspectos psicológicos de pacientes com radioterapia do câncer do colo do útero. Revista de Psicologia de São Paulo [Internet]. Acesso em 17 set 2018. MOTA MS, GOMES GC, COELHO MF, LUNARDI FILHO WD, SOUSA LD. B. PONTES, R. J. S. RODRIGUES, T. F. L. A. DUPAS, G. COSTA, D. O olhar que olha o outro. um estudo com familiares de pessoas em quimioterapia antineoplásica. Vol. n. Rev.

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